O nome Wanderley é uma dessas armações neologísticas brazucas. Vem do toponímico holandês van
der Ley, que significa da terra da ardósia - rocha argilosa muito
utilizada para fabricação de quadros negros.
Criado o Wanderley, dele saiu,
também, o Vanderlei.
O Vasco da Gama tem dois W(V)anderley-
nome rubado, como falam os holandeses: o Vanderley atacante da década 1960 e o treinador
Vanderley Luxemburgo, de 2019. De segundo grupo, há dois com propriedade do nome, mas sem uso
em primeira "instância": Palhinha e Josenílton.
Wanderley reproduzido de www.ogol.com.br |
Wanderley Machado da Silva, nascido,
em Niterói-RJ, no 3 de junho de 1938, viveu até 5 de março deste 2020 e esteve
vascaíno, entre 1960 a 1961. Não conseguiu ser titular na Colina, pois o ataque
do Almirante tinha as feras Sabará, Wílson Moreira, Delém, Valdemar e Pinga que,
dificilmente, seriam preteridos pelos treinadores. Wanderley tinha que esperar,
no banco dos reservas, pela chance entrar nas partidas.
Quando ele deixou o Vasco, Wanderley esperava
fazer sucesso pelo espanhol Elche, mas terminou entrando para a história do Levante,
o qual ajudou a subir à Série A do futebol espanhol, em 1963.
De 1962 a 1967, ele fez
107 jogos e 48 gols pelo clube levantino. Depois, ficou, de 1967 a 1970, no Málaga, por
652 jogos e 23 tentos, e de 1979 a 1972, com o Hércules, por mais 11 jogos.
Enquanto o Wanderley Machado era
com o W - mas a imprensa escrevia com o V -, o Vanderley Luxemburgo começava com V, mas queria
ser com este W. Andou arrumando alguns rolos por conta disso, tema que foi parar em
uma bagunça judicial. Terminou tendo que fazer a troca.
Nascido em Nova Iguaçu-RJ, em 10 de maio de
11952, o Vanderlei ex-Wanderley teve uma passagem pela Colina, entre 1981/1982,
como estagiário do treinador Antônio Lopes, na comissão técnica vascaína. Fez muito
sucesso no decorrer da carreira, tendo chegado, inclusive à Seleção Brasileira,
e voltou a São Januário, para o
Campeonato Brasileiro-2019, quando conseguiu arrumar a bagunça que era o time
do Almira, em 34 jogos, com 12 vitórias, 12 empates e 10 escorregadas - 47,06% de aproveitamento, com time nada encantante.
Luxemburgo reproduzido de www.vascodagama.com.br |
Luxemburgo chegou a comprar cinco títulos de
associado do Club de Regatas Vasco da Gama, mas não ficou na Casa, devido desacertos
financeiros, segundo foi divulgado. Chegou
à Rua General Almério de Moura, em 8 de maio, e saiu no 13 de dezembro, ambos da temporada-2019.
Os outros dois Vanderlei que
estiveram cruzmaltinos foram o Eustáquio de Oliveira, o apelidado Palhinha, e Josenilton
Santos. Ambos nunca foram chamados por W(V)anderley(i), por imprensa e muito mennos torcedores.
O Vanderlei Eustáquio de Oliveira é
mineiro, de Belo Horizonte, desembarcado do bico da Cegonha, durante o 11 de
junho de 1950. Esteve vascaíno, em 1982, por nove jogos e um gol – em 29.09.1982,
aos 12 minutos do segundo tempo de Vasco 5 x 2 Americano-RJ, no Estádio
Godofredo Cruz, em Campos-RJ, assistido por 5.091 pagantes, tendo sido campeão estadual-RJ
naquela temporada.
Palhinha mostrou-se um os grandes
atacantes brasileiros de sua época – 1969 a 1985 -, tenho passado por quatro grandes
clubes, além do Almira, e vestido a
camisa canarinha do escrete nacional, entre 1973 a 1979, por 18 partidas,
marcando seis tentos.
Palhinha reproduzido de wwwnetvasco.com.br |
No Vasco a Gama, Palhinha estreou durante a
primeira rodada do segundo turno do Estadual, no 26.09.1982, diante de 3.783
pagantes, em Vasco 1 x 0 Madureira, em São Januário – Mazaroppi; Rosemiro, Nei,
Celso e Pedrinho; Oliveira, Dudu e Geovani (Ernâni); Pedrinho Gaúcho, Palhinha
e Zé Luis (Marco Antônio Rodrigues) foi otim escalado pelo treinador
Antônio Lopes. A sua última partida vascaína foi no 1 x 0 America, do turno final
do Estadual, assistido por 53.434 pagantes, por esta formação: Acácio; Galvão,
Ivan, Celso e Pedrinho; Serginho, Ernâni e Dudu (Marco Antônio Rodrigues); Pedrinho
Gaúcho (Palhinha) Roberto Dinamite e Jérson.
O segundo xará de nome rubado da Turma da Colina, chegou, em 1986, e deixou São
Januário, em 1988. Atuou pela meia e foi bicampeão estadual-1987/1988, mas estava
sempre na reserva. Chegou a disputar 71 jogos pelo Almira e a marcar quatro gols.
Nascido na alagoana Maceió, em 22 de
dezembro de 1960, estreou no 26 de
janeiro de 1986, lançado pelo treinador Antônio Lopes, em Vasco da Gama 3 x 0
Costa do Marfim, em Valença-RJ, por esta equipe: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho (Heitor),
Morôni, Fernando (Paulo César) e Lira; Vítor, Josenilton (Figueroa) e Mazinho;
Mauricinho (Santos), Romário (Anselmo) e Ronaldo (Gersinho)
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