Quem estiver pelo
Rio de Janeiro e passar por uma placa anunciando Avenida Rainha Elizabeth, por
certo, pensará se tratar de uma homenagem à Elizabeth II, da Inglaterra. Claro! Afinal,
ela é a Elizabeth mais famosa do planeta.
Mas a homenageada é uma xará, uma antiga
rainha da Bélgica, que tem o seu nome distinguido por um terreno que
começa quase ao final da Avenida Atlântica, pela altura do Posto 6, e termina
na Avenida Vieira Souto, em Ipanema. Basicamente, é
uma rua residencial, com poucos pontos comerciais.
A linda e gloriosa "Bethbelgic" |
O desbravador do
local foi o Barão de Ipanema, José Antônio Moreira, assim tornado por Dom Pedro
II, em 24 de março de 1847, e o primeiro nome do pedaço chamou-se Rua
Doutor Pires de Almeida, trocado, mais tarde, para Rua Valadares, em homenagem ao prefeito Henrique Valadares, que administrou a cidade entre 1893 a 1895.
De sua parte, a Rainha Elizabeth tornou-se nome da rua a partir de 1920, quando o local tinha só 16 casas, das quais 11 de dois andares e um com três.
De sua parte, a Rainha Elizabeth tornou-se nome da rua a partir de 1920, quando o local tinha só 16 casas, das quais 11 de dois andares e um com três.
A
homenagem surgiu por ocasião da visita dela ao Brasil, acompanhando o marido, o
rei Alberto I, em setembro de 1920. Em 7 de outubro de 1922, por decreto, o prefeito
Carlos Sampaio passou a rua a avenida e esta, então, ganhou o nome da soberana
belga.
Elizabeth
foi filha do Duque Carlos-Teodoro, da Baviera, e casou-se como então príncipe
Alberto, em 2 de outubro de 1900 – tornou-se rei em dezembro de 1909. Durante a
I Guerra Mundial, em 14, ela criou hospitais e atuou como enfermeira,
auxiliando cirurgias. Ficou viúva, em 1934, quando o marido - era considerado um
herói, por ter chefiado as tropas de seu país e impedido o progresso dos
alemães – despencou de uma montanha que escalava, esportivamente.
Após a tragédia com seu rei, a rainha
Elizabeth dedicou-se, integralmente, às artes. Em 1937, lançou um concurso musical
que ainda hoje é realizado. Viveu até 23 de novembro de 1965, quando tinha 89
de idade. O prefeito César Maia tentou tirar-lhe a homenagem, mas não
conseguiu. E os transeuntes continuam passando pela Avenida Rainha Elizabeth (da
Bélgica).
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