Vasco

Vasco

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

OS ARQUEIROS DA COLINA -4 - BARBOSA-2

Barbosa viveu vida de craque...
Campeão carioca com apenas uma partida disputada, Barbosa saiu para outras. Ajudou o Vasco a ganhar a última edição do Torneio Relâmpago-1946 – só entre os “grandes” cariocas –   e os Torneio Municipal-1946/1947, reunindo só times da cidade do Rio de Janeiro.
Mais? Foi bi estadual, em 1947/49/50/52. Mais? Papou o maior título da história cruzmaltina, em 1948: campeão dos campeões sul-americanos de clubes, o primeiro do futebol brasileiro no exterior. 
CASTIGO - Moacyir Barbosa só lembrado quando se fala de Uruguai 2 x 1 Brasil, pela Copa do Mundo-1950. Ele passou o restante de sua vida afirmando que intuíra, corretamente, o desfecho do lance e que Gigghia errara o chute, que esperava ser um centro para o miolo da área brasileira, onde Schiafino deveria complementá-lo, como ocorrera no primeiro gol da “Celeste”.
Barbosa chegou ao Vasco, em 1943, e ficou até 1955. Desde 1916, quando o clube passou a jogar futebol, ele é considerado o maior camisa 1 que já passou pela Colina. Barrou Rodrigues, em 1946, e tornou-se o goleiro símbolo do “Expresso da Vitória”, a maravilhosa máquina de jogar bola, uma das mais perfeitas já surgidas nos gramados brasileiros.
Em 1953, Barbosa sofreu um grave acidente de jogo, que o deixou parado por toda a temporada seguinte. Em 1955, ele comunicou ao treinador Flávio Costa que encerraria a carreira e, praticamente, desligou-se da “Turma da Colina”.
No entanto, o clube ficou sem goleiro, quando tinha agendado um amistoso, em Recife, com o Sport Recife (2 x 2, em 28.08.1955), e o jeito foi o técnico recorrer aos seus préstimos. E lá se foi ele para o jogo, desaposentando-se. De quebra, jogou um bolão, levando o Santa Cruz a desejá-lo.
ABSURDO - Para não ir para o futebol pernambucano, Barbosa pediu salário de Cr$ 20 mil cruzeiros e luvas (grana por fora) de Cr$ 200 mil. Uma exorbitância, na época. Surpreendentemente, a “Cobra Coral” topou, pois a sua torcida depositou Cr$ 175 mil em urnas colocadas em diversos pontos da capital pernambucana, e, ainda, pagou até para assistir treino coletivo. Assim, garantiu o pagamento das luvas. Para cumprir a palavra, Barbosa passou 10 meses no gol do “Santa”.  
O investimento foi bom, pois Barbosa ajudou o Santa Cruz a vencer o Torneio Pernambuco-Bahia, a maior disputa do futebol nordestino, equivalente a um Rio-São Paulo.
... ao lado de Bellini e de Paulinho de Almeida
  Encerrado seu contrato com o time tricolor de Recife, voltou ao Rio e, em 1956, passou a treinar com a turma do Olaria, para manter a forma. Em 1957, o Bonsucesso chamou-o para defendê-lo durante o Campeonato Carioca.
Em 1958, Barbosa estava de volta a São Januário, veteraníssimo, mas, ainda, fazendo grandes partidas. De quebra, conquistou os três últimos títulos de sua carreira: Torneio Início, SuperSuperCampeonato Carioca e Torneio Rio-São Paulo.
Assim como ocorreu no caso do Santa Cruz, veteraníssimo, Barbosa voltou a defender um clube, para atender um compadre. Em 1962, ele voltou a comunicar ao Vasco que não jogaria mais.
No entanto, para atender a um compadre, disputou o Campeonato Carioca da temporada, pelo Campo Grande, aos 41 anos de idade. Viveu por 79, entre 27 de março de 1921 e 7 de abril de 2000.
O seu nome na certidão de nascimento era Moacyr, mas a imprensa trocava o “y” pelo “i”. Assim como fazia com Gylmar (dos Santos Neves), que era escrito Gilmar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário