Vasco

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domingo, 30 de junho de 2013

VASCO DAS CAPAS - DUPLA FATAL

 Brito e Fontana foram capa da Revista do Esporte Nº 345, de 18 de outubro de 1965. O semanário carioca, que estava em seu Ano V, custava Cr$ 250 cruzeiros e trazia a manchete, colada aos pés dos dois atletas: BRITO FONTANA: a bola ou o adversário... Interiormente, nas páginas 36 e 37, em caixa alta, sob o título BRITO E FONTANA: UMA DUPLA DE RESPEITO, a matéria explicava que "A VIRILIDADE DOS DOIS TEM UMA ORIGEM" e publicava uma foto deles em ação, acima do texto de abertura, e, na outra, ambos agachados, no canto esquerdo da página.
De acordo com o escrito, Brito e Fontana formavam a dupla mais temida pelos torcedores cariocas daquela metade de década-60, porque jogavam "com extraordinária virilidade e esbanjando vitalidade no menor lance". Ressaltando que os os becões vascaínos não eram violentos, a "RE" dizia que "a coragem e o empenho com que Brito e Fontana se empregam em campo" tinha uma explicação: "ambos venceram pela perseverança. Tiveram que lutar bastante e enfrentar muitos obstáculos antes de ganharem o prêmio de jogar no time titular do Vasco da Gama", explicava o redator.
RELATÓRIO - matéria fazia um breve relato da carreira de Hércules Brito Ruas, contando que ele surgira, "com destaque", num time de peladas da Ilha do Governador, o Flexeiras, como "médio-apoiador". Em seguida, fora para os juvenis vascaínos, mas não subira logo aos aspirantes, por ter Viana segurando a vaga. O jeito foi buscar espaço no Internacional, dotécnico Sílvio Pirillo. "Terminado o período de empréstimo, voltou ao Vasco da Gama e, com a saída de Bellini, ganhou a posição de titular", narrava a publicação.

A matéria conta, ainda, que, de início, tinha-se a impressão de que Brito, talvez, não "emplacasse" na Colina, por gostar de brincar na área, só mudando sua forma de agir após a chegada do treinador Zezé Moreira a São Januário, que corrigiu-lhes os defeitos. Por fim, as menções a Brito informam que ele nasceu em 9 de agosto de 1939, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, e que tinha o hábito de pedir desculpas aos adversários, quando os driblava


TAVA RUSSO - No que se refere a José de Anchieta Fontana, nascido em 31 de dezembro de 1940, em Santa Tereza, no Espírito Santo, diz a matéria que o capixaba não esperava ser titular no Vaco a curto prazo, porque o clube tinha Russo para a sua posição, entre os aspirantes, e Barbosinha, no time principal. Sem vez, lembrava ter recusado convite de Zoulo Rabelo, para treinar no Fluminense, e de ter desprezado o São Cristóvão, pelo qual chegara a preencher ficha de inscrição.
Entre os obstáculos enfrentados por Fontana, até se consagrar no Vasco, a RE citava o jogo do sábado 16 de fevereiro de 1962, no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo, quando a Turma da Colina vencia o time de Pelé, por 2 x 0. Substituindo Barbosinha, Fontana foi um dos principais envolvidos nos dois gols do "Rei do Futebol", ao final da partida, que acabou nos 2 x 2. Ele marcava o camisa 10 santista, que jogava com um supercílio ferido. Fontana era apontado, pela reportagem, como um jogador tagarela, que se transtornava dentro de campo, procurando irritar o adversário e reclamando muito dos companheiros que erravam uma jogada. Mas, fora dos gramados, sustentava a RE Nº 345, Fontana era "uma perola, fazendo jus ao nome (de um santo) que recebeu na pia batismal.

sábado, 29 de junho de 2013

ANIVERSARIANTE HOJE: PEDRINHO

Pedro Paulo de Oliveira, o Pedrinho, na boca da galera, nasceu para ser uma das revelações da Colina mais simpáticas à torcida cruzmaltina. Além de ser um sujeito muito boa praça, tem currículo vencedor, com a jaqueta da galera de São Januário. Confira os canecos que carregou: dos Campeonatos Brasileiros-1997/2000; da Taça Libertadores-1998; do Estadual-RJ-1998; do Torneio Rio-São Paulo-1999 e da Copa Mercosul-2000.  

