Vasco

Vasco

domingo, 7 de janeiro de 2018

O DOMINGO E DIA DE MULHER BONITA - NOSSA SENHORA PADROEIRA DO BRASIL

    Ela é visitada por gente das mais diferentes atividades sociais. De ídolos do futebol a chefes de governo, um  respeito que, no próximo outubro, atingirá três séculos.
Reprodução de santinho confeccionado por Anna Rebello
 Tudo começou quando pescadores encontram uma imagem no Rio Paraíba, em São Paulo.  Nascia, por ali, a maior devoção nacional, que já rendeu à Nossa Senhora Aparecida a horna de tornar-se “Padroeira do Brasil” e receber a patante de “Generalíssima das Forças Armadas Brasileiras”.
 A história da mais popular santa brasileira começa por uma puxada de saco ao Conde de Assumar, general  e governador das províncias unidas de São Paulo e Minas Gerais. O homem atendia por Don Pedro de Almeida Portugal e era louco por uma  peixada.
 Entre 17 e 31 de outubro de 1717, o tal passaria por Guaratinguetá, na rota São Paulo-Minas, e os puxa-sacos da Câmara local progamaram oferecer-lhe uma peixada inesquecível. Todos os pescadores das redondezas pegaram os seus anzóis, mas os peixes não queriam nada com o apetite do Conde. Então, três deles, Felipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, colocaram a fé a serviço da puxassaquice e rezaram pedindo peixe na rede.
Deu certo. João Alves pescou uma imagem de uma santa sem cabeça e, depois, uma cabeça que encaixou-se, perfeitamente, ao corpo. Da terceira vez, sobraram peixes. Estava garantida a peixada do general-governador.  
Missão cumprida, Domingos, João e Felipe levaram a imagem para Morro dos Coqueiros, onde residiam, tendo o último ficado encarregado de guarda-la. Após passar o encargo ao filho Atanásio, este preparou-lhe um altar, acendeu velas e começou a chamar a moçada para rezar aos pés da santa pelas noites dos sábados.      
Numa dessas rezações, as velas se apagaram, sem ventos por perto. Enquanto a turma providenciava fogo, voltaram a acender, sozinhas.  Milagre?  E mais outros e outros  vieram, segundo a moçada, como o salvamento de um homem que rezou e pediu à Nossa Senhora do Morro dos Coqueiros para não se engolido por uma onça, que teria ficado mansinha. Não era história de pescador, mas de caçador.
O mais impressionante teria ocorrido com um escravo que seria executado, mas, ao implorar pela sua vida à santa, as correntes que prendiam os seus pés se partiram e ele foi libertado.
Com milagres e mais milagres rolando em Morro dos Coqueiros, começou a pintar gente de todas as bandas e o altarzinho virou capela, que virou igreja, fazendo  a vila dos pescadores virar cidade – que só poderia ter o nome de Aparecida e tornou-se a capital espiritual do Brasil. 
O Papa Francisco, também rezou junto à santa. Reprodução
de www.cançaonova.com.br Agradecimento.
Conta-se que, certa vez, o pastor João de Deus endiabrou-se, em Guaratinguetá, a seis quilômetros de Aparecida, e chamou Nossa Senhora de “neguinha safada”- que horror!
 Foi o suficiente para o seu templo protestante ser cercado. Os católicos queriam linchá-lo, obrigando a polícia local a pedir reforço em Taubaté.
Levaram cães e fizeram cordão de isolamento para salvar o homem, que desapareceu, para sempre, tornando-se um senhor desaparecido.
 Mas o pior ainda viria. Em uma tarde,  Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos, o primeiro cardeal de Aparecida, notou que uma moça tirando os sapatos, as meias e o vestido. Chamou o Padre Galvão, que a impediu de ficar nua dentro da basílica.
A fiel, aos 17 de idade, tentava mostrar-se nua diante da santa, pagando promessa dos seus país, que a tiveram desenganada pelos médicos.
 Os arqueólogos nunca descobriram como foi feita a imagem de Nossa Senhora Aparecida, mesmo tendo constatado que havia na região do Rio Paraíba índios bons escultores em terracota, material do qual foi feita a imagem.
Há três hipóteses para a Nossa Senhora ir parar no fundo de um rio: teria sido jogada por seus primeiros donos, por ter-se quebrado, acidentalmente;  fora arrastada para lá por enchentes que invadiram a casa dos proprietários originais, e  teria sido atirada ao rio por intermédio de ateus. O que importa e que todo o Brasil lhe pede: “Me de a sua benção, Nossas Senhora Aparecida!”      
                                                       

Nenhum comentário:

Postar um comentário