Vasco

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sexta-feira, 29 de junho de 2018

HISTÓRIAS DO KIKE - GAMA CAMPEÃO CARIOCA. BATEU QUATRO GRANDES-RJ

      O torcedor gamense não é só apaixonado pelo Periquitão. É, também, um brincalhão. Chega a dizer que o seu time é “campeão carioca”, por já ter vencido  Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo, os “grandes” do RJ. Vale a brincadeira. E, já que vale, confiramos o “título” gamense:

 

02.08.2000 – Gama 2 x 1 Fluminense – valeu pelo Brasileirão no velho e demolido Mané Garrincha. Empolgados pelo 1 x 0 América-MG da estreia, mais de 30 mil torcedores gamenses foram à partida noturna, apitada por Márcio Rezende de Freitas-MG. O Flu era o favorito e, pra completar, contou com uma falha dos zagueiros Gérson e Jairo, em saída de bola. Fatal para Magano Alves abrir a conta, aos 22 minutos. O Periquitão, porém, reagiu rápido. Dois minutos depois, Romualdo empatou: 1 x 1. Passados mais três minutos, o lateral-direito Paulo Henrique cruzou bola, na medida, para o meia William marcar um golaço, de voleio: Gama 2 x 1, virada que resolveu a parada no primeiro tempo e com um atleta a menos - Caçapa foi expulso de campo.

                                REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BASÍLIA

Encerrada a peleja, o Gama, tetracampeão candango, saiu do gramado líder do Brasileirão, com seis pontos, ao lado do Goiás, e tendo o gol de William merecido destaque em todos os programas esportivos das TVs. Naquele temporada, o Brasileirão chamou-se Copa João Havelange, para driblar a FIFA, devido motivos políticos que embananavam o futebol canarinho. O principal deles: a vaga do Gama na Série A fora obtidas na Justiça comum, pois os cartolões do futebol brazuca queriam tirá-lo da elite, para o Botafogo não ser rebaixado. Naquela noite, o Gama liderou o Brasileirão por conta de: Fernando; Paulo Henrique, Gérson, Jairo e Rochinha; Deda (Caçapa), Sérgio Soares, William e Lindomar: Romualdo e Juari (Sílvio), comandados pelo treinador Vágner Benazi. No Fluminense, o técnico Valdir Espinosa escalou: Murilo; Régis, César, Flávio, Fabinho, Donizete Amorim (Yan), Jorginho, Roger Flores, Roberto Brum (Jocian), Alessandro e Magno Alves (marco Brito).

 

30.09.2001 – Gama 2 x 1 Flamengo -  Nem o mais fanático torcedor gamense esperava. Afinal, desde que enfrentava o Flamengo, por Brasileiro e Copa do Brasil, nunca o Periquitão levara a melhor, como mostra este retrospecto: 15.11.1089 – Gama 1 x 2; 05.04.1005 – 1 x 2; 12.04.1995 – 0 x 3; 17.02.1008 – 2 x 4; 11.09.1999 – 1 x 1 e 30.09.2000 – 2 x 4. Logo, nenhum dos 19.798 pagantes que foram ao Maracanã naquela tarde de domingo contava com uma zebra na partida em que os flamenguistas eram favoritíssimos.

 Os rubro-negros tinham pela frente um adversário que, até ali, só havia vencido uma partida daquele Brasileirão – 15.08.2001 – 2 x 1 Grêmio-RS, em casa -, mas o Periquitão viu que dava pra acabar com o tabu em jogo no “Maraca”, pois o Urubu ameaçava, mas não matava. Atuando no esquema tático 3-5-2, o Gama se assanhou e, aos 17 minutos, Luís Fernando chutou, da intermediária, e bateu na rede: Gama 1 x 0. Surpreendente! Pois assim terminou o primeiro tempo.

                                  REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASÍLIA

 A segunda etapa começou com o Urubu fervendo pra cima do Periquitão. Mas a defensiva alviverde estava mais fera. Só mesmo com um chute de longe, da intermediária, parecido com o tento gamense, o anfitrião empatou, aos 22 minutos, na conta de Vampeta, que vinha sendo vaiado: 1 x 1. Quem esperava Gama administrando empate, apostou errado. Aos 34, Anderson atacou, pela esquerda, chutou ao gol, André Bahia tentou salvar, mas Mauro pegou o rebote e encaçapou: Gama 2 x 1, resultado que fez o Periquito voar, da 26ª, para a 24ª colocação.        

