Vasco

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segunda-feira, 8 de junho de 2020

MATADORES DA COLINA - CÉLIO TAVEIRA

FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA DO ESPORTE
 Célio Taveira Filho foi goleador vascaíno, entre 1963 e 1967, e um dos convocados para os treinos da Seleção Brasileira que foi à  Copa do Mundo-1966. Mas não chegou até Liverpool, onde o escrete nacional jogou e foi eliminado na primeira fase do Mundial.
 Nesta foto, ele é o terceiro agachado, da esquerda para a direita, depois do massagista Santana e de Jairzinho. Do outro lado, estão Tostão, Lima e Ivair. 
Esta foto é do time que venceu o País de Gales, na noite de 18 de maio de 1966, no Mineirão, amistosamente, quando os  canarinhos foram: Fábio; Murilo, Djalma Dias, Leônidas e Edson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho (Paulo Borges ), Célio, Tostão e Ivair.    
Na foto abaixo, Célio aparece enfrentando os alemães, no Maracanã, quando formou dupla fatal com Pelé. E a repetiu diante dos argentinos, nas duas vezes lançado durante o segundo tempo.                                    
 ÍDOLO NO URUGUAI - Desde 1948, o  Nacional, de Montevidéu, procurava um substituto para o seu grande ídolo (argentino) Atílio Garcia, que o defendera, entre 1939/1947. Só o encontrou, em 1967, com a chegada de Célio, que custara 80 mil dólares.
 Célio faturou 70 mil dólares, entre luvas e os 15% que os atletas recebiam, antigamente, pela venda do passe. A sua estreia foi em 11 de fevereiro de 1967, diante de 60 mil espectadores, marcando o gol da vitória (1 x 0), sobre o grande rival Peñarol, batendo falta, aos 15 minutos do jogo válido pela Taça Libertadores. Mandou por terra um tabu de vários anos. 
"Eu mal havia chegado e já tinha aquele clássico pela frente. No vestiário, vi o time muito preocupado com o tabu. Então, sacudi a rapaziada, com um discurso vencedor. A falta que resultou no gol, nem seria eu quem deveria cobrar.  Mas fui lá e bateu na rede", contou Célio, ao Kike da Bola
 Antes de Célio, o Nacional tentou quatro substitutos para Atílio Garcia, dos quais quatro brasileiros: Rodrigo: 13 gols/1960 e 24/1961; José Gambiasse (1 gol/1962); Henrique Frade (21 gols/1963) e Jaburu (24 gols/1964). Só Célio emplacou. E ganhou um tango de presente (
fez sucesso nas rádios de Montevidéu), com letra de Guzman Ghione e música de Julian Cardoz. Marecidamente, pois, rapidamente, ele marcou 15 tentos, deixando na torcida tricolor uruguaia a grande expectativa de bater o recorde, de 27 gols, da temporada-1962, do também estrangeiro J.J.Rodriguez. 
Antes de fazer sucesso no Uruguai, quatro temporadas antes, Célio havia experimentado isso no Chile, em no 14 de abril de 1963, após ajudar o Vasco da Gama a conquistar o Torneio Pentagonal do México, em 31 de janeiro, da mesma tempora. Diante dos chilenos, ele ganharia o seu primeiro título dividido. Foi em Vasco da Gama 2 X 2 Universidad Católica. Como os anfritriões tinham viagem marcada para excursão europeia, semtempo para uma decisão, proclamou-se os dois times campeões.
O jogo acima citado foi em um domingo, no Estádio Nacional de Santiago do Chile, assistido por 32.296 pagantes, com Joãozinho (41 min) e Célio Taveira (62) marcando para o Almirante, que tinha por treinador Jorge Vieira, que escalou: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Ronaldo (Fagundes).  DETALHE: Vasco 3 x 2 Peñarol-URU (09.04) e Vasco 3 x 1 Colo-colo-Chi (11.04) foram os outros resultados vascaínos.
 
                         

                                                          FLAMENGAÇO  
- O terceiro títiulo vascaíno de Célio foi conquisado em 21 de janeiro de 1965, o  Torneio Internaiconal do IV Centenário do Rio de Janeiro, goleando o Flamengo, por 4 x 1, no Maracanã. Valeu a Taça Viking,  graças aos gols marcados por Célio (2) e Saulzinho (2), sob as vistas de 59.814 pagantes. Zezé Moreira era o treinador e o time alinhou: Ita; Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho. A disputa contou, ainda, com a Seleção da Alemanha Oriental, batida pela Turma da Colina, por 3 x 2, na primeira rodada, e o Atlético de Madrid. Na foto, Célio recebe o Troféu Vicking.   GARRINCHAÇO
Em 3 de março de 1966, o Cornthians fazia grande alarde para estrear o fantástico Mané Garrincha com a sua camisa 7. Levou ao estádio do Pacaembu 44.154 pagantes e viu a sua torcida sonhar com o Demônio das Pernas Tortas ivolando a infernizar defesas. Mas, em vez do velho astro brilhar,  o cara daquela noite foi Célio, marcando dois gols – aos 37 minutos do primeiro tempo e aos 35 da etapa final, após o volante Maranhão abrir a porteira, aos 23 da fase inicial. Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio (foto), Lorico e Tião foram os caras que estragaram a festa do Seu ManéA Turma da Colina não esperava encarar um time de manés. 
Muito tempo depois, Célio estava devolvendo ao Corinthians aquilo que lhe fizera. Estreou com a sua jaqueta em 12 de julho de 1970, nos 2 x 0 São Bento de Sorocaba, pelo Campeonato Paulista, no Parque São Jorge, o antigo e abandonado estádio do Timão. Jogou por este time: Ado; Miranda, Ditão, Luiz Carlos e Pedrinho; Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima - treinado por Dino Sani, em dia que ele não bateu na rede.
 Com a camisa corintiana, Célio disputou 26 jogos, com 10 vitórias, oito empatou 8 e oito escorregadas, tendo marcado apenas quatro gols, o primeiro em 26 de julho de 1970, nos 2 x 1 Palmeiras. Seu último Corinthians foi ema 4 de agosto de 1971, em 1 x 4 Alético-MG, amistosamente, no Morumbi-SP, dirigido elo ex-goelador corintiano Baltazar, que escalou: Ado; Miranda, Almeida, Luiz Carlos e Pedrinho; Tião e Rivelino (Lindoia); Vaguinho (Célio), Adãozinho, Mirandinha e Aladim. Ao deixar o Corinthians, ele jogou algumas partidas pelo Operário, de Campo Grande-MT.














