Vasco

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terça-feira, 30 de setembro de 2014

FERAS DA COLINA - ORLANDO

Várias biografias do então 'quarto-zagueiro' campeão mundial-1958, Orlando Peçanha de Carvalho. informam que ele iniciou a carreira como juvenil vascaíno. A antiga "Revista do Esporte" Nº 193, de 17 de novembro de 1962 diz que foi pelo time do Fonseca, de Niterói, em 1952. Depois, o atacante Edmur, que era da "Turma da Colina", o levou para São Januário, naquele mesmo ano. 
A matéria "RE" diz, também, que Orlando tornou-se titular no time A vascaíno em 1955, formando zaga com Bellini, juntamente com quem teve a primeira convocação para a Seleção Brasileira, em 1956, chamado pelo treinador Flávio Costa, como reserva de Zózimo, do Bangu.
O "Kike" esteve com Orlando, em 2008, quando ele tinha dificuldades para falar. Eram impressionante os cuidados lhe devotados sua pela mulher, a Dona Marlene. Ela traduzia o seu pensamento, de tão profundamente conhecer a sua alma. Era como se estivesse diante de uma criança de um ano e pouco, tentando começar a falar. Mas, fora a fala, ele apresentava bom estado físico, mesmo prejudicado por um AVC
Orlando media 1m79cm, boa altura para um zagueiro de sua época e calçava chuteiras 41. Segundo a "RE", o argentino Boca Juniors acertara a compra do seu passe, em fevereiro de 1961, levando-o por irrisórios hoje Cr$ 16 milhões de cruzeiros. Quando voltou ao futebol brasileiro, o Santos pagou. Cr$ 99 milhões de cruzeiros (US$ 55 mil dólares) para repatriá-lo. .Pai de Sandra, de Suzi e de Soraia, contou Marlene, o media 1m79cm, altura boa para um zagueiro de sua época, calçando chuteiras 41. (foto reproduzida da Revista do Esporte).

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

FERAS DAS COLINA - CAPITÃO BELLINI

A Copa do Mundo do Chile-1962 se aproximava. A imprensa fazia projeções sobre possíveis convocados. Entre eles, com muitas apostas, estava o capitão cruzmaltino Hideraldo Luís Bellini (E), que levantara a Taça Jules Rimet, em 1958, na Suécia. Da mesma forma, falava-se no meio flamenguista Gérson de Oliveira Nunes D). Dois grandes rivais do futebol carioca.
Para acender as discussões dos torcedores, sobre quem deveria ir a Viña del Mar (onde a Seleção Brasileira disputou quatro partidas), a “Revista do Esporte” reuniu o zagueiro vascaíno e o meia rubro-negro, antes de um “Clássico dos Milhões”, para esta foto sem crédito. Mas pode ser de Eufrosino Mello ou de Jurandir Costa, os dois fotógafos que aparecem no expediente do Nº 151, que circulou com data de 27 de janeiro de 1962. D
e acordo com o texto-legenda, muito provavelmente escrito pelo secretario de redação, Gerson Monteiro, ou pelo chefe de reportagem, Milton Salles, Bellini achava-se indeciso se aceitaria uma eventual convocação, pois entendia que, se não fosse titular teria, o seu nome prejudicado. No entanto, a “RE” afirmava que tanto Vasco quanto Flamengo trabalhariam para ver os seus atletas selecionados, de vez que isso representaria melhores cotas em amistosos.
DETALHE: como o Vasco não havia enfrentado o Flamengo em janeiro de 1962, pode ser que esta foto tenha sido tirada por ocasião do último encontro entre os dois grandes rivais, em 13 de dezembro de 1961, pelo Campeonato Carioca, no Maracanã. Com gols de Viladôanega e de Javan, a “Turma da Colina” mandara 2 x 0, escalada assim, por Paulo Amaral, o treinador naquele final de temporada: Ita, Paulinho de Almeida e Bellini; Barbosinha, Nivaldo e Coronel; Sabará, Javan, Roberto Pinto e Da Silva.

domingo, 28 de setembro de 2014

ALMIR "'PERNAMBUQUINHO", O CARA

Almir era visto como um jogador encrenqueiro. Muitos cobravam do treinador Gradim (Francisco de Souza Ferreira) dar um jeito naquele seu pupilo. Mas o comandante do time vascaíno discordava de quem via um moleque em lugar de um homem. E dizia não admitir brincar com a personalidade de seus atletas. Preferia um Almir bravo,  valente, “que entra no fogo com o maior desprendimento, só cuidando do Vasco”, do que um Almir apático, sem vontade de lutar e sem alma, como falou à revista “Manchete Esportiva” de Nº 126,de 19de abril de 1958.
 Gradim via Almir, ainda, como um jogador que precedia, em campo, como homem, que não aceitava, impassível, um insulto, uma agressão. E apontava-lhe uma grande virtude: não ser mascarado (termo da época para pessoa antipática). Acreditava que o pernambucano, quando tivesse mais experiência, poderia ser tão grande o quanto fora o Leônidas da Silva do Campeonato Sul-Americano de 1932.    
 
Almir was seen as a troublemaker player. Many coach charged Gradim (Francisco de Souza Ferreira) to find a way that his pupil. But the commander of vascaíno team disagreed with those who saw a kid instead of a great professional. And he said not admit playing with the personality of its athletes. Rather a brave, brave Almir, "entering the fire with greater detachment, only taking care of Vasco", Almir than an apathetic, unwilling to fight and soulless, as he spoke to the magazine "Headline Sports" of No. 126, of 19DE April 1958.
Gradim via Almir also as a player who proceeded, on the field, as a man who did not accept, impassive, an insult, an insult. And pointed him a great virtue: do not be masked (term time for unpleasant person). Believed the Pernambuco, when he had more experience, could be as large as Leonidas da Silva outside the South American Championship 1932 If it was not threatened. (Foto reproduzida da Revista do Esporte) .

 

sábado, 27 de setembro de 2014

HISTORI&LEDAS CRUZMALTINAS

1 - Torcedores da década de 1960, costumavam contar que Mário Vianna levara o volante Maranhão, para o Flamengo, e o Vasco o “roubara” da Gávea. Não foi bem assim. Ao ver o baixinho atuando pela seleção maranhense, o ex-árbitro o indicou aos rubro-negros, é verdade. No entanto, um amigo da família do atleta, chamado Joaquim Pereira, arrumou uma passagem, com a Força Aérea Brasileira, mandou buscá-lo e o levou para São Januário, o entregando a Hílton Santos. Isso pelo final de 1958. Maranhão era tão mirrado, que o cara achou que ele fosse infanto-juvenil. Logo, subiu ao time juvenil. Em 1961, já profissional, tornou-se titular a partir do returno do Campeonato Carioca-1962. Foi bicampeão de aspirantes e da Taça Guanabara de 1965.
CHEGOU AO VASCO, ACHANDO que estivesse no Flamengo. Errou o clube e acertou no destino.

2 - Alcir Portella foi o quarto atleta que mais vestiu a camisa do time de futebol vascaíno: 511 vezes jogos, de 1963 e 1975. Glória máxima: o título de campeão brasileiro, em 1974, como capitão da equipe, posto ocupado por 10 anos. Mesmo sendo um volante, função que obriga a fazer faltas, jamais foi expulso de campo, o que valeu-lhe o Prêmio Belfort Duarte. Após encerrar a carreira de atleta, Alcir foi contatado como empregado do Vasco, tendo sido auxiliar técnico e treinador. Assim, participou das campanhas dos títulos dos Brasileiros de 1974, 1989, 1997 e de 2000, a primeira como jogador e as outras três como auxiliar. O único. Viveu durante 64 anos.
CRUZMALTINO EM TEMPO INTEGRAL. No mínimo, é o que se pode escrever sobre Alcir Portella.

3 - O atacante Valdemar, supercampeão carioca, em 1958, quando estava no Olaria, não se conformava em ter sido barrado, com a chegada de Lorico, um meia revelado pelo amador Esporte Clube Senador Feijó, de Santos-SP, que o Vasco buscara na Portuguesa Santista. Profissional desde 1949, quando chegou à Seleção Paulista de Novos. Lorico estreou no Vasco contra o Real Madrid, que era considerado o melhor time do mundo. Além de Valdemar, dois outros campeões que saíram da Colina aborrecidos com os cartolas foram Sabará e Bellini.
UM TRIO DE EX-CRUZMALTINOS que pareciam não saber como eram as curvas do caminho da bola. Um dos maiores ídolos tricolores, Telê Santana, deixou o Fluminense na mesma situação. Depois de passar pelo Guarani de Campinas e o Madureira, encerrou a carreira pelo Vasco. Feliz da vida!

4 - O torcedor vascaíno gaba-se de que seu time mandou 3 x 0 no Santos, contando com o bicampeão mundial Pelé (04.04.1965), no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo. Realmente, aconteceu. Mas o "Peixe" estava sem cinco titulares, o goleiro Gilmar, o zagueiro Mauro, o volante Zito, o centroavante Coutinho e o ponta-esqaureda Pepe. Treinado por Lula, jogou com: Laércio; Modesto, Geraldino, Ismael (Olavo); Joel e Elizeu (Rossi); Dorval, Mengálvio, Toninho, Pelé e Noriva (Peixinho). O púbilco foi de 42.250. Luisinho e Mario “Tilico” marcaram os gols do time vascaíno, que era comandado por Zezé Moreira, e foi: Gainete; Joel, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho, Célio, Saulzinho (Mário) e Zezinho.
GANHAR DE PELÉ, por 3 x 0, naquele tempo, era difícil de acreditar. Uma vitória lendária.

5 - Edvaldo Izídio Neto, o Vavá, representou o Vasco no Mundial-1958, na Suécia, e voltou como o “Leão da Copa”. Nascido em 12.11.1934, em Recife, viveu até 19.10.2002. Foi vascaíno entre 1951/1958, tendo sido buscado no Sport Recife, onde jogou em 1949/1950. Da Colina, foi para o espanhol Atlético de Madrid, ficando nele entre 1958/1961. Foi repatriado pelo Palmeiras (61/1963) e o primeiro brasileiro atuando no exterior a ser convocado para a Seleção Brasileira. Pela Seleção Brasileira, foi a duas Copas do Mundo, fazendo 10 jogos, em 8 vitórias, 2 empates e 9 gols marcados. Totalizou 23 partidas, somando 19 vitórias, 3 empates e só derrota, em um total de 14 tentos. Desses compromissos, 20 foram contra seleções nacionais, rendendo 16 vitórias, 3 empates e uma derrota. Diante de clubes e combinados fez 3 apresentações, vencendo todas. Vavá defendeu, ainda a seleção brasileira olímpica, com 2 jogos, 2 vitórias e um gol. Levou os títulos das Copas do Mundo de 1958/1962 e das Taças Oswaldo Cruz-1955/1958/1962.
SEGURAMENTE, este é um currículo que se pode chamar de leonino.

6 - Niginho era um dos quatro Fantoni revelados pelo futebol mineiro, além dos irmãos Ninão e Orlando, também centroavantes, e o primo-irmão Nininho, lateral esquerdo. Os quatro começaram no Palestra (atual Cruzeiro), e emigraram um por um para a Itália, onde alcançaram sucesso nas décadas de 1920 e 1930, jogando pelo Lazio. Na Itália passaram a ser conhecidos como Fantoni I (Nininho), Fantoni II (Ninão), Fantoni III (Niginho) e Fantoni IV (Orlando). Orlando Fantoni, inclusive, também teve passagens pelo Vasco, tanto como jogador quanto como técnico.

7 - Ídolo do Lazio, Niginho no entanto, acabou expulso da Itália, por se recusar a participar da guerra fascista contra a Abissínia em 1936. De volta ao Brasil, foi contratado pelo Vasco. Foi artilheiro do campeonato carioca de 1937 e reserva de Leônidas na seleção que disputou a Copa do Mundo de 1938 na França. Por ocasião da partida semifinal, por ironia contra a Itália, Leônidas não podia jogar e a Federação Italiana, com o referendo de Mussolini, vetou a escalação de Niginho. A FIFA covardemente acatou a ordem e tirou do jogador a chance de participar da competição.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

VASCONCELOS, O VASCAÍNO-16

O ex-almirante (de um país que nem tinha mar) Vasco Vasconcelos, torcedor emérito do Vasco da Gama, chegou em São Januário, pouco antes do treino da tarde começar, e encontrou a cartolada toda falando de grandes vitórias sobre grandes times. E escutou o desfilar de uma tabela: 26.04.1931 - Vasco 7 x 0 Flamengo; 12.07.1931 - Vasco 5 x 0 Benfica-POR; 16.12.1934 - Vasco 5 x 0 Corinthians-SP; 01.07.1951 - Vasco 5 x 1 Sporting-POR; 08.04.1951 - Vasco 3 x 0 Peñarol-URU; 23.06.1957 - Vasco 7 x 2 Barcelona-ESP; 13.03.1958 - Vsco 6 x 1 Fluminense; 24.01.1999 - Vasco 5 x 1 Palmeiras-SP; 29.04.2001 - Vasco 7 x 0 Botafogo e 13.02.2011 - Vasco 9 x 0 América.
Terminada a aprontação de 10 "terribilidades" do "Almirante", o ex-almirante disse pra cartolada. "Mas o Basco só venceu os originais. Não bateu nenhum um wisky paraguaio. Tem que ter isso, também, na conta".
Os cartolas cruzmaltinos não entenderam bem aquele lance. "Time falsificado paraguaio?" Seria um time com o nome de um outro time famoso? Que lance era aquele? E encarregaram Vasco Vasconcelos de pesquisar a parada. Rápido, ele solucionou a parada para a cartolada: "Seguinte, o pá! O Basco não venceu o Racing Club de France, em 1957? Então, precisamos bater, também, no Racing do Paraguai".

O ex-almirante Vasco Vasconcelos, comandante de esquadras de um país que nem tinha mar, foi à redação da revista “Manchete Esportiva" e pediu ao editor, Augusto Rodrigues, uma matéria com o folião, Sabará, mandando ver durante o Carnaval. No dia, o chefe escalou Gervário Batista para fazer um ensaio fotográfico, e rolou legal. Terminada a seção de fotos, Sabará chegou pra Gervásio e bateu, da marca do pênalti: "Porra, mermão! Quase me mata, hem? Vê, agora, se pinta um trem aí, pra molhar o pescoço por dentro. Preciso me recuperar, pra traçar o samba na avenida."
Gervário encarou o vascaíno e sugeriu que ele desse um chego onde fotógrafos e repórteres se concentraríamos, após a passagem da escola. E Sabará chegou. Gervásio chamou o colega Jader Neves, que chamou Ed Kefel, que chamou Jankiel Gongzarowski, que chamou mais gente, e mais gente foi chegando. De repente, alguém tinha um esquentador de pescoço (por dentro), e toda a rapazida foi no lance. Só que Sabará "foi fondo, foi fondo", até que esquentou o dele mais do que todos os pescoços juntos.
Na quarta-feira de cinzas, o Vasco já teve jogo. E um pênalti ao seu favor. Escalado para cobrar, Sabará acertou a rede. Pelo lado de fora. Ao final da partida, quando ele saía de campo, Gervásio Batista foi-lhe em cima, sacaneando. "Mermão! Este deve ter sido o primeiro pênalti da históra do futebol em que alguém consegue acertar a rede por fora". Ao ouvir aquilo, Vasco Vasconcelos, entrou firme na dividida, com Gervásio: "Colé, oh gajo! Você enche a cara do cara de pinga, e quer que ele acerte a rede por dentro? – Sabará pediu revanche, no próximo Carnaval.     



Encarregado de fazer o Vasco vencer um clone falsificado, Vasco Vasconcelos entrou com o time vascaíno no túnel do tempo e baixou no Paraguai, em 6 de março de 1964. Mas a rapaziada não passou de 1 x 1, com o Racing paraguaio. Na volta, ele cobrou de Célio, o autor do gol. "Maijz não pudias fazer dois golos, o gajo?" Célio respondeu, de bate-pronto: "Fazer, eu fiz. Não mandei o juiz anular um". Então, o ex-almirante decidiu que Vasco 1 x 1 Racing do Paraguai era um placar falsificado.

 
 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO - 15

 O ex-almirante (de um país que nem tinha mar) Vasco Vasconcelos, torcedor emérito do Vasco da Gama, chegou em São Januário, pouco antes do treino da tarde começar, e encontrou a cartolada toda falando de grandes vitórias sobre grandes times. E escutou o desfilar de uma tabela: 26.04.1931 - Vasco 7 x 0 Flamengo; 12.07.1931 - Vasco 5 x 0 Benfica-POR; 16.12.1934 - Vasco 5 x 0 Corinthians-SP; 01.07.1951 - Vasco 5 x 1 Sporting-POR; 08.04.1951 - Vasco 3 x 0 Peñarol-URU; 23.06.1957 - Vasco 7 x 2 Barcelona-ESP; 13.03.1958 - Vsco 6 x 1 Fluminense; 24.01.1999 - Vasco 5 x 1 Palmeiras-SP; 29.04.2001 - Vasco 7 x 0 Botafogo e 13.02.2011 - Vasco 9 x 0 América.
Terminada a aprontação de 10 "terribilidades" do "Almirante", o ex-almirante disse pra cartolada. "Mas o Basco só venceu os originais. Não bateu nenhum um wisky paraguaio. Tem que ter isso, também, na conta".
 Os cartolas cruzmaltinos não entenderam bem aquele lance. "Time falsificado paraguaio?" Seria um time com o nome de um outro time famoso? Que lance era aquele? E encarregaram Vasco Vasconcelos de pesquisar a parada. Rápido, ele solucionou a parada para a cartolada: "Seguinte, o pá! O Basco não venceu o Racing Club de France, em 1957? Então, precisamos bater, também, no Racing do Paraguai".
 Encarregado de fazer o Vasco vencer um clone falsificado, Vasco Vasconcelos entrou com o time vascaíno no túnel do tempo e baixou no Paraguai, em 6 de março de 1964. Mas a rapaziada não passou de 1 x 1, com o Racing paraguaio. Na volta, ele cobrou de Célio, o autor do gol. "Maijz não pudias fazer dois golos, o gajo?" Célio respondeu, de bate-pronto: "Fazer, eu fiz. Não mandei o juiz anular um". Então, o ex-almirante decidiu que Vasco 1 x 1 Racing do Paraguai era um placar falsificado.
 

VASCO VASCOINCELOS, O VASCAÍNO-14

 O ex-almirante Vasco Vasconcelos, vascaíno fanaticaço, não aceitava aquela história de Don Alfredo di Stéfano, o argentino que naturalizou-se colombiano e espanhol, ser o melhor atacante do mundo. Para ele, o 'cara'  era Vavá. E não tinha papo. Querendo comprovar isso, ele convenceu a diretoria colineira a marcar alguns amistosos contra times em que o glorioso goleador estivesse escalado. E lembrou-lhes: "Em 1948, na final do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões, quando ele defendia o argentino River Plate, não viu a cor da bola. Trouxemos o caneco, do Chile, com o sujeitinho amarradinho".
 Os cartolas de São Januário acharam a ideia boa e marcaram primeiro pega para o dia 22 de junho de 1955, na casa do adversário. O Real Madrid, o clube do Don Alfredo, o emprestou ao Valência, para o duelo, e este terminou nos 3 x 3. Pra chatear o ex-almirante Vasco Vasconcelos, o grande Di deixou o dele no filó – Pinga (2) e Sabará fiazeram o serviço vascaíno, chefiado pelo treinador Flávio Costa e tocado por: Vitor Gonzalez, Paulinho de Almeida e Bellini; Ely do Amparo, Jophe e Dario; Sabará, Maneca, Ademir, Pinga e Parodi.
Uma semana depois, novamente, na casa do desafiado, em um dmingão, rolou o segundo "round", daquela vez com Di Stefano vestindo a jaqueta do Deportivo La Coruña. Como, em Santiago do Chile, nem viu se a bola era esférica. O Vasco excedeu: 6 x 1. Naquele dia, o ex-almirante ficou "pê da vida" com o "sargentão" Flávio Costa, por não ter escalado Ademir Marques de Menezes. Mas deu um desconto para os gols de Pinga (2), Parodi, Alvinho e Sabará. E olhe que, no time, só tinha chegados dele: Barbosa, Paulinho e Bellini; Ely (Adésio), Jophe e Dario; Sabará (Iedo), Maneca, Vavá (Alvinho), Pinga e Parodi.
Rola a bola! Em 12 de junho, Di Stefano já estava vestindo a camisa do Barcelona, para o terceiro desafio proposto pelo ex-almriante Vasco Vasconcelos. Naquele jogo, ele foi o rei. Vasco Vasconcelos jura que a sua patota perdeu por, apenas, 1 x 0, mas a torcida do "Barça" garante que que foi por 2 x 6.
Passado um ano, o ex-almirante levou o Vasco para mais dois confrontos com o terrível Di. Na Venezuela, pela "Pequena Copa do Mundo". No primeiro, em 1º de julho, Dom Alfredo mandou 5 x 2 na moçada, com ele deixando mais dois para Vasco Vasconcelos anotar em seu caderninho. O ex-almirante virou um "sargentão" e soltou um"broncão" pra cima de: Carlos Alberto Cavalheiro, Dario e Bellini; Orlando (Haroldo), Laerte e Coronel; Sabará, Valter, Vavá, Pinga (Livinho) e Djayr. Nem Laerte e Djayr, os autores dos tentos vascaínos, escaparam da bronca. E, muito menos, o treinador Martim Francisco. O vascainíssimo até ficou mais calmo, no dia 19, quando Vasco e Real ficaram nos 2 x 2, mesmo com a fera Di carregando a taça pra casa. Mas prometeu um acerto de contas.
A promessa do comandante de esquadras de um país que nem tinha mar aconteceu em 14 de junho de 1957: Vasco 4 x 3, na capital francesa, pelo Torneio de Paris, diante de 38 mil pessoas. Ali, então, foi a "Turma da Colina" que carregou o caneco, graças aos gols de Válter (2), Vavá e Livinho. Mas Di Stefano deixou o dele, o que obrigou Vasco Vasconcelos a seguir anotando maldades contra a sua caderneta. Enfim! Pelo triunfo, ele distribuiu tapinhas nas costas de: Carlos Alberto Cavalheiro, Dario e Viana (Brito); Orlando, Laerte e Ortunho; Sabará, Válter, Livinho, Vavá e Pinga.
Pra fechar aquela história, em 8 de fevereiro de 1961, Vasco e Real Madrid empataram, por 2 x 2, no Maracanã, diante de 122.038 almas. O glorioso Di não viu o "véu da noiva" nem de longe. Casado (contra) e Pinga, pingaram nas redes para a vascaizada de Martim Francisco, que foi: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho de Almeida e Bellini; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Lorico (Valdemar). Delém e Wilson Moreira (Da Silva).
Ao final de sete duelos, o ex-almirante Vasco Vasconcelos concluiu que Don Alfredo Di Stefano era, "mesmissimamente mesmo", como escreveu em seu relatório à diretoria vascaína, uma fera, feríssima. Das mais bravas do planeta. E sugeriu a sua contratação. O Vasco até tinha uma graninha guardada no cofre da Colina. Mas Don Alfredo não topou vir. Disse que, quando estivera no Rio de Janeiro, não encontrara doce de merengue para comer. Nem nas padarias. O ex-almirante Vasco Vasconcelos foi àquela padaria da rua ao lado onde fica o estádio cruzmaltino e passou o maior pito da paróquia no português dono do recinto. Merecido! Por conta de um "portuga" relapso em seus pedidos comerciais, o Vasco não contratou Don Alfredo Di Stefano.
 Segundo o ex-almirante Vasco Vasconcelos, o merengue pode ser servido como sobremesa. Ele elege os melhores sabores sendo os de morango e de abacaxi. E diz que pode serem usados, ainda, em receitas de bolos e de tortas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO-13

Sempre que o ex-almirante Vasco Vasconcelos, vascaíno intransponível e intransferível, chefiava a delegação cruzmaltina para jogos na Vila Belmiro, levava um tempero diferente. Produzia molho picante para temperar o "Peixe". A primeira vez foi em 3 de agosto de 1952. O "Expresso da Vitória" espalhava a suas últimas fumaças, aprontando uma breve saída dos trilhos.
 Mas, enquanto rodava, os convites para amistosos pintavam, e o "Almirante" mordia a sua graninha. Daquela vez que ancorou em Santos, era um domingão. A rapaziada temperou 4 x 1 na panela. Ademir Menezes colocou dois na rede e Edmur e Ipojucan completaram o serviço.
Passados seis anos, o ex-almirante, comandante de esquadras em um país que nem tinha mar, voltou a chefiar uma delegação vascaína à Vila Belmiro. Era o sabadão 19 de abril de 1958, e o "Almirante" provou uma caldeirada: 3 x 1, cardápio legal!
 Por aquele tempo, ninguém acreditava que a Seleção Brasileira pudesse trazer a Copa do Mundo da Suécia. Só três cabras machos do time vascaíno, Bellini e Orlando e Vavá, que botavam fé na carregada do caneco. Antes, porém, deram aquela porradinha na turma da Vila, com Ramos passando o ramo por duas vezes no "Peixe", temporada ao sabor de Pinga.
Como todo dia não era dia Santo e o Santos encontrou um tal de Pelé, um capeta, o Vasco levou 37 temporadas para voltar a traçar caldo de peixe na Vila: em 26 de agosto de 1995, mandou 5 x 3 no dono da casa. Como ex-almirante chefiando a patota e o placar.
 
Whenever the former Admiral Vasco Vasconcelos, Vasco insurmountable, nontransferable, headed the delegation cruzmaltina games in Belmiro, took a different seasoning. Produced hot sauce to temper the "Fish". The first time was on August 3, 1952 The "Expresso da Vitória" the spread its last fumes, readying a brief output of the rails.
But while running, invitations for friendlies painted, and the "Admiral" bite your quick buck. This time we anchored in Santos, was a domingão. The boys 4 x 1 in seasoned pan. Ademir Menezes put two on the net and Edmur Ipojucan and completed the service.
After six years, the former admiral, commander of squadrons in a country that had neither sea, returned to head a delegation to vascaína Belmiro. Was sabadão april 19, 1958, and the "Admiral" proved one stew: 3 x 1, cool menu!
 At that time, nobody believed that the Brazilian team could bring the World Cup in Sweden. Only three males of the goats vascaíno team, Bellini and Orlando and Vava, that faith in the lowland areas of the pitcher charged .. But before that gave porrradinha the class of the Village, with Ramos passing the branch twice in the "Fish", the season Pinga flavor.
Like every day was not the day Holy and Santos found such a Pelé, one devil, Vasco took 37 seasons to return to trace fish stock in the Village: on August 26, 1995, sent 3 x 5 in home owner. As a former admiral heading the patota, the "Admiral" headed the scoreboard.



VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO - 12

O ex-almirante Vasco Vasconcelos, glorioso comandante de esquadras de um pais que nem tinha mar, invocou-se com a iluminação do estádio Club de Regatas Vasco da Gama, que a imprensa e a galera chama de São Januário – por ter uma parte dele na rua dita cuja. E passou a reclamar o mais que a paciência da cartolagem cruzmaltina permitiu-lhe. Vivia dizendo que o Vasco só precisava chamar as meninas, colocar umas mesas no centro do gramado (com cervejnhas, estupidamente, é claro), e convidar uma orquestra para o forrobodó. E teria uma boate legal para oferecer aos adversários.
De tanto ouvir as queixar do ex-almirante contra os postes de luz do estádio, os cartolas vascaínos resolveram analisar a situação. E terminaram vendo-o repleto de razão. Por sinal, razão absoluta, diga-se, de passagem. Então, fizeram uma tomada de preços no mercado e mudaram todo o sistema de iluminação da casa. E marcaram uma tertúlia para darem a luz que o clube merecia.
Vasco Vasconcelos, autor da forçação de barra, exigiu a missão de convidar um adversário. "Não tem nada melhor do que fazer festa e bater em argentino", disse ele à diretoria. E convidou o Independiente, de Avellaneda.
No dia 18 de março de 1975, os "hermanos" chegaram e, rápido, passaram a enxegar demais. Acharam a potência dos novos refletores de São Januário de um outro palaneta. Tão boa que deslumbrou o goleiro deles. Parado, admirando, achando que a noite tinha virado dia, o carinha nem viu por onde passou "la pelôta" chutada por Roberto Dinamite, aos 13 minutos do primeiro tempo. Mas, como tudo era festa, depos do gol a "Turma da Colina" começou a rebolar e deixou Bertoni empatar, aos 43.
Sem gostar, nem um pouquinho, daquela gracinha da rapaziada, o ex-almirante Vasco Vasconcelos foi ao vestiário, no intervalo, e lembrou que havia uma galera nas arquibancadas esperando por uma outra festa. No placar! Pra comemorar, depois do cotejo. "Vocês terão que jogar, no segundo tempo, uma bola mais clara que a luz que os alumiava", deu o aviso, batendo mais forte: "Se eu quisesse só festa, iria a uma boate", disse, no que o glorioso atacante goiano Bill sorriu.
O ex-almirante, ao perceber as risadas de Bill, não o perdoou: "Então, já que você não está me levando a sério, meu cháplia, vou encarregar-lhe de chamar os "hermanos" pra dança. E ai de você se pisar fora do caneco!Vou mandar a torcida pegar no seu pé", ameaçou.
Bill achou a ameaça esquisita, pois ele nem estava jogando. O ex-almirante, no entanto, cheogu n lance, rapidamente: "Vou falar com o Mário Travalgini para lhe escalar n vaga do Dinamite, que está explodindo pouco". E o careca aceitou o pedido, e o reserva Bill foi pro jogo, cheio de gás. Com o compromisso de se virar. E se virou. Aos 40 minutos do segundo tempo, a rapaziada parou com a sacanagem e Bill cumpriu a ordem do ex-almirante: Vasco da Gama 2 x 1.
José Aldo Pereira apitou e a pugna e o tome do técnico Mário Travaglini, naquela noite festiva, foi: Andrada, Paulo César, Miguel, Moisés, Renê e Alfinete (Celso Alonso), Alcir (Gaúcho) e Ademir, Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite (Bill), Edu e Luís Carlos. O técnico era Mário Travaglini.

 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

VASCO 2 X 2 SAMPAIO CORRÊA



Time infantil. Foi como comportou-se a rapaziada, hoje, ao ceder o empate, no último lance da partida. O Vasco tinha a bola dominada, pela lateral do gramado, quando Guiñazu fez falta desnecessária, puxando o advesário pela camisa. Em seguida, sofreu o gol: 2 x 2. E não houve mais tempo para nada.
Se tivesse vencido, o Vasco subiria par 46 pontos e colaria no líder Joinville, que tem 47. Passaria a Ponte Preta, com 46. Mas ficou atrás, também, do Avaí, com 45. É o quarto colocado da Série B do Brasileirão. Na sexta-feira, o adversário  erá Joinville, em São Januário, pela 26ª rodada.
O Sampaio abriu a conta, aos 32 minutos. Durante escanteio, o zagueiro Edimar enfiou a cuca na bola e fez 1 x 0. O Vaco empatou, aos 47. Maxí Rodriguez entrou na área maranhense driblando e foi derrubado. Douglas bateu e empatou: 1 x 1. Foi o sexto tento dele na Segundona.
Na etapa fnal, o Vasco virou o placar aos 32 minutos. Fabrício atacou, cruzou bola rasteira par a área e o zagueiro Douglas Silva cheogu primeri do que a zaga para marcar: 2 x 1. Um minuto depois do jogo, o atacante do Sampaio, Edgar, foi expulso, deixando o Vasco com um jogador a mais em campo. Mas o que o treinador Joel Santana fez foi recuar o time, chamar o adversário para o seu campo. Tirou um atgacante, Max Rodrigues, para lançar o zagueiro Rafael Vaz, que pouco tinha jogado nesta Segudona. E a boal castigou. O Vasco mereceu o castigo pela covardia. Na última bola da partida Willian Paulista pegou rebote do goleiro Martin Sila, que tentou salvar um desvio da zaga: 2 x 2.
                              CONFIRA A FICHA TÉCNICA
23.09.2014 (terça-feira) - Vasco 2 x 2Sampaio Corrêa. Estádio:Castelão, em São Luís do Maranhão-MA. Juiz: Gilberto Rodrigues Castro Junior-PE. Público presente: 44.198 torcedores. Renda: R$1.223.000,00. Gols: Edimar, aos 32, e Douglas (pen), 46 min do 1º tempo); Douglas Silva, aos 32, e Willian Paulista, aos 49 min do 2º tempo. VASCO: Martín Silva; Diego Renan, Luan, Douglas Silva e Marlon; Guiñazu, Fabrício, Jhon Cley (Lucas Crispin), Douglas e Maxí Rodriguez (Rafael Silva); Kleber (Rafael Vaz). Técnico: Joel Santana. SAMPAIO CORRÊA: Rodrigo Ramos; Tote, Edimar, Luis Otávio e Eloir; Marino (Cleitinho), Uillian Correia e Jonas; Pimentinha, Cascata (Válber) e Edgar (Willian Paulista).Técnico: Lisca.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

VASCO VASCONELOS, O VASCAÍNO-11

O almirante Vasco Vasconcelos tinha um caderninho no qual ele anotava tudo o que rolava nas partidas do glorioso Club de Regatas Vasco da Gama. Certe vez, ele observou que o  zagueiro Orlando Peçanha de Carvalho não era de se arriscar indo ao ataque. Pelo menos, não encontra nenhum gol dele, em suas anotações. E o chamou no canto, para propor-lhe:
- Orlando! Vários becões cruzmaltinos já botaram goleiros pra chorar, cara! Só você anda não entrou nessa. Qual é?
 - E, m´ermão! A minha é outra. É espanar lá atrás – respondeu o zagueiro.
 - Rapaz! Tanta gente lá de trás já foi lá na frente e mordeu! Até o Berascochéa, aquele argentino durão de cintura. Vamos nessa cara!
- Vamos ver!- prometeu Orlando.
E viu demais. Não deu outra. No jogo do dia seguinte, em 15 de abril de 1956, o Vasco mandou 3 x 1 pra cima do turco Besiktas, durante excursão à Europa, e Orlando compareceu à rede, juntamente com o paraguaio Sílvio Parodi e Iedo. A turma que viu aquela  cena rara foi: Ernâni, Dario e Haroldo; Orlando e Beto; Dejayr, Laerte, Parodi, Maneca,Ademir Menezes e Iedo. O treinador Martim Francisco, é claro, também bateu palmas. Só omenos do que o ex-almirante Vasco Vasconcelos, o vascaíno que não deixava nada quieto.

domingo, 21 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS- 10

 Há treinadores e cartolas que não gostam de trabalhar com jogadores acima dos 30 anos de idade.H´Q Alguns, no entanto, apresentam rendimento incomum. Caso de Romário de Sousa Farias. “Exte excede”, escreveu o ex-almirante Vasco Vasconcelos, comandante de esquadras em um país que nem tinha mar, em uma carta endereçada ao presidente do Club de Regatas Vasco daGama, Eurico Miranda.
Estava o cartola tentando enrolar o “Animal” Edmundo. Queria vê-lo ao lado do “Peixe”, durante o Campeonato Mundial Interclubes-2000, e jurava ao então maior ídolo da galera cruzmaltina que o seu desafeto voltaria à Colina, “apenasmente”, para aquela disputa.
Rola a bola! No frigir dos ovos, com bacalhau, evidentemente, nem fora o presidente Eurico, mas o glorioso Vasco Vasconcelos, torcedor intransponivel e intrasnferível do “Almriante”, desde que virara ex-almirante, quem convencera Edmundo a esquecer velhas porfias.
Vencida a batalha do ciúme na Colina, tempos depois, Vasco Vasconcelos redigiu um panfleto de completo apoio moral ao seu amigo Romário (ele era amigo, também, de Edmundo) , o qual saiu espalhando pelas arquibancadas de São Januário, nos dias de, pelo menos, uns 11 jogos. Estava escrito. “Romário sempre foi de fazer estrepolias bolais. Às 40 viradas de calendário, durante a temporada-2000, foi o principal artilheiro de todas as competições disputadas: Estadual-RJ – 19 gols. Copa Mercosul – 11; Mundial Interclubes – 3; Copa João Havelange (Brasileirão) – 20; Torneio Rio-São Paulo – 12. Além desses gols , fez mais um, pela Copa do Brasil-2000. Quem desabilita um artilheiro veterano, capaz de marcar 66 tentos, em 72 partidas?”
Ao final do texto, o vascaíno Vasco Vasconcelos enumerava as iscas deixadas pelo “Peixe” na rede, com profissional colineiro: 1985 – 24, em 39 jogos; 1986 – 42, em 66 partidas; 1987 – 34, em 60 compromissos; 1988 – 24, em 29 confrontos; 1999 – 3, em duas pugnas; 2000 – 62, em 72 pegas; 2001 – 41, em 41 refregas; 2002 – 26, em 25 contendas; 2005 – 32, em 44 prélios; 2006 – 18, em 17 duelos; 2007 – 15, em 19 encontros.
Torcedores despeitados, de times acostumados a verem o“Peixe” encher o seu balaio, todos donos de uma língua métrica infinitesimal, andaram espalhando que o ex-almirante levara uma grana de Romário, para fazer-lhe tamanha puxada de saco. Inveja, de quem, obviamente, só queria não deixar a galera esquecida das glórias dos seus velhos ídolos. Pelo menos, isso foi o que garantiu, após investigação rigorosíssima, o repórter Dei Menezes, para o qual o ex-almirante criara o slogan: “Lugar de vascaíno é em São Januário!”


