Vasco

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domingo, 14 de junho de 2020

HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILENSE. SOUZA FOI "XERIFE" AOS 15 DE IDADE

    Em 1982, o Brasília Esporte Clube estava negociando o zagueiro Mário, com o Cruzeiro. O técnico Alaor Capela tinha jogo contra o Gama e precisava de um “xerifão” para segurar o ataque do Periquitão. Fez uma conferida pelo grupo e constatou que o melhor substituto de Mário seria um garoto alto e forte do time tricampeão brasiliense juvenil (1980/81/82). Só não imaginava que o rapaz tivesse apenas 15 anos. Mesmo assim, o escalou. Depois daquele domingo, Eustáquio Lopes de Sousa virou titular absoluto. E não demorou muito foi parar no Vasco da Gama.

 “Eu disputava os Jogos Escolares Brasileiros, pela seleção candanga, quando o técnico Joel Santana, que comandava a urma do Maranhão, me convidou a jogar pelo Vasco, juntamente com mais dois colegas do Brasília, o Jussiê (ponta-direita) e o Vando (ponta-esquerda). Fomos e lançados no time júnior vascaíno”, conta Sousa.

Reprodução do álbum do atleta 

 Rolou 1982 e 1983, e Sousa foi se firmando na zaga das divisos de base de São Januário. Quando convocou a seleção brasileira sub-20, para o Pan-Americano da Bolívia, o técnico Jair Pereira o chamou para os treinos. Depois, foi convocado par ao Mundial da categoria, no México. Fez dois amistosos e passou pela maior decepção de sua vida.

“Quem me contou foi o Giovani (eleito o melhor daquele Mundial). Me cortaram para levar alguém de um outro clube (Jorginho, do América-RJ), por interesse político da CBF”, conta Sousa.

Hoje, Sousa bate as suas peladas nas noites de Brasília, enquanto trabalha como motorista de um laboratório. Não guarda boas lembranças dos seus tempos de futebol, principalmente do Fluminense.

“Em 1992, eu era titular da zaga tricolor e na final da Copa do Brasil, contra o Internacional, o árbitro José Aparecido de Oliveira (SP) inventou um pênalti absurdo que eu teria cometido, durante um cruzamento, do lado direito do ataque deles, para a nossa área, quando o Pingo se jogou sobre mim. Perdi a cabeça e o agredi o juiz. Peguei 180 dias de suspensão, sem que o clube nada fizesse para me defender. Mas defendera o (lateral-esquerdo) Lira, que também se envolvera na confusão. Pensei em processar o Fluminense”.  

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