Publicado pelo site oficial doa Vasco
 à época do "Jogo de Despedida"
 Carioquíssimo, nascido em 29 de junho de 1977,  Pedrinho chegou ao Vasco “bebê”, com seis anos de idade, para rolar a bola no futebol de salão. Passou para o gramado e apor todas as categorias de base, até ser requisitado para o time principal, em 1995. Dois anos depois, começou a chamar a atenção da imprensa, formando um meio-de-campo criativo e ofensivo, juntamente com Ramon Menezes e Juninho Pernambucano. Bom para Edmundo e Evair, que estavam sempre na cara do gol.
NO AUGE - O melhor momento vascaíno de Pedrinho, no entanto, foi durante a campanha pelo título da Libertadores, principalmente nas quartas de final, marcando gols decisivos, embora não fosse esta a sua função. Jogou tanto durante a disputa que o treinador Vanderlei Luxemburgo o convocou para um compromisso da Seleção Brasileira, contra a então Iugoslávia. Pena que, dois dias antes da apresentação do grupo, enfrentando ao Cruzeiro, em São Januário, sofreu um rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito. Foram sete meses de recuperação.
Pedrinho era um atleta marcado pelas contusões. Exemplo: pouco depois de ser dado por recuperado do problema de joelho, voltou a senti-lo, durante um amistoso contra o Volta Redonda. E lá se foram mais 11 meses longe da bola. Quis o destino que a terceira lesão séria acontecesse, exatamente, enfrentando Vasco, pelo Brasilerião-2001, quando defendia o Palmeiras. De novo, ligamento cruzado anterior, mas no joelho esquerdo. Oito meses parado. Em outubro de 2002, Pedrinho não processou a Confederação Brasileira de Futebol, por lhe causar um grande dano moral. A entidade, que aceitava ele usar um antidepresivo à base de buaproprina, contra depressão, divulgou que fora flagrado em exame antidoping, por causa daquilo.
RETORNO - Em  2004, Pedrinho estava de volta ao grupo vascaíno. E recebeu a sua segunda convocação para a Seleção Brasileira. Participou da goleada, por 6 x 0, sobre o Haiti, amistosamente, naquele país. Em dezembro daquele ano, voltou a sofrer uma lesão de joelho. Mais de três meses sem jogar. Semanas após a volta, nova contusão.  
 Para ver se dava mais sorte mudando de ares, Pedrinho foi para o Al-Iattihad, da Arábia Saudita, em 2005. Quando voltou ao Brasil, defendeu o Fluminense,em 2006. Mas as contusões voltaram a lhe prejudicar, não lhe deixando fazer mais do que 18 jogos pelo time tricolor. E 2007, no entanto, pelo Santos, sem lesões, conseguiu recuperar o seu bom futebol e foi campeão paulista. Antes, finalmente, fora descoberto o causador de tantas contusões: desequilíbrio na cintura pélvica.
Em 2008, Pedrinho trocava a Vila Belmiro pelo Al Ain, dos Emirados árabes. O seu destino, porém, seria voltar à Colina, na mesma temporada. Ao final do contrato, a convite do amigo vascaíno Edmundo, foi para o Figueirense. Em 6 de agosto de 2009, anunciou o final de careira, aos 32 anos de idade. Mas ainda não seria o fim. Em 2012, vestiu a camisa do Olaria, durante o Estadual-RJ.
FIM DE LINHA -  Em 13 de janeiro deste ano, Pedrinho fez o seu jogo de despedida, pelo Vasco, enfrentando o holandês Ajax, em São Januário. Em sua história cruzmaltina, um lance ficou marcado: o das embaixadinhas, contra o Flamengo, após ele marcar o último gol dos 5 x 1 da final da Taça Guanabara, em 23 de abril de 2000, pela Páscoa. Durante a comemoração, mandou a torcida rubro-negra se calar. Já o desbundes das embaixadas irritou tanto os adversários, que eles foram para cima dele, gerando um grande rebu no gramado do Maracanã. A cena é uma das mais marcantes da história da rivalidade Vasco x Flamengo e da catimba no futebol carioca.
Confira a ficha técnica da única partida de Pedrinho pela Seleção Brasileira e do jogo de despedida:
18.08.2004 – Brasil 6 x  0 Haiti. Amistoso. Estádio: Sylvio Cator, em Porto Príncipe-HAI. Juiz: Paulo César de Oliveira (BRA). Gols: Roger, aos 19 e aos 41, e Ronaldinho Gaúcho, aos 32 min do 1º tempo; Ronaldinho Gaúcho, aos 21min e aos 36, e Nilmar, aos 40 min do 2º tempo. BRASIL: Júlio César (Fernando Henrique); Belletti, Juan (Cris), Roque Júnior e Roberto Carlos (Adriano); Juninho Pernambucano, Gilberto Silva (Renato), Edu (Magrão) e Roger (Pedrinho); Ronaldinho e Ronaldo (Nilmar). Técnico: Carlos Alberto Parreira. HAITI: Max (Gabart); Thelanor, Germain (Jacques), Gabbardi e Bourcicaut (Stephane); Guillaune, Bourdot (Barthelmy), Gilles (Telamour) e Romulut (Mones), Fleury (Francis) e Desir (Herold) Técnico: Carlo Marzelin.        
13.01.2013 (domingo) - Vasco 1 x 0 Ajax-Hol. Amistoso. Estádio: São Januário. Juiz: Marcelo de Lima Henrique. Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia e Dibert Pedrosa Moises. Gol: Wendel, aos 16 min do 1º tempo. VASCO: Alessandro (Michel Alves, 27/2ºT); Elsinho, Dedé (André Ribeiro, 26/2ºT), Douglas e Wendel (Dieyson, 13/2ºT); Abuda (Pedrinho, 44/2ºT), Jhon Cley (Guilherme, 26/2ºT), Pedrinho (Fillipe Soutto, 17/2º T) e Bernardo (Romário, 22/2ºT); Carlos Alberto (Dakson, 22/2ºT) e Thiaguinho (Marlone, 15/2ºT). Técnico: Gaúcho. AJAX: Kenneth Vermeer; Ricardo Van Rhijn, Niklas Moisander, Veltman e Daley Blind; Christian Eriksen, Christian Poulsen, Sana e Schone; Siem de Jong e Derk Boerrigter. Técnico: Frank De Boer. (As substituições não foram computadas).

sexta-feira, 28 de junho de 2013

TRAGÉDIAS DA COLINA - 'TRICOLÉ' 4 X 1

O  Vasco já era a máquina montada pelo treinador uruguaio Ondino Vieira, quando mandou dizer que seria o campeão do Torneio Municipal-1946, sem maiores dificuldades. Sapecou 9 x 1 Bonsucesso (02.06); 6 x 0 Canto do Rio (05.05);  4 x 0 Madureira (11.05); 5 x 1 São Cristóvão ( 15.06); 4 x 1 América (21.06) e 3 x 1 Flamengo (19.05). Teve uns tropecinhos: 1 x 1 Botafogo (21.04); 1 x 1 Bangu (28.04) e 0 x 0 Fluminense (09.06).                                              
Foi então o Vasco para as finais contra o Flu, como favorito absoluto, indiscutível. Levou de 4 x 1 (19.06). Que vexame! Sua galera não entendia. “Perder de tricolé?”, exclamavam os caras. Naquele dia, 17.638 pagantes lotavam o estádio do Fluminense, proprocionando uma excelente renda de Cr$ 186 mil e 700 cruzeireos (moeda da época). Assim que Mário Vianna apitou o início de partida, a torcida começou a comemorar o título, que seria conquistado por: Barbosa; Rubens e Sampaio; Djalma, Eli e Jorge; Santo Cristo, Lelé, Isaías, Jair Rosa Pinto e Chico. E o Vasco ainda ficou no lucro, porque escalou jogadoes expulsos na partida anterior, que não haviam sido julgados. Como terminou esta história é o que você vai ler no post de 26 de junho. Vá lá, vascaíno! No arquivo do blog,combinado?

quinta-feira, 27 de junho de 2013

VASCO DAS CAPAS - DARIO

Esta foi a capa da edição Nº 844, da revista "Esporte Ilustrado", datada de 9 de junho de 1954, estampando em sua primeira página o zagueiro Dario, fotografado por Alberto Ferreira. Criada em 12 de abril de 1938, a publicação era propriedade da Companhia Editora Americana, dirigida por Gratuliano Brito, tendo por endereço para correspondência a Rua Visconde de Maraguape, Nº 15, no Rio de Janeiro. Por aquela época, a redação tinha só um telefone (22-4447). Havia, porém, outros quatro, nas sessões de publicidade (ainda não se falava em marketing), gerência, administração e portaria. Cada número avulso custava Cr$ 3,00 (cruzeiros, no então Distrito Federal e um cruzeiro a mais nos outros estados), acrescentando-se mais 50 centavos para as edições pedidas após as saídas das bancas, os chamados "números atrasados". Segundo o seu expediente, o "Esporte Ilustrado" contava com agentes em todas as capitais e principais cidades brasileiras, além de representantes em Portugal, na África Oriental Portuguesa (Lourenço Marques), no Uruguai e na Argentina. Quanto a Dario, que ao Vasco foi buscar na Bahia, ele jogou por uma formação base, armada pelo técnico Flávio Costa, em 1954, que era: Barbosa, Paulinho e Bellini; Mirim, Laerte e Dario; Sabará, Maneca, Vavá, Pinga e Alvinho. Uma variante desta escalação era: Barbosa, Mirim e Elias; Ely, Laerte e Dario; Sabará, Ademir, Vavá, Pinga e Parodi.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

LEÃO MARINHO DA COLINA

Primeiro, foi o “Almirante”, criado pelo cartunista argentino Lorenzo Molas. Na década-1940, ele ganhou a companhia de um português usando tamancos e um bigodão. Ao final dos os ano-1960, foi a vez de Henfil (Henrique Filho) trazer para a turma o “Bacalhau”, um outro portuga de bigodão e tamanco, em alusão aos gritos da torcida do Flamengo para a vascaína. Em 2009, o Vasco abriu concurso para criar um mascote infantil. Em 16 de maio de 2010, antes de um jogo contra o Palmeiras, em São Januário, apresentou um almirantinho, criado por Rovinan Campanharo.
Mas ao clube já teve um outro mascote: um leão marinho, criado pelo mineiro Mangabeira, o mesmo “pai” do Galo atleticano e da Raposaa cruzeirense. Só que o mascote leonino não pegou.
A partir de 1946, Mangabeira criou mais de 90 simbolos zoolóogicos para times (incluindo a seleção canarinha de 1950). Mas já fazia charges desde 1931 Foi pelo no Estado de Minas que a bicharada entrou em campo: Galo (Atlético), Raposa (Cruzeiro), Pato (América, depois Coelho, para não ser confundido com o botafoguense Ppato Donald, de Molas)_), Tigre (Sete de Setembro), Tucano (Metalusina), Leão (Vila Nova); Zebu (Uberaba), Tatu (Meridional), Jacaré (Democrata), Periquito (Bela Vista) e Urubu (Renascença), entre outros.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

O primeiro atleta a comemorar os seus gols com um pulo e o soco no ar foi um vascaíno: o ponta-esquerda paraguaio Silvio Parodi. Ele vestiu a jaqueta da "Turma da Colina" na década de 1950. Mas o gesto só ficou famoso depois que Pelé o executou, na década de 1960, a partir de quando passou a ser imitado.
UM AUTÊNTICO SOCO NO AR PARAGUAIO. Largou na frente, mas não chegou na fama.

Os 13 primeiros jogos Vasco x Vitória da Bahia foram na "Boa Terra". No gatilho desse duelo, o maior “matador” ainda é Roberto Dinamite, com 10 bolas nas redes, em quatro jogos, sendo três gols em um só jogo. Em 1973, com patrocínio do governo baiano, os dois times se pegaram, na Fonte Nova, com portões abertos, em comemoração à data da independência baiana, E a "Turma da Colina" mandou 3 x 0.
A RAPAZIADA DEA SÃO JANUÁRIO apimentou três acarajés no tabuleiro dos baianos.

 Vasco e Vitória ficaram 18 anos sem se enfrentarem, de 1941 a 1959. O duelo já rolou em cinco cidades: Rio de Janeiro, Salvador, Ipiaú-BA, Feira de Santana-BA e Camaçari-BA. A maior goleada vascaína foi 5 x 0, na Fonte Nova, pelo Brasileiro de 1980. O maior público atingiu 46.708 pagantes, também,  na Fonte Nova, no 0 x 0, dia 18 de Julho de 1974, pela segunda etapa do Brasileiro. O menor foi 657 pagantes, em São Januário, em Vasco 1 x 0 Vitória, de 16 de agosto de 2003, pelo segundo turno do Brasileirão-2003. A pugna com mais gols foi Vitória 5 x 4 Vasco, pelas quartas de 
 
O hino composto por Lamartina Babo, para o Vasco, não é o oficial, mas foi o que pegou, o que a galera canta. Só que o 'Lalá 'pisou na bola, quer dizer, na letra, ao escrever: “Tua estrela na terra a brilhar, ilumina o mar”.
SE DEPENDESSEM DO 'LALÁ', os astrônomos estariam desempregados, pois o compositor mudou o endereço das estrelas, do céu, para a terra. Ficou feia a coisa!

domingo, 23 de junho de 2013

ROLOS DA COLINA - TV LOGOMARCA

No “post” acima, você leu sobre o “rolo compressor” cruzmaltino. Neste aqui, lerá sobre o rolo aprontado pelo então presidente Eurico Miranda, para a final da Copa João Havelange de 2000, encerrada em 18 de janeiro de 2001, no Maracanã, com Vasco 3 x 1 São Caetano-SP.
Seguinte: Eurico culpara a Rede Globo de TV pela interrupção da primeira partida, do 30 de dezembro de 2000, devido a queda de uma grade das arquibancadas do estádio doa Vasco, ferindo 150 torcedores. Na bronca, para o duelo remarcado, mandou colocar o logotipo do SBT nas camisas do seu clube, para provocar os globais, que haviam pago R$ 80 milhões pelos direitos de transmissão da competição.
Por aquela época, o Vasco estava sem patrocinador, pois o seu contato com uma multinacional fabricante de sabão acabara n último dia do ano.  Pelo quinto parágrafo do artigo 27-A da Lei Pelé, o Vasco não poderia comparecer a um jogo patrocinado por empresas de rádio e TV. Segundo Eurico Miranda, fora só uma homenagem ao canal televisivo do apresentador/empresário Sílvio Santos. De sua parte, a emissora dele disse não saber de nada. A Globo negou-se a falar do caso.
Enquanto isso, especialistas em legislação esportiva diziam que o “Azulão do ABC Paulista” teria 48 horas para recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que poderia marcar nova jogo ou dar-lhe o título. No entanto, não rolou nada disso e o Vasco levou mesmo o caneco para a Colina.
Quanto ao jogo, a Globo se virava para não mostrar a logomarca do SBT, enfrentando muita  sacanagem dos jogadores vascaínos. Romário e Euller, por exemplo, após um dos gols, ficaram de costas para as câmeras globais, que anão podiam mostrar a torcida nas arquibancadas, porque lá haviam muitas faixas contra a TV de Roberto Marinho. E gritos de “Ah, é Silvio Santos”, “Ão, ão, ão, é o jogo do milhão”, e “Ritmooooo, é ritmo de festaaaa”, música tema do "Topa Tudo Por Dinheiro", um dos quadros da programação do canal paulista. Malandramente, Eurico declarava: “Não preciso pedir permissão pra cantar parabéns pra ninguém. Na minha camisa, homenageio quem quero”.
 À noite, quando colocou no ar o carro-chefe do seu noticiário, o “Jornal Nacional”,  a logo da SBT foi mostrada pro seis vezes na telinha global. Isso, depois de "ibope" de 31 pontos, e picos de 39, quando a bola rolou. Enfim, a aprontação de Eurico Miranda fora vista por 60 milhões de brasileiros, ou por quase a metade da população nacional. (foto reproduzida de www.netvascoa.com.br). Agradecimento.

