Vasco

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domingo, 31 de janeiro de 2021

ALMIRA VIRA-VIRA LEVA CANECO DO FUT-7

O título do Torneio Rio-São Paulo foi levantado pelo Expresso 7 na tarde de hoje, vencendo o Corinthians-SP, nos pênaltis, por 2 x 1. No tempo normal de jogo, a equipe paulista abriu 2 x 0, mas o Vasco virou para 3 x 2. O Na etapa final, ficou tudo igual na Barra da Tijuca e o jogo foi decidido nos pênaltis. Durante as cobranças, o goleiro Luan se destacou e os gols do Vasco foram marcados pelo (2) Marcello e Lukinhas.
Marlon Goulart/Divulgação clicou a rapaziada na hora e na glória


REVISTA DO KIKE Nº 11 - PRETA, PRETINHA

Vem cá, minha nega!”

 Se não falavam assim, quando recebiam a jaqueta vascaína para adentrar ao gramado, os primeiros atletas vascaínos deveriam falar. Afinal, a formação cultural brazuca incluiu carinhosos nega & neguinha para as amadas, amantes. E nem precisava ser, necessariamente, uma escurinha dengosa que encantava os portugueses bigodudos.

 De início – 3 de maio de 1916 -, a camisa futeboleira do Vasco da Gama foi completamente preta. Também, durante os primeiro títulos de campeão carioca - 1923/24/29/34/36. Razão de a rapaziada ser chamada por Os Camisas Pretas.  A branca só pintou a partir de 16 de janeiro de 1938, nada mau para uso em pugnas sob o filamento de mercúrio dos termômetros subindo ao calor de um país tropical.     

A branquela veio e ficou, mas, com a neguinha no corpo, o Almirante faturou dois dos seus canecos mais + mais: do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões-1948, e do Brasileiro-1989.

Camisa preta e português bigodudo arterizados por Renato Aparecida

 O título continental foi o primeiro de um time brazuca no exterior, e a euforia da pátria amada foi tamanha que até flamenguistas (maiores rivais) torceram pelo sucesso do Vasco. Disputado no Chile, o torneio deveria reafirmar a bola mágica do argentino River Plate, tida por maior do planeta. O Almira, porém, aportou em Santiago e mandou ver no gramados do Estádio Nacional.

 No jogo final, o Vasco viu gol legal seu anulado e pênalti marcado (e defendido) a favor dos hermanos. Mas ele encheu mais a pelota. História  de luxo. Confira: 14.02 – 2 x 1 Litoral-BOL; 18.02 – 4 x 1 Nacional-URU; 25.02 – 4 x 0 Municipal-PER; 29.02 – 1 x 0 Emelec-QUE; 07.03 – 1 x 1 Colo-Colo-CHI; 14.03 – 0 x 0 River Plate-ARG, tendo a rapaziada do prélio sido: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico, treindos por Flavio Costa.

 O segundo título de grande magnitude, mas de consumo interno, o Brasileirão-89, também, foi conquistado fora e casa. E vencendo o dono da casa, o São Paulo, no estádio do Morumbi, diante de 51.572 pagantes. Era o 16 de dezembro e, aos 50 minutos de árdua peleja, Luís Carlos Winck cruzou bola para a área são-paulina, onde estava Sorato, sujeito e cuca legal. Cabeceou a maricota e carregou o caneco, a mando do treinador Nelsinho Rosa, para esta turma da pesadas: Carlos Germano; Winck, Mareco Aurélio, Quiñones e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro e Bismarck; Bebeto e William.  Eles escreveram na tabela da classificação final: 19 partidas, 9 vitórias, 8 empates, duas escorregadas, 27 gols pró e 16 contra, ficando com o saldo de 11.       

sábado, 30 de janeiro de 2021

O VENENO O ESCORPIÃO - A REVOLTA DO FORTE, DIA DE BALAS PARA REVOLTOSOS

     Exército repeliu e matou quase todos os que desafiaram o governo Arthur Bernardes

 Se 1922 foi marcado pela sempre referida Semana da Arte Moderna, em São Paulo. Mas acontecimento de também grande importância marcou o Rio de Janeiro: o episódio que ficou conhecido por Revolta dos 18 do Forte de Copacabana e que, hoje, faz 100 viradas de calendário.

 A história pega fogo, no primeiro dia de março, quando Artur Bernardes, apoiado por fazendeiros cafeeiros,  tornou-se presidente da república, gerando rebeliões populares em vários Estados e insatisfações dos militares, que apoiavam o candidato Nilo Peçanha. E ficaram mais insatisfeitos, ainda, com a nomeação de um civil para ministro da Guerra.

 Os revoltosos, liderados pelo tenente-coronel Euclides Hermes da Fonseca, que foi preso, esperavam contar com o apoio de líderes políticos estaduais e de quartéis cariocas. Mas tudo só aconteceu no Forte de Copacabana e com o Governo já sabendo do que iria rolar e o que queriam jovens tenentes e capitães do Exército.

Era o 5 de julho, quando o Forte de Copacabana foi bombardeado, por militares governistas, que exigiam a rendição dos 301 colegas que estavam por lá. Daqueles, 272 se renderam, enquanto os restantes decidiram sair em marcha, pela Avenida Atlântica, munidos com rifles e revólveres. Pelo meio do caminho alguns desistiram, ficando só 18 mais corajosos. No final das contas, dois tenentes (Siqueira Campos e Eduardo Gomes) e dois soldados ficaram feridos, enquanto os demais foram abatidos pelas balas do Exército, que matou também,  o civil  Otávio Correia, que se juntara aos desafiantes. 

 A tentativa fracassada, quando nada, serviu para a eclosão de outros movimentos desejosos de dar um fim à força política dos oligarcas cafeeiros paulistas e mineiros, que se alternavam no comando dos governos do país e, segundo os militares, ganhavam as eleições à base de fraudes. Nada do que foi  tentado, porém – Comuna de Manaus-AM, em 1924; Revolução Paulista, do mesmo período, e a Coluna Prestes, liderada pelo militar gaúcho Luís Carlo Prestes, que varou rincões, entre 1925 a 1927 – deu certo, como pensavam os revoltosos.

 O que fez surgir o tenentismo que gerou a Revolta do Forte de Copacabana foram desagrados que já vinham desde 1894,  época em que o presidente da república, Prudente de Morais, geria o país à base do clientelismo, do mandonismo e do coronelismo. Fase acentuada pelos inícios do “toma lá, dá cá”, principalmente, por parte dos governadores estaduais – que devem ter ensinado aos políticos que os seguiram, pois, até hoje, a prática é repetida.      

REVISTA DO KIKE - Nº 10 - BELAS DA COPA

 Claro que não poderia faltaria ela, a Garota da Capa da RevKike Nº 9. No time das belas camisas 10 copeiras, escalação garantida. Só faltou um sorrisinho, pra ficar melhor na foto, motivo pelo qual ela foi punida pelo artista multimídia Renato Aparecida, sendo computadorizada em preto-e-branco. Desculpa dela: estava aburrida pelos 7 x 1 Brasil, mandados pelos alemães, em 2014, lembra-se? Por isso, disse ter guardado o sorriso para a próxima Copa - e cozinha. Promete fornecer as mais deliciosas receitas copeiras.  


 



sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

REVISTA DO KIKE - Nº 9 - OS ALVIAZUIS

 O Vasco da Gama colaborou com a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo-1950, em dois dois jogos-treinos contra o escrete que, ainda, usava camisa azul e branco. No primeiro, 3 x 3, em São Januário, com gols vascaínos marcados por Álvaro, Xaxá e Nena (contra); no segundo, no Maracanã, os alviazuis mandadram  2 x 3 nos cruzmaltinos, com Jair e Vasconcelos comparecendo ao filó, pela Turma das Colina.

 Barbosa e Alfredo atuaram pelo time de São Januário, durante os dois jogos, e Augusto, Ely e Chico na segunda partida. Vale ressaltar que o Jair vascaíno das duas escalações não é o Rosa Pinto, o Jajá de Barra Mansa, que havia sido de São Januário, entre 1943 a 1946, por 196 jogos, marcado 62 gols (média de 0,39 gols por partida).

De acordo com as fotografias publicadas pelas revistas da Copa-50, parece que aquele Mundial de futebol foi o que apresentou as mulheres mais lindas deste planeta terráqueo. Pelo menos, foi o que o Kike constatou folheando na coleção do jornalista Aluísio Carvalho. Quanto à bola vascaína rolando em jogos -treinos, anote::    

Vasco 3 x 3 SeléBrasil rolou no 9 de junho de 1950, apitado por Oto Vieira, tendo os vasqueiros Maneca e Ademir Menezes (além do corintiano Baltazar) laçados os tentos alviazuis - a Seleção Brasileira ainda não era canarinha. Como, por aquele tempo, goleiro titula treinava no time reserva, para ser mais exigido, Barbosa foi escalado para a turma do Vasco, que alinhou mais: Laerte (Gim) e Wilson; João Martins, Lola e Alfredo; Ferrinho, Jair, Álvaro Xaxá, Ipojucan e Ismar. A moçada da Confederação Brasileira de Desportos-CBD, treinado por Flávio Costa (que era o comandante da patota vascaína), teve: Castilho; Augusto (Nilton Santos) e Juvenal (Nena); Bauer, Danilo (Rui) e Noronha (Bigode); Maneca, Zizinho (Jair), Adãozinho (Baltazar), Ademir e Chico (Rodrigues).

Imagem computadorizada pelo artista multimídia Renato Aparecida 

Vasco 2 x 3 SeléBrazuca foi em 18 de junho, tendo o Almirante navegado com: Barbosa, Augusto e Laerte; Ely, Lola e Alfredo; Jair, Vasconcelos, Álvaro Xaxá, Lima e Chico. A Seleção contou com: Castilho, Nilton Santos e Nena; Bauer, Danilo e Bigode; Maneca, Ademir Menezes, Baltazar, Jair e Rodrigues. Neste jogo, Ademir Menezes balançou, por duas vezes, as redes cruzmaltinas – Rodrigues fez o outro.

DETALHE: o jogo-treino de 18 de junho de 1950 representou a primeira vez em que a camisa do Almira desfilou pelo gramado do Maracanã. Depois, voltou à casa (ainda sem ser em um jogo oficial), na tarde de 30 de julho do mesmo 1950, em Vasco da Gama 1 x 0 Madureira, com gol marcado por Ipojucan, pelo Torneio Início do Campeonato Carioca (que só terminaria em janeiro de 1951). Oficialmente, o primeiro jogo vascaíno no Maraca foi em 27 de agosto de 1950, com 3 x 2 Bangu, pelo Estadual, com Ademir Menezes balançando o filó (gíria da época). Assim, como jogo-treino e Torneio Início não contam nas estatísticas, Ademir, então, fica sendo o proprietário do primeiro gol oficial vascaíno no Maracanã.

2 - Uma outra colaboração vascaína aconteceu em 4 de junho de 1972, no Estádio Castelão, em Natal-RJ, quando o time das garotada canaruinha era anunciado por seleção olímpica e preparava-se para disputar os Jogos Olimpicos da alemã Munique. Amistosamente, terminou no 0 x 0, assistido por 37.3436 pagantes. O Vasco tinha time teinado por Máreio Travaglini e alinhou: Andrada; Haroldo, Miguel, Moisés e Eberval: Edison Santos, Suingue e Marco Antonio Cordelli (Ademir); Jorginh Carvoeiro, Silva e Gílson Nunes. Selecioanda por Antoninho (Antônio Ferreira), figura muito ligada ao SantosFC, o time olimpico teve: Nielson; Aloísio (Terezo), Abel Braga, Wagner e Celso; Fred, Marquinhos (Paulo Roberto Falcão) e Dirceu Guimarães (Ângelo); Pedrinho (Tuca), Zé Carlos e Manoel.

DETALHE:  da turma olímpica-1972, somente o zagueiro Abel Braga, o meia-atacante Dirceu Guimarães (vestiram a camisa vascaina), e o apoiador Paulo Roberto Falcão, que dispenssa comentários, por ter sido um dos maiores craques de sua época, subiram ao Monte Olimpo. Dos demais, Nielson, após a aposentadoria, chegou a preparador de goleiros da Seleção Brasileira principal, e o botafoguense Tuca virou Tuca Ferretti e foi para o México fazer muito sucesso como treinador.        


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

REVISTA DO KIKE - N 8 - MANDOU ÀS FLAVA

 Vasco da Gama x Flamengo é um dos principais clássicos do futebol mundial. A Revista do Kike selecionou um decálogo de histórias vascaínas nele. Vamos lá!

1 - O primeiro Vasco x Flamengo oficial foi em 29 de abril de 1923, no campo da Rua Paysandu.  O Flamengo era o mandante e levou 3 x 1, com os gols da Turma das Colina marcados  por Cecy (2) e Negrito, valendo pelo Campeonato Carioca. Moçada o dia: Nelson, Leitão e Cláudio; Claudionor e Arthur; Paschoal, Torterolli, Cecy, Negrito, Nicolino e Arlindo, trinados pelo uruguaio Ramón Platero. 

2 – Durante a década de 1920, houve 12  Vsx x Fla pelo Estadual-RJ,  com seis vitórias cruzmaltinas e dois empates: Confira o lado do Almirante: 29.04.1923 - Vasco 3 x 1 Flamengo; 15.11.1925 - Vasco 1 x 1; 13.05.1926 - Vasco 2 x 2; 12.09.1926 - Vasco 2 x 1; 03.06.1928 - Vasco 3 x 0; 30.09.28 - Vasco 2 x 1; 14.07.1929 - Vasco 3 x 2; 27.10.1929 – Vasco 1 x 0.

3 -Em 26 de abril de 1931, o Almira mandou a sua maior goleada sobre o Flamengo: 7 x 0. Quando o placar estava nos 4 x 0, os rubro-negros arrumaram uma briga, que não enganou o credibilitício diário carioca Jornal do Brasil, segundo o qual os vascaínos comandaram a partida do início ao fim. 

3  -  Em 19 de julho de 1947, um sábado, o Flamengo convidou o Vasco da Gama para um amistoso, em seu terreiro, o estádio da Gávea. Abriu o placar e a sua torcida fez a maior festa. Só não contavam com a virada vascaína, por dois gols do gaúcho Chico Aramburu: 2 x 1, por conta de Barcheta, Augusto, Wilson, Nestor, Alfredo II, Jorge, Moacyr, Ismael, Dimas, Friaça e Chico.

4 - Entre 1945 e 1951, o Vasco manteve a invencibilidade, de 20 jogos, sobre o rival.  A história  começou no 13 de maio de 1945, no estádio das Laranjeiras, quando rolava o Torneio Municipal e a rapaziada sapecou 5 x 1. João Pinto (2), Ademir Menezes, Santo Cristo e Berascochea completaram o serviço, a mando do treinador uruguaio Ondino Viera, que escalou: Barcheta, Augusto e Sampaio; Newton, Berascochea e Argemiro; Santo Cristo, Lelé, João Pinto, Ademir Menezes e Chico.

5 - A série de 20 jogos invictos diante dos rubro-negros ficou assim: 13.05.1945 – Vasco 5 x 1 Flamengo; 16.09.1945 – Vasco 2 x 1; 18.11.45 – 2 x 2; 24.03.46 – Vasco 2 x 0; 19.05.46 – Vasco 3 x 1; 03.08.46 – 2 x 2; 06.10.1946 – Vasco 4 x 3; 25.05.1947 – 2 x 2; 19.07.47 - Vasco 2 x 1; 14.09.47 – Vasco 2 x 1; 30.11.47 – Vasco 5 x 2; 30.05.48 – Vasco 2 x 1; 01.08.48 – Vasco 3 x 1; 24.10.48 – Vasco 3 x 2; 21.08.49 – Vasco 5 x 2; 13.11.49 – Vasco 2 x 1; 14.01.1950 – 1 x 1; 24.09.50 – Vasco 2 x 1; 26.11.50 – Vasco 4 x 1; 25.03.51 - 2 x 2.


                                        Arte pelo multimídia Renato Aparecida 

6 - Dizem que mulher de malandro apanha num dia e, no outro, quer mais. Caso do Flamengo, que apanhou do Vasco, por duas vezes, na data 30 de novembro. Em 1947, na casa dele,  pelo Campeonato Carioca, levando 5 x 2, com Friaça (2), Maneca (2) e Lelé nas redes. Na ocasião o treinador Flávio Costa alinhou: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Dimas, Maneca, Lelé e Chico.   O Vasco era tão superior que terminou turno e returno do Carioca invicto, com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Botafogo.  Em 20 jogos, venceu 17 e empatou três.  Passadas 21 temporadas, no 30 do 11 de 1968, o Almirante voltou a bater forte no rival. Valeu pela última rodada do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em um  sábado, no  Maracanã: 2 x 0, com Nado e Valfrido saindo pro abraço. O Vasco, treinado por seu ex-lateral-direito Paulinho de Almeida, formou com: Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Fontana e Eberval; Alcir e Bugleux (Benetti); Nado, Adílson, Bianchini e Danilo Meneses (Valfrido). 

7 -  A primeira decisão entre Vasco e Flamengo, sem incluir jogos do Tornei Inicio, foi o Quadrangular Internacional do Rio de Janeiro, em 3 de fevereiro de 1953, com participações, também, dos argentinos Racing e Boca Juniors. O Vasco mandou 5 x 2, de virada, com o adversário jogando pelo empate. O Fla abriu o placar, aos seis minutos; Chico empatou, aos 21, mas o rival voltou a passar à frente,  aos 23. No entanto, dali por diante, só deu Vasco: Ademir Menezes, aos 28 e aos 49, e Sabará, aos 32 e aos 75 minutos. Quem esteve em campo? Barbosa, Augusto e Haroldo; Ely (Mirim), Danilo e Valter; Sabará, Ademir, Ipojucan, Alvinho (Vavá) e Chico. 

8 - Em 3 de fevereiro de 1980,  Vasco 1 x 0 Flamengo, pelo Torneio José Fernandes, em Manaus, marcou a primeira decisão entre ambos fora do Rio de Janeiro. Aconteceu no já demolido Estádio Vivaldo Lima, que foi apelidado por Vivaldão.  Zandonaide, aos 40 minutos, marcou o gol que valeu o caneco carregado por esta rapaziada: Leão; Orlando (Paulinho Pereira), Ivan, Léo, Marco Antônio; Zé Mário, Guina e Paulo Roberto; Wilsinho, Paulinho e Zandonaide. O treinador era Orlano Fantoni.

9 - Decisões em que  os vascaínos levaram a melhor sobre os rubro-negros: 1926 – Vasco 1 x 0 – Torneio Início; 1944 – Vasco 3 x 1 – Torneio Início; 1953 – Vasco 5 x 2  – Quadrangular Internacional do RJ; 1958 – Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca; 1965 – Vasco 4 x 1 – Torneio Internacional IV Centenário do RJ; 1975 – Vasco 1 x 0  – Terceiro Turno do Campeonato Carioca; 1976 – Vasco (5) 1 x 1 (4) Flamengo – Taça Guanabara; 1977 – Vasco (5) 0 x 0 (4) Flamengo – Segundo Turno do Estadual; 1980 – Vasco 1 x 0  – Torneio José Fernandes, em Manaus-AM; 1981 – Vasco 1 x 0  – Torneio João Havelange, em Governador Valadares-MG; 1982 – Vasco 1 x 0 – Campeonato Estadual; 1986 – Vasco 2 x 0 – Taça Guanabara; 1987 – Vasco 1 x 0 – Estadual; 1988 – Vasco 3 x 1 – Terceiro Turno do Estadual; 1988 – Vasco 1 x 0  – Estadual; 1993 – Vasco 1 x 0 – Copa Rio; 1998 – Vasco 0 x 0 Flamengo – Taça Guanabara; 1999 – Vasco 2 x 0 – Taça Rio. 

 

10 - Em 21 de janeiro de 1965, o Vasco conquistou o título do Torneio IV Centenário do Rio de Janeiro, goleando o Flamengo, por 4 x 1, no Maracanã.  Célio (2) e Saulzinho (2) marcaram os gols cruzmaltinos, sob as vistas de 59.814 pagantes. Armando Marques apitou e o Vasco jogou com: Ita; Joel (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho, tendo por treinador Zezé Moreira. A competição contou, ainda, com a Seleção da Alemanha Oriental, batida pela Turma da Colina, por 3 x 2, na primeira rodada, e o Atlético de Madrid.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

ABC ENSINADO NA ESQUINA DA COLINA

1 - Vasco da Gama e ABC, de Natal-RN, já se pegaram em encontros amistosos, da Copa do Brasil e dos Brasileirões das Séries A e B. Amistosamente, a Turma da Colina  escreveu: 07.06.1960 – Vasco 6 x 2; 22.08.1970 – Vasco 1 x 0; 22.10.1970 – Vasco 1 x 0; 16.07.1996 – Vasco 1 x 0. 

2 - O primeiro jogo da relação que você leu acima é, também, o demarcador mais elevado, com dois gols de Pinga, dois de Pacoti e mais um por Roberto Pinto e Delém, respectivamente.  O treinador era Nelson Filpo Nuñez e o time alinhou: Barbosa, Paulinho de Almeida e Bellini; Brito, Écio, Russo e Coronel;  Teotônio, Roberto Pinto (Waldemar), Delém (Pacoti) e  Pinga.

3 - Pela Copa do Brasil, estes são os resultados dos confrontos: 17.02.1994 - Vasco 2 x 0; 15.03.1994 - Vasco 1 x 1 ABC; 30.03.2011 0 Vasco 0 x 0 ABC; 06.04.2011 - Vasco 2 x 1.

4 - Do Brasileirão da Segundona, temos: 17.07.2009 - Vasco 3 x 0; 20.10.2009 - Vasco 3 x 2; 08.08.2014- Vasco 2 x 1. No Brasileiro da elite: 01.10.1972 - Vasco 2 x 1.

5 - O potiguar ABC é, corretamente, considerado um clube alvinegro, mas o Vasco, embora alguns pensem que seja, não está relacionado nesse rol. Os cronistas cariocas preferem qualifica-lo por cruzmaltino, mesmo com a cruz da caravela de seu emblema representando a cruz da Ordem de Cristo,  que foi colocada nas velas das caravelas portuguesas para promover a fés cristã. No entanto, valer ressaltar que a Ordem de Malta chegou a usar a cruz da Ordem de Cristo e que, quando promoveu a Semana Alvinegra, na década-1950, o Santos convidou Corinthians e Vasco, levando em conta o branco e o preto do uniforme vascaíno, desconsiderando o vermelho da cruz. Fica, então, a interpretação para cada um.     


REVISTA DO KIKE -- Nº 7 - ALVIRRUBRADAS

 O Vasco das Gama já enfrentou vários times com camisas alvirrubras. Na maioria das vezes, o Bangu, por ser filiado à mesma entidade e disputar o mesmo campeonato, o Estadual-RJ. Os dois clubes já se pagaram, também, por sete encontros válidos por competições nacionais, estando anotadas cinco vitórias vascaínas, pelo Torneio Rio-São Paulo (disputa que foi uma espécie de Brasileirão das décadas-1930 a 1960); uma pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (empatada), e duas do atual Campeonato Brasileiro, com a moçada conseguindo um outro empate.  

O primeiro Vasco da Gama x Bangu foi em 3 de junho de 1923, em São Januário, rolando 3 x 2 para a moçada comandada pelo uruguaio Ramón Platero, que escalou: Nélson, Leitão e Cláudio; Nicolino Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, autor dos dois gols, Cecy e Negrito.  

Na maioria das vezes, Vasco e Bangu terminaram com 1 x 0 cruzmaltino. A grande maldade do Almira ficou nos 9 x 1, no domingo 7 de abril de 1929, do Campeonato Carioca, com gols por Russinho (5), Hespanhol, Sant´Anna, Mário Matos e Fausto dos Santos. Jogado em São Januário, teve a equipe da casa dirigida pelo inglês Harry Welfare, que usou: Jaguaré, Hespanhol e Itália; Brilhante, Tinoco e Mola (Lino); Bahianinho, Fausto, Russinho, Mário Mattos e Sant´Anna.     

               Arte montada pelo multimídia Renato Aparecido

Entre outros alvirrubros que já travaram grandes duelos contra os vascaínos estão, ainda, Internacional-RS e  Náutico-PE. Diante dos gaúchos, o primeiro Vasco x Inter foi, amistosamente, no 25 de março de 1945, em Porto Alegre, com o time carioca escrevendo 2 x 0, em gols marcados por Ademir Menezes e Cordeiro. Por ali, o treinador uruguaio Ondino Viera estava montando o Expresso a Vitória, a equipe mais forte do país pelas próximos oito temporadas e que foi, naquele dia: Barbosa, Djalma e Sampaio; Berascochea, Nilton e Argemiro; Ademir Menezes, Lelé, João Pinto, Jair Rosa Pinto e Chico (Cordeiro). Detalhe: no mesmo dia, com um outro time, o Vasco fez 4 x 1 Fluminense, no Estádio General Severiano-RJ, pelo Torneio Relâmpago.

Vasco x Internacional contabiliza 70 encontros, dos quais 25 vencidos pelos cariocas, 16 empatados e com 99 gols vascaínos. As maiores goleadas pela Turma da Colina foram dois 4 x 0, em 26 de janeiro de 1981  e em 17 de agosto de 2008.

Vasco x Náutico-PE já aconteceu em 28 vezes, com 12 vitórias vascaínas e 13 empates. Desde 2008 que a rapaziada não escorrega (foram só três vezes) diante dos alvirrubros pernambucanos. O primeiro pega é de 27 de março de 1936, no Campo a Jaqueira, em Recife, anotado Vasco 5 x 2, com Ladislau (2), Orlando (2) e Nena. O treinador era Harry Welfare, que tinha esta turma: Panello, Poroto e Itália; Oscarino, Zarzur e Gringo; Orlando, Kuio, Ladislau, Nena e Luna. A maior goleada foi Vasco da Gama 6 x 0, em 15 de maio de 1946, no Estádio dos Aflitos, em Recife com Lelé (3), Santo Cristo, Alfredo II e Chico batendo na rede. Ondino Viera era o chefe desta moçada impiedosa: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Alfredo II, Ely do Amparo e Argemiro;  Santo Cristo, Lelé, Isaías, Jair Rosa Pinto e Chico.  

Outras grandes vitórias vascaínas sobre alvirrubros, em jogos nacionais: 5 x 0 Sergipe-SE, em 11.05.1978, pelo Campeonato Brasileiro, e 5 x 0 , amistosamente, do 27 de fevereiro de 1992 - o primeiro encontro havia sido em 04.02,1962, também, amistosamente, escrito Vasco 3 x 1. Nas Alagoas, registra-se Vasco 5 x 0 Clube de Regatas Brasil-CRB, em 02.06.1960, e Vasco 6 x 0 CRB, no 21.01.1962, ambos amistosos. Em Goiânia, já rolou Vasco 4 x 1 Vila Nova, em 01.05.1962, amistosamente, placar repetido, em São Januário, no 13.10.2009, pelo Brasileiro da Serie-B.  

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

O VENENO DO ESCORPIÃO - O DIA EM QUE ITAMAR FRANCO PARTIU PARA O INFINITO

  No 2 de julho de 2011, o católico Itamar Franco atendeu convocação do Partido do Altíssimo e foi politicar nas Graças do Senhor. Como 33º presidente da república brazuca, deixou três grandes marcas, sempre lembradas pelos historiadores do seu governo (ler adiante), que rolou entre 29 de dezembro de 1992 a 1º de janeiro de 1995 - após a renúncia do antecessor Fernando Collor de Mello.

 Além de fatos políticos e econômicos, o mandato presidencial de Itamar Franco ficou marcado, também, pelas suas muitas brigas com os fotógrafos. Ao ver jornais publicando imagens sua que lhe desagradavam, ele soltava os bichos: “Filhos da......Não largam do meu pé. Onde vou, tem mais de 30 me perseguindo. Batem as mais exóticas fotos, só pra me sacanearem. Só faltam me fotografar coçando o....”, lembrava Gervásio Batista, da então  extinta e governamental Radiobras.

 Quando dormia com uma de suas (muitas) namoradas, Itamar aparecia mais calmo com os fotógrafos que o cobriam em compromisso público matinais. “Presidente: o senhor não gosta, mas foto feia faz parte da democracia”, cobrou-lhe, certa vez, o fotógrafo Hermínio Oliveira.

 Talvez, a pior briga de Itamar com os fotógrafos foi quando uma de suas namoradas apareceu caminhando com ele pelos gramados do Palácio da Alvorada. Iriam sair naquele que era um final de semana. Ao ver a moça de mãos dadas com ele, os ‘caras’ subiram na cerca da casa, com as suas teleobjetivas disparando, insistentemente, e deixando o presidente uma fera. Quando os encarou, ele os acusou de invasão de privacidade e gritou: “Não sou o Governo, neste momento, mas um cidadão comum, igual a vocês”, nunca esquecia disso Tadashi Nakagomi, então no Jornal de Brasília.

 Se tinha bronca dos fotógrafos, curiosamente, Itamar curtia as sacanagens que os chargistas faziam com ele, como desenhando o seu pimpão em tamanho exagerado. “Eu acho isso um abuso”, criticava o porta-voz Fernando Costa, tentando justificar: “Sou jornalista, como vocês, mas se deveria levar em conta que o presidente da república não é só uma pessoa física, mas o chefe da nação. Não deve ser ridicularizado”.

 Naquele momento, “do outro lado do balcão”, Fernando Costa era cobrado pelo  jornalista carioca Armando Simões: “Fotos e charges sacaneando o “home” são coisas de um país tropical, cara. Aqui, levamos tudo na baderna”.

 POLITICAÇOS – Itamar Franco assumiu a presidência da república com o apoio de  todos os partidos políticos. Os fatos mais importantes da sua gestão foram: 1 -  plebiscito para os brasileiros dizerem se queriam monarquia ou república, parlamentarismo ou presidencialismo, em abril de 1993 – preferiu república presidencialista; 2 – plano econômico (Real) para acabar com a hiperinflação e estabilizar a moeda, por meio de contenção dos gastos públicos; privatização de estatais; redução do consumo; aumento de taxas de juros e  abertura da economia à competição internacional; 3 – suas lideranças parlamentares conseguiram criar a Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI, que apurou denúncias de desvio de verbas públicas, por meio de  emendas apresentadas à Comissão do Orçamento. Foi chamada por CPI dos Anões, devido deputados “comissionistas” serem baixinhos. Dos 18 acusados, seis foram cassados e quatro renunciaram aos mandatos, na primeira vez em que o Congresso Nacional brasileiro teve parlamentares investigando colegas.

Itamar Augusto Cautiero Franco tinha certidão de batismo informando que nascera na mineira Juiz de Fora, em 28 de junho de 1931. Havia versões, no entanto de que viera ao mundo sob águas da Bahia, quando a sua mãe viajava em um navio.

Era inícios de 1989, quando Itamar Franco topou convite de Fernando Collor de Melo, então governador de Alagoas, para ser o seu vice na chapa do “breguíssimo” Partido da Reconstrução Nacional-PRN, em novembro. Ao anunciar isso aos jornalistas que estavam na sala de imprensas da Câmara dos Deputados, levou uma vaia, pois todos antipatizavam com o Collor, que largou a corrida presidencial com 2% das intenções de votos, além de ter tentado outros parceiros, que recusaram, por não botarem fé nele. Sem partido e em final de mandato senatorial, Itamar topou, com Fernando Collor levando muito em consideração a sua imagem de politico honesto e pobretão, e a sua boa base eleitoral, em Minas Gerais. Torcedor do América Mineiro, o ex-presidente Itamar, faz, hoje, então, um time de temporadas em que foi integrar o time dos políticos Lá de Cima.  

REVISTA DO KIKE - Nº 6 - PRETO NO BRANCO

 A primeira camisa do futebol do Vasco da Gama foi toda preta, com gola e punhos brancos, e a cruz da Ordem de Cristo no peito esquerdo. A branca, que é a número dois, com a faixa diagonal preta, usou-se, pela primeira vez, em 16 de janeiro de 1938, em Vasco 4 x 1 Bonsucesso, em São Januário, pelo Campeonato Carioca-1937, com esta rapaziada a envergando: Rei, Poroto e Zé Luiz (Itália); Rafa, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo I, Niginho, Feitiço e Luna - Lindo, Niginho (2) e Luna marcaram os gols.

Depois da estreia da jaqueta branca, ela foi pra gaveta e só voltou a campo no 22 de março de 1942, durante disputa, com o América, do Troféu da Paz, oferecido pela loja O Camizeiro, finalizando melhor-de-três iniciada em 1937. O Vasco mandou 2x1, com as duas bolas na rede endereçadas por Villadoniga e atuando com: Walter, Florindo e Osvaldo; Figliola, Zarzur e Dacunto; Alfredo II, Ademir Menezes (que estreava), Massinha, Villadoniga e Manuel Rocha.


                                           Arte por Renato Aparecida

Após mais uma temporada no esquecimento, a camisa branca reapareceu durante Torneio Início de 1943, disputado no Estádio das Laranjeiras, em 28 de março de 1943. Com time dirigido pelo uruguaio Ondino Viera, o Almirante escalou: Roberto, Haroldo e Osvaldo; Figliola, Octacílio e Argemiro; Baptista, Lelé, Isaías, Jair Chico.

A partir daquela ocasião, o Vasco da Gama passou a usar a camisa branca com frequência, por ser mais adequada ao calor brasileiro e aos jogos noturnos. Pouco mais de dois meses depois, a moçada passou a utilizar, também, a jaqueta preta com faixa diagonal branca, ficando a inteiramente preta aposentada. Ambas as camisas com faixa diagonal se popularizaram durante a época de hegemonia do Expresso da Vitória, entre 1945 as 1952, e, hoje, são usadas, frequentemente.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

REVISTA DO KIKE - Nº 5 - PINGA FORTE

Pinga desaguou, por São Januário, ao custo de Cr$ 1 milhão e 300 mil cruzeiros, em 1953. Levando-se em conta ter marcado 250 gols, em 466 jogos, grande negócio para a Turma da Colina. Mais argumentos? Ajudou a anotar no caderninho do Almirante as conquistas do Torneio Octogonal Rivadavia Correia Meyer - marcou os gols dos 2 x1 finais,  contra o São Paulo, no Maracanã -; do Campeonato Carioca- 1956; do Torneio Início-1958; do SuperSuper-1958 e do Torneio Torneio Rio-São Paulo-1958. Logo, fera feríssima!

  Muito do sucesso do Pinga vascaíno passou pelo olho clínico do treinador Martim Francisco. Em 1956, o chefe aboliu a sua função de ponta-de-lança e entregou-lhe a camisa 11, antigamente, a do ponta-esquerda. Deu certo! Tanto que o cidadão nascido no bairro (da capital paulista) da Mooca revelou-se importantíssimo durante as conquistas de dois dos mais destacados canecos trazido, pelo Almira, das estrasnjas, para as prateleiras da Rua General Almério de Moura: do francês Torneio de Paris e do espanhol Teresa Herrera,  ambos em 1957.

 José Lázaro Robles foi como os pais de Pinga fizeram o seu registro, em cartório paulistano, com data de 11 de fevereiro de 1924. Ele viveu até 7 de maio de 1996, tendo sido vascaíno entre 1953 a 1962. Antes, passara pelo Juventus-SP (1943 a 1944), e pela Portuguesa de Desportos (1945 a 1952). Voltou ao Moleque Travesso (apelido do clube juventino), pelo enceramento de sua carreira, como mostra esta capa do Kike, montada pelo artista multimídia goiano Renato Aparecida – rejuventou (1962 a 1964).

Por deixar tontos muito marcadores, Pinga foi intimado, pela Confederação Brasileira de Desportos, a representar o Vasco da Gama na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo-1954, na Suíça. Não trouxe taça, mas voltou com  moral – uma vitória, um empate e dois gols - e prosseguiu honrando a jaqueta canarinha até totalizar 19 pugnas, escrevendo 19 refregas, com 13 vitórias, três empates, três escorregadas e 10 bolas mandadas às rede. Dessas, 17 foram contra seleções nacionais – 11 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e os 10 tentos. Diante de clubes/combinados, dois triunfos, em dois compromissos. Colecionou os títulos do Campeonato Pan-Americano-1952 e da Taça Oswaldo Cruz-1950/1955. Além de atleta, Pinga passou um período como treinador do time vascaíno, em 1969.

ALMIRANTE FICA SALGADO ATÉ 2023

  Aos 73 anos, Jorge Salgado foi rerratificado, hoje, novo presidente da diretoria administrativa vascaína, para o triênio-2021-2022-2023. A solenidade ocorreu na Sede Náutica do Clube, na Lagoa.

– Chegou o momento de falarmos de união! De colocarmos em prática todos os nossos projetos assinados na Declaração de Compromissos, entregue a cada vascaíno durante a campanha. Vamos lutar sem descanso para colocar o Vasco entre as cinco maiores receitas do futebol brasileiro, reestruturar o seu endividamento, equacionar o fluxo de caixa e fazer um futebol forte, vencedor. E recuperar a tradição nos esportes olímpicos, aprimorar nosso patrimônio, reformar o estatuto, implementar um plano rígido de integridade, prometeu Salgado, que aparece nesta foto clicado por Jorge Porci, de www.vasco.com.br.

 Depois, Salvado empossou Carlos Roberto Osorio e Roberto Duque Estrada, respectivamente 1º Vice-Presidente Geral e 2º Vice-Presidente Geral, e aos 11 novos vice-presidentes. A nova diretoria administrativa ficou assim:

Presidente: Jorge Nuno Odone de Vicente da Silva Salgado

1° Vice-Presidente: Carlos Roberto de Figueiredo Osório
2ª Vice-presidente: Roberto Duque Estrada de Sousa

Vice-Presidente do Departamento Jurídico: Jose Candido Seabra Bulhões Pedreira

Vice-Presidente do Departamento de Finanças e Estratégia: Adriano Dias Mendes

Vice-Presidente do Departamento Médico: Rafael Cobo
Vice-Presidente do Departamento de Marketing e Novos Negócios: Vitor de Medina Coeli Roma
Vice-Presidente do Departamento de Patrimônio: José Eduardo Mendonça da Silva
Vice-Presidente de Projetos Especiais: Pedro de Seixas Correa
Vice-Presidente de Comunicação: Danillo Ferreira Bento
Vice-Presidente de Responsabilidade Sociel e História: Horacio Lopes Rodrigues Junior
Vice-Presidente do Departamento de Esportes Olímpicos e Paralímpicos: Marcel José Kaskus
Vice-Presidente do Departamento de Desportos Náuticos: José Roberto Gomes da Costa
Vice-Presidente do Departamento de Relações Públicas: Mauricio Corrêa Rodrigues

ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Otto Alves de Carvalho Junior
Vice-Presidente: Bruno Iglesias Borges Rodrigues

CONSELHO DELIBERATIVO

Presidente: Carlos Eduardo Amaral Fonseca
Vice-Presidente: Renato Cicero Freire de Brito Neto
1º Secretário: Marcelo Augusto Camacho Rocha
2º Secretário: Leandro de Matos Coutinho

CONSELHO FISCAL

Presidente: João Marcos Gomes de Amorim
Membro: João Marcelo Fernandes Lucas. 
Membro: Silvio Roberto Almeida

domingo, 24 de janeiro de 2021

REVISTA DE KIKI Nº 4 - SANTOS CAPETAS

  Ganhar do Santos da fase Pelé & Coutinho só se fosse coisa do diabo. Eles eram tão encapetados que tabelavam até a bola bater na rede. Mas o Almirante tinha as suas manhãs e, também, fisgava o Peixe - de jeito!

A história Vasco da Gama x Santos tem lances sensacionais e começa bem antes de o Almira pegar pela frente o Rei do Futebol. Pra inaugurar o seu estádio, em 27 de abril de 1927, a rapaziada convidou o alvinegro praiano, que estragou a festa, escrevendo 5 x 3 no placar. O Vasco devolveu a sacanagem, em 30 de julho de 1933, no mesmo local, por 4 x 0. De lá pra cá já são 127 pegas, com 45 vitórias da Turma da Colina e 44 dos peixeiros, que levaram 190 gols, mas marcaram 202 – há, ainda, 38 empates nesse rolo.

Se o Santos ganhou o primeirão entre eles, em São Januário, o Vasco fez o mesmo na Vila Belmiro, também, amistosamente, por 2 x 1, em uma data interessante, 09.09 (1934). Durante as Era Pelé, o primeiro capítulo rolou  em 7 de abril de 1957, na Vila Belmiro, quanto o convidante promovia a Semana Alvinegra, celebrando os seus 45 de vida. O Camisa 10 ainda nem era o tal. Apenas, um reserva. Naquele dia, disputou a 15 partida de sua estrada, ajudando  a sua patota a deixar o visitante de quatro: 4 x 2.

                           Imagem montada por Renato Aparecida

Rolaram outras bolas e uma das mais famosas está no caderninho do 17 de fevereiro de 1963, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã. Os vascaínos faziam 2 x 0 e a sua dupla de zaga xerifeira – Brito e Fontana – encarnava em Pelé, dizendo: ‘É, crioulo, nessa não dá mais. Cadê o Rei?” Faltando dois minutos para o final da partida, Pelé empatou a pugna, pegou a bola, chegou no Fontana, a entregou e recomendo-lhe: “Leve-a, de presente, para a sua mãe”.

Os vascaínos ainda não haviam esquecido da noite em que levaram 5 x 1, no Pacaembu, no 2 de março de 1961, pelo mesmo Torneio Rio-São Paulo, então maior competição brazuca da época. Dia em que,  do  imparável ataque santista – Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pele e Pele – só o Rei não batera na rede. No entanto, quatro temporadas depois, com 3 x 0, no Maracanã, o Vasco botou moral no placar.

Vieram tempos mais modernos e, no 19 de novembro de 1969, no Maracanã, Pelé marcou o seu milésimo gol, em cima do Vasco da Gama. Passado mais um tempinho, no sábado 17 de outubro de 1970, diante de um fortíssimo Santos, ganhador de nove títulos nas últimas 11 temporadas, o pega foi, de novo, no Maraca. Daquela vez, o brilho esteve nas chuteiras do camisas 10 vascaíno, Walter Machado Silva, que marcou dois gols e deixou Pelé devendo, em seu jogo 980,  quando já havia encaçapado 1.053 bolas no filó.

  Campeão paulista-1969, o Santos era fortíssimo e tinha comemorado, inclusive, um tri estadual. Que viesse o Vasco! Pra derrubar o Rei, o Almirante foi malandro. Prometeu pagar o prêmio pelo título carioca-1970 e colocar os salários em dia. Com doping financeiro Luís Carlos Lemos, Benetti, Silva (2) e Gilson Nunes construíram a maior vitória do vascaína sobre Pelé, devolvendo os 5 x 1 de 1961. 

Muitas e muitas outras histórias de Vasco x Pelé pintaram. Até que, no 21 de julho de 1974, elas terminaram. Rolava a fase final do Campeonato Brasileiro, o Vasco abriu o placar, por Luís Carlos Lemos, aos 15 minutos do primeiro tempo, e Pelé o igualou, aos 30 minutos do segundo tempo. Faltando duas voltas para o relógio encerrar história tão emocionante, o garoto Roberto Dinamite desempatou, para os cruzmaltinos, em um belíssimo tento que mereceu elogios do  Rei. 

Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante no último jogo no Maracanã chamava-se Tim (Elba de Pádua Lima), que tentou levá-lo, para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. 

Treinado por Mário Travaglini, o Vasco da Gama venceu contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanatta e Peres; Luís Carlos Lemos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). O Santos alinhou: Cejas; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha: Fernandinho Goiano, Nenê (Cláudio Adão), Pelé e Mazinho.     

sábado, 23 de janeiro de 2021

REVISTA DO KIKE - Nº 3 - A COR DO PECADO

Desde que a mulher chutou uma bola de futebol, pela primeira vez, no Brasil, o homem fez cara feia pra ela, por achar que aquilo era coisa só dele. A atitude, correspondida pelo Estado comandado pelo presidente Getúlio Vargas, a proibiu de paticar o balípodo, pelo artigo 54, do decreto-lei 3.199, de 1941, que lhe proibia, também, de praticar outras modalidades consideradas impróprias para o sexo. Uma autêntica bola fora do então Conselho Nacional de Desportos, só escanteada em 1979.

Foram 38 temporadas de proibição. Quando elas se libertaram da lei de Vargas e rolaram a pelota, foram classificadas por lésbicas e execradas pelos patrocinadores que não as queriam associadas às suas marcas. Filhas de famílias pobres, para elas, o futebol e seu agressivo marketing poderia ser um meio de subida social para as as negras, mas demorou muito para que alguma delas se tornarsse uma garota-propaganda.

No caso da acusação de serem lésbicas (termo em desuso, substituído por sapatão), um exemplo meio-recente da discriminação rolou, em 2001, quando Federação Paulista de Futebol exigiu para elas exibissem feminilidade, cabelos compridos, corpo  delicado e curvilíneos, além de usarem uniformes mais curtos e justos.

 Passada a fase mais dura do preconceito contra a mulher futebolista, especialmente as negras, rolou, pela segunda metade do século 20, elas serem pouco procuradas pela imprensa. Quando isso ocorria, era para enaltecer a beleza das brancas, como da atacante Bel, do Internacional-RS, que chegou a ser capa de Playboy, a então principal do segmento sexy brasileiro. Tempos depois, a primeria negra a fazer o mesmo, na mesma revista, foi Marta, da Seleção Brasileira de voleibol, mas sem ganhar capa, só páginas internas.

 Vejamos o que se pode falar das quatro principais atletas do futebol brasileiro:

MARTA – Nenhuma futebolista bazuca conseguiu tanta notoriedade quanto Marta da Silva Vieira. Eleita, pela FIFA, a melhor do mundo, por seis vezes, a menina da alagoana Dois Riachos – nascida em 19.02.1986 - foi para o Vasco da Gama, com 14 de idade, em busca de um sonho. Fez 16 jogos e quatro gols, e sagrou-se campeã brasileira sub-19, em 2001. Por ver o futebol das mulheres sem importância por aqui – ainda defendeu o Santa Cruz-MG, por 38 jogos com 16 tentos -, ela foi se consagrar pelo sueco IK, pelo qual foi artilheira de quatro campeonatos e melhor atacante de 2007/2008.

  De lá para cá, Marata tem feito a sua carreira entre Suécia e Estados Unidos. O seu currículo inclui as artilharias de Copas do Mundo e de Jogos Pan-Americanos, além de duas medalhas de prata olímpica. Primeira mulher a jogar uma partida internacional entre os homens, ela foi chamada pelas Nações Unidas para ser sua Embaixadora da Boa Vontade. No Brasil, Marta não é considerada negra. Para os padrões europeus, não deixa de ser. Só não enfrenta preconceitos de cor no Velho Mundo por que é uma tremenda atleta do futebol e que já chegou a seis  Bola de Ouro – a última em 2018.

Considerada a melhor de todos os tempos, mesmo assim, Marta ganha 0,3% do rendimento anual do atacante Neymar, do francês Paris Saint-Germain, o brasileiro com maior renda bruta anual no futebol, embora os números dela pela Seleção Brasileira sejam melhores - desde 2015, ninguém marcou mais gols do que ela, 118, entre homens e mulheres. Tem, também,  medalhas olímpicas de prata-2004/2008 , da Copa do Mundo-2007, e de ouro dos Jogos Pan-Americanos-2003/2007 e é a maior goleadora de Copas do Mundo, entre homens e mulheres, com 17 bolas na rede. 

Quando passou três meses no paulistano Santos FC, venceu a Taça Libertadores da Améric, usando a camisa 10 que consagrou Pelé.  Com tudo isso, Marta não tem um patrocinador desde julho de 2018, o final do seu contrato com a Puma. Recusou-se a renová-lo, pelo valor oferecido (não divulgado). Prefere escrevr “goal equal” em sua chuteira, pois a soma dos cinco maiors salários femininos equivale a R$ 7,7 milhões de reais, enquanto os dos homens equivalem a R$ 175 milhões. 

PRETINHA - A primeira futebolista negra a ficar famosa (mas nem tanto) no Brasil foi Pretinha, isto é, Delma Gonçalves, que chegou à Seleção Brasileira, em 1991, e por lá esteve até 2014, tendo disputado quatro Copas do Mundo, quatro Olimpíadas, trazendo as medalhas de prata de 2004 e de 2008. Conquistou, ainda, a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos-2007, no Rio de Janeiro.

 Cria do Vasco da Gama, Pretinha chamou a atenção da imprensa pela bola que jogou na Grécia e valeu-lhe ser vice-campeã olímpica dos Jogos de Atenas-2004, quando foi a artilheira e encantou os japoneses, que a levaram – jogou também, nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. Ser goleadora, por sinal,  foi uma sina de Pretinha. Ela escreveu o seu nome como a principal “matadora” das Copas do Mundo -1991/95/99/2007 e das Olímpiadas-1996/2000/2004/2008, sua segunda medalha de prata.

 MICHAEL JACKSON –  Quando o cantor norte-americano  fazia sucresso em todo o planeta, o futebol das meninas brasileira revelou uma xará dele, Mariléia dos Santos. Por 12 temporadas, ela foi da Seleção Brasileira, tendo ido a duas Copas do Mundo e a uma Olimpíada. Esteve no grupo que disputou a o Mundial-1991.

Nascida em 19.11.1963, teve 11 irmãos e começou na bola aos 12 de idade, em Valença-RJ. Além do escrete canarinho das décadas 1980/90, passou por Corinthians, Vasco da Gama e Internacional-RS.  Em 1995,  foi levada pelo italiano Torino, tornando-se a primeira brasileira a jogar por clube de fora do país. Foi eleita, pela  Federação Internacional De Historia e Estatística do Futebol a terceira melhor jogadora do século 20 na América do Sul .

 FORMIGA – Ela  já tem 41 de idade – nasceu em 03.03.1978, em Salvador-BA -, mas segue indispensável à Seleção Brsileira. Miiraildes Maciel Mota, a Formiga, faz jus ao apelido, pois é uma verdadeira formiguinha em campo. Razão de ter sido vice-campeã olímpica-2004/2008 e  vice-campeã mundial-2007, jogando como valente ou meia. Único ser do mundo da bola (entre homens e mulheres) a ter disputado sete Copas do Mundo, é a mais velha a marcar um gol - em 2015, quando tinha 37 de idade),

Formiga bate o recorde, também, em partipações olímpicas, com seis presenças, ao lado espanhol Manuel Estiarte (polo aquático), e da russa Evgenia Artamonova (vôlei). Além das medalhas prateadas já citadas, ela tem, ainda, as de ouro dos Jogos Pan-Amerianos-2003/2007/2015, e a prata de 2011. Em números de jogos canarinhos, com 151, ultrapassa o mais atuante do time masculino, Cafu (Marcos Eangelistas de Morais), com 149.

 Cahamada pelos familiares e amigos por Mira, ela coleciona, também, três títulos da Taça Libertadores da América e um Mundial Interclubes. Desde 1993, quando se profissionalizou, já  passou por 16 times – entre Brasil, Suécia, Estados Unidos e França -, mas só um da Bahia, de São Francisco do Conde, em 2016. Desde 2017, defende o francês paris Saint-Germanin.

 Formiga diz que jamais sofreu ataques racistas na Suécia, nos Estados Unidos e na França, mas não escapou disso quando jogou na cidade de Caçador, em Santa Catarina, onde um torcedor gritava “macaca” sempre que ela tocava na bola. Nascida em Lobato, periferia e Salvador, ela começou a chutar a bola aos 7 de idade. Vizinhos a chamavam por mulher-macho. As vezes, leava porrada dos irmãos, por jogar junto com meninos.

 Aos 16, Formiga estreou na Seleção Brasileira. O apelido surgiu aos 14, quando disputava uma partida do Campeonato Baiano e era a menorzinha no gramado. De mulheres atletas brasileiras, só ela e Marta são  figurantes do Museu do Futebol, em São Paulo, ao lado dos maiores ídolos masculinos do futebol canarinho.

 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

REVISTA DO KIKE - N 2 - CÉLIO X PELÉ

 Os goleadores Célio, do Vasco da Gama, e  Pelé, do Santos, tiveram vários algos em comum, em comum. O primeiro nasceu em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade paulista. Dentro dos gramados, o vascaíno vestiu as jaquetas de dois times da terra, o Jabaquara e a Portuguesa Santista, enquanto o outro tornou-se astro do time que a torcida paulistana rival apelidou por “peixeiros”, evidentemente, por ser de região litorânea.

 Célio e Pelé prestaram o serviço militar na mesma turma, em Santos, estiveram juntos na Seleção Brasileira – em 1966 - e se declararam torcedores do Vasco da Gama, no futebol carioca. Quando Célio estava querendo deixar o uruguaio Nacional, de Montevidéu, Pelé pediu à diretoria santista para repatria-lo. Mas o Corinthians chegou na frente.

 Nas canchas, Célio e Pelé travaram batalhas das quais duas se destacam:  Vasco 3 x 0 Santos e Santos 5 x 1 Vasco. O primeiro desses jogos valeu pelo Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante de 42.250 almas, apitado por com Aírton Vieira de Moraes, o Sansão, e com gols marcados por Luisinho Goiano, aos 31, e por Mario Tilico, aos 37 e aos 44 minutos do segundo tempo. Treinado por Zezé Moreira, o time vascaíno teve: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. Pelo Santos, o técnico Luís Alonso Peres, o Lula, escalou: Laércio; Modesto, Geraldino e Ismael (Olavo); Joel e Elizeu (Rossi); Dorval, Mengálvio, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho).

Da partida, ficou o choro da torcida santista, por a sua turma não ter contado com Gilmar (goleiro), Mauro Ramos (zagueiro), Zito (apoiador), Coutinho e Pepe (atacantes), enquanto a “Turma da Colina” retrucava que valia só que iria “para o caderninho”, o registrado na súmula.

O troco do Santos aconteceu durante a primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de 16. 764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil cruzeiros para assistirem ao time de Pelé ganhar grande vantagem para ser campeão da Taça Brasil, uma semana depois, jogando pelo empate, no Maracanã. Daquela vez, Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti. Pelé ficou devendo - os gols da turma dele foram de Coutinho, aos 7; de Dorval, aos 63 e os 65, e de Toninho Guerreiro, aos 71 e os 87 minutos. Romualdo Arpi Filho apitou e Lula escalou: Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Orlando Peçanha e Geraldino; Lima e Mengálvio; Dorval, Coutinho (Toninho), Pelé e Pepe. Pelo time vascaíno, Zezé Moreira armou mandou a campo: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano); Zezinho, Saulzinho, Célio e Danilo Menezes.


 Veio a noite do oito de dezembro, no “Maraca”, Pelé marcou o gol do título – Santos 1 x 0 -, que valeu o pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e que, também, valia vaga na Taça Libertadores. O jogo, no entanto, não foi tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre eles Pelé – os outros santistas foram Lima, Geraldino e Orlando, enquanto do lado carioca forma expulsos Zezinho, Ananias e Luisinho Goiano.

No Santos, o treinador Lula manteve a formação do jogo anterior, mas lançou Abel, no segundo tempo, em lugar de Pepe. Pelo lado do Vasco da Gama, Zezé Moreira segurou a defesa e trocou Lorico, por Danilo Menezes, no meio-de-campo. Do ataque, só Célio e Zezinho, com este passando para a ponta-esquerda e entrando Mário Tilico na direita, foram mantidos, ao lado da novidade Nivaldo que, depois, cedeu vaga a Luizinho Goiano.


Sem a camisa do Vasco da Gama, Célio voltou a encara Pelé por mais três partidas. A primeira rolou no 20 de agosto de1968, quando ele defendia o uruguaio Nacional e este ficou nos 2 x 2 Santos. Por sinal, Célio abriu o placar, aos 15minutos e o tricolor de Montevidéu chegou a abrir dois gols de frente – Perez, aos 32, fez o segundo. Carlos Alberto Torres, aos 44, e Pelé, aos 10 do segundo tempo, fecharam a conta, no argentino estádio La Bombonera, em Buenos Aires, valendo por um internacional torneio pentagonal.
Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve  renda de 813.400 pesos e Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando assim:  Manga; Cubillas, Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago, Prieto, Célio e Domingo Perez. Técnico: Zezé Moreira. O quadro santista, dirigido por Antoninho, foi: Claudio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe. Técnico: Antoninho.

As outras duas foram em 1971, quando Célio defendia o Corinthians, ambos pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do Futebol” balançando o filó, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas, Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos, treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda; Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.      


 O último encontro da dupla nos gramados foi no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910 presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo o santistas sido: Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu Américo. Corintianos: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue, Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio, que disputou 26 jogos corintianos, vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols. 

 

Com a camisa canarinha, os dois goleadores só estiveram juntos por duas partidas: 06.06.1965 – Seleção Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano, autor, também, de gol. O treinador era Vicente Feola, que escalou: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo; 09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o time do jogo anterior e as substituições.