sábado, 20 de setembro de 2014

HISTORI & LENDAS - BARBOSA E DANILO

 Temporada de 1953 - Em um jogo contra o Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo, o goleiro Barbosa sofreu uma fratura na perna quebrada, durante um choque com o atacante alvinegro Zezinho. Quase foi à depressão. Recuperou-se quando o Hospital dos Acidentados, no Rio de Janeiro, começou a ter filas de torcedores na porta, pedindo para visitá-lo. Ao encerrar a carreira, Barbosa trabalhou na Superintendência dos Estádios do Rio de Janeiro (SUDERJ), no Maracanã. Viveu seus últimos anos de vida em Santos-SP, ao lado de umA filha adotiva. Mesmo tendo perdido, dentro do Maracanã, a Copa do Mundo de 1950, por 2 x 1, Barbosa viu o quanto os torcedores ainda gostavam dele.

Danilo Alvim foi chamado por Príncipe, devido ao futebol elegante que jogava. Como enxergava muito, o treinador uruguaio Ondino Vieira foi, pessoalmente, buscá-lo no América, para a montagem do Expresso da Vitória. O Vasco pagou ao atleta 90 contos de reis, como luvas, e dois contos mensais. Em São Januário, Danilo foi campeão carioca em 1947/49/50/52 e do Sul-Americano de Clubes Campeões, em 1948, no Chile.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO-9

  1 - O ex-almirante Vasco Vasconcelos, vascaíno intransponível e intransferível, comandante de esquadras em país que nem tinha mar, gostava de ver o "Basco" jogar todo de uniforme escuro. Aliás, foi até ele quem apelidou a rapaziada do futebol por Camisas Pretas. Com os remadores usavam a faixa em diagonal, em branco, nas suas jaquetas, a onomatópose ficara bem colocada, ressaltando um diferencial, logo encampado pela galera.
Vasco Vasconcelos poderia ser tudo. Do que ninguém poderia acusá-lo era de conservadorismo. Mesmo gostando do Vasco Negro, quando o uruguaio Ondino Viera chegou à Colina, a primeira coisa que ele fez, ao ficar amigo do homem, foi sugeri-lo sugerir à cartolada a adoção de jaquetas brancas, lembrando-o que o Brasil era um país tropical. E o preto era chamativo de calor. Calor, que desse a rapaziada só nos durante as refregas.
Depois de desnegritar o Vasco, o torcedor Vasco Vasconcelos propôs ao Ondino fazer uma onda com  a diretoria colineira e propô-la aderir, também, à faixa diagonal dos remadores, para a camisa ficar mais visual, mais alegre. Sugestões,  prontamente, aceitas.
Muitos anos depois, o ex-almirante Vasco Vasconcelos sentiu saudade do Vasco total negro. E começou a articular um movimento pela volta dos "Camisas Pretas". Os cartolas levaram a sua propositura a apreciação e apreciaram o seu gosto bumerangue. E marcaram a volta das "black shirt" para o primeiro de agosto de 2001, a exatas 84 temporadas e 90 dias da primeira envergadura daquela indumentária, em 3 de maio de 1916.
Com o ex-almirante à frente da torcida do "Almirante", o "Black Vasco" adentrou ao tapete verde do antigo estádio Mané Garrincha, em Brasília, em uma noite de quarta-feira, para encarar o  Gama, pelo Campeonato Brasileiro da Série A. Mas, na presença de 19.743 pagantes, não venceu, como da primeira vez. Porém, ficou com uma vantagem: se caíra, por 1 x 10, na primeira partida, naquela fico no 0 x 0. Já era um progresso.
O Vasco "retrô" foi dirigido pelo treinador Joel Natalino Santana e teve esta patota: Hélton; Patrício, Odvan, Alexandre Torres e Gilberto; Jorginho Amorim, Botti, William e Juninho Paulista; Euller e Romário (Paulo César). O Gama, treinado por Flávio Lopes, teve: Ronaldo Giovanelli);Wilson Goiano, Gérson, Jairo e Rochinha; Deda, Robston (Jefferson), Luiz Fernando (Rodriguinho) e Lindomar; Romualdo e Anderson Barbosan (Alessandro).
Após o jogo, ao ser indagado por um colega de torcida, o ex-almirante Vasco Vasconcelos  considerou: “As coisas estão ficando mas pretas do que a camisa do “Basco”. E ficaram: de 27jogos naquele Brasileirão, a moçada perdeu oito e empatou nove. Terminou o campeonato em 11º lugar.   

2 - Com o Botafogo sempre foi um freguês– de caderneta, do glorioso Almirante Vasco da Gama, o ex-almirante Vasco Vasconcelos, oficial de armada de país que não tinha nem mar, fez a mais perfeita interpretação para o empate, por 2 x 2, entre os dois times, em primeiro de outubro de 1936, pela rodada inaugural do Campeonato Carioca, em São Januário. Devido às boas chances de gols perdidas pelos alvinegros, ele declarou: "O visitante foi uma mãe".
Realmente! Já que o quadro alvinegro fora uma mãe, o Vasco mamou em suas tetas. Isto é, Mamede, que mamou dois gols. E, já que o assunto era mamar, Carlos Leite mamou, tmbém, dois. Para os botafoguenses, que enfrentaram: Joel, Poroto e Itália; Rafa, Oscarino (Zarzur) e Marcelino; Lindo, Alfredo, Feitiço, Mamede e Luna.
O ex-almirante Vasco Vasconcelos era terribilíssimo. Certa vez, apostou, com um torcedor americano, que o Vasco tocaria fogo no "Diabo", e dava dois gols de lambuja. Pois bem! Rolou o então "Clássico da Paz", em 29 de julho de 1944, pelo primeiro turno do Campeonato Carioca. A Turma da Colina venceu, apertado, por 3 x 2. Se Argemiro não tivesse marcado um gol contra, Vasco Vasconcelos não teria perdido a aposta. No dia seguinte, ele mandou a conta para o integrante da linha média vascaína. Se bem que Argemiro não se apertou. Pediu socorro a Isaías, autor de dois gols, e a Lelé, que, também, havia deixado o dele no filó. E ops amigos desfalcaram os seus respectivos "bichos", para o companheiro não ficar mais feio, ainda, perante a torcida. Jogador cruzmaltino que fizesse gol contra, no dia seguinte, o ex-almirante Vasco Vasconcelos lhe mandaria a conta, para pagar a aposta que ele teria perdido. Do que não discordavam Roberto, Rubens e Rafagnelli; Alfredo, Dino, o próprio Argemiro, Cordeiro, Lelé, Isaías, Ademir Menezes e Djalma, o time daquele dia, além do técnico Ondino Viera.
Ultimamente, Vasco Vasconcelos tem andado uma fera foi com o site oficial do Vasco. Isso porque o redator não publicas a escalação do time, em dias de jogos. Então, ele tem que procurar no site do adversário. Pra piorar, na matéria da estreia do treinador Joel Santana, o carinha escreveu que Joel chegou pensando só em vitórias e dizendo que o Vasco precisava somar pontos. Irado, o ex-almirante Vasco Vasconcelos, vociferou: "Se o 'Juel' não pensasse  em vitórias, mas em derrotas, a coisas estaria feia. E se o Basco não precisasse somar pontos, pior ainda". E mandou um e-mail à ouvidoria do Vasco, decretando: "Quando a coisa estiver complicada, demitam o redator, nunca o treinador". Pelo menos, este só pensa em vitórias".

  

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO - 8

Os “gajos” estavam fazendo as contas, meio-desanimados. O “Basco” já havia encarado cinco adversários e abatido por todos – 1 x 10 Paladino; 1 x 5 Brasil; 0 x 4 Icarahy; 2 x 4 Parc Royal e 3 x 4 River –, com todos os jogos disputados no campo do Botafogo, à sulisticamente carioquíssima Rua General Severiano.  
Para a rapaziada, o motivo dos insucessos era o gramado do campo dos alvinegros, que não lhes  dava sorte. Então propuseram à direção do Vasco levar as próximas partidas para o gamado do Andrahy.  As escorregadas continuaram:  0 x 2 Paladino e 0 x 3 Parc Royal. A moçada, então, achou que tanto fazia perder em um local quanto em um outro. Dava no mesmo. E retornou a General Severiano, para cair, ante o Icarahy, por 1 x 4.
A turma deixava o estádio dos botafoguenses, negando sorrisos à zona sul carioca, quando pulou fora, do “túnel do tempo”, o ex-almirante Vasco Vasconcelos, comandante de esquadras de um país que nem tinha mar. Deparando-se com a cena, chegou junto da vascaínada e quis saber do que se passava. Inteirado do tema, sugeriu: “Deixa comigo”!
O ex-almirante Vasco Vasconcelos foi espionar os treinos do próximo adversário, o River, no bairro da Piedade. E notou que faltavam dois atletas para o adversário completar um time. Encerada a prática, disse aos membros da equipe que tinha assistido o treino do Vasco, no dia anterior, e aquele andava pior do que nos outros jogos. Que eles, mesmo com nove homens, deveriam ganhar, por goleada.  E os riveristas foram na sua onda. Nem se preocuparam em recrutar os elementos que lhes faltavam.
Além de ter passado tais informações ao adversário, o ex-almirante Vasco Vasconcelos convenceu a direção cruzmaltina a levar o jogo para o campo  do São Cristóvão, à Rua Figueira de Melo. “Ora, pôixisj, pôixisj! Jogamos em General Severiano, e tocaram fogo no placar; no Andarahy, e não andamos pra lugar nenhum. Então, vamos para o campo do “Santo”. E pode deixar o resto comigo, que já providenciei o milagre.
Não deu outra: o Vasco obteve a sua primeira vitória no futebol: 2 x 1 sobre o River. Era o dia 29 de outubro de 1916, e o ex-almirante teve de sair correndo, às pressas, da Rua “General Sivira”, como ele a chamava, porque a rapaziada do time da Piedade queria esganá-lo, por conta das suas informações falsas. Mas bem pior ele fizera com o time do Brasil, o adversário seguinte, e do último jogo vascaíno no Campeonato Carioca da Terceira Divisão.  “Se eu fosse vocês, nem gastaria combustível para ir ao jogo. Estou informado, por fontes fidedigníssimas, e bote íssimas, íssimas nisso, de que o
“Basco” não comparecerá. 
O pessoal do Brasil acreditou e não compareceu. Aquele era um Brasil que ia pra trás. Perdeu por W x 0. E o ex-almirante inaugurou as vitórias do “Almirante” no tapetão.    

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO-7

Vasco havia iniciado o primeiro turno do Campeonato Carioca de 1931 como um vendaval. Mandara 3 x 0 pra cima do Andrahy e 5 x 1 nos costados do São Cristóvão. Pela terceira rodada, o adversário seria o Flamengo, que levara 5 x 1 do Botafogo. Entrevistado por um repórter de rádio, ao chegar ao estádio da Rua General Severiano, o local da pugna, o ex-almirante Vasco Vasconcelos, tremendamente vascaino, teve solicitado o seu palpite para o placar. Analista que era, de proposituras e conjecturas, ele botou na latinha: "O Vasco está fazendo um carnaval neste campeonato. Balançou a roseira por oito vezes, em duas contendas. O Flamengo levou quase isso, em uma só. Logo, tudo leva-me a crer que teremos mais um carnaval na Colina".
Dito e feito. A mando do inglezão Harry Welfareg, o "Almirante" levou para a pugna 12 rapazes cruéis – Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto (Nesi) e Mola; Baiano, Oitenta e Quatro, Russinho, Mário Matos e Santana – e mandou 7 x 0 no desafiante. No embalo dos dois primeiros estragos, Russinho fez um caranval na pequena área rubro-negra, mandando quatro pipocas para o barbante. Matou a pau. Mário Mattos o ajudou a escalpelar, esquentando mais duas. E Santana fechou a conta, naquele 26 de abril. Rapaziada impedosa.
Quando saía do estádio, Vasco Vasconcelos, vascainamente superfeliz, foi entevistado pelo mesmo repórter. "Parabens, torcedor do grêmio da cruz de Malta. Você previu e aconteceu", locutou o carinha. Ao que o ex-almirante complementou: "O Vasco, que é o clube mais democrático, epidermicamente, do país, simplesmente, mostrou que é, também, o mais legalista...", ia falando, quando o radialista o interrompeu, para dizer: "Não entendi o que goleada tem a ver com legalidade, ou ilegalidade." O ex-almirante de um país que nem tinha mar, encerou a contenda, com um voleio da meia lua da pequena área: "Você vê jogador vascaíno desrespeitando o árbitro?" O repórter respondeu que não. "Então, o Vasco, meramente, manteve o respeit por Sua Senhoria, o árbitro. À risca. O nome dele não é Leandro Carnaval? Então, o Vasco fez um carnaval na rede do Flamengo." E se mais não falou, porque não lhe foi perguntado

  

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

FUXICOS DA COLINA – ARTOFF & ORLANDO

1 - Artoff Gomes da Costa Filho, jogador vascaíno com nome de vodka, mas carioquíssimo, desde 8 de abril de 1935, saiu da Colina com uma bronca danada dos cartolas João Silva e Antônio Calçada. Ele cobrava Cr$ 20 mil cruzeiros do Vasco, a título de “luvas” (graninha por fora),  alegando que o “tutu” ficara acertado pela assinatura do seu contrato, de Cr$ 10 mil mensais.
 Artoff chorava. Dizia não ter arrumado nada junto ao vice-presidente Calçada. E, pior, ainda, ao se queixar ao João, este teria lhe dito que vetara a sua renovação de contrato e não lhe devia nada. Depois do rolo, Artoff  foi emprestado ao Bonsucesso e, posteriormente, trocado por um outro atacante, a revelação rubro-anil Cabrita. Assim, sentia-se ludibriado pelos cartolas da Colina.  
Artoff era artlheiro do time juvenil do São Cristóvão, pelo qual começara a jogar, aos 18 anos de idade. Corria 1953 e ele participara, como juvenil, de uma excursão, ao Peru, do time  do A do “Santo” . Na volta, o goleiro Ernani e o coringa Alfredo fizeram-lhe a cabeça para mudar-se para São Januário. Mudou e o São Cristóvão gritou. Queria prendê-lo, pela sua assinatura na folha dos recebedores de “bichos”.  Mas o Club de Regatas Vasco da Gama era tão expert em crueldades quanto o Almirante Vasco da Gama. E o surrupiou  do “Santo”.
Submetido à apreciação do treinador Flávio Costa, Artoff foi enviado para o time de aspirantes. Disputou os Campeonatos Cariocas da categoria, nas temporadas 1955/1956, e ajudou a rapaziada a carregar taça e faixa, no último dos dois anos citados. Com o sucesso em baixo, participou, com a turma de cima, de uma excursão à Europa. Em 1958, estava na galera campeã do Torneio Rio-São Paulo, mesmo tendo entrado só durante o segundo tempo de Vasco 1 x 0 América (19.03), substituindo o ponta-esquerda Pinga. Mas, pelo Campeonato Carioca-1956, o técnico Martim Francisco o havia lançado em três partidas. Em uma delas, marcou gol, em Vasco 6 x 0 Madureira, quando o time foi: Carlos Alberto, Paulinho e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel; Sabará, Livinho, Artoff, Válter e Pinga.
Artoff esteve, também, em Vasco  1 x 0 São Cristóvão (02.12), com a mesma defesa e o ataque sendo Lierte, Wilson Moreira, ele, Roberto Pinto e Pinga, e em Vasco 1 x 0 América (08.12), mantendo-se a defensiva e o ataque trocando Wilson Moreira e Roberto Pinto, por Livinho e Válter.
Artoff era um jogador útil ao Vasco da Gama. Na mesma temporada-1956, entrou em amistosos, substituindo Ademir Menezes e Vavá, em Vasco 2 x 0 e 1 x 1 Atlético-MG (11 e 13 de março) e marcou os dois gols vascaínos dos 2 x 1 Nacional, de Rolândia-PR (21.03). Em seguida, durante um giro pela Europa, participou de sete das 19 partidas disputadas, deixando seu gol em Vasco 3 x 2 Espanyol, na Espanha (03.06), quando a escalação teve:  Hélio (Wagner), Dario, Haroldo, Orlando e Coronel; Djayr (demir Menezes), Laerte, Livinho e Sabará; Válter e Artoff.
O grande dia de glória de Artoff, no entanto, foi mesmo o 20 de julho daquele  1956. Marcou um dos gols de Vasco 2 x 0 Real Madrid, o então melhor time do planeta. Em jogo disputado no venezuelano Estádio Universitário, de Caracas, entrou nesta formação: Wagner, Dario, Haroldo, Orlando (Cléver) e Coronel (Beto); Laerte e Valter; Sabará, Livinho, Artoff e Pinga. (foto reproduzida da Revista do Esporte).

2 - ORLANDO - Mais de um ano depois da Copa do Mundo-1958, surgiram comentários, em São Januário, que o zagueiro Orlando “estava enrolado na Suécia”. Vinha sendo cobrado, por uma das garotas que viviam tietando os jogadores da Seleção Brasileira, de tê-la engravidado.
Junto com os fuxicos, que espantou a torcida cruzmaltina, confirmou-se a notícia de que a sueca Anta Sigrid Sandstrom fora à justiça do seu país, cobrar pensão alimentícia do jogador, pela paternidade do filho Jan Peter. A moça pedia o equivalente a Cr$ 7 mil e 500 cruzeiros, para sustentar a criança, além de Cr$ 20 mil cruzeiros, por ressarcimento de despesas do parto. Uma boa grana para a época, o que muitos jogadores não ganhavam, facilmente.
Após ser informada da cegada de uma carta rogatória expedida pela justiça sueca, solicitando a fixação de uma pensão a título precário, até o julgamento do caso, a Confederação Brasileira de Desportos-CBD solicitou à embaixada do Brasil, em Estocolmo, levantamento da vida pregressa de Anita. Resposta: a polícia sueca informara que a moça tinha vida irregular, mentira ao dizer-se menor de idade.
 Pelo relatório da participação brasileira no Mundial-1958, feito para o presidente da CBD, João Havelange, o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, e o treinador Vicente Feola,  citaram que Orlando tivera “conduta exemplar”. Comprovando o que dele fora dito, Orlando colocou-se à disposição das autoridades suecas, para ir ao país esclarecer a situação. Enfim, nada ficou provado. E Orlando casou-se, com Marlene, como leremos abaixo.      
 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

VASCO DA GAMA 1 X 1 OESTE-SP

O problema deve ser a cor da camisa. Lembram-se daquele jogo em que Douglas bateu falta e a bola ultrapassou 33 centímetros adentro do gol do Flamengo? E o juiz não o considerou. Hoje, a bola bateu em cima da linha e saiu. Mesmo assim, foi dado gol para o Oeste, o adversário vascaíno, pela 23ª rodada do Brasileirão da Série B.
Douglas capricohou na batida do pênalti que fez o Vasco empatar em Manaus
O jogo foi em Manaus, com mando de campo do time paulsita, de Itápolis. O erro da arbitragem custou queda ao Vasco na tabela classificatória. Saiu da Arena Amazonas em quarto lugar, com 40 pontos, quatro a menos do que o ponteiro, o catarinense Avaí, e a três de distância do segundo colocado, o também catarinense Joinville. Além de ficar atrás da Ponte Preta, com os mesmos 40, mas com uma vitória a mais.
O gol do Vasco foi marcado por Douglas, cobrando pênalti, sofrido por Thalles, no segundo tempo. O próximo compromisso será no sábado, em São Januário, diante do pernambucano Náutico.
Este foi o segundo encontro entre Vasco e Oeste. O anterior rolou na tarde de 10 de maio deste 2014, quando os vascaínos venceram, em São Januário, por 2 x 0, com gols marcados por Rafael Silva e Thalles. Na época, o treiandor era Adílson Batista e o jogo valeu pelo primeiro turno da "Segundona". Nesta temporada, a rapaziada já havia se apresentado na capital amazonense, em março, valendo pela prmeira fase da Copa do Brasil, quando empatou, por 0 x 0, com o Resende-RJ.s
                                                      CONFIRA A FICHA TÉCNICA
16.09.2014 (terça-feira) - Vasco 1 x 1 Oeste-SP. Campeonato Brasileiro Série B. Estádio: Arena Amazonas, em Manaus. Juiz: Paulo H. Schleich Vollkopf-MS. Público:  26.621 pagantes. Renda: R$ 1.105.570,00. Gols: Fábio Santos, aos 14 min do 1º tempo, e Douglas (pen), aos 35 min do 2º tempo. VASCO: Martin Silva; Diego Renan, Luan, Rodrigo e Lorran; Guiñazu, Fabrício (Thalles), Aranda (Dakson), Douglas e Maxí Rodríguez (Edmílson); Kléber. Técnico: Joel Santana. OESTE: Anderson; Ezequiel, Cris, Halisson e Dennis; Leandro Mello, Everton Dias (Renan Diniz), Kléber e Roger Gaúcho; Fábio Santos (Cristiano) e Serginho. Técnico: Roberto Cavalo. (fotos reproduzidos de Marcelo Sadio, de www.crvascodgama.com.br). Agradecimedntos

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CASAMENTO DE VASCAÍNOS - ORLANDO

Às 17horas do 17 de agosto de 1959, o centro-médio (atual zagueiro) Orlando Peçanha de Carvalho e Marlene Dias Martins caminharam em direção ao altar da igreja dos capuchinhos, no Rio de Janeiro, para iniciarem a celebração religiosa católica que escalaria o campeão mundial (Copa do Mundo-1958, na Suécia) no “rol do homens sérios”, como se brincava, antigamente.
Os pais dos “nubentes”, Amaro Peçanha de Carvalho e Noêmia Pessoa de Carvalho (de Orlando), e José Dias Martins e Maria José Dias Martins foram os padrinhos que concordaram com um namoro nascido dentro de um clube chamado Atlas, no dia em que prestava-se uma homenagem ao então atleta vascaíno, pela conquista do“caneco do mundo”.
Apresentados, durante os festejos, Orlando e Marlene simpatizaram-se e foram par constante em todas as danças e contradanças. Isso, pelas metades de 1958. Em fevereiro de 59, ficaram noivos.
Entre os colegas de São Januário que compareceram ao casamento estavam Paulinho de Almeida, Bellini, Écio, Pacoti, Pinga e o treinador Gradim. De ex-companeiros do Vasco, o goleiro Ernani e o atacante Vavá, além de um outro ex-vascaíno, o aposentado goleador Ademir Menezes, até então, o maior ídolo da torcida cruzmaltina. Representando os cartolas esteve João Silva. Já o representante dos adversários foi Zagallo, do Botafogo, e da turma de Orlando, durante a campanha pelo título mundial, na Suécia.
Após a cerimônia religiosa, os presentes foram recepcionados na casa dos pais da noiva. Terminada a festas, Orlando e Marlene foram para a nova casa do casal, à Rua Araújo Leitão, na Tijuca, onde alugaram um apartamento.
A história do namoro entre Orlando e Marlene foi transformado em uma fotonovela, produzido pela revista “Manchete Esportiva”. O“Kike” a conseguiu e, brevemente, vai mostrá-los aos “vasconautas”. Aguardem.

domingo, 14 de setembro de 2014

O AGENTE SECRETO ADEMIR MENEZES

Durante o Torneio Rio-São Paulo-1959, os vascaínos  andaram “meio-devegar”, sem muita pressa de chegar ao gol, com os atgacantesAlmir, Pacoti, Teotônio e Delém eram os caras. Sem pipocas na chapa, o Vasco ficara no 0 x 0 com São Paulo (12.04), América (22.04) e Flamengo (26.04), e escorregara, por 0 x 3, diante do Santos (17.05).    
Aí, o cartolão João Silva fez as contas: Almir só havia colocado um goleiro pra chorar – em Vasco 3 x 0 Palmeiras (18.04) – e Delém dois, somando três tentos – em Vasco 2 x 0 Botafogo (30.04) e em Vasco 4 x 1 Portuguesa de Desportos (09.05). Quem mais balançara o filó fora um carinha que não tinha tal obrigação, o meia Rubens, que deveria se preocupar mais em lançar. Mesmo assim, dos seus  cinco tentos, dois haviam sido de pênaltis. Muita vantagem, não, concluiu. Pior: o treinador Gradim ainda tinha Pacoti, e Teotônio para “matar”, mas eles vinham dando um tempo no gatilho. Razão de o segundo ter sido exilado para a ponta-direita.
E já que os “matadores da Colina” não vinham fazendo muitas maldades com os goleiros, João Silva teve uma autêntica sacada de cartola. Como era amicíssimo do aposentado Ademir Marques de Menezes, o maior ídolo da história do glorioso Club de Regatas Vasco da Gama, após uma peada de final de semana, em seu sítio, chegou o ‘Queixada’ no canto: “Que tal voltar a jogar?”. Ademir, evidentemente, não levou a sério. Achou que o camarada tivesse bebido um vinho diferente, enquanto esperava a brasa assar o churrasco. Mas o homem não desistiu do lance. Ademir, que havia corrido, razoavelmente legal, debaixo de um sol escaldante, estava mais era a fim de molhar o pescoço, por dentro, com uma cervejinha, estupidamente glacial. E livrou-se da indaga do João, com um  despachante “vamos ver” – só que viu demais.
 Dias depois da proposta indecorosa de João Silva, o “Queixada”, secretamente,  voltou a São Januário, para ver se as ferramentas estavam muito enferrujadas.  E voltou mais. Para João Silva, ele não havia esquecido do “manejo da redonda”, com escreviam os cronistas da época. E até tinha um responsável por aquilo: as peladas em seu sítio.
Enquanto Ademir treinava na Colina, o serviço de contraespionagem do Madureira descobriu tudo. Rapidamente, o empresário José da Gama propôs-lhe trair o “Almirante” e trabalhar para o “Tricolor Suburbano”. Chegaram até a conversar sobre o plano sinistro. Mas o Zé lrvara pouca grana na maleta. Ademir não conseguiu nem ser um agente duplo. E, quis o destino que a sua carreira de “agente secreto” durasse por, apenas,alguns treinos. Enquanto ele “ameaçava” voltar aos gramados, Gradim conseguiu dar um jeito nos seus “matadores”. Durante o primeiro turno do Campeonato Carioca, Almir compareceu, por quatro vezes, ao “fundo da cidadela dos arqueiros”. E melhor: o ponteiro-esquerdo Pinga, que gostava mais de jogar pelo meio, para ter mais chances de balançar o barbante, o balançara em seis oportunidades. Sem falar que Teotônio e Pacoti desenferrujaram as suas “garruchas”, e Rubens seguiu fazendo gols, com “atacante enxerido”. De sua parte, Delém interessava ao futebol argentino, e o Vasco não perdia a chance de encher a barriga da burra da Colina.       
    E, assim, se conta a “rush-história” do agente secreto “00Camisa 9, Jeimes Ademir Bom de Bola”. Isto é, ex-bm de bola. Não estava aposentado?  

 

sábado, 13 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO-6

Era 24 de abril de 1927, e o estádio tricolor das Laranjeiras sediava o Torneio Início do Campeonato Carioca. No primeiro jogo, o Vasco mandou 1 x 0 nos banguenses, com gol marcado por Tinoco. Vitória de Nelson, Claudionor e Itália; Nesi, Tinoco e Badú; Paschoal, Torterolli, Galego, Russinho e Negrito. Veio o segundo pega, e, com a mesma equipe, a "Turma da Colina" não rezou e ajoelhou ante o São Cristóvão. Cedeu cedido três escanteios, que eram chamados de "corners", pois era comum ouso do linguajar iglês. Como o apelidado, mais tarde, de "tiro esquinado" o "córener" era o balizamento para apontamento do vencedor, em caso de 0 x 0 no tempo normal dos jogos do "initium". E, por aquela raza, o "Santo" foi pro Céu.
Mandada a moçada cruzmaltna pro inferno, o "São Cri-Cri" comemorava. De sua parte, o ex-almirante Vasco Vasconcelos, comandante de esqudras de um pais que não tinha nem mar,  foi consolar a rapaziada. O zagueiro Itália estava pra lá de Bagdá; Galego tinha ficado vermelho; Negrito, azulado, e Russinho vendo as coisas ficando russas. Sereno, o vascaíno VascoVascondelos pegou, de primeira: "Tá bom demais, meninos! É melhor perder chutando pra fora, do que marcando gol contra. Já pensaram se vocês tivessem acertado a nossa rede? Bota na conta!
A patota, no entanto, nã botou. Estava com os ouvidos cheios de "tititis" de torcedores malas e não ouviu nada do que o ex-almirante propusera. Com isso, quando rolou um novo pega com os são-cristovenses, pelo Campeonato Carioca,  o Vasco voltou a pisar na bola: 1 x 2, no domingão 5 de junho. Sem problemas. O ex-almirante voltou a botar na conta. Que só foi paga em 14 de agosto: Vasco 3 x 2.  

 

 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO-5

O ex-almirante Vasco Vasconcelos, tinha uma sisma com o número 9. Se dependesse dele, o Vasco não jogaria em dias com aquela marca. Antes de começar a temporada 1937, ele tentou convencer a diretoria do clube a pedir mudança de datas dos jogos do clube, coincidindo com a numeação que  detestava. Mas não conseguiu convencer a cartolada da Colina.
Rola a bola, e o Vasco mandou 12 x 0 no Andarahy, em 29 de dezembro. Luna (4), Niginho (4), Alfredo (3) quase ficando carecas de tanto fazerem gols – Feitiço, que estava com o ramo fraco, daquela vez, só fez um. Os cartolas, então, chamaram ex-almirante no canto e mandaram-lhe acabar com aquela superstição. Vasco Vasconcelos, no entanto, respondeu-lhe que havia escutado um movimento estranho, durante aquela noite, lhe parecendo um "pragueiro" rondando pelo gramado de SãoJanuário. Se mal tivera escutado, ouvira o tal praguejar vociferando que o Vasco pagaria muito caro por aquela goleada. "Ah! Vá dormir, vascaíno", recomendaram-lhe os cartolas.
Veio o final de ano e o Campeonato Carioca passou por um "recessinho". Na retomada, em 19 de janeiro, o Vasco levou 5 x 1 do Flamengo, tendo seis jogadores expulsos de campo – Feitiço, Alfredo, Zarzur, Rafa, Itália e Lindo – e dois levados presos pela gloriosa PM do Rio de Janeiro, por agressões a adversários. Bem pior tinha sido o estrago feito pelo ex-vascaíno Leônidas da Silva. Marcou dois gols e infernizou a vida da rapaziada, com a ajuda de dois outros ex-vascaínos, o zagueiro Domingos da Guia e o médio (atual volante) Fausto. Dia terrível para os cartolas vascaínos, que não foram no papo do ex-almirante. "Pioríssimo" para Rei, Poroto e Itália; Rafa, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo (Gabardinho), Niginho, Feitiço (Orlando) e Luna.
Vasco Vasconcelos voltou a azucrinar a cartolada vascaína, por causa do número nove, mas não foi atendido, mais uma vez. Já que os caras não queriam levar em conta as suas querelas com o número fatal (para ele), deixaram a bola rolar. Em 29 de janeiro de 1938, o Vasco caiu, ante o freguês São Cristóvão, por 2 x 3. Em São Januário. Culpados: Joel, Poroto e Florindo; Rafa; Zarzur e Calocero (Marcelino); Lindo, Alfredo, Niginho, autor dos dois gols, Feitiço (Sena) e Orlando. Por causa dos dois resultados negativos em dias que incluíam o número nove, o Vasco terminou a temporada em terceiro lugar, totalizandou 4 empates e 5 derrotas: 4 + 5 = 9.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

FERAS DA COLINA - ALVINHO

   Quando a sua parceira pariu mais um rebento, no dia 13 de fevereiro de 1928, na mineirinha e pacata Pedro Leopoldo, o mineirão ‘Seu Filó’ contou nos dedos: sete filhos. Já era hora de mandar as suas ferramentas pegarem mais leve. E sacou para a có-pioloto de furdunços noturnos pelo colchão da cama do quarto maior da casa: “Mulher, fecha a fábrica. Já chega!” – no que foi, prontamente, atendido.
 Chegado o garotão Álvaro, como todo menino barrigudinho que se preze, ele seguiu, rigorosamente, a ordem natural dos apelidos que os mineiros davam aos caçulas. Aliá, seguiram pra ele, sô! Virou o Alvinho da família Moreira Filogênio. Beleza, uai!
 Quando já contava sete temporadas por este planeta, Alvinho foi levado, pelos pais, para Belo Horizonte. “Belzonte, pai””, perguntou ele, ao ser avisado, e não muito interessado em trocar de endereço. “Belzonte” não poderia ter uma rua como a que  ele morava, onde a melhor diversão dos meninos era chutar uma herbácea da família das solanáceas, um “trem amargo” que a  garotada chamava de jiló, e os cientistas de “solanum gilo”.
Quando chegou aos 12 anos de idade, Alvinho entrou para o time juvenil de futebol do Cruzeiro Esporte Clube, que ainda nem tinha tal nome.  Ficou por lá até os 18, quando mudou (agora de camisa) de novo: foi para o Clube Atlético Mineiro. Jogando uma bola do tamanho de um trem e sendo campeão mineiro, em 1949, 1950 e em 1952, não dava para ficar pelos lados das montanhas de Minas Gerais. O Vasco da Gama foi  buscá-lo e o levou para a Colina. “Bão, sô!”, considerou o baixinho Alvinho, de 1m66cm de altura.
Embora o mineirinho tivesse aprovado, inteiramente, uma nova mudança de endereço (já era a sua terceira) viu, rapidão, que não seria nada fácil beliscar uma vaga no ataque da “Turma da Colina”.  Os caras – Edmur, Sabará, Maneca, Ipojucan, Ademir Menezes e Chico, principalmente    jogavam demais. E, ainda, tinha um novato, um pernambucano arretado, o Vavá, e um mineirão amalucadoo, um tal de Genuíno, que eram “pros côcos”, conforme falavam os amigos do “Seu Filó”, o que, traduzido, do “mineirês”, para o linguajar pátrio nacional, significava que, bola nos pés deles, seria caçapa balançando, com certeza.
E, já que era assim, “vamo qui vamo”, já “acariocou” o mineirinho Alvinho, ao ir se aclimatando na vida carioca.  Nesse seu estágio de “carioquices”, durante a tarde do domingão 20 de setembro de 1953, ele deu uma de Mané Garrincha, em seu primeiro jogo pelo Botafogo. O Flamengo vencia o Vasco por 1 x 0, pelo primeiro turno do Campeonato Carioca, quando teve um pênalti ao seu favor. Alvinho nem quis saber. Olhou dos lados, viu Vavá, Ipojucan e Pinga assanhados, para fazerem a cobrança, mas nem “deu-lhes trelas”. Pegou a bola, botou o “trem” na marca fatal e o garoto do placar pra trabalhar: 1 x 1. Vários amigos do Seu Filó”pegaram no rádio”, lá em Minas.
Pelo returno, mais uma vez, Alvinho estava escalado para enfrentar o Flamengo. Daquela vez, em 25 de outubro. E, mais uma vez, os amigos do “Seu Filó” ligaram o rádio para escutar a pugna. Alvinho não fez gol, mas manteve a tradição: saiu do Maracanã empatado, novamente, por 3 x 3, com os rubro-negros. Mineirinho danado, sô!  (foto reproduzida da Revista do Esporte).