O linguajar “brasileirês’ registra palavras e gírias que pegam pra valer e depois somem. Caso de “brazuca”, termo criado pelos portugueses, em resposta ao “portuga” que os ”brasilairos” lhe chamavam. Era pra ser depreciativo, de sufixo “uca” que era lusado em mixuruca (bobo, bobagem). Mas a “portugada” chutou pra fora, pois os cariocas gostaram da onda e esta rolou legal pelos velhos rincões de “Pindorama”.
Como tudo no Brasil entra e sai de moda, de
repente, com o “brazuca” não foi diferente. Mas o termo voltou ao papo da
galera, quando, entre 1968/1969, surgiu o grupo musical A Brazuca, que
emplacou legal, fez muito sucesso. Formado por Antônio Adolfo (piano/arranjos),
Victor Manga (bateria), Luiz Cláudio Ramos (guitarra), Luizão Maia e Alex
Malheiros (baixistas) e Biba e Julie (vocal), a moçada não só escalou paradas
de sucesso, como inovou na linguagem de suas letras, que eram cantadas até na
conservadora Minas Gerais.
Não há registros de quando a palavra “brazuca” surgiu e nem de que ela tenha algvo a ver com ibirapitanga (árvore vermelha), como os índios chamavamo pau-brasil (Paubrasilia echinata) e que deu origam a Brasil, nome oficial do pedaço a partir de 1530, quando da consolidação do sistema colonial. Pode ser mais provável que temha surgido pelos idos de 1815, com a família real portuguesa vivendo no Brasil, fugida do francês Napoleão Bonaparte e quando o intercâmbio com Portugal passou a ser maior. Tambem,, não se sabe que os primeiros escrirtos eram “brazuca” ou “brasuca”. Mas isso é irrelevante, porque o Dicionário Ortografico a Língua Portuguesa só surgiu depois que a palavra já rolava por aí. Para este, deve sedre com o “s”, por se tratar de gíria que não têm força para mudar o que está definido.
Em sua terceira volta à moda, o “brazuca’ rolou legal até por volta de 1973, quando pintaram novas gírias, como “podes crer”; “dar um rolé”; “abater uma lebre”; “transar”; ”sacação”; “faz som”; “bem na fita”, etc, etc, etc.
De outra parte, se
os brasileiros gostaram do “brazuca”, não gostaram nem um pouco quando eram chamados por
tupiniquins, em referência aos primitivos índios – também chamados por
tupinaquis e topinaquis – encontradospor aqui durante o século 16,
pelo sul da Bahia e a baixada e o planalto paulista. Se bem que nem deveriam se
importar, pois os portugueses, enquanto tentavam depreciá-los,
simplesmente, demonstravam
desconhecimento geográfico, pois nem todos os brasileiros eram baianos ou
paulistas, para terem sangue dos tupiniquins.
Etimologicamente,
deveríamos ser brasilienses, “ natural, habitante, cidadão do Brasil”., de acordo com velhos
dicionários. No entanto, o presidente Juscelino Kubitscheck cunhou o termo
para habitantes de Brasília, o que pegou, ficou e mudu. Logo, em Brasilia, não temos “brazucas”,
brasileiros e nem tupiniquins. Só brasilienses. De acordo?
O linguajar
“brasileirês’ registra palavras e gírias que pegam pra valer e depois somem.
Caso de “brazuca”, termo criado pelos portugueses, em resposta ao “portuga” que os ”brasilairos” lhe chamavam.
Era pra ser depreciativo, de sufixo “uca” que era lusado em mixuruca
(bobo, bobagem). Mas a “portugada” chutou pra fora, pois os cariocas gostaram
da onda e esta rolou legal pelos velhos rincões de “Pindorama”.
Como tudo no Brasil entra e sai de moda, de
repente, com o “brazuca” não foi diferente. Mas o termo voltou ao papo da
galera, quando, entre 1968/1969, surgiu o grupo musical A Brazuca, que
emplacou legal, fez muito sucesso. Formado por Antônio Adolfo (piano/arranjos),
Victor Manga (bateria), Luiz Cláudio Ramos (guitarra), Luizão Maia e Alex
Malheiros (baixistas) e Biba e Julie (vocal), a moçada não só escalou paradas
de sucesso, como inovou na linguagem de suas letras, que eram cantadas até na
conservadora Minas Gerais.
Não há registros de
quando a palavra “brazuca” surgiu e nem de que ela tenha algvo a ver com ibirapitanga (árvore vermelha), como os índios chamavamo pau-brasil
(Paubrasilia echinata) e que
deu origam a Brasil, nome oficial do pedaço a partir de 1530, quando da
consolidação do sistema colonial. Pode ser mais provável que temha surgido
pelos idos de 1815, com a família real
portuguesa vivendo no Brasil, fugida do francês Napoleão Bonaparte e quando o
intercâmbio com Portugal passou a ser maior. Tambem,, não se sabe que os
primeiros escrirtos eram “brazuca” ou “brasuca”. Mas isso é irrelevante, porque
o Dicionário Ortografico a Língua Portuguesa só surgiu depois que a palavra já
rolava por aí. Para este, deve sedre com o “s”, por se tratar de gíria que não
têm força para mudar o que está definido.
Em sua terceira
volta à moda, o “brazuca’ rolou legal até por volta de 1973, quando pintaram
novas gírias, como “podes crer”; “dar um rolé”; “abater uma lebre”; “transar”;
”sacação”; “faz som”; “bem na fita”, etc, etc, etc.
De outra parte, se
os brasileiros gostaram do “brazuca”, não gostaram nem um pouco quando eram chamados por
tupiniquins, em referência aos primitivos índios – também chamados por
tupinaquis e topinaquis – encontradospor aqui durante o século 16,
pelo sul da Bahia e a baixada e o planalto paulista. Se bem que nem deveriam se
importar, pois os portugueses, enquanto tentavam depreciá-los,
simplesmente, demonstravam
desconhecimento geográfico, pois nem todos os brasileiros eram baianos ou
paulistas, para terem sangue dos tupiniquins.
Etimologicamente,
deveríamos ser brasilienses, “ natural, habitante, cidadão do Brasil”, de acordo com velhos
dicionários. No entanto, o presidente Juscelino Kubitscheck cunhou o termo
para habitantes de Brasília, o que pegou, ficou e mudu. Logo, em Brasilia, não temos “brazucas”,
brasileiros e nem tupiniquins. Só brasilienses. De acordo?
Publicado pelo Jornal de Brasília de 28.02.2025e trazdo para cá pelo Túnel do Tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário