Vasco

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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - TEREZA HERRERA

Aconteceu no 16 de junho de 1957.  Depois de conquistar, na França,  o Torneio de Paris, o Vasco da Gama foi à Espanha ganhar o Torneio Tereza Herrera, tradicional competição amistosa de verão, na cidade de La Coruña. 
Esta disputa foi  criada em 1946, para arrumar a grana da construção do Hospital de Dolores, no final do século 18, pela religiosa Teresa Margarita Herrera y Posada. Com o passar das pugnas, a coisa foi ficando muito popular, principalmente por reunir grandes clubes de vários países.
O local escolhido para as partidas foi o Estádio Riazor, com rodadas em dois dias consecutivos, quase sempre na segunda quinzena de agosto e com presença garantida do Deportivo La Coruña, por ser da terra. 
Vavá valorizou vitória
A conquista vascaína teve gols de Vavá, aos 23 minutos do primeiro tempo, e aos 34 do segundo, e de Válter Marciano, aos 24 da etapa inicial, e aos 28 da fase final. Foi a 12ª edição da Taça TH, com a Turma da Colina treinada por Martim Francisco e atuando com: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Válter; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga.

It took place on June 16, 1957. After winning the Paris Tournament in France, Vasco da Gama went to Spain to win the Tereza Herrera Tournament, a traditional summer friendly competition, in the city of La Coruña.
This dispute was created in 1946 to clear up the construction of Dolores Hospital in the late 18th century by the religious Teresa Margarita Herrera y Posada. Over the years, things have become very popular, especially because they bring together big clubs from various countries.
The venue for the matches was the Riazor Stadium, with rounds on two consecutive days, almost always in the second half of August and with a guaranteed presence from Deportivo La Coruña, as it is from the ground.
The Vasca conquest had goals from Vavá, at 23 minutes of the first half, and at 34 of the second, and from Válter Marciano, at 24 of the initial stage, and 28 of the final phase. It was the 12th edition of the TH Cup, with the Hill Class trained by Martim Francisco and performing with: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando and Ortunho; Laerte and Válter; Sabará, Livinho, Vavá and Pinga.

PRIMEIRAS FOTOS DO VASCO DA GAMA

 Vasco da Gama 3 - Boqueirão do Passeio 0, pela 2.ª Divisão do Campeonato Metropolitano De braços cruzados, o então futuro presidente Jayme Guedes (1945/1946)

Foi clicada em 2 de setembro de 1917, no dia em que o Vasco da Gama venceu o Boqueirão do Passeio, por 3 x 0, pelo Campeonato Metropolitano da Segunda Divisão, no campo da Rua Campos Sales, com arbitragem de Alfredo Alves da Silva e gols marcados por Amyres (2) e Guerrero.

 O jogador de braços cruzados é Jayme Guedes, presidente cruzmaltino, entre 1945/1946, e de acordo com o escritor e historiador vascaíno Alexandre Mesquita, os dois times formaram assim: VASCO DA GAMA: Nicolau Rickmann; Jayme Fernandes Guedes, Carlos Cruz, Manuel Antonio Baptista e João Lamego; Eudino Wulbert, Virgilio Pedro Fortes e Sebastiãno Bacellar; Amyres Tomassi, Raphael Guerrero e Antonio Silva. BOQUEIRÃO (rival, também no remo): Carlos Ribeiro; Virgilio Fedrighi, Luiz Prior, Jozias da Rocha Campos, Frederico Marinho Lizardo; Izidro Pedro; Benedicto Mesquita, Joaquim José da Silva; Salvador Monteiro, Antonio da Costa Faria e Manuel Furtado de Mendonça. 
O Centro de Memória do Club de Regatas Vasco da Gama, que fez esta pesquisa, observa a foto demonstrando a integração racial (também no quadro social) na prática futebolística do clube, "fundamento paradigma pelo qual o clube sempre primou e defendeu. Ainda mais naquele tempo em que era requisito estatutário ser o atleta associado do clube na prática do esporte amador".
Nas foto abaixo, os jogadores vascaínos usam camisas pretas, as pioneiras, em um jogo de dezembro do mesmo 1917, em publicação da revista "Vida Esportiva".
 O Vasco da Gama era filiado à Liga Metropolitana Sports Athleticos, desde janeiro de 1916, notícia divulgada pelo jornal "Gazeta de Notícias", de 29 de janeiro de 1916, conforme texto abaixo, como se escrevia na época,sob o título "Mais um clube que se filia á Metropolitana": 
"Na secretaria da Liga Metropolitana deu entrada hontem à tarde um officio em que o Club de Regatas Vasco da Gama pede filiação águella liga. O campo official do Vasco será o do Botafogo F. Club, à rua General Severiano, usando os seus jogadores o seguinte uniforme: calção branco, camisa preta com punho e golla brancos. O campeonato da 3.ª divisão será portanto disputado este anno pelos sete seguintes clubs: SC Brasil, CR Icarahy, Ingá FC., Paladino FC, Palmeiras AC, River FC e CR Vasco da Gama".
A pesquisa do Centro de Memória Vascaína chama a atenção para um outro detalhe nestas fotos: a falta da meia carcela branca, pela qual ficou conhecida a segunda camisa negra vascaína, pois a primeira foi inteiramente negra, mas com punhos e colarinho comprido brancos. "Estima-se que, só em 1919, modificou-se o uniforme, para o estilo com a meia carcela branca ligada ao colarinho, como viria a ser conhecida a mais popular versão das camisas negras vascaínas".


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

12 - ANOTADO NO CADERNINHO - INSCRITO

1 - No dia 7 de novembro, o Vasco solicitava a sua inscrição oficial na União de Regatas Fluminense e, ao mesmo tempo, conhecia as cores do seu uniforme: camisa preta, com uma faixa branca sobre o peito e a Cruz de Cristo ao centro. A Cruz, a mesma que levou a bênção cristã aos povos da Índia, a faixa branca simbolizando o estandarte que Vasco da Gama recebeu de D. Manuel, o Venturoso, e a camisa negra representando os mares obscuros navegados pelas caravelas do navegador. O Vasco, para iniciar nas competições, comprou 3 barcos: Zoca, canoa de quatro remos; Vaidosa, baleeira de quatro remos; e Volúvel, baleeira de seis remos. Todas em madeira de cedro, ficavam guardadas num barracão na Ilha das Moças. A estréia oficial em competições foi no  13 de novembro de 1898. A primeira vitória viria no 4 de junho de 1899, com Volúvel, e equipe formada por Adriano Vieira (patrão), José Freitas, José Cunha, José Pereira, Joaquim Campos, Antônio Frazão e Carlos Rodrigues.