sábado, 22 de junho de 2013

CORREIO DA COLINA - BANGUZADA

 “Li em uma revista muito antiga que o Vasco havia goleado os banguenses, por 6 x 1, em 15  de agosto de 1926.  No “Almanaque do Bangu” (de Carlos Molinari) consta derrota vascaína, por 2 x 1. Quem errou?” Amantino Pedrosa, de Guará-II, no Distrito Federal.
Ninguém errou, Pedrosão! De acordo com o site www.sodavascodagama.com.br os 6 x 1 foram do Campeonato Carioca de Segundos Quadros, espécie de reservas da época. A partida que você encontrou no almanaque do Molinari era do Estadual principal. Como você tem o livrinho, vai a ficha só da goleada. Também o link, abaixo, pois tem outros jogos dos “reservões” vascaíanos.

15.08.1926 –Vasco 6 x 1 Bangu. Campeonato Carioca de  2º Quadros. Local: Rua Ferrer. Juiz: Solon Ribeiro (do América). Gols: Gonçalves (2), Pires (2), Negrito e Rainha; Nelson (pen).VASCO: Arlindo, Leitão  e  Zé  Manoel; Badu,  Tinoco  e  Sinhô; Bahiano, Rainha,  Jorge,  Godoy  e Negrito. BANGU: Vieira, Cairrão e Costa; Zezinho,  Nicanor  e  Nelson, Néco,  Floriano,  Américo,  Sylvio
e  Dininho II. 
http://sovascodagama.blogspot.com.br/
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

ÁLBUM DA COLINA - PÁGINA 1957


Lance do jogo Vasco 3 X 1 Racing, pelo francês Torneio de Paris, o que equivaleria ao primeiro campeonato mundial interclubes, disputado em 1957, na chamada "Cidade Luz". Por lá, a rapaziada iluminou com um futebol de mestre. (foto reproduzida de Manchete Esportiva).
Toss game Vasco 3 X 1 Racing, the French Tournament of Paris, which would amount to the first world championship interclub match in 1957, in the "City of Light". There, the boys lit with a master of football. (photo reproduced Headline Sports).

 
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

Colocações do Vasco nos cinco primeiros Campeonatos Brasileiros: 1971, 12º lugar, em 25 jogos, com 7 vitórias, 9 empates, 9 derrotas, 15 gols pró e 22 contra; 1972 - 7º lugar, em  28 partidas, com 11 vitórias, 12 empates, cinco derrotas, 28 gols pró e 18 conta; 1973 - 14º lugar, em 37 compromissos com 13 vitórias, 14 empates, 10 derrotas, 37 gols pró e 28 contra; 1974 – campeão, em 28 prélios, com 12 vitórias, 12 empates, quatro derrotas, 33 gols pró e 18 contra; 1975 - 20º lugar, em 21 confrontos, com 7 vitórias, 7 empates, 7 derrotas, 25 gols pró e 23 contra.
EM 1975,  FICOU, LITERALMENTE,  em cima do muro: 7 vitórias, 7 empates e 7 derrotas. 
 
 Paulo César Lima, o Caju, também esteve vascaíno. Foi o atleta de maior personalidade no futebol brasileiro da década de 1970 e  campeão mundial em 1970, quando ainda não havia desembarcado em São Januário. Como canarinho, fez 76 jogos, com 51 vitórias, 19 empates e seis derrotas, marcando 17 gols. Desses jogos, 59 foram contra seleções nacionais — 40 vitórias, 15 empates, quatro derrotas e 10 gols marcados. Diante de clubes/combinados jogou por 17 vezes, vencendo 11, empatando quatro perdendo duas e sacudindo sete bolas nas redes. Além do tri, no México, em 1970, faturou a Copa Roca-1971 e da Taça Independência-1972.
ESTE FOI UM ‘CAJU’ que deu cachos. E, ainda, carregava “Lima”... no sobrenome. 

 Alfredo II, carioca, nascido no primeiro dia de  1920 e batizado por Alfredo dos Santos, esteve vascaíno entre 1937 e 1948, e de 1949 a 1956. Integrou a Seleção Brasileira vice-campeã da Copa do Mundo-1950, mas fez só um jogo, os 2 x 2, com a então Iugoslávia, quando marcou um gol, seu único pelo time da então Confederação Brasileira de Desportos. Além de seu único jogo no Mundial de 50, Alfredo II fez mais outras cinco partidas pela Seleção, com quatro vitórias e uma derrota. Contra seleções nacionais, foram quatro, vencendo dois, empatando um e perdendo um outro. Diante de clubes/combinados, mais duas partidas, vencendo ambas. Não conquistou nenhuma taça.
LOGO, ALFREDO II é um “sem título”. Pela Seleção, é claro!