1 - Embora já fosse um temível goleador e já tendo até disputado um amistoso pelo italiano Milan, que não comprou o seu passe por desacordo financeiro com o paulista Jabaquara, de Santos, o meia-atacante Célio Taveira Filho foi incluído, pela Revista do Esporte, como uma das revelações do Campeonato Caricoa-1963.
Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Sebastião Leônidas, e Dudu, em pé, da esquerda para a direita; Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Edu Américo, agachados, na mesma ordem.




Ditão, Edson Borracha, Murilo, Lima, Roberto Dias e Altair, em pé, da esquerda paras a direita; Gildo, Bianchini, Célio, Fefeu e Paraná, agachados na mesma ordem.


Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Sebastião Leônidas, e Dudu, em pé, da esquerda para a direita; Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Edu Américo, agachados, na mesma ordem.


Ditão, Edson Borracha, Murilo, Lima, Roberto Dias e Altair, em pé, da esquerda paras a direita; Gildo, 

 Eu era garoto e só escutava jogos do Vasco pelo rádio. Jamais vira seu time rolar a pelota pelo "tapete verde", como falavam os 'speakers' de antigamente. Então, o "Almirante" fora convidado para inaugurar o Estádio Alberto Oliveira, mais conhecido por "Jóia da Princesa", em Feira de Santana, na Bahia. Era a minha chance de ver a rapaziada de perto, principalmente o grande goleador Célio Taveira. Até então, eu só havia assistira contendas de Bahia, Vitória, Galícia, Corinthians  de Barreiras, times baianos. 
  Era um domingo de sol rachando e eu fui, com um primo, maior de idade, evidentemente, para as arquibancadas do estádio. Antes daquela partida, o "Gigante da Colina" vinha passando por uma fase terrível – 0 x 0 Flamengo; 0 x 0 Bangu; 1 x 2 Fluminense;1 x 2 Botafogo; 1 x 2 Bonsucesso; 1 x 1 Fluminense; 1 x 1 Flamengo e 0 x 3 América-RJ –, sem vencer há oito jogos. O último triunfo havia sido há 43 dias, impensável para clube grande – 2 x 1 Campo Grande.                                                          .
Célio foi capa da principal revista
 esportiva brasileira da década-1960
por várias vezes. Fazia muitos gols. 
 Mesmo com os cruzmaltinose em baixa, o estádio lotou. E o Flu de Feira, chamado de "Touros do Sertão", nem era um dos mais bravos times da "Boa Terra", por aquele momento. Vitória, Leônico e Bahia estavam mais fortes. Mesmo assim, o tricolor feirense segurou o "Almirante", que só o chegou no pé da cajazeira durante as "ultimas voltas dos ponteiros do relógio" como gostavam, também, de falar, os locutores esportivos.
Assim, da primeira vez que vi a equipe vascaína "em tempo real no relvado", saí na frente do placar. Me lembro que, na segunda-feira, a coluna "Pênalty", desenhada e escrita por Otelo Caçador, no jornal carioca O Globo", caçoou, dizendo que tinha de ser mesmo na Bahia para o Vasco tirar o baixo astral de cima.   
 Saí do "Jóia" como torcedor vascaíno pé-quente. Até hoje,comigo na galera, só vi a "Turma da Coluna" ficar uma vez atrás no placar: 0 x 1 Atlético-MG, em 11 de outubro de 1970, no Mineirão, pela Taça der Prata, um dos embriões do Campeonato Brasileiro-1970. Mas já cheguei a conferir a rapaziada colocando 4 x 0 pra cima do Flamengo, no Maracanã – acabou nos 4 x 2 –, com um vareio de bola comandado por Edmundo e Bebeto.      
           
KIKE NO LANCE:  Vasco 1 x 0 Fluminense de Feira de Santana-BA rolou em 13 de novembro de 1966, um domingo. Val (contra), aos 44 minutos do segundo tempo, marcou o gol do jogo. O ex-zagueiro cruzmaltino Ely do Amparo estava como treinador e escalou: Édson Borracha (Valdir Appel); Ari, Hélio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado, Paulo Mata, Célio e Zezinho. Gustavo Mariani (editor do Kike da Bola) - de Brasília.


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