Naquela tarde, o
público não foi revelado, porque as TVs distribuíram 1.200 ingressos para o
povão. Mas foi bom, não melhor devido uma chuvinha chata, que chateou mais
ainda o Lobo da Colina, que não consguiu imprimir seu toque de bola, devido ao
campo enlameado. Precisando só empatar, o Águia só contraatacava e lançava os
dois ponteiros, armadilha do técnico Canhoto que segurou o rival. Durante o
primeri quarto de jogo, a torcida alviazul se levantou, quando Serginho atacou,
pela ponta-esquerda, e atrasou, para Caiaba chutar, raspando o travessão. Aos
30 minutos, mais emoções. Péricles, de virada, obriga o gleiro Adriano se
virar, para fazer a bola sair rente às traves. Na cobança do escanteio, o
goleiro quase joga a bola pra dentro. De sua parte, o Lobo não merdeu na etapa.
Chutou uma bola boba, por Jânio – o goleiro Augusto fez pose para os
fotógafos.
Nitidamete, sentindo
falta do centraovante Eder, o subtituto Jesus não fazia milagre. Tanto que, no
segundo tempo, foi trocado por Bolão, que jogou uma bolinha, razão pela qual o
“maestro” Péricles ditou ritmo. Pena que seu ataque estivesse desafinado.
No segundo tempo, o Águia seguiu tentando beliscar,
parecendo que era quem precisava “morder”, pois o Lobo não estava faminto. Até
deixou Caiaba, no início da etapa, levar sua turma na conversa, driblando, do
meio do campo até as barbas de Adriano, sem ser molestado. Pena que não tinha
pé tão certo, ainda. Mas, aos 13 minutos, saiu de trás da zaga para matar: 1 x
0 e taça e faixa, pois o Guará preferiu
“perder honrosamente”. Tentar a virfadfa não era coisa pra Lobo bobo. Seis anos
após o nascimento, a Águia saía do ninho e pousava a galeria dos campeões
brfasilienses.
O Taguatinga jogou com: Augusto; Warlan, Décio, Emerson e
Edson; Boni, Péricles e Raimundinho;
Paulo Hermes, Caiaba e Serginho. O Guará foi: Adriano; Elmo, Luís Fernando,
Edvaldo e Maia; Barão, Newton e Jânio;
Ivnildo, Jesus (Bolão) e Dionísio. Roberto Coelho foi o árbitro expulsou
de campo o alviazul Raimundinho, popr entada desleal sobre Ivonildo. A renda
foi de Cr$ 643 mil, 350 cruzeiros (moeda da época).
A campanha do Taguá fora iniciada pelo trinador Bugue
(Joaqui Cristiano Neto), que trocara o clube pela Anapolina. No primeiro turno,
os resultados foram: 2 x 2 Gama; 2 x 1 Sobradinho; 2 x 1 Brasília; 2 x 1
Tiradentes e 0 x 1 Guará. Decisão da fase: 2 x 0 Brasília; 1 x 0 Guará e 0 x 1 Guará. Segundo turno: 0 x
1 Gama; 2 x 2 Sobradinho; 2 x 0 Tiradentes; 2 x 0 Guará e 1 x 1 Brasília.
Decisão da etapa: 1 x 1 Brasília e 0 x 2 Brasília. Terceiro turno: 2 x 1 Gama;
0 x 0 Tiradentes; 0 x 0 Guará; 1 x 0 Brasília e
3 x 0 Guará. Decisão: 0 x 0 Guará e 2 x 0 Guará. Triangular fina: 2 x 0
Brasília; 1 x 0 Guará; 1 x 0 Brasília e 1 x 0 Guará. Foram 17 vitória, 17
empates e quatro derrotras, com 33 gols pró e 14 contra. Péricles,mesmo sendo meia, foi o pricipal
artilheiro do time, com sete gols. Dos atacantes, Paulo Hermes fez seis e
Caiaba cinco.
Além do titulares da
última partida, o grupo teve, ainda, os jogadores: Luciano (goleiro), Edson, Eraldo (laterais), Duda (zagueiro),
Marquinhos, João Carlos (volantes), Euzébio (meia), Palo Caju e Zé Vieria
(ponteiros). A comissão técnica, além do treinador Canhoto, foi formada pelos
massagistas Raspinha e Paulemiro; o médico Flory Machado, e os preparadores
físicos Pedro Hugo e Heitor Kanegae. A dirfetoria campeã era: presidente,
Froylan Pinto; vice-presidente, Toninho Martins; diretor de futebol, Wandre
Abdala, e supervisor, Edílson Braga.
O grande nome do
primeiro título taguatinguense no futebol profissional dancango foi o meia
Péricles Carvalho, com 27 anos de idade. Destaque do Ceub, que parara em 1976,
ele foi para o Goiânia e sagrou-se vice-campeão goiano, em 1977. Voltou, em 78,
e ganhou o título candango, pelo Brasília. Em 79, mudou-se, para o Gama, para
ser campeão, novamente. Em 80, seguiu para o paulista Guarani, de Campinas, que
o emprestou ao Taguá, em 1981.
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