 José Lázaro Robles era o verdadeiro nome do atacante Pinga, nascido em  11 de fevereiro de 1924, em São Paulo. Viveu até 7 de maio de 1996 e foi vascaíno entre 1953 a 1962. Antes, passara por Juventus-SP (1943/1944) e, depois, em 1962/1964), e Portuguesa de Desportos-SP (1945/1952). Pela Seleção Brasileira, disputou dois jogos da Copa do Mundo-1954, com uma vitória e um empate, marcando dois gols. No total, foram 19 jogos, 13 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e 10 gols marcados. Desse jogos, 17 foram contra seleções nacionais – 11 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e os 10 tentos. Diante de clubes/combinados, dois triunfos, em dois compromissos. Colecionou os títulos do Campeonato Pan-Americano-1952 e da Taça Oswaldo Cruz-1950/1955. (Foto do arquivo de Zé Dias)
O VASCO CONTRATOU  UM ATACANTE QUE deixava tonta a turma que lhe marcava.

 O “Expresso das Vitória” era tão atraente que, durante a I Copa Rio, precussora do Mundial Interclubes da FIFA, em 1951, chegou a levar 273 mil, 684 pessoas aos seus jogos, no Maracanã, pela competição internacional. Confira: Vasco 5 x 1 Sporting-POR, 91.438 (79.712 pagantes), com renda de Cr$ 2 milhões 574 mil 850,00 cruzeiros; Vasco 2 x 1 Nacional-URU, 61.766 (49.230 pagantes ) e arrecadação de Cr$ 1.532.120,00; Vasco 1 x 2 Palmeiras, 42.992 (30.265 pagantes) e Cr$ 901.520,00 nas bilheterias; Vasco 0 x 0 Palmeiras, 77.488 (63.668 pagantes) e grana de Cr$ 1.914.325,00.
QUANDO O EXPRESO ENTRAVA NOS TRILHOS, OS VASCAÍNOS iam parar na boca do cofre.

 O Vasco, que estreara no Campeonato Carioca da Segunda Divisão, em 3 de maio de 1916, conquistou a sua primeira vitória, em. 29 de outubro de 1916 (2 x 1, sobre o River, clube do bairro da Piedade, fundado em 1914). O jogo foi na Rua Figueira de Melo, com arbitragem de Horácio Salema Ribeiro, e gols vascaínos marcados de Alberto, aos 10, e Cândido, aos 34 minutos. O time teve: Ary Correia, Jaime Guedes e Augusto Azevedo; Victorino Rezende, João Lamego e Manuel Baptista; Bernardino Rodrigues, Adão Antônio Brandão, Joaquim de Oliveira, Alberto Costa Júnior e Cândido Almeida.
DA PRMEIRA VITÓRA ninguém esquece. Dizia o poete. Só ele!

O inglês Arsenal, campeão do seu país, era considerado um dos melhores times do mundo – talvez, o melhor –, em 1949, e estava invicto. Foi quando veio ao Brasil e passou por São Januário. Ali, o Vasco o venceu, por 1 x 0, jogando com Barbosa, Augusto e Sampaio. Ely, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan (Heleno de Freitas) e Tuta (Mário). O gol saiu aos 33 minutos, após um centro de Mário, da esquerda. A bola cruzou toda área inglesa, sem que o goleiro conseguiu interceptá-la. Pegando a sobra, Nestor bateu, de primeira, sem chances de defesa. Estava quebrada a invencibilidade dos ingleses, que haviam jogado, ainda com Fluminense, Corinthians e Palmeiras. O Arsenal era: Swindin, Barnes e Smith. Macanly. Daniels e Forbes. Mac Pherson. Logie. Rockie. Hshman e Wallance. O juiz foi o inglês Mr. Barrick, auxiliado pelos brasileiros Mário Viana e Alberto da Gama Malcher.
UMA VITÓRIA PRA INGLÊS. O Vasco era o único time brasileiro capaz de vencer o Arsenal. E cumpriu com a sua obrigação.

 Dois de dezembro de 1923 - Os vascaínos ainda eram amadores, da segunda divisão carioca, quando disputaram sua primeira partida internacional. Empataram, no Estádio Álvaro Chaves, no Rio de Janeiro, por 1 x 1, com o time B do uruguaio Universal Laranjeiras, no Rio de Janeiro, na preliminar de encontro entre o time A dos visitantes contra o Flamengo. Apitado por Braz de Oliveira, o jogo teve o primeiro gol internacional cruzmaltino marcado de Bruno. O time foi: Amaral, Mingote e Hespanhol; Arthur, Floriano e Miranda; Adão, Russo, Pires, Badú e Godoy – Russo fez o dos uruguaios, que precisaram pegar, emprestados, quatro jogadores do Bonsucesso: Mathias, Eurico, Affonso Lúcio, para escalar esta formação: Vidal, Miñol e Caldas; Mathias, Eurico e Galbo; Affonso, Bruno, Scarone, Maldonado e Lúcio. O amistoso marcou, também, a despedida de Adão Antônio Brandão, autor do primeiro gol da história vascaína, nos 10 x 1 contra o Paladino, primeiro jogo do Vasco.
ADÃO DEIXOU MUITAS EVAS CHORANDO. Tinha muitas fãs e amava fazer goleiros lhe odiar.

 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

GEOVANI DÁ TÍTULO À SELEÇÃO

O dia 19 de junho de 1983 está na história cruzmaltina. Nele, o apoiador Geovani marcou o gol da vitória da Seleção Brasileira, por 1 x 0, sobre a Argentina, valendo o título do Campeonato Mundial Sub-20.  Com ele, tornou-se o principal artilheiro do certame, com seis bolas no barbante.
O torneio chegava à sua quarta edição e foi realizado no México, entre 2 e 19 de junho, servindo de avaliação para as condições de o país sediar, pela segunda vez, uma Copa doMundo, marcada para 1986.
O time canarinho de Geovani, que já começou a refrega chegando ao filó – aos 32 minutgos do segundo tempo –,  ficou no grupo D e estreou empatando, por 1 x 1, com a Holanda. No sedgundo jogo, mandou 3 x 0 pra cima da Nigéria. Geovan deixou o dele na rede, aos 43 da etapa inicial – Gilmar Popoca e Santos fizeram os demais. O jogo 3 terminou nos 2 x 1, sobre então União Soviética, com Geovani marcando, aos 35 so segundo tempo – o utro foi gol contra, de Agapov.
Em primeiro do grupo, o Brasil de Geovani foi parfa as quartas de final vencer a então Tchecoeslováquia, por 4 x 1 – Bebeto e Dunga marcaram priemiro doque Geovani, que fez dois, aos 40 do primeiro e aos 15 do segundo tempo.
Nas semifinais, Geovani não marcou, nos 2 x 1, de virada, cotar aCoreia do Sul – Gilmar Popoca e Ssantos foram às redes. Depois, foi a decisãso, no Estádio Azteca, da Cidade do México, onde otime de Pelé, Tostão, Jairzinho, Clodoaldo, etc havia conquistado o tri, em 1970. O gol de Geovani saiu aos 38 minutos do primeiro tempo, cobrando pênalti. Valeu-lhe a "Chuteira de Ouro", da artilharia - ganhou, também, a "Bola de Ouro', como o melhor do torneio.
O jogo que consagrou o vascaíno Geovani foi apitado pelo frfancês Gérard Biguet,auxiliado pelo mexicano Fermín Ramírez Zermeño e o australiano Christopher Bambridge, diante de 110 mil pagantes. Os canarinhos, treinados por Jair Periera, foram:Hugo; Heitor, Boni, Guto e Jorginho Amorim; Dunga, Geovani e Gilmar Popoca (Demétrio); Mauricinho (Bebeto), Marinho Rã e Paulinho. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

ANIVERSARIANTE HOJE: SABARÁ

Ele foi um dos mais vascaínos dos jogadores vascaínos. Autor de 135 gols durante os 12 anos em que passou em São Januário, Sabará é o sexto “matador” da Colina, com gatilho menos afiado só do que os de Roberto Dinamite, Romário, Ademir Menezes, Pinga e Valdir 'Bigode'. Está empatado com o 'Animal' Edmundo. No critério “mais jaqueta”, é o terceirão, vestindo a da “Turma da Colina” menos só do que o Dinamite e o goleiro Carlos Germano.
Com Sabará, tudo foi Souza, de saída. Registrado como Onophre de Souza, nasceu no distrito de Souza, do município de Campinas-SP, filho de José de Souza e de Benedita Balbina de Souza. Aos 12 anos, completou os estudos primários no Grupo Escolar de Souza, onde a “Tia Flávia” foi a sua primeira professora. Com a “Tia” Guiomar”, tornou-se craque em Geografia, chegando a ser um verdadeiro “professor “ da matéria para os colegas.

