Ademir Menezes, reproduzido da revista O Cruzeiro de 27 de março de 1954 |
Dois xarás Ademir brilharam no
ataque do Vasco da Gama, distanciados por duas décadas. Um era pernambucano e o
outro paulista, ambos nascidos à beira mar.
O primeiro a chegar a São Januário
foi Ademir Marques de Menezes, considerado, por muitos historiadores do futebol
brasileiro, o maior jogador da história do Vasco da Gama e um dos principais da
bola brazuca. Ninguém bateu na rede mais do que ele, em um só Mundial – no total,
iguala-se a Vavá e a Jairzinho (9 gols), ficando atrás só de Ronaldo Fenômeno
(15) Pelé (12).
Atacante rápido, o Menezes tinha
arrancadas impressionantes rumo ao gol e sabia armar jogadas para conclusões.
Foi o primeiro ponta de lança do
país.
Autor de 301 gols vascaínos, num tempo em que se jogava bem menos, Ademir Menezes esteve como maior maior ídolo da Turma da Colina, até 1971, quando surgiu Roberto Dinamite.
Autor de 301 gols vascaínos, num tempo em que se jogava bem menos, Ademir Menezes esteve como maior maior ídolo da Turma da Colina, até 1971, quando surgiu Roberto Dinamite.
Nascido
na pernambucana Recife, em 8 de novembro
de 1922, Ademir Menezes viveu até 11 de maio de 1996, tendo sido vascaíno em
duas oportunidades: de 1942 a 1945, e de 1948 a 1956. No meio disso, defendeu o
Fluminense.
Os títulos dele pelo Almirante foram: Campeonato
Sul-Americano de Clubes Campeões-1948; Campeonatos Carioca-1945/1949/1950/1952;
Torneio Relâmpago-RJ-1944; Torneio Municipal-RJ-1944/1945; Torneio Octogonal do
Chile-1953; Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro-1953 e Torneio Rivadávia Correia
Meyer-1953.
Ademir, ainda representando o Vasco da Gama,
foi o principal artilheiro da Copa do Mundo-1950 (9 gols), do Estaduais-RJ-1949
(31), e 1950 (25), além do Torneio Rio-São Paulo-1951 (9).
Como o Ademir Silva aconteceu
aquela história do jogador levado por contrapeso, mas que terminou acontecendo, enquanto o outro tomou Doril
(e a dor de cabeça sumiu, como diz propaganda
Ademir Silva, reproduzido do álbum do kikenauta Raimundinho Maranhão |
Rolou, então, de o Peixes interessar-se pelo ponta-direita
Wilson Tergal, do Paulista, de Jundiaí-SP. Ademir entrou no rolo, que incluiu o
empréstimo de mais dois santistas. Rolou o tempo, o Tergal encolheu, Ademir esticou
o seu talento com novas camisas e uma delas terminou estendida ao sol de São Januário.
Entre 1970/1971, Ademir não conseguiu espaço do
time vascaíno. Em 1972, ganhou as primeiras chances e entrou em quatro
partidas. Em 73, já foram 22 refregas. Em
1974, disputando só nove pugnas, na mais importante delas marcou o primeiro gol
de Vasco 2 x 1 Cruzeiro, no Maracanã,a brindo o caminho para o Almirante faturar o seu primeiro título
de campeão brasileiro (primeiro de um time carioca) – Andrada; Fidélis, Miguel,
Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite
e Luís Carlos Lemos foi a formação.
Em 1975, Ademir fez mais nove jogos
e um gol, totalizando dois em toda a sua história de bolas cruzmaltinas na rede.
Foi emprestado ao mesmo Paulista, de Jundiaí, voltou ao Vasco, em 1976, e foi
emprestado, novamente, mas ao Volta Redonda-RJ. Novo retorno à Colina, em 1977,
sem chances de jogar.
Nascido em 9 de maio de 1947, em
Santos, Ademir saiu, para sempre, do Vasco, rumo ao Londrina-PR, pra ficar até
1978 e desaparecer dos gramados – e da vida, em 2001.
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