Vasco

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

XARAZADA VALDIRENSE DA COLINA

Um goleiro catarinense, um atacante carioca e um outro cearense são os xarás da história vascaína que responderam quando alguém gritou: Valdirrr!
Goleiro Valdir Apple reproduzido de
 www.historiadordofutbol.com.br
O mais velho de casa, Valdir  Valdir Apple, goleiro catarinense (de Bruque, nascido em 1 de maio de 1946), tem na conta o bi carioca carioca dos aspirantes-1966/67, e o de campeão estadual-1970, como reserva. Por sinal, era o suplente de Andrada, quando Pelé marcou o milésimo gol dele, no Maracanã, durante a noite de 19 de novembro de 1969, em Santos 2 x 1 Vasco.
Valdir ficou por São Januário entre 1066 a 1972, tendo deixado em sua história na casa um lance inusitado. Era tarde de 16 de março de 1969, no Maracanã, quando marcou gol contra, atirando a bola, com as mãos, para as próprias redes.
O lance começou com o banguense Pedrinho lançando Dé (futuro vascaíno) peça ponta esquerda. Este progrediu até a área fatal vascaína. Ao ver o zagueiro Brito pela frente, chutou e viu o goleiro Valdir defender, sem problemas. De repente, ao tentar repor a bola em movimento, com uma das mãos, Valdir a atirou para dentro do arco. Algo considerado o gol mais esquisito já marcado no Maracanã - muito bizarro.
Ao encerrar a carreira e tornar-se colunistas e escritor de livros esportivos – já lançou cinco -, Valdir saiu com esta frase: “Pelé ficou na história do futebol com 1.000 gols marcados. E eu, por ter feito só um”.
Valdir Bigode reproduzido de www.vascodagama.com.br
O xará com mais sorte e mais bolas na caçapa chama-se Valdir de Morais Filho, o Valdir Bigode, por motivos óbvios.
 Carioca (15 de  março de 1972), ele passou pelo Campo Grande-RJ, em 1991, antes de chegar ao Vasco da Gama, pra ficar pelas duas temporadas seguintes, como amador. Profissionalizado, esteve vascaíno, de 1992 a 1994, a tempo de marcar 71 gols, em 143 jogos. 
Em seguida, Valdir fez um rolé por fora da Colina e voltou, em 2002, ficando até 2004, quando marcou mais 35 tentos, totalizando em 83 prélios.
Com boa altura para um centroavante – 1m74 cm – Valdir foi destaque do único título vascaíno na Copa São Paulo Júnior-1992, carregada pela geração que teve, ainda, Pimentel, Tinho, Alex Pinho, Bruno Carvalho, Leandro Ávila, Yan, Gian, Hernande, Pedro Renato e Jardel.
 Valdir foi peça importante, também, do tri vascaíno estadual-1992/93/94, sendo que, no do 1993, foi o principal artilheiro da temporada carioca, com 19 bolas no filó. Em 2003, quando voltou a São Januário, repetiu o feito de principal goleador do Estadual-RJ, e anotou mais 35 gols, em 83 partidas.
 O cartel de carregador de canecos de Valdir Bigode está assim: campeão do Torneio José de Trujillo-1991; dos  Estaduais-RJ-1992/93/94/2003; da Taça Guanabara-1992/94/2003; da Taça Rio-1992/1993/2003/2004; dos Troféus Cidades de Zaragoza e de Barcelona-ESP-1993, e  do Torneio João Havelange-1993. Após deixar os gramados, ele tornou-se auxiliar técnico vascaíno, em 2014, e já tem estes lauréis: campeão estadual-2015/16; Taça Guanabara-2016 e Taça-Rio-2017. É o 11   maior artilheiro do Vasco da Gama, totalizando 144 gols. Entre 193 a 1995, foi considerado o melhor jogador vascaíno.  
Um outro Valdir vascaíno não era bem Valdir, mas Waldirgly (Bezerra Lima). Tinha, no entanto, o apelido de Valdir Papel. Atacante de boa estatura -1m81cm- (nascido em Fortaleza-CE, em 12.08.19789), ele despertou a atenção do Almirante por ter sido vice-artilheiro, pelo time chamado Estudantes, do Campeonato Pernambucano-2006. Chegou à Rua General Almério de Moura, em abril daquele 2006, e viveu um pesadelo igual ao de Valdir Appel.
Valdir Papel apupado por Renato Gaúcho, em reprodução
de www.tribunadoceará.com.br
Sem espaços no time titular, Valdir Papel ganhou a sua grande chance, escalado, pelo treinador Renato (Gaúcho) Portaluppi, no segundo jogo da decisão da Copa do Brasil-2006, diante do Flamengo, no mesmo Maracanã que sacrificara o Appel. Pelos inícios do segundo tempo, ele cometeu falta violenta e foi expulso da partida.
Ao sair  de campo, Valdir Papel foi empurrado pelo seu chefe, muito irritado. E o Vasco, que precisava de dois gols de frente, para decidir nos pênaltis, com um jogador a menus, perdeu (0 x 1). No dia seguinte, Eurico Miranda, presidente do Vasco, o esculhambou, publicamente. Valdir Papel foi mandado embora. Dali por diante, rodou por times pequenos de várias partes do país, até 2017, o seu fim de linha, nas quatro linhas.


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