José Reinaldo Tasso
Lassalvia, pernambucano, de Olinda, foi um dos também afastados do time
vascaíno durante o comando de Ademir Menezes. E ficou revoltado. Alegava que,
em dez temporadas defendendo Náutico Capibaribe-PE,
Ao repórter Eliomário Valente Júnior, da Revista do Esporte,
ele declarou: “Foi a fase mais difícil de minha carreira, pois as coisas
mudaram de uma hora para a outra e eu não estava preparado para receber o
golpe...Fui afastado de todas as atividades e tachado de desordeiro e
rebelde...proibido de treinar...Só não desisti por causa de companheiros
afastados, como eu, dizendo-me para ter calma e confiança em dias melhores que
viriam”.
Nado foi convocado ao trabalho por Paulinho de
Almeida e, com um novo treinador, encontrou motivos para reagir. Voltando a
ECONÔMICO -, Nado não era muito de
bater na rede (13 vezes, entre 196 e 1969) mas a boa forma valeu-lhe
credenciais para ser apontado como forte candidato a sucessor da camisa 7 de Garrincha na
Seleção Brasileira – já havia sido convocado para os treinos rumo à Copa do
Mundo-1966, na Inglaterra, mas só teve a chance de jogar em Brasil 1 x 0 Chile
e não chegou a Liverpool, onde os brasileiros jogaram durante o Mundial.
Pedro Paulo, Brito, Buglê, Fontana,... e Ferreira, em pé, da esquerda pra a direita; Nado, Danilo Menezes, Nei, Bianchini e Silvinho, em foto reproduzida de www.netvasco.com.br |
Baixinho, medindo 1m64cm de altura, Nado
mantinha o peso de 60 quilos, para jogar leve e rápido. Atribuía ao bom futebol
que vinha apresentando naquele 1968 ao fato de Paulinho de Almeida “ter
devolvido ao Vasco o clima de confiança e camaradagem que, praticamente, não
existia (com Ademir Menezes) ...e deixava a equipe intranquila”. Também, via o
time “se empregar com vontade para colocar o Vasco na posição que sempre
mereceu”.
CHEGADA - Quando chegou a São Januário, Nado sentiu muito a falta do companheiro de ataque Bita, com quem estava acostumado a jogar, há cinco temporadas. No time de Recife, ele atuava mais à frente. No carioca, mais recuado, voltando para buscar jogo. Mas não reclamava e até achava jogar melhor assim, “por ter mais campo para trabalhar e ser notado”, ressaltava.
CHEGADA - Quando chegou a São Januário, Nado sentiu muito a falta do companheiro de ataque Bita, com quem estava acostumado a jogar, há cinco temporadas. No time de Recife, ele atuava mais à frente. No carioca, mais recuado, voltando para buscar jogo. Mas não reclamava e até achava jogar melhor assim, “por ter mais campo para trabalhar e ser notado”, ressaltava.
Nado e seu irmão Bita defendendo o pernambucano Náutico em foto reproduzida de www.tardesdepacaembu.com.br |
O
primeiro jogo oficial de Nado pelo “Almirante” foi nos 2 x 1 São Cristóvão, no Maracanã, em 13 de setembro de
1966, pelo primeiro turno do Estadual-RJ, assistido por 7.289 pagantes. Zezé
Moreira era o treinador e este o time do dia: Édson
Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Mendes; Maranhão e Danilo Menezes; Nado,
Bianchini, Madureira e Morais.
Na volta do banimento, em 10 de março, pelo
primeiro turno do Carioca-1968, havia 7.933 almas no Maracanã, entre pagantes e
menores, e o Vasco mandou 3 x 2 no América, com Paulinho de Almeida escalando:
Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Fontana e Almir; Danilo Menezes e Buglê; Nado,
Adilson (Bianchini), Nei Oliveira e Silvinho.
PRIMEIRÃO - O primeiro gol vascaíno de Nato foiu em 22 de setembro de 1966, pelo Estadual, em Vasco 3 x 1 Madureira. Ele voltou a marcar nos dois jogos seguintes – 3 x 0 Olaria e 3 x 1 Portuguesa-RJ, todos do turno – e depois diante do Olaria e do Botafogo, pelo returno, totalizando cinco tentos em sua primeira temporada na Colina.
Depois daquela produção, só voltou a bater na rede durante
o jogo 2.400 da história vascaína, no 7 de setembro de 1968, pela Taça Guanabara,
em Vasco 2 x 1 América. Em 1º de maio de 1969,
marcou o seu último gol vascaíno,
nos 4 x 0 sobre o Campo Grande. No dia 17 do mesmo maio, apareceu pela última
vez em uma escalação vascaína: Campeonato Carioca, Maracanã, 28.086 pagantes e Vasco 1 x 2 Bangu, com o
técnico Evaristo de Macedo escalando: Andrada; Fidélis, Brito, Orlando Peçanha
e Eberval; Alcir e Buglê; Nado, Adilson, Bianchini e Raimundinho.
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