Vasco

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sexta-feira, 12 de junho de 2020

XARAZADA ADEMIRIANA NA COLINA

Ademir Menezes, reproduzido
 da revista O Cruzeiro
de 27 de março de 1954
Dois xarás Ademir brilharam no ataque do Vasco da Gama, distanciados por duas décadas. Um era pernambucano e o outro paulista, ambos nascidos à beira mar.
O primeiro a chegar a São Januário foi Ademir Marques de Menezes, considerado, por muitos historiadores do futebol brasileiro, o maior jogador da história do Vasco da Gama e um dos principais da bola brazuca. Ninguém bateu na rede mais do que ele, em um só Mundial – no total, iguala-se a Vavá e a Jairzinho (9 gols), ficando atrás só de  Ronaldo Fenômeno (15)  Pelé (12).
Atacante rápido, o Menezes tinha arrancadas impressionantes rumo ao gol e sabia armar jogadas para conclusões. Foi o primeiro ponta de lança do país.
 Autor de 301 gols vascaínos, num tempo em que se jogava bem menos, Ademir Menezes esteve como maior maior ídolo da Turma da Colina, até 1971, quando surgiu Roberto Dinamite.
Nascido na pernambucana Recife, em  8 de novembro de 1922, Ademir Menezes viveu até 11 de maio de 1996, tendo sido vascaíno em duas oportunidades: de 1942 a 1945, e de 1948 a 1956. No meio disso, defendeu o Fluminense.
 Os títulos dele pelo Almirante foram: Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões-1948; Campeonatos Carioca-1945/1949/1950/1952; Torneio Relâmpago-RJ-1944; Torneio Municipal-RJ-1944/1945; Torneio Octogonal do Chile-1953; Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro-1953 e Torneio Rivadávia Correia Meyer-1953.  
Ademir, ainda  representando o Vasco da Gama, foi o principal artilheiro da Copa do Mundo-1950 (9 gols), do Estaduais-RJ-1949 (31), e 1950 (25), além do Torneio Rio-São Paulo-1951 (9).
Como o Ademir Silva aconteceu aquela história do jogador levado por contrapeso, mas que terminou acontecendo, enquanto o outro tomou Doril (e a dor de cabeça sumiu, como diz propaganda
Ademir Silva,
reproduzido do
álbum do kikenauta
Raimundinho Maranhão
Em 1968, em seus inícios de carreira, o Silva jogava pelo time júnior do Santos, ao lado de Zoca, irmão de Pelé. Era um hábil médio-volante, como chamavam os caras que cobriam a zaga e lançavam o ataque. Não tinha, porém, perspectivas de sucesso no time A, enquanto Zito existisse.
 Rolou, então, de o Peixes interessar-se pelo ponta-direita Wilson Tergal, do Paulista, de Jundiaí-SP. Ademir entrou no rolo, que incluiu o empréstimo de mais dois santistas. Rolou o tempo, o Tergal encolheu, Ademir esticou o seu talento com novas camisas e uma delas terminou estendida ao sol de São Januário.
 Entre 1970/1971, Ademir não conseguiu espaço do time vascaíno. Em 1972, ganhou as primeiras chances e entrou em quatro partidas. Em 73, já foram 22 refregas.  Em 1974, disputando só nove pugnas, na mais importante delas marcou o primeiro gol de Vasco 2 x 1 Cruzeiro, no Maracanã,a brindo o caminho para o Almirante faturar o seu primeiro título de campeão brasileiro (primeiro de um time carioca) – Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos foi a formação.
Em 1975, Ademir fez mais nove jogos e um gol, totalizando dois em toda a sua história de bolas cruzmaltinas na rede. Foi emprestado ao mesmo Paulista, de Jundiaí, voltou ao Vasco, em 1976, e foi emprestado, novamente, mas ao Volta Redonda-RJ. Novo retorno à Colina, em 1977, sem chances de jogar.
Nascido em 9 de maio de 1947, em Santos, Ademir saiu, para sempre, do Vasco, rumo ao Londrina-PR, pra ficar até 1978 e desaparecer dos gramados – e da vida, em 2001.
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