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segunda-feira, 18 de junho de 2018

5 - NO MUNDO DA COPA - "TOTÓ" NO LANCE

                               GOLPE PUBLICITÁRIO DOS INGLESES?
   Tarde do domingo 20 de março 1966. Um sujeito chamado Edward Betchley foi até vitrine do Westminster Center Hall, roubou a Taça Jules Rimet, em uma exposição de selos raros, e deixou incrédulos 16 países que disputariam  a Copa do Mundo da Inglaterra, dentro de 113 dias. Desde o Congresso da FIFA-1969, em Roma, que Sua Majestade esperava pela grande festsa do futebol.
Para devolver o caneco, o ladrão exigiu 15 mil libras. Três dias depois, ele caiu nas mãos da Scotland Yard, embora se recusando a revelar onde escondera a “mulher alada”. E, como os policiais procuraram em vão, coube ao cãozinho Pickles (foto), farejando arbustos, pelo sul de Londres, encontrá-la enrolada em jornais.
Quem se deu bem? O proprietário do “totó”, David Corbett. Beliscou recompensa de 3 mil libras, valor três vezes superior ao prêmio dos campeões mundiais. Sem falar que ainda tornou-se convidado de honra para o jogo de abertura do Mundial – Inglaterra 0 x 0 Uruguai. Aliás, cachorros e ingleses sempre se cruzaram em Copas do Mundo. Em 1962, em Inglaterra 1 x 3 Brasil, em Viña del Mar, no Chile, um cãozinho preto invadiu o gramado e driblou até o driblador Mané Garrincha.
Vale lembrar que, após driblar Garrincha, o cãozinho só foi capturado quando Jimmy Greaves ajoelhou-se à sua frente e os dois ficaram olhos nos olhos, se namorando. Num bote rápido, o atacante o agarrou. Depois, Garrincha Mas ganhou o danadinho de presente, trazido pela revista "O Crueiro", que o batizou pelo apelido de "BI" e até o colocou em sua capa, ao ladoo 'Mané', o maior nome daquele Mundial.
Enfim, passado o susto, a comoção mundial pelio sumiço do caneco do mundo e as desconfianças de que fora um golpe de marketing dos ingleses, a bola rolou e os árbitros, na dúvida, não deixaram de da uma “mãozinha” aos anfitriões, que receberam 71 inscrições para o seu Mundial, se bem que 17 africanos tiraram o time de campo, antes das Eliminatórias, por não aceitarem jogar contra seleções da Ásia e da Oceania.
Naquele mundial, o Brasil levou uma mordida de sua desorganização – convocou 46 jogadores para os treinamentos e jamais definiu um time - , sendo eliminado na primeira fase. Venceu a Bulgária, por 2 x 0, mas perdeu, pelos mesmos 1 x 3, para Hungria e Portugal.  




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