Vasco

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segunda-feira, 29 de junho de 2020

XARAZADA: VANDECO NA KINA DA KOLINA

 O nome Wanderley é uma dessas armações neologísticas brazucas. Vem do toponímico holandês  van der Ley, que significa da terra da ardósia - rocha argilosa muito utilizada para fabricação de quadros negros.
 Criado o Wanderley, dele saiu, também, o Vanderlei.
O Vasco da Gama tem dois W(V)anderley- nome rubado, como falam os holandeses: o Vanderley atacante da década 1960 e o treinador Vanderley Luxemburgo, de 2019. De segundo grupo, há dois com propriedade do nome, mas sem uso em primeira "instância": Palhinha e Josenílton.  
Wanderley reproduzido
 de www.ogol.com.br
Wanderley Machado da Silva, nascido, em Niterói-RJ, no 3 de junho de 1938, viveu até 5 de março deste 2020 e esteve vascaíno, entre 1960 a 1961. Não conseguiu ser titular na Colina, pois o ataque do Almirante tinha as feras Sabará, Wílson Moreira, Delém, Valdemar e Pinga que, dificilmente, seriam preteridos pelos treinadores. Wanderley tinha que esperar, no banco dos reservas, pela chance entrar nas partidas.
 Quando ele deixou o Vasco, Wanderley esperava fazer sucesso pelo espanhol Elche, mas terminou entrando para a história do Levante, o qual ajudou a subir à Série A do futebol espanhol, em 1963.
De 1962 a 1967, ele fez 107 jogos e 48 gols pelo clube levantino. Depois, ficou, de 1967 a 1970, no Málaga, por 652 jogos e 23 tentos, e de 1979 a 1972, com o Hércules, por mais 11 jogos.    
Enquanto o Wanderley Machado era com o W - mas a imprensa escrevia com o V -, o Vanderley Luxemburgo começava com V, mas queria ser com este W. Andou arrumando alguns rolos por conta disso, tema que foi parar em uma bagunça judicial. Terminou tendo que fazer a troca.
 Nascido em Nova Iguaçu-RJ, em 10 de maio de 11952, o Vanderlei ex-Wanderley teve uma passagem pela Colina, entre 1981/1982, como estagiário do treinador Antônio Lopes, na comissão técnica vascaína. Fez muito sucesso no decorrer da carreira, tendo chegado, inclusive à Seleção Brasileira,  e voltou a São Januário, para o Campeonato Brasileiro-2019, quando conseguiu arrumar a bagunça que era o time do Almira, em 34 jogos, com 12 vitórias, 12 empates e 10 escorregadas - 47,06% de aproveitamento, com time nada encantante.
Luxemburgo reproduzido de www.vascodagama.com.br
 Luxemburgo chegou a comprar cinco títulos de associado do Club de Regatas Vasco da Gama, mas não ficou na Casa, devido desacertos financeiros, segundo foi divulgado.  Chegou à Rua General Almério de Moura, em 8 de maio, e saiu no 13 de dezembro, ambos da temporada-2019.   
Os outros dois Vanderlei que estiveram cruzmaltinos foram o Eustáquio de Oliveira, o apelidado Palhinha, e Josenilton Santos. Ambos nunca foram chamados por W(V)anderley(i), por imprensa e muito mennos torcedores.
O Vanderlei Eustáquio de Oliveira é mineiro, de Belo Horizonte, desembarcado do bico da Cegonha, durante o 11 de junho de 1950. Esteve vascaíno, em 1982, por nove jogos e um gol – em 29.09.1982, aos 12 minutos do segundo tempo de Vasco 5 x 2 Americano-RJ, no Estádio Godofredo Cruz, em Campos-RJ, assistido por 5.091 pagantes, tendo sido campeão estadual-RJ naquela temporada.
Palhinha mostrou-se um os grandes atacantes brasileiros de sua época – 1969 a 1985 -, tenho passado por quatro grandes clubes, além do Almira, e vestido a camisa canarinha do escrete nacional, entre 1973 a 1979, por 18 partidas, marcando seis tentos.
Palhinha reproduzido de wwwnetvasco.com.br
 No Vasco a Gama, Palhinha estreou durante a primeira rodada do segundo turno do Estadual, no 26.09.1982, diante de 3.783 pagantes, em Vasco 1 x 0 Madureira, em São Januário – Mazaroppi; Rosemiro, Nei, Celso e Pedrinho; Oliveira, Dudu e Geovani (Ernâni); Pedrinho Gaúcho, Palhinha e Zé Luis (Marco Antônio Rodrigues) foi otim escalado pelo treinador Antônio Lopes. A sua última partida vascaína foi no 1 x 0 America, do turno final do Estadual, assistido por 53.434 pagantes, por esta formação: Acácio; Galvão, Ivan, Celso e Pedrinho; Serginho, Ernâni e Dudu (Marco Antônio Rodrigues); Pedrinho Gaúcho (Palhinha) Roberto Dinamite e Jérson.   
 O segundo xará de nome rubado da Turma da Colina, chegou, em 1986, e deixou São Januário, em 1988. Atuou pela meia e foi bicampeão estadual-1987/1988, mas estava sempre na reserva. Chegou a disputar 71 jogos pelo Almira e a marcar quatro gols.
Nascido na alagoana Maceió, em 22 de dezembro de 1960, estreou  no 26 de janeiro de 1986, lançado pelo treinador Antônio Lopes, em Vasco da Gama 3 x 0 Costa do Marfim, em Valença-RJ, por esta equipe: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho (Heitor), Morôni, Fernando (Paulo César) e Lira; Vítor, Josenilton (Figueroa) e Mazinho; Mauricinho (Santos), Romário (Anselmo) e Ronaldo (Gersinho)

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