Barbosa viveu vida de craque... |
Campeão
carioca com apenas uma partida disputada, Barbosa saiu para outras. Ajudou o
Vasco a ganhar a última edição do Torneio Relâmpago-1946 – só entre os
“grandes” cariocas – e os Torneio
Municipal-1946/1947, reunindo só times da cidade do Rio de Janeiro.
Mais? Foi
bi estadual, em 1947/49/50/52. Mais? Papou o maior título da história
cruzmaltina, em 1948: campeão dos campeões sul-americanos de clubes, o primeiro
do futebol brasileiro no exterior.
CASTIGO - Moacyir
Barbosa só lembrado quando se fala de Uruguai 2 x 1 Brasil, pela Copa do Mundo-1950.
Ele passou o restante de sua vida afirmando que intuíra, corretamente, o
desfecho do lance e que Gigghia errara o chute, que esperava ser um centro para
o miolo da área brasileira, onde Schiafino deveria complementá-lo, como
ocorrera no primeiro gol da “Celeste”.
Barbosa chegou ao
Vasco, em 1943, e ficou até 1955. Desde 1916, quando o clube passou a jogar
futebol, ele é considerado o maior camisa 1 que já passou pela Colina. Barrou
Rodrigues, em 1946, e tornou-se o goleiro símbolo do “Expresso da Vitória”, a
maravilhosa máquina de jogar bola, uma das mais perfeitas já surgidas nos
gramados brasileiros.
Em 1953, Barbosa
sofreu um grave acidente de jogo, que o deixou parado por toda a temporada
seguinte. Em 1955, ele comunicou ao treinador Flávio Costa que encerraria a
carreira e, praticamente, desligou-se da “Turma da Colina”.
No entanto, o clube ficou sem goleiro, quando tinha agendado um amistoso, em Recife, com o Sport Recife (2 x 2, em 28.08.1955), e o jeito foi o técnico recorrer aos seus préstimos. E lá se foi ele para o jogo, desaposentando-se. De quebra, jogou um bolão, levando o Santa Cruz a desejá-lo.
No entanto, o clube ficou sem goleiro, quando tinha agendado um amistoso, em Recife, com o Sport Recife (2 x 2, em 28.08.1955), e o jeito foi o técnico recorrer aos seus préstimos. E lá se foi ele para o jogo, desaposentando-se. De quebra, jogou um bolão, levando o Santa Cruz a desejá-lo.
ABSURDO - Para não ir para o
futebol pernambucano, Barbosa pediu salário de Cr$ 20 mil cruzeiros e luvas
(grana por fora) de Cr$ 200 mil. Uma exorbitância, na época.
Surpreendentemente, a “Cobra Coral” topou, pois a sua torcida depositou Cr$ 175
mil em urnas colocadas em diversos pontos da capital pernambucana, e, ainda,
pagou até para assistir treino coletivo. Assim, garantiu o pagamento das luvas.
Para cumprir a palavra, Barbosa passou 10 meses no gol do “Santa”.
O investimento foi
bom, pois Barbosa ajudou o Santa Cruz a vencer o Torneio Pernambuco-Bahia, a
maior disputa do futebol nordestino, equivalente a um Rio-São Paulo.
... ao lado de Bellini e de Paulinho de Almeida |
Em 1958, Barbosa estava de volta a São Januário, veteraníssimo,
mas, ainda, fazendo grandes partidas. De quebra, conquistou os três últimos
títulos de sua carreira: Torneio Início, SuperSuperCampeonato Carioca e Torneio
Rio-São Paulo.
Assim como ocorreu
no caso do Santa Cruz, veteraníssimo, Barbosa voltou a defender um clube, para
atender um compadre. Em 1962, ele voltou a comunicar ao Vasco que não jogaria
mais.
No entanto, para atender a um compadre, disputou o Campeonato Carioca da
temporada, pelo Campo Grande, aos 41 anos de idade. Viveu por 79, entre 27 de
março de 1921 e 7 de abril de 2000.
O seu nome na certidão de nascimento era
Moacyr, mas a imprensa trocava o “y” pelo “i”. Assim como fazia com Gylmar (dos
Santos Neves), que era escrito Gilmar.
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