2 - A primeira vez em que o time vascaíno concentrou-se para um descanso total foi em 1923, na cidade mineira de Mar de Espanha. O local, a estância hidromineral da Fazenda Rocha, foi oferecido por um associado do clube, o historiador cruzmaltino José da Silva Rocha, o Rochinha, que viria a ser o 35º a presidir o clube, em 1963. MESMO COM O MAR ABERTO NO RIO DE JANEIRO, O "ALMIRANTE" PREFERIU O MAR DE MINAS GERAIS, ONDE NÃO TEM MAR.
3 - Nos inícios dos Campeonatos Cariocas, os árbitros era indicados pelos clubes. Entre outros, o Vasco indicou Francisco Albeto da Costa, Eduardo Pinto da Fonseca, Mílton de Castro Menezes, Carlos Gomes de Farias, Paiva Anciães, José Pereira Peixoto, José Pinto Lopes e Diogo Rangel. Já o primeiro representante vascaíno fora do Rio de Janeiro foi Achilles Astuto, “embaixador” junto à entidade paulista de remo, em 1925.

 4 - Vasco foi capa da edição Nº 8, de"Show de Futebol", revista-poster, vendida na bancas a R$1,90. Era o calendário de 2007, abordando "A história e os grandes títulos do clube", como escreveu o redator, informando, ainda, tratar-se de "Edição histórica para torcedores e colecionadores". Um lembrete avisava, também, ser produto oficial do Vasco, licenciado pela Pro Entertainment do Brasil.www.pro-enter.com. 
A publicação teve fotos dos times campeões brasileiros de 1974/1998/1997/ 2000; da Taça Libertadores-1998 e da Copa Mercosul-2000. E um destaque para a comemoração de um gol da vitória sobre o Santos, pelo Brasileiro-2006. Corra atrás, nas lojinhas de antiguidades.

5 - Locais onde os vascaínos já se alojaram: Rua Teófilo Otoni Nº 89; Clube Dançante e Recreativo Estudantino Arcas Comercial, no Largo do Capim; Sociedade Dramática Filhos de Talma à Rua da Saúde Nº 293, onde ocorreu a fundação, em 1898; Ilha das Moças; Travessa Maia Nº 15; Rua do Passeio Nº 18; Rua Santa Luzia; Sede do Calabouço,; sede náutica na Lagoa Rodrigo de Freitas.a Edifício Cineac 9º andar, na Avenida Rio Branco Nº 185, e Rua General Almério de Moura.

6 - Vascaína, entre 1936 a 1938, e especialista em nado livre, Piedade de Azevedo Coutinho da Silva Tavares foi uma das maiores nadadores brasileiras. Carioca – 02.05.1920 a 16.04. 2007 –, durante as Olimpíadas de Berlim-1936, aos 16 anos de idade, tornou-se a primeira brasileira finalista de uma prova olímpica nas piscinas. Obteve o quinto lugar nos 400 metros livres, com 5min35seg5dec. A marca, só i quebrada pelas brasileiras, em 2004, valeu-lhe a publicação, pelo jornal "O Globo", da primeira telefoto em um diário noticioso do país. Em 1938, ela foi capa da revista "Sport Ilustrado ".

VASCO DAS CAPAS - CORONEL

Coronel, médio-esquerdo do time líder do campeonato, vitorioso no encontro de domingo frente ao Botafogo", anuncia a edição da "Esporte Ilustrado" Nº 973, de 29 de novembro de 1956. Fotografado por Alberto Ferreira, ele estava no clássico em que o Vasco havia vencido os alvinegros, seis dias antes, por 3 x 2, no Maracanã, com gols de Pinga, Livinho e Valter, pela sétima rodada da temporada carioca.
Naquele clássico, apitado por Frederico Lopes, com renda de Cr$ 995 mil, 898 cruzeiros e 50 centavos, o time cruzmaltino, treinado por Martim Francisco, jogou com: Carlos Alberto, Paulinho de Almeida e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel; Lierte, Livinho, Vavá, Valter e Pinga. O Vasco liderava, com 29 pontos ganhos, com 13 vitórias e três empates – perdera só duas partidas. Em 18 jogos, seu ataque marcara 53 gols, enquanto a defesa sofrera 13, lhe deixando o espetacular saldo de 38 tentos.
A segunda página da edição, em folha cheia, trazia a foto do segundo gol vascaíno, o de Livinho. E já que a publicação era ‘ilustrada”, como o seu nome anunciava, as páginas 6 e 7, com 30 fotografias de Alberto Ferreira, e 12 e 13, as centrais, com mais oito, traziam farto registro daquele duelo, também clicado por José Santos. No texto de abertura do assunto, assinado por José Romeu Viana, ele começa criticando a violência do alvinegro Bob, ao atingir Livinho, no rosto, a cinco minutos do final do encontro. Aquele e “outros incidentes concorreram bastante para apagar o brilho da vitória vascaína... justa e merecida...” em um duelo no qual ...“o Botafogo já nos primeiros minutos procurava forçar o último reduto vascaíno”, contou ele, escrevendo, pouco adiante que ...”o Vasco jamais perdeu a serenidade e continuava sempre a sua ação para um objetivo predeterminado”. O redator entregava o lado esquerdo da defesa botafoguense, onde ”Rubens claudicava bastante”, e  “o boqueirão existente do lado direito”. Eram  explicações para o “placar” favorável aos vascaínos, que tiveram gráficos dos gols, desenhados por William Guimarães, na penúltima folha. A edição trazia, ainda, a chamada de capa “Vasco, 13 vezes campeão de remo”, com matéria nas páginas 21/22, ilustradas por oito fotos de David Umbelino.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

11 - ANOTADO NO CADERNINHO - GRINGOS

1 - Jogos do Vasco contra seleções de outros países: 14.08.1930- Vasco 6 x 1 Iugoslávia, em São
Logotipo pintado por Henrique Dentiale 
 Januário;  04.05.1958- Vasco 1 x 1 México, no México; 10.02.1963-Vasco 2 x 0 El Salvador, em El Salvador; 25.05.1963-Vasco 6 x 0 Nigéria, na Nigéria; 26.05.1963-Vasco 3 x 1 África Ocidental, na Nigéria; 29.05.1963-Vasco 2 x 1 Nigéria, na Nigéria; 17.01.1965-Vasco 3 x 2 Alemanha Oriental, no Maracanã - Torneio IV Centenário-RJ; 03.02.1966- Vasco 0 x 2 Alemanha Oriental, no México - Hexagonal Internacional Capitalino; 31.03.1966-Vasco 1 x 0 Argélia, na Argélia - Torneio Ais el Kebir; 12.04.1966-Vasco 1 x 3 Camarões, em Camarões; 27.02.1969-Vasco 0 x 1 URSS, no Maracanã.
2 - 18.02.1970-Vasco 0 x 2 Romênia, no Maracanã -Torneio Internacional de Verão do RJ; 27.01.1972-Vasco 3 x 2 Zaire, em São Januário ; 04.06.1972-Vasco 0 x 0 Seleção Olímpica do Brasil, em Natal-RN; 14.06.1980-Vasco 3 x 1 Kuwait, em São Januário; 22.05.1985-Vasco 2 x 4 Israel, em Israel; 01.06.1985-Vasco 1 x 0 Austrália, na Austrália - Torneio Internacional da Austrália; 09.06.1985- Vasco 1 x 2 Austrália, na Austrália -Torneio Internacional da Austrália; 28.07.1985-Vasco 5 x 0 Camarões, em São Januário - Amistoso; 26.01.1986-Vasco 3 x 0 Costa do Marfim, em Valença-RJ - Amistoso; 11.02.1987- Vasco 3 x 0 Seleção de Novos do Senegal, no Senegal; 14.08.1988- Vasco 2 x 2 Angola (4x5, nos pênaltis) - Torneio Cidade de Luanda. 

4 - 25.11.1988-Vasco da Gama 1 x 0 Dinamarca, no Maracanã - Amistoso. 05.08.1990-Vasco 2 x 1 Arábia Saudita, em São Januário; 05.06.1991-Vasco 1 x 2 Japão, no Japão - Copa Kirin; 09.06.1991-Vasco 3 x 0 Tailândia, no Japão - Copa Kirin; 10.09.1993-Vasco 0 x 0 Índia, na Índia; 12.09.1993-Vasco 3 x 0 Índia, na Índia; 14.09.1993-Vasco 1 x 0 Índia, na Índia; 12.09.1994-Vasco 1 x 2 Coréia do Sul, na Coréia do Sul; 25.09.1994-Vasco 4 x 4 Coréia do Sul, na Coréia do Sul; 03.01.2000-Vasco 7 x 0 Argélia, em São Januário; 12.01.2008-Vasco 1 x 0 Emirados Árabes Unidos, nos Emirados - Torneio de Dubai.  São 33 jogos, 20 vitórias, 5 empates e 8 escorregadas.
Pascoal jogou em 1923 e foi reproduzido
de www.crvscodagama.com.bru 
3 - Para ser campeão carioca-1923, o Vasco desenvolveu estsa campanha: 15.04.1923 – Vasco 1 x 1 Andarahy (gol de Torterolli); 22.04.1923 – Vasco 3 x 1 Botafogo (Mingote, Paschoal e Ceci); 29.04. 1923 – Vasco 3 x 1 Flamengo (Ceci (2) e Negrito); 13.05. 1923 – Vasco 1 x 0 América (Arlindo); 20.05. 1923 – Vasco 1 x 0 Fluminense (Arlindo); 03.06.1923 – Vasco 3 x 2 Bangu (Arlindo (2) e Negrito); 10.06.1923 – Vasco 3 x 2 São Cristóvão (Lucio (contra), Torterolli e Arlindo).24.06.1923 – Vasco 3 x 1 Andarahy (Ceci (2) e Bolão); 01.07.1923 – Vasco 3 x 2 Botafogo (Arlindo(2) e Ceci); 08.07.1923 – Vasco 2 x 3 Flamengo (Ceci e Arlindo); 22.07.1923 –Vasco 2 x 1 América (Nicolino e Torterolli); 29.07.1923 – Vasco 2 x 1 Fluminense (Pires e Negrito); 12.08.1923 – Vasco 3 x 2 São Cristóvão (Negrito (2) e Ceci); 19.08.1923 - Vasco 2 x 2 Bangu (Claudionor e Negrito).



  


  


TRAGÉDIAS DA COLINA - JOGADO NO LIXO

   A escorregada, por 0 x 1 Fluminense, no primeiro de novembro de 2015, complicou a situação do Vasco da Gama na tabela do Campeonato Brasileiro, deixando-o com a obrigação de somar 15 pontos, em cinco  jogos, ou seis, e torcer para Avaí, Goiás, Figueirense, Joinville e Coritiba não pontuarem mais.
Além daquilo, a Turma da Colina jogou fora uma invencibilidade, de três temporadas, sem perder dos tricolores. E deixou escapar uma série de nove partidas sem perder, se bem havia empatado as quatro últimas. O gol sofrido foi aos 47 minutos do primeiro tempo, valendo lembrar que o Vasco havia deixado escapar 10 pontos, entregando gol a Coritiba, Figueirense, Joinville, Avaí, Chapecoense e São Paulo, após os 41 minutos da etapa final.  
  Naquele vexame dominical, o clássico carioca foi disputado no estádio Engenhão, com apito de Luiz Flávio de Oliveira-SP,  público de 11.957 pagantes (13.755 total) e gana de R$ 406.270,00. Os pisões foram: Martin Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Serginho (Bruno Gallo), Julio dos Santos (Eder Luis), Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique (Riascos) e Leandrão (Rafael Silva). Técnico: Jorginho Amorim. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

PRIMEIRO VASCO X PORTUGUESA-SP

 O primeiro jogo entre Vasco e Portuguesa de Desportos foi o de número 259 da história da Lusa do Canindé. Rolou na tarde do domingo 6 de agosto de 1933, pelo Torneio Rio-São Paulo, vencido pelos rubro-verdes, por 3 x 1, no estádio da Rua Cesário Ramalho, em São Paulo. Apitado por Virgílio Fredrighi, público e renda não são conhecidos.
 Os vascaínos abriram o placar, aos 5 minutos, por intermédio de Carreiro, e levaram a virada por conta de Nico, aos 34, e Brandão, aos 36 minutos do primeiro tempo.e Luna, aos 20 da etapa final, fez o gol do Vasco. 
Dirigido por Harry Welfare, o time vascaíno alinhou: Rey, Tuíco e Itália; Tinoco, Fausto e Gringo; Baianinho, Orlando, Almir (Jucá), Carnieri e Carreiro. A Lusa teve:  Batatais, Neves, Machado, Fiorotti, Brandão, Gasperini, Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna.  
A revanche e segundo jogo entre os dois clubes de colônias lusitanas foi em 19 de novembro, do mesmo 1933, pela mesma disputa, com o “Almirante” devolvendo o amargor. Com gol marcado por Carniere, venceu, por 1 x 0, também em um domingo, mas em São Januário.
 Os times estiveram assim: VASCO: Rey, Lino e Itália; Molla, Fausto e Gringo; Baiano, Almir, Russinho, Carnieri e Carreiro, ainda sob o comando de Harry Welfare. PORTUGUESA: Batatais, Neves e Machado; Rogério, Brandão e Gasperin; Frederico, Nico, Bastos (Sacy), Alberto e Luna.

domingo, 27 de outubro de 2019

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - A BELA BONEQUINHA 'BARBIE DO CRIME'

Foto reproduzida de Instagram
 Linda, loira, charmosa e de bom papo. Bonita e gostosa, como naquela música de As Frenéticas e que estourou nas paradas de sucesso do final da década-1970.
Namorada mais + do que ela, não era fácil achar encontrar na amazônica Manaus. Saído do outro lado do Brasil, um gaúcho encontrou-a. E botou fé que havia se dado  bem naquela viagem.
 Perto do Natal, a bela foi conhecer a família do rapaz, em Porto Alegre. No esplendor dos seus 25 de idade, Fernanda Caroline Chaves Pinho encantou os gaúchos, apresentando-se por Bárbara Carolina. Foi um sonho que durou pouco. Virou pesadelo quando um ex-namorado dela descobriu o telefone do atual e  entregou-lhe o currículo da moça.
Boneca Barbie - Foto/Divulgação
 Bárbara Carolina era uma  traficante de drogas e  menina de programa, e tinha mandado de prisão expedido contra ela desde 216.
Presa, em Campo Grande,  n Mato Grosso do Sul, quando tentou transportar 40 quilos de maconha,  para Manaus, Fernanda Carolina virou a Barbie do Crime quando uma reportagem de TV veiculada em programa de rede nacional contou ao país quem era ela.
 A aventura da Barbie do Crime terminou na noite de 23 de outubro deste 2019, quando ela caiu em uma armadilha. Atendeu telefonema, quando trabalhava no Remulos Club Streep Tease, no centro de Manaus, e foi ao encontro de quem ligara para ela.. Um homem, que saía da Rua Saldanha Marinho, a atingiu, com tiros de pistola 380, à queima roupa: três na cabeça e um nas costas.
Como modelo, em foto reproduzida de www.youtube.com.br
 Matheus Rogério Machado de Castro, de 21 de idade,  autuado em flagrante, por homicídio qualificado, a assumiu a autoria do crime.
A policia da capital amazonense não sabia se a Barbie do Crime  tinha desafetos, mas imaginava que fora assassinada, muito provavelmente, devido acerto de contas. Matheus contou tê-la  justiçado devido disputa de território do tráfico, no centro de Manaus.
 De acordo com o  Departamento de Polícia Metropolitana de Manaus, a moça trocara a facção criminosa Comando Vermelho, pela rival Família do Norte, que a considerou traidora e a acusava de entregar ex-colegas, motivo do acerto de contas.
Reprodução de foto de www.redação.com  quando Barbie confessou
 crimes e se disse arrependida.


Uma gatinha tremendamente linda dessas não deve ser deste planeta, não é mesmo?  O "Kike" a viu divulgada por uma página na "The Net" onde está escrito "fotosdevilgan2001". Evidentemente, a torcida vascaína agradece ao grande profissional por clicar foto tão bela. Um autêntico colírio para a rapaziada. Só  um problema: não consta o nome da modelo.   Gilvan, por favor, diga de quem é a graça, pra gente informar ao mundo que está vestindo esta jaqueta vencedora. Combinado?  

Such a beautiful kitten should not be from this planet, should she? Only the photographer Gilvan to discover beasts like that.
The "Kike" found it disclosed by a page where it is written "fotosdevilgan2001". And the vascaínos fans thank the great professional for clicking such a beautiful photo, a real eye-opener for the guys.
Only one problem: the model name does not appear. Gilvan, please tell us who the deussa is, to inform the world that she's wearing this winning jacket. Combined?
 Também, segundo a polícia manauara, o  assassinato da Barbie do Crime fora encomendado pelo traficante Marcelo Frederico Laborda Júnior, o “Marcelinho do Centro”,  cunhado do narcotraficante José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, um dos fundadores da  Família do Norte. 
Marcelinho temia o crescimento do Comando Vermelho no centro de Manaus e, por isso, mandou executá-la – uma linda mulher que escolheu um jeito feio de viver.



BELLINI, O CAPITÃO DOS CAPITÃES

Na história dos jogadores grandes líderes do futebol brasileiro, houve um considerado de pouca técnica, mas que foi respeitado durate toda a carreira: Hideraldo Luís Bellini, que fez a maior parte do seu currículo pelo Vasco da Gama, sendo considerado, ainda, hoje, um eterno capitão pela Turma da Colina.
 - Nos não fazíamos nada que o Bellini não tivesse feito primeiro – contou, ao Kike, Saulzinho (Saul Santos Silva), principal artilheiro do Campeonato Carioca-1962). 
 Quando Bellini trocou o Vasco da Gama pelo São Paulo, a revista paulistana A Gazeta Esportiva, da segunda quinzena de maio de 196.., homenageou-lhe por uma matéria em que reproduzia a sua imagem levantando a taça Jules Rimet, em 1958, na Suécia, reverenciou-lhe por todo o texto.
Arte de A Gazeta Esportiva
Para a quinzenária, Bellini dispensava “maiores apresentações”, aos 34 de idade. Classificava-o por “jogador de estupendas virtudes atléticas”, mesmo não o vendo dotado de “alto gabarito técnico”. Mas aplaudia a sua característica de “jogara duro e firme, sem apelar para a deslealdade”. Dizia, ainda que ele fora símbolo no Vasco da Gama e na Seleção Brasileira, e, quase em final de carreira, repetia tudo isso pelo tricolor são-paulino.     
 O texto em homenagem a Bellini prossegue contando que, durante a Copa do Mundo-1958, as suas “explêndidas condições físicas e jogo de acordo com as perculiaridades do futebol europeu” deixaram na reserva o santisa Mauro (Ramos de Oliveira), então considerado o melhor zagueiro central do futebol brasileiro. “Mauro era mais técnico, Bellini impunha mais respeito”, afirma a matéria.
 Sobre o fato de Bellini ter sido reserva de Mauro durante a conquista do bi, no Chile-1962, a revista diz que o fato aconteceu por ter o santista assimilado as característica do companheiro.
Bellini é um eterno capitão vascaíno
 Quando Bellini chegou ao São Paulo , o Santos de Pelé era o indiscutível melhor time paulista (e do mundo). Os demais diasputavam o vice-campeonato estadual.
Em 1963, o São Paulo foi o vice, e A Gazeta Esportiva  apontou Bellini como um “esteios” do time tricolor paulista. “Suas atuações foram tão brilhantes, que chegaram, inclusive, a empurrar o ataque....Imbuído de um brio fora do comum...deu grandes demonstrações de fibra e dedicação...Se o tricolor tivesse 11 Bellinis..!.”, imagina o redator que o Santos teria mais trabalho para ser o campeão da temporada. 
A quinzenária paulistana encerra i seu texto afirmando que Bellini poderia servir de paradigma a todos os que se iniciam (no futebl)...porque mesmo no ocaso de uma gloriosa carreira, o “capitão” ainda dá vivas demonstrações de raça e dedicação” – grande homenagem.      


sábado, 26 de outubro de 2019

VASCO DA GAMA 1 X 1 CEARÁ

Valeu pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, na casa do adversário, o Estádio Castelão, em Fortaleza. O Almirante abriu o placar, aos 17 do primeiro tempo, por Rossi sósgurou a frente até o 38 da etapa final, com o lance decidido pelo VAR. 
O próximo jogo será na quarta-feira que vem, diante do Grêmio, a partir das 21h30, em São Januário. O placar de hoje fez o Vasco, agora com 38 pontos, perder a chance de entrar na briga por vaga na Taça Libertadores. Mas fica o consolo de estar a cinco jogos invicto.
A rapaziada comemora o gol, com Rossi, fotografado por Rafeal Ribeiro, de
www.crvascodagama.com. br - agradecimento.
No lance do gol vascaíno, Richard dominou a bola, pela esquerda, cortou a jogada para o meio e cruzou, para Rossi aparar o centro, de primeira, e  sair pro abraço. Veja nas imagens capturadas em www.netvasco.com.br, com os agradecimentos do Kike.
CONFIRA  A FICHA TÉCNICA: 26.10.2019 (SÁBADO) - VASCO 1 X 1 CEARÁ. 28º rodada do Campeonato Brasileiro. Estádio: Castelão, em Fortaleza-CE. Juiz: Jean Pierre Gonçalves Lima-RS. Público e renda: não divulgados. Gols: Rossi, aos 17 min do 1º tempo, e Bergson, aos 35  do segundo tempo.VASCO: Fernando Miguel; Yago Pikachu, Ricardo, Leandro Castan e Henrique; Richard, Bruno Gomes (Raul) e Guarín (Fellipe Bastos); Rossi, Marrony (Felipe Ferreira) e Ribamar. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. CEARÁ: Diogo Silva; Samuel Xavier, Valdo, Luiz Otávio e João Lucas; William Oliveira (Wescley), Fabinho, Ricardinho (Leandro Carvalho), Thiago Galhardo e Felipe Baxola; Lima (Begson). Técnico: Adilson Batista.




O VENENO DO ESCORPIÃO - CABRAS MACHOS QUE DESAFIARAM O MAR


Ricardo Cruz, o idealizador
Em 1952, o Brasil cabia dentro de um rádio. Cantores e jogadores de futebol eram adorados, com seus feitos, sempremente e delirantemente, sensibilizando as pessoas. 
O goleador Ademir Menezes, do Vasco da Gama, por exemplo, teria mais votos do que o presidente Getúlio Vargas, em uma eventual eleição disputada pelos dois.
 Por causa da força do rádio, feitos de heróis anônimos não abalavam multidões. Caso de cinco cinco homens que partiram do Rio Portengi, em Natal-RN, com destino ao Rio de Janeiro, navegando durante quatro meses, por uma iole - barco estreito e leve -, no braço e na raça.
 Foi uma tremenda aventura, de 2.000 mil milhas náuticas, desenfreada por Ricardo Severiano da Cruz, de 63 de idade e mentor da aventura; Luiz Enéas dos Santos (52); Antônio de Souza Duarte (51); Oscar Simões Filho (4) e Walter Fernandes (27).
 O dia era o 30 de março, quando eles partiram, levando na bagagem só uma inacreditável coragem. Após um mês remando por mares nada amistosos, uma onda enfurecido quis atrapalhar, pela divisa de Sergipe com a Bahia. Um vagalhão malvado destruiu quase que toda a iole.
 Como os cinco homens eram bons nadadores e remavam sempre juntos, conseguiram fugir dos tubarões e chegar a uma praia. O problema, no entanto, não os fez desistir. Regreassaram a Natal e construíram um outro barco idêntico.
 Iole refeita, os cinco foram até o comando da Marinha na capital potiguar, solicitaram a permissão do Ministério da Marinha e foram levados, com a embarcação, por um caça-subamarino que os deixou no mesmo ponto onde haviam sido contidos pelo vagalhão.  
Despedida dos amigos no Rio Potengi, em Natal-RN
 O calendário marcava 18 de janeiro de 1953, quando os intrépidos remadores recomeçaram tudo. Como não foi possível uma nova partida do local do acidente, eles largaram de Aracaju, a capital sergipana, com os primeiros raios de sol clareando o mar - e foram parar na Baía de Guanabara.     
 Não foi fácil, porém, concluir o percurso. A turma contou à revista semanária carioca “O Cruzeiro” ter chegado a passar 32 horas no mar sem água doce para beber e nenhum alimento. Normalmente, remavam 10 horas consecutivas, diariamente, e nunca pernoitavam sobre as águas, pernoitando em portos e praias desabitadas. De uma dessas, caminharam por 42 quilômetros para comprar cigarro e alimentos, normalmente sanduíches, o que não poderia ser em grande quantidade, mesmo deixando-os subalimentados. 
 Pena que eles não tiveram recepção de heróis no Rio de Janeiro. Bem que mereciam, mas a tremenda façanha não fora noticiada pelo rádio.
A solidariedade brasileira ajudando a tirar 180 quilos do mar
 Passadas 32 temporadas, o paulista Amir Klink (58 de idade), partia do porto de  Lüderitz, na Namíbia, no 10 de junho de 1984, para atravessar o Oceano Atlântico, remando por até 10 horas diárias, sozinho, em um pequeno barco que foi parar na Praia da Espera, na Bahia, em 18 de setembro.
Foi a primeira experiência no gênero  e os sete sete mil quilômetros remados por ele, entre a costa africana e a baiana Salvador - carregava 275 litros de água potável, alimentos desidratados, poucos remédios e equipamentos -, rendeu o livro “Cem dias entre céu e mar”, que permaneceu 31 semanas na lista dos livros mais vendidos. Ao contrário dos potiguares,  tornou-se herói nacional, pois a comunicação midiática de sua época já  caçava feitos espetaculares.

OBS: como se observa, as fotos contendo anotações são de álbuns  de recordação dos participantes da aventura. Além da revista O Cruzeiro, uma outra carioca, a Careta, noticiou o fato, ambas com rica ilustração de imagens.





10 - ANOTADO NA CADERNETA - GRINGANÉ

Logotipo por Henrique Dentiale
1 - Em 1989, pela primeira vez, o Vasco da Gama contratou um atleta equatoriano: o zagueiro Holgar Quiñones Abrahan Caicedo, nascido em 18.09.1962, nem San Carlos. Tinha 27 de idade e formou no time campeão brasileiro, treinado por Nelsinho Rosa e que teve durante a  final – 1 x 0 São Paulo, em 16.12.1989, no Morumbi – esta escalação: Acácio; Luís Carlos Winck, Marco Aurélio Quiñones e Mazinho; Zé do Carmo, Bismarck e Marco Antônio Boiadeiro e Willian; Bebeto e Sorato.


Quiñones reproduzido do arquivo
do Jornal de Brasília
 2 - Antes de Quiñones e da década-1940 até a estreia deste, o Vasco contratar 16 gringos, com destaque para o atacante paraguaio Parodi, o zagueiros argentino Rafagnelli, o médio (apoiador) uruguaio Berascoche e o goleiro paraguaio Victor Gonzalez. Medindo 1m83cm e pesando 82 quilos, Quiñones defendia o Barcelona, em sua terra, e chegou usando uma cabeleira que chamava a atenção, imitando o cantor norte-americano Steve Wonder. Ficou só pelas temporadas-1989/1990, em São Januário. Após 20 partidas e nenhum gol, retornou ao futebol do Equador.    

3 - O volante pernambucano Zé do Carmo estreou na Seleção Brasileira em 12 de outubro de 1988. Naquele dia, os canarinhos venceram a Bélgica, por 2 x 1, com os dois gols marcados pelo também vascaíno Geovani, que fazia, com o Zé, o meio-de-campo na Colina. O apelido da imprensa para o cabra macho nordestino foi Cangaceiro. Mas não pegou muito, não.  

4 -- Mané Garrincha foi freguês do Vasco. Contam-se 37 partidas Vasco x Botafogo, com ele em campo, de 1953 a 1965. O Almirante venceu 20, igualou 7 e escorregou em 10. A primeira foi em 22 de agosto de 1953, com Vasco  4 x 1, e a última decidindo a I Taça Guanabara, em 5 de setembro de 1965, rolando Vasco 2 x 0.


Garrincha reproduzido da Revista do Esporte
5  - Depois que Garrincha deixou o Botafogo, seguiu em desvantagem nos confrontos contra a Turma da Colina. Pelo Corínthians, só jogou uma partida diante da rapaziada, em 1966, pintando Vasco 3 x 0. Pelo Flamengo, também, em uma pugna, em 1968, anotado Vasco 2 x 0. Para compensar o trabalho que deu à defensiva vascaína, o Seu Mané  fez um prélio com a jaqueta do Almirante, no 20 de julho de 1967, marcando um gol, de falta, nos 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ, amistosamente.





sexta-feira, 25 de outubro de 2019

HISTÓRIAS DO KIKE - O MASCOTE QUE ACENDEU A ESTRELA ALVINEGRA-1989

 Marquinho levou sorte ao time botafoguense, em 1968, desapareceu, reapareceu, em 1989, quando um novo caneco pintou.

Moreira, Cao, Zé Carlos Gaspar, Leônidas, Valtencir e Carlos Roberto, em pé, da esquerda para a direita; Rogério Hetmanek, Gérson, Roberto Miranda, Jairzinho e Paulo Cérsr Lima, agachados, na mesma ordem, com o Marquinho sentado na bola da sorte. 

Durante algum tempo, o Botafogo teve a fama de ser um clube ligado a contatos imediatos com o além. Tudo por conta das aleivosias aprontadas pelo presidente Carlos Martins da Rocha, o Carlito, que mandava dar nós nas cortinas da sede do clube, “para afastar energias negativas” - em dias de jogos. O homem chegou a escalar cachorro - Biriba – como mascote, pra entrar em campo com a sua rapaziada e levar a sorte à junto.

 Biriba pertencia ao zagueiro Macaé (Jamyr Sueiros), que o levava para onde fosse. Lá pelas tantas, o segundo time botafoguense mandou10 x 2  Madureira. No lance do último gol, o             totó” invadiu o campo e fez o Carlito ver naquilo ordem das alturas para leva-lo a todos os jogos futuros. Resultado: Biriba foi mascote em todos os prélios que valeram ao Botafogo o título de campeão carioca-1948.

A ordem do além, no entanto, não foi aceita pelo Vasco da Gama. Sua diretoria proibiu a entrada do Biriba no gramado de São Januário. Pior para o Almirante. Carlito Rocha levou o animal para a tribuna de honra, como seu convidado. Era supersticioso ao extremo. Não permitia ao motorista que o levasse ao jogo do Botafogo fazer marcha à ré. A expressão máxima de suas invencionices ter, sempre, um garotinho pronto para xixizar um dos pés do atacante Paulo Valentim. Simplesmente, porque, certa vez, no vestiário alvinegro, por descuido de um guri, este irrigou o pé bom de rede do goleador que, naquela tarde,  marcou três gols. Pelos jogos seguinte, Carlito exigia um capetinha pra repetir o ato. E não adiantava o Paulinho reclamar.    

 Campeão carioca (1912), como atleta, treinador (1935) e cartola (1948), Carlito presidiu o Botafogo (1948 a 1951) e virou lenda por ser pé quente além de e iniciador das superstições alvinegras. Viveu, entre 1894 a 1981. Depois do título de 1948, o Botafogo só voltou a ser campeão estadual, em 1957, quando o presidente era Paulo Azeredo. Mas a alma de Carlito Rocha seguia mantendo contatos com o além. À véspera da decisão do título, ele disse à imprensa que já havia levado um papo com o “Homem Lá de Cima”, vira notória preferência ‘Dele’ pela sua moçada e fizeram um acerto de orações.  E não deu outra: Botafogo 6 x 2 Fluminense, com cinco gols de Paulo Valentim.

Rola o tempo e o Botafogo voltou a ser campeão estadual em 1962 e em 1967/68. Depois, Seu Carlito foi “Lá Pra Cima” e, sem ele, os alvinegros passaram 21 temporadas sem carregar o caneco estadual. Perto dessa marca, muitos alvinegros supersticiosos falavam em ir a um terreiro espírita levar um papo com o Seu Carlito. Quem se deu bem nesta foi o editor chefe da revista paulistana Placar. Ao saber da ameaça alvinegra de tentar contatar o Seu Carlito no além, colocou um anúncio, pelo seu Nº 978, procurando pelo mascote Marquinhos, o “último sortudo”. Ninguém o achou, ninguém sabia por onde ele andava. Um amigo do já então rapaz, que residia em Fortaleza e tendo pais separados, mostrou-lhe a matéria. O então Marcão não perdeu tempo e foi ao Rio de Janeiro se apresentar ao Botafogo.

Josimar, Marcelo Cruz, Carlos Albrto Santos, Mauro Galvão, Maquinho e Wilson Gotardo, em pé, da esquerda para a direita; Maurício, Luisinho Quntanilha, Mazolinha, Paulinho Criciúma e Gustasvo, com o Marcão, de calça comprida, em 1989. 

Quando o Marquinhos - Marco Antônio Gusmão de Azevedo – levou sorte ao Botafogo, o time era comandado pelo treinador Mário Jorge Lobo Zagallo e  um dos melhores do planeta, bicampeão da Taça Guanabara e bi carioca, com uma formação que, dificilmente, mudava: Cao; Moreira, Zé Carlos Gaspar, Leônidas e Valtencir; Carlo Roberto e Gérson; Rogério Hetmanek, Roberto, Jairzinho e Paulo César ‘Caju”. Em 1989, a rapaziada era treinada por Valdyr Espinosa e, mesmo com a boa vontade do ex-garotinho Marquinho, não deu mais para ele ser mascote do Botafogo, pois já pesava mais de 100 quilos e media quase dois metros de altura. Pra não perder a viagem, posou para foto de Placar, com junto com: Ricardo Cruz; Josimar, Wilson Gotardo, Mauro Galvão e Marquinho; Carlos Alberto Santos, Luisinho Quintanilha e Paulinho Criciúma; Maurício, Mazolinha e Jeferson.

Naquele 1989, o Botafogo carregou o caneco, invictaço, com 15 vitória e nove empates. Marcou 37 e levou 11 gols, ficando com o saldo de 26 – logo, viva Seu Carlito e Marquinho, isto é, o Marcão das hora.     

CORREIO DA COLINA - TAÇA DAS BOLINHAS

 O Vasco tem réplica da Taça das Bolinhas em seu acerto de troféus? Maurílio S. Alves Filho, de Vicente Pires-DF. 

A Taça das Bolinhas  (Troféu Copa Brasil) foi criada pela então CBD, em 1975, oferecido pela Caixa Econômica Federal. A ideia era dar uma réplica a todos os campeões, até que um clube fosse tri consecutivo ou penta espaçado, para ficar com ele em definitivo. O troféu tem 155 esferas, aumentando de volume a cada nível (13, ao todo) sobre uma base de jacarandá. 
Criada pelo escultor Mauricio Salgueiro  é cheio de significados: as esferas compõem o formato de uma taça. A ideia era valorizar o campeonato. De acordo com Salgueiro, o progressivo aumento no tamanho das esferas representa o crescimento das equipes durante o Brasileirão, cabendo ao vencedor o ápice, a esfera de ouro e de maior volume no núcleo. Em 1992, o Flamengo chegou a cinco títulos, mas a CBF (antiga CBD) não reconhecia o de 1987, devido rolo com a Copa União.
 Quando o São Paulo alcançou o penta, em 2007, exigiu a  taça, para protesto dos rubro-negros, porque o articulador da Copa União era Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo. Os clubes, então, foram para a Justiça. Devido ao rolo, a Taça das Bolinhas está em um cofre da CEF. Antes, de 1971 a 1974, foram usados quatro modelos diferentes de taça. Após 1992, uma nova taça foi introduzida e representa o duelo entre duas equipes. A partir de 2014, outra mudança e a taça atual passou a ser utilizada.


      

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

HISTORI & LENDAS DA ESQUINA DA COLINA

 1 - Em 8 de maio de 2005, rolou Vasco 0 x 1 Botafogo, São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anulou a parada, suspeitando de maracutaia do árbitro Edílson Pereira de Carvalho. Um novo pega foi marcado, para 19 de outubro, no mesmo local, e a rapaziada inverteu o 1 x 0.  Bem antes disso, em 17 de junho de 1928, o Botafogo fazia 1 x 0 nos vascaínos,  pelo Campeonato Carioca da Associação Metropolitana de Esportes Atlhético (AMEA), quando o clássico foi suspenso. Concluído, em 20 de setembro, a Turma da Colina deixou tudo igual: 1 x 1. 

2 - Em 16 de junho de1929, nas Laranjeiras, também pelo Campeonato Carioca  da AMEA, o prélio foi interrompido, aos 20 minutos do segundo tempo, por falta de energia elétrica, quando o Vasco tinha 2 x 0 no placar. Complementado dois dias depois, terminou 2 x 1. O juiz escalado não pintou no pedaço, e a torcida teve de esperar, por quase uma hora, até acharem algum entendido em regras, pelas arquibancadas do Estádio Álvaro Chaves, para apitar a pugna.
Vasco x Botafogo deveria ser o “Clássico das Complicações”. Não tem Clássico dos Milhões?            

 3 - Entre 1957 e 1974, o Vasco enfrentou o Santos, com Pelé, por 20 vezes. Foram 8 vitórias de cada lado e 4 empates. Pelo Torneio Rio-São Paulo de 1959, o Vasco liderava e só uma derrota para os santistas, no último jogo, lhe tiraria o bi. O diabo era que o Peixe tinha um capeta que vestia a camisa 10 e jogava com o apelido de Pelé. O endiabrado atacante comandou o espetáculo e os cruzmaltinos amargaram 0 x 3, deixando o time paulisrta carregar a taça. Aconteceu em 17 de maio de 1959.
 Pelé se diz torcedor do Vasco. Quem tem um torcedor desses, precisa de torcida adversária pra quê?

4 - Em 14 de maio de 2002, o Vasco sagrou-se campeão brasileiro feminino de basquete, vencendo o Paraná, por 97 x 83 - Basketgirl da Colina.

ÁLBUM A COLINA - PÁGINA NATAÇÃO

Para mostrar as mulheres lindas que faziam o esporte carioca, na década-1960, a Revista do Esporte, do mesmo grupo que publicava a Revista do Rádio, usava a seção "Foto da Semana". Por aquela passarela, desfilaram deusas de várias modalidades,. como Valda e Lizete, nadadoras que levaram muitas alegrias para São Januário. A primeira casou-se com o goleiro Ita. A segunda, além de vencer nas piscinas, ainda mandava ver em provas marítimas de longas distâncias. Duas feras da Colina.

To show the beautiful women who were the Rio sport, in the late-1960, the Revista do Esporte, the same group that published the Revista do Radio, used the "Photo of the Week" section. For that runway, paraded goddesses of various forms,. as Valda and Lizete, swimmers that led many joys for San Gennaro. The first married goalkeeper Italy. The second, in addition to winning the pools, also sent in maritime see evidence of long distances. Two beasts of the Hill

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

9 - ANOTADO NA CADERNETA - IGUAIS


Logotipo pintado por Henrique Dentiale
1 – Entre 1925 e 1969, o Vasco jamais ficou mais tempo do que Flamengo e Fluminense sem ser campeão carioca. O jejum vascaíno durou de 1959 a 1969. O Fluminense ficou de 1925 a 1935, e o Flamengo de 1928 e 1938. Logo, empatou com os grandes rivais.
  
2 - Chocolate no fogo, ou bacalhau na brasa?  Escolha o seu cardápio de um domingo de Páscoa. Criada, pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, em 1982, a Taça Rio já foi carregada pela Turma da Colina, por  10 edições: 984/88/92/93/95/98/99/2001/2003/2004/17.  Na última, esquentou o Botafogo, neste disputa não aconteceu em 2004/05.

3 – Era 2017 e o Almirante teve na hora de matar o primeiro gol de Luís Fabiano,  que foi o centroavante da Seleção Brasileira da Copa do Mundo-2010. Saiu aos 47 minutos da etapa final e representou o gol 399 da carreira do Fabuloso, consagrado pelos muitos gols para o São Paulo FC e o espanhol Valência.
Reprodução do site oficial do Vasco da Gama
4 - Recebido com muita festas, co mostra a foto postada por www.crvascodagama.com.br, Luis Fabiano ficu pouco tempo em São Januário. Motivo: as muitas lesões que sofria o fizeram encerrar a carreira.

5- Aquele prélio rolou em 16.04.2017, ficando Vasco 2 x 0 Botafogo, o jogo 327 entre os dois, representando a vitória 144 vascaína. Foi no Estádio Nílton Santos e o apito esteve com Bruno Arleu de Araújo, diante de 20.469 almas, que pagaram R$ 532.900,00 para entrar e ver, também, um gol marcado por Douglas, aos 42 minutos do segundo tempo. Treinado por seu ex-jogador Mílton Mendes, o Vasco foi: Martin Silva; Gilberto, Rafael Marques, Rodrigo e Henrique (Wagner); Jean, Douglas Luiz, Andrezinho (Guilherme), Yago Pikachu (Manga) e Nenê; Luis Fabiano. ho (Pachu); Guilherme (Fernandes) e Sassá. Técnico: Jair Ventura. 

VASCO DAS PÁGINAS - SABOR COCADA

  O calendário marcava 22 de junho de 1988. Era noite e o Vasco da Gama havia ido ao Maracanã disputar a finalíssima do Estadual-RJ, contra o Flamengo.
Para trás, a rapaziada havia batido os flamenguistas em quatro outras oportunidades e escorregado em  só uma, por sinal, em partida interrompida por falta de energia elétrica. Além daquele 0 x 1, insucessos só 1 x 2 Americano e 0 x 1 Cabofriense, em 27 compromissos.
Reprodução de página da revista Placar - agradecimento
 Para uma final de campeonato, o público, de 31. 816, foi decepcionante. O vascaíno carioca ausente deixou de ver Cocada marcar o gol do título, aos 44 minutos do segundo tempo, por seu único chute durante o pouco tempo em que ficou em campo.
 Após o gol, Cocada correu para o túnel do Flamengo e atirou a sua camisa na cara do treinador Carlinhos “Violino”, que o dispensara da Gávea, alegando não ter ele nível técnico capaz de fazer parte de sua moçada. 
A bagunça arrumada por Cocada fez rolar tapas e expulsões que levaram o juiz Aloísio Viug expulsar do recinto o dito cujo, além de Romário (Vsc) e Renato Gaúcho e Alcindo (Fla).
 Antes de a bola rolar, Roberto Dinamite visitou a concentração, para levar uma força à rapaziada. Terminada a partida – era a primeira vez em que ficava de fora de uma decisão – foi ao vestiário, querendo a sua faixa de campeão. Alegava ter participado de três partidas da campanha -  1 x 2 Americano (20.02); 1 x 0 Flamengo (07.05) e 2 x 0 América (14.05).
 Vasco 1 x 0 Flamengo valeu o bi ao time de São Januário que, treinado por Sebastião Lazaroni, jogou com: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Henrique; Vivinho (Cocada) Romário e Bismarck.