Uma das seleções que mais falta faz a esta Copa do
Mundo da Rússia é a da Holanda. Duas vezes vice-campeãs mundial, a
"Laranja Mecânica", como ficou conhecida, durante o Mundial-1974,
levou momentos de futebol mágico para torcedores ao vivo, ou pela TV. Um dos
seus astros, Johan Kruijff, deixou a sua técnica registrada entre as 10
melhores de atacantes, desde que o futebol existe.
Johan Kruijff reproduzido de www.esporte.uol.com,.br |
Brasil e Holanda já se pegaram na bola por 10 vezes,
em seis amistosos e por quatro jogos de Mundiais, com três vitórias nossas,
três deles e quatro empates: 15 gols pra gente e 15 pra eles.
Depois, da
primeira "brincadeira", levamos 26 anos (20.12.1989) para vencê-los,
demora que Portugal não teve, quando rechaçou a tentativa inicial de invasão
holandesa à Bahia, em 1625, o que não foi grandes coisas, pois eles vieram com
1.700 homens.
A primeira vitória brasileira sobre a Holanda no futebol,
no entanto, também, não é lá grande feito. Comemorava-se os 100 anos da Federação Holandesa
de Futebol e a seleção deles estava sem os craques Van Basten, Gullit e
Rijkiaard. Com gol de Careca, 1 x 0, amistoso, em Roterdã. Nos outros
amistosos, três 2 x 2: em 31.08.1966, em Amsterdã; em 05.05.1999, em Salvador,
e em 08.10.1999, em Amsterdã.
COPAS DO MUNDO – Em 03.07.1974, no Westfalenstadion,
diante de 52.500 almas, a Laranja Mecânica, de Cruijff e Neeskens, os atores
dos gols embarcou no “carrossel” do técnico Rinus Michel e mandou
incontestáveis 2 x 0, pelo primeiro Mundial promovido pela Alemanha – o segundo
foi em 2006.
Robinho, reproduzido de www.cbf.com.br, marcou gol no último jogo Brasil x Holanda |
O penúltimo encontro de brasileiros com holandeses,
por Mundiais, em 07.07.1997, no Velódrome, de Marselha, na França, terminou 1 x
1, no tempo normal, diante de 54 mil assistentes. A decisão foi para os
pênaltis, e o goleiro Taffaarel defendeu dois, classificando o Brasil: 4 x 2,
para decidir a Copa-98, com a França.
Dunga era o treinador no dia do vexame |
No jogo do Mundial sul-africano, a Holanda mandou a Seleção Brasileira de volta pra casa, por 2 x 1, em 2 de julho de 2010, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, com arbitragem do japonês Yuichi Nishimura e público de 40.186 almas. Robinho abriu o placar, aos 10 minutos do primeiro tempo.
Aos 8 da etapa final, o goleiro Julio Cesar e o apoiador Felipe Melo se enrolaram numa bola, no gol de empate dos holandeses, com a pelota tocando, por último, no segundo. Depois, a FIFA atribuiu o gol a Sneijder, o autor do chute e, também, da cabeça da virada do placar, aos 22 da etapa final, quando. Felipe Melo foi expulso de campo, por chutar Robben, quando este estava caído.
Dirigida pelo treinador Bert van Marwijk, a seleção da Holanda venceu por causa de Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong, Sneijder e Kuyt; Van Persie (Huntelaar) e Robben. O time do técnico Dunga foi: Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto SIlva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luís Fabiano (Nilmar).
CONATO - Brasileiros e holandeses não ficaram
sendo muito assíduos em seus duelos na bola. Deveriam ser o bem maiores, já que
foi grande contribuição deles à nossa formação, como nação. Ainda que tenha
sido pela força de suas armas, durante uma dominação que durou de 1630 a 1654,
numa parte que ia de Pernambuco ao Maranhão.
Informados da vulnerabilidade militar da colônia
portuguesa, a Holanda, detentora de poderosa indústria naval, decidiu chegar. E
chegou, deixando boas marcas, principalmente, após o conde João Maurício de
Nassau trazer profissionais que impulsionaram a vida do "Brasil
holandês" na economia, arquitetura, engenharia, letras e artes, durante
sua administração, de 1637 e 1644.
Sobre o período há vários livros, como este (Tempos de Nassau) da foto ao lado, pesquisado por 10 historiadores.
No futebol, levou-se 309 anos, depois que os
portugueses expulsaram os holandeses, para os brasileiros o desafiarem na
pelota. Nos arquivos da Confederação Brasileira de Futebol consta que o
primeiro duelo deu-se, amistosamente, em 02.05.1963, no Estádio Olímpico de
Amsterdã, com 1 X 0 para os anfitriões e Petersen marcando o gol,
aos 44 minutos do segundo tempo. Só que não foi bem assim, segundo Geraldo
Romualdo da Silva, um dos maiores historiadores do futebol brasileiro.
Contava o jornalista que a Seleção Brasileira, na
realidade, participara de um “faz de conta que é um jogo”, contra o time da
Phillips, que distribuíra aos visitantes radinhos de pilha, barbeadores e
outros produtos que a empresa fabricava. Segundo ele, foram dois tempos, de 20
minutos, e, de tão irresponsáveis que estiveram os canarinhos naquele dia, aos
44 da fase final, a zaga da “Seleção Transistor” (apelido ganho depois do
encontro), ficara brincando de driblar os gringos dentro da área, até perder a
bola para Petersen fazer o gol.
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