Vasco

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terça-feira, 30 de junho de 2020

XARAZADA - PEDRINHADA NA KOLINA

Vicençote teve duas vidas vascaínas
 Esta foto à esquerda foi reproduzida da revista Placar - agradecimentos do Kike.

Pedrinho é apelido diminutivo muito comum entre brasileiros e em times de futebol de todo o país. O Vasco da Gama, por exemplo, teve três Pedrinho feras. Coincidentemente, dois foram titulares da sua lateral-esquerda, enquanto outro titularou o ataque, pela ponta-direita, e mais outro, o mais fera de todos, brilhou como craque e meia-atacante. Vamos a eles:

1 - Pedro José Nepomuceno Cunha, carioca, nascido em 12 de outubro de 1945, foi buscado, pelo Almirante, no Corinthians. Revelado pelo Bangu, este Pedrinho esteve vascaíno, emprestado pelo alvinegro paulistano, por apenas oito partidas e nenhum balanço de rede. Na temporada seguinte, rumou para o pernambucano Santa Cruz e, pela Cobra Coral, encerrou a carreira, em 1981.

2 - Pedro Luís Vicençote esteve vascaíno por mais tempo: de 1981 a 1983 e de 1986 a 1987. Totalizou 52 partidas e marcou três tentos. Nascido em Santo André-SP, em 22 de outubro de 1957, de comum com o Pedrinho carioca teve três situações: o mês do nascimento (outubro), chegado à Colina procedente, também, de um clube paulista  (Palmeiras) e o Almira ter sido o penúltimo clube de sua carreira, encerrada em 1988 (Bangu) – entre Palmeiras e Vasco, teve passagem pelo italiano Catânia, de 1983 a 1986.
Este Pedrinho jogou pelo escrete nacional, de 1979 a 1983, disputando 16 prélios e deixando um gol, como vascaíno, nos 4 x 0 Portugal, em 6 de junho de 1983, amistosamente, na portuguesa Coimbra, quando o treinador Carlos Alberto Parreira escalou, diante de 17 mil pagantes: Leão; Betão (Edson Boaro), Márcio Rossini, Luizinho e Pedrinho; Batista, Sócrates e Pita (Jorginho Putinati); Carlos Alberto Borges, Careca e Éder Aleixo – Brasil 3 x 2 Chile; 1 x 1 País de Gales; 2 x 1 Suiíça e 3 x 3 Suécia foram as suas demais partidas canarinhas como vascaíno.     
Reproduzido de www.supervasco.com.br
Pedrinho deixou o seu nome na história vascaína, também, como campeão do Estadual-RJ-1982, pela equipe que venceu 17 jogos, empatou quatro e derrapou em outros quatro. Dos 25 prélios da campanha, ele participou de 24, o que mais jogou, por este time-base que o treinador Antônio Lopes usava: Mazaroppi; Rosemiro, Nei, Celso e Pedrinho
Vicençote; Serginho, Dudu e Ernâni; Pedrinho Gaúcho, Roberto Dinamite e Maco Antônio Rodrigues, o Marquinho.       

3 -  Pedro Antônio Simeão era chamado por Pedrinho Gaúcho, evidentemente, por ser um tchê – nascido, em Lajeado, no 4 de agosto de 1953 – viveu até 19 de junho de 2019.  
Buscado no América, de Rio Preto-SP, ele foi um autêntico ponta-direita, procurando a linha de fundo para tentar o cruzamento para o miolo da área. De tão veloz que era, ganhou mais um apelido: Pedrinho Ciborg, a alusão dos então soviéticos ao norte-americano homem biônico.
Vascaíno, entre 1982 e 1983, esteve na Turma da Colina por 47 jogos, marcando três gols, conta que poderia ter um a mais, caso o árbitro José Robrto Wright não tivesse creditado ao Marquinho (MA Rodrigues) o tento saído do escanteio que ele cobrou e seria gol olímpico, pois a bola só raspou na cabeça do companheiro, em Vasco 1 x 0 Flamengo, de 5 de dezembro de 1982, no Maracanã, diante de 113.271 almas que viram o Almirante ficar campeão naquele lance, com a formação citada acima no texto sobre Pedrinho Vicençote.  
Quando ainda não era um vascaíno, Pedrino Gaúcho disputou os Jogos Olímpicos da alemã  Munique-1972, pela Seleção Brasileira Sub-23. Sua última bola foi para o catarinense Avaí, em 1986.
Vascaíno (E), ao lado de Felipe,
desde criança, em foto
do álbum de família 

4 - Pedro Paulo de Oliveira é o Pedrinho fera-fera da Colina. A Dona Cegonha o entregou no 29 de junho de 1977, no Rio Janeiro, para ele brilhar como vascaíno, de 1995 a 2001, por 2011 jogos e 47 bolas na rede. Saiu e voltou, para mais oito jogos, sem gols, em 2008. Nova saída e uma tentativa de apenas um jogo, em 2013.
Este Pedrinho começou a sua vidas vascaína como ferinha do futebol de salão, ao lado do seu inseparável amigo Felipe, junto com o qual foram promovidos, em 1995, passado por todas s categorias de base.
Ele começou a mostrar o seu veneno durante o Campeonato Brasileiro-1997, formando a meiúca, com Ramon Menezes e Juninho Pernambucano, que criava lances que tornaram Edmundo o melhor do planeta naquela temporada. Em 1998, Pedrinho foi peça importantíssima na conquista da Taça Libertadores, o que valeu-lhe convocação para a Seleção Brasileira. No entanto, dois dias antes da apresentação, teve contusão grave no joelho direito, passando sete meses em recuperação. Voltou a sentir após a volta a campo,  e foram mais 11 meses em tratamento.
Seus títulos pelo Vasco da Gama foram: Campeonato Brasileiro-1997; Taça Libertadores-1998; Estadual-RJ-1998; Taça Guanabara-1998; Taça Rio-1998; Torneio Rio-São Paulo-1999; Brasileirão-2000; Copa Mercosul-2000; Taça Guanabara-2000 e Taça Rio-2001.  

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