Gainete foi passear no Rio de Janeiro e terminou campeão da I Taça Guanabra
Ttudo era festa no Rio de Janeiro do IV Centenário. Principalmente, o Carnaval de 1965, com Gainete curtindo as festanças. Enquanto a folia fervia, o seu concunhado Saulzinho, artilheiro da Turma da Colina, chamou-o para treinar em São Januário. Topou, treinou e agradou a quem o viu em ação, levando o Vasco da Gama a querer saber como estava a situação dele - o Internacional-RS pedia CR$ 7,5 milhões de cruzeiros para liberá-lo.
Carlos Gainete
Filho, nascido no 15 de novembro de 1940, na catarinense Florianópolis, topou trocar
de clube, não só pela chance de atuar no centro de maior visibilidade do futebol
brasileiro, mas, também, por acreditar ser possível tocar pra frente o curso de
Ciências Econômicas, que cursara até a terceira etapa. No mais, era só brigar
com Ita (José Augusto da Silva) e Lévis (Bispo de Sá) pela camisa de número 1
do time cruzmaltino.
Gainete estreou em
14 de março e teve batismo de fogo
durante o Torneio Rio-São Paulo – maior competição brasileira de então -,
quando o treinador Zezé Moreira achou que ele pegava mais do que dois concorrentes. Encerrada a disputa
interestadual, em 23 de maio, o Almirante
saiu catando níquel pelo país - 11 amistosos -, a fim de pagar a sua folha
salarial. No 14 de julho, começou a disputar a I Taça Guanabara. Era o começo
da consagração de Gainete como goleiro de grande visibilidade. Em oito
partidas, sagrou-se campeão, finalmente - antes, havia conquistado três vices,
pelo Internacional-RS, no qual chegara, em 1962.
Foto reproduzida de netvasco.com.br - agradecimento
Gainete, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Oldair (em pé, da esqueda paras a direita); Luizinho Goiano, Márioo Tilico, Célio, Lorico e Zezinho (agachados, na mesma ordem)
Embora fosse atleta de evitar gols, Gainete
começou a carreira correndo atrás deles, sendo ponta-direita juvenil do
catarinense Guarani, de Florianópolis. Era 1955 e, em peladas, ele gostava de tirar onda debaixo das
traves. Por conta daquilo, num daqueles famosois
dias em que alguém não aparecer para jogar – no seu caso, o goleiro -, ele
foi convocado a substituí-lo - para sempre. Um temporada depois, já era titular
no time principal, até 1958, quando mudou para o Tamandaré, ainda no futebol
amador da caital catarinense. Em 1959, já profissional, a carreira avisou que
decolaria, com o título de foi campeão catarinense, pelo Paula Ramos, além de,
em 1960, ficado bi do Sul Brasileiro de Seleções. O feito valeu-lhe convite do
gaúcho Gurany, de Bagé, que o defendeu só por uma temporada, pois o
Internacional achou que ele seria o goleiro ideal para o time colorado.
No mesmo 1965, Gainete foi, também, vice da
Taça Brasil, a competição que levava um clube brasileiro à Taça Libertadores da
América. Não dava para conquistá-la, pois, à época, era quase impossível vencer
decisões contra o Santos de Pelé.
Embora tivesse
enfretado os melhores atacanteds brazucas,
Gainete elegia como a sua maior defesas uma de Seleção Catarinense 1 x 0
Paraná. Contu ao Nº 5 da revista Futebol e Outros Esportes, em 1966: “O
Gauchinho, ponta-esquerda do Paraná, chutou a bola da entrada da área. Saí do
gol e consegui tocá-la, com um dos pés. Ela (a bola) subiu e ia entrar (no
gol), quando pulei para trás, desses pulos que a gente não sabe como, e tirei-a
do seu caminho. Até hoje tento descobrir como fiz aquela defesa”.
Gainete esteve vascaíno só por uma temporada.
Em 1966, o Inernacional-RS voltou a requisitar as suas defesas, que foram coloradas até 1972, quando foi para o
Atalético-PR. Em 1974, encerrou a carreira, em um outro Atlético-RS, no futebol
gaúcho.
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