 Treinado por Cláudio Duarte, o Gama alinhou: Ronaldo; André Figueiredo, Jairo e Nen; Paulo Henrique, Deda, Lindomar, Luís Fernando e Romualdo (Piá); Reinaldo (Mauro) e Anderson (Jefferson). O Flamengo, de Mário Jorge Lobo Zagallo, teve: Júlio César; Bruno Carvalho, Anderson Luís, André Bahia e Cássio; Jorginho, Vampeta, Rocha (Andrezinho) e Petkovic; Edílson Capetinha e Roma (Jackson).       

           

22.08.2002 – Gama 1 x 0 Vasco da Gama – Um convidado indesejado. Foi como os vascaínos viram os gamenses, em São Januário, quando começariam as festas pelas 104 velinhas a serem acesas no bolo do clube, no dia seguinte. O Brasileirão ainda estava pelos inícios e a beliscada do Periquitão, naquela noite, valeu dez puladas de galhos, subindo do 21º, para o 11º lugar, com seis pontos somados – antes, em 17.08.2002, rolara  2 x 1 pra cima do Vitória-BA.

 O Gama só estragou a festa do Almirante, aos 40 minutos do primeiro tempo, quando Dimba sofreu falta à entrada da área fatal vascaína. Ele mesmo cobrou e botou na rede. Mas poderia ter feito isso, aos 25, quando Jackson cruzou bola para Vinicius cabecear e acertar a trave. No final de tudo, sobrou para o presidente vascaíno, Eurico Miranda, apupado pela torcida da turma da casa.

Apitado por Leonardo Gaciba-RJ, o jogo teve 3.299 pagantes e renda não divulgada. O Gama, comandado por Hélios dos Anjos, venceu com: Pitarelli; Paulo Henrique, Vinicius, Jairo e Rochinha; Deda, Nen, Jackson (Anderson) e Lindomar (Rafael); Paulo Nunes (Romualdo) e Dimba. O Vasco, treinado por Antônio Lopes, foi: Weldon; Wellington, Géder, Emerson e Jorginho (Wederson); Haroldo, Bruno Lazaroni, Rodrigo Souto e Andrezinho; Léo Guerra (Ely Thadeu) e Souza (Washington).                  

                                         REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASILIA


28.08.2002 0 Gama 2 x 1 Flamengo – este jogo foi no Serejão, em Taguatinga, e o Periquitão deixo  Lula Pereira (primeiro treinador negro do Fla) com o emprego ameaçado. Os tentos gamenses foram marcados por Rafael, aos 26 minutos da etapa inicial - Zé Carlos empatou, aos 21min do segundo tempo -, e Paulo Nunes (cria dos rubro-negros),  aos 28 da mesma etapa, no terceiro triunfo alviverde na competição.

Lourival Dias Filho-BA apitou a partida, que teve 11.738 pagantes e arrecadou R$ R$ 52.170,00. O treinador  Hélio dos Anjos escalou estes alviverdes: Pitarelli; Paulo Henrique, Vinícius, Jairo e Rochinha; Deda, Rafael, Lindomar (Anderson) e Jackson; Romualdo (Marquinhos) e Paulo Nunes. O Flamengo teve: Júlio César; Alessandro, André Bahia, Fernando e Rubens (Anderson); Jorginho, André Gomes, Felipe Melo (Iranildo) e Hugo (Andrezinho); Liédson e Zé Carlos. 


07.04.2004 – Gama 3 x 2 Botafogo -  Em 10 participações, foi a primeira classificação do Periquitão à terceira fase da Copa do Brasil. E com um “time de garotos”, pois o treinador Everton Goiano rejuvenesceu bastante a rapaziada que mandou para o gramado do Maracanã, naquela noite de uma quarta-feira. Para os 9.966 pagantes (absoluta maioria botafoguense) que gastaram R$ 66.951, zebraça! - consideração discordada pelos gamenses, por terem empatado o jogo de ida – 24.04 -, no Bezerrão, por 4 x 4, mostrando muita personalidade,

 Enfim, podendo ir adiante se ficasse por até 3 x 3, o Botafogo começou a pugna querendo decidi-la, já. E abriu o placar, aos nove minutos, Ruy cruzou, Alex Alves cabeceou e comemorou: 1 x 0. Mas por pouco tempo. Aos 10, Rodriguinho chutou, o goleiro Jefferson deu rebote e Victor empatou: 1 x 1. Aos 17, Weider fez falta, perto da área fatal alvinegra, e o zagueiro/volante Thiago mandou a bola para o ângulo direito superior do arco defendido por Jefferson: Gama 2 x 1. Zebra? Até poderia ser. O Gama, porém, manteve pegada ofensiva e defensiva barrando todas as investidas alvinegras. Aos 37, Wesley roubou bola dos botafoguenses e acionou Victor, que driblou um marcador e botou na rede: Gama 3 x 1, placar do primeiro tempo.                

                            Michel Platini reproduzido de www.memorialdogama.com.br - 

 Para a etapa final, o treinador botafoguense, Levir Culpi, fez três substituições e partiu para o abafa. O Gama fechou-se e resistiu só por nove minutos, quando Alex Alves reduziu a conta: Gama 3 x 2. Aos 36, Weider cometeu pênalti sobre Alex Alves. Este mesmo cobrou, acertou a trave, a bola bateu nele na volta, Ruy pegou a rebarba e marcou, mas o juiz Wallace Valente-ES invalidou o tento, por a pelota ter tocado em um jogador do time cobrador, como está nas regras do jogo, que teve quatro minutos de acréscimos para o Periquitão garantir vaga nas oitavas-de-final do Copão.

Gama do dia: Osmair; Weder, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Thiago (Leandro Leite); Goeber, Wesley e Rodriguinho; Victor (Macaé) e Michel Platini. Botafogo: Jefferson; Ruy, Sandro, João Carlos e Jorginho Paulista (Daniel); Fernado, Túlio (Carlos Alberto), Valdo e Camacho; Dil (Hugo) e Alex Alves. OBS: para esta partida ser disputada foi preciso o Gama vencer, também, o Paranavaí-PR, no tapetão, após eliminá-lor – 0 x 0 e 3 x 0 – em campo. Os paranaenses acusavam o Periquitão de ter usado, ilegalmente, o lateral-direito Allan, durante o jogo de ida, quando o rapaz não saira do banco dos reservas.


 

04.04.2007 – Gama 2 x 1 Vasco da Gama – Noite “destinada” a Romário marcar o seu milésimo gol (pelas contas dele). A torcida cruzmaltina prestigiou,  com 32.681 pagantes comparecendo ao Maracanã - renda de RS 490.955,00 - para fazer um festão. Pena que não combinaram com o Gama. E, já que não combinaram, no primeiro minuto, Rodrigo Ninja mandou uma sapatada, da intermediária, para o goleiro vascaíno Cássio aceitar: Gama 1 x 0. Aos 15 minutos, o Almirante empatou, com uma cabeçada do meia Renato, deixando a etapa inicial no 1 x 1.


                                 REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASÍLIA

                                O Gama estragou a festa que estava armada para Romário (D) 

No segundo tempo, o Gama sumiu com Romário e a sua torcida já não esperava mais pelo “milésimo”. Muita gente, inclusive, já havia ido embora. Aos 48 minutos, nos descontos, Dendel sofreu falta, à entrada da área fatal dos anfitriões. Marcelo Uberaba foi lá e disparou um “míssil” para o ângulo superior direito do poste defendido por Cássio: Gama 2 x 1 -  com os 2 x 2 do jogo de idas, classificou-se para enfrentar o Figueirense na fase seguinte.

Evandro Rogério Roman-PR apitou e o Gama, treinado por Gílson Kleina, alinhou: Juninho; Cléber Carioca, Augusto e Dênis; Márcio Goiano, Ricardo Araújo, Marcelo Uberaba, Valdeir (Lei) e Rodrigo Ninja; Neto Potiguar (Dendel) e André Borges (Índio). O Vasco da Gama, do treinador Renato “Gaúcho” Portaluppi, foi: Cássio; Wágner Diniz, Fábio Braz, Dudar e Rubens Junior (Guilherme); Roberto Lopes, Amaral, Renato (Abedi) e Morais (Dario Conca); Leandro Amaral e Romário. 


 
 

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