A cegonha entregou Sabará á Rua Treze, em 18 de junho de 1931. Quando ele cursava o terceiro na primário, a “Tia” Jandira, professora de Educação Física, viu que tinha com ela um cobrão em corridas de fundo e em revezamento de bastão. Terminado o primário, seus pais mudaram-se para Campinas e ele foi estudar na Escola Profissional Bento Quirino. Na época, para entrar no curso ginasial exigia-se um exame de admissão, e Sabará tirou tudo de letra. Estudou e trabalhou na escola, praticando carpintaria, entalhação, fundição e mecânica, na qual especializou-se, fazendo peças para automóveis.
PISADA NA BOLA -  No segundo ano, Sabará deixou a escola, pois o seu pai, um pedreiro da firma Laloni Bastos, não teve como pagar por tantos materiais escolares Aos 14 anos, foi trabalhar na Fábrica Abbout, de brinquedos para criança. Ficava na prensa, fazendo braços para bonecos. Dos 400 mil réis eu ganhava, só ficava com bobagem para o cinema e guloseimas. O restante era entregue a Seu Zé de Souza. Sabará fora virador desde os tempos do Grupo Escolar de Souza. Por ali, chamava o irmão Lourenço e saia carregando tabuletas do cinema local, anunciando o filme do dia. Como ganhavas entrada grátis, diariamente, assistia aos filmes, com predileção pelos bang-bang com John Wayne. Depois da fábricas de brinquedos, Sabará trabalhou como entregador, em uma carrocinha, de um armazém. Em seguida, pulou para um açougue. Ficava de olho nos jornais e, como era muito esperto, não lhe faltavam convites para trabalhos. Preferiu ser servente de pedreiro, para tirar 150 mil reis por semana. Mas estava escrito que o seu destino seria a camisa 7 de São Januário.
CHEGADA- Antigamente, o ponta-direita era marcado pelo lateral-esquerdo. Considerado, ainda, o melhor defensor a posição, desde que o futebol se joga com bola (desconsideras o período em que os guerreiros chutavam as cabeças dos inimigos abatidos), Nílton Santos disse ao “Kike” que o único ponteiro que lhe dava trabalho era Sabará. E olhe que oi “Enciclopédia” pegou pela frente feras como Joel Martins (Fla), Julinho Botelho (Palm), Cláudio (Cor), Dorval (San), Canário (América) e Maurinho (Flu), só para citar poucos. Revelado, ela Ponte Preta-SP, em 1948, Sabará desembarcou na Colina, em 1952, temporada em que já foi campeão carioca e começou a tornar-se um dos atletas mais queridos pela torcida cruzmaltina. Carregou a taça do Estadual, também, em 1956, e estava na galera “campeã mundial”, isto é, da maior disputa entre clubes de sua época, o Torneio de Paris-1957, vencendo o “melhor do mundo”, o espanhol Real Madrid, por 4 x 3, na final. Sabará usou, ainda , as faixas do SuperSuper Cariocão- 1958, em uma eletrizante decisão contra Flamengo e Botafogo, e do Torneio Rio-São Paulo do mesmo 58, quanto havia o “Rei Pelé” assombrando em campo. Isso além de outros tantos torneios de menor importância.
BARROU MANÉ - Ponta-direita que batia forte para o gol e sabia defender, Sabará viveu até o dia 6 de agosto de 1991, quando vivia na Ilha do Governador. Chegou à Seleção Brasileira, e teve jogo em que o treinador preferiu escalá-lo, deixando Mané Garrincha no banco. Disputou 10 partidas com a camisa canarinha, vencendo sete, empatando uma e saindo só de duas com o placar desfavorável. Nesses compromissos, marcou seu gol, aos 65 minutos de Brasil 3 x 0 Paraguai, em 13 de novembro de 1955, no Maracanã, pela Taça Oswaldo Cruz. O treinador era Flávio Costa e o time teve: Veludo, Paulinho de Almeida (Vsc) (Djalma Santos) e Pavão; Zózimo e Nilton Santos; Dequinha e Didi; Sabará, Vavá (Vsc) (Zizinho) e Pinga (Vsc) (Válter Marciano (Vsc) e Escurinho.

 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

TRAGÉDIAS DA COLINA - ROBERTÃO-1970

Após a conquista do título do futebol carioca-1970, o Vasco da Gama passou a ser coberto por terríveis nuvens negras. Rolou uma impressionante sessão tumulto. Confira:
1 - time disciplinado durante o Estadual, de repente, teve quatro atletas expulsos de campo, durante as primeiras rodadas do Torneio Roberto Gomes Pedrosas, o Robertão, embrião do atual Brasileirão; 2 - departamento médico cheio de chinelinhos; 3 - prêmio pela conquista do título não pago; 4 - supervisor José Bonetti irritou-se por não ter reivindicações atendidas e abandonou cargo; 5 - treinador Tim (Elba de Pádua Lima) ameaçou, também, ir embora, gastar o seu tempo pescando; 6 - presidente Agatirno Gomes culpou a imprensa pelos males do clube e de disseminar campanha difamatória contra ele e o diretor João Silva; 7 - proibida a entrada, em São Januário, de repórteres e do procurador do jogador Silva, ameaçado de ser mandado embora.
 Junte-se tudo isso as pressões de Silva  - um dos líderes do grupo, juntamente com Bougleux – junto a Tim, para o seu amigo Valfrido não ser barrado. O queria do seu lado, no ataque, com Dé indo para a ponta-direita. Tim não o atendeu, mas durante Vasco 0 x 1 Atlético-MG, no Mineirão, Silva gritava, Valfrido caía para o meio e Dé para a direita. Durante o intervalo, Dé foi sacado do time e voltou ao Rio de Janeiro dizendo-se sabotado.
 Três dias após o final do Estadual (e de muitas festas), o Vasco estreou no Robertão, encarando a  Ponte Preta. Tim reclamou, pediu o adiamento da partida, alegando que os seus jogadores estavam esgotados, fisicamente, mas não adiantou. Devido a isso e ao grande número se contundidos, ele previu não haver chances de vitória nos primeiros cinco jogos. Quase acertou. O Vasco perdeu seis, incluindo-se os 0 x 2 Fluminense, da última rodada do Estadual-RJ. Sobrou até para o macumbeiro (oficialmente, massagista) Santana, que quase perdeu o emprego. Escapou por conta de uma zebra fenomenal: 5 x 1 Santos. 
  A goleada salvadora –  antes, 0 x 1 Ponte Preta; 0 x 1 Botafogo; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 América-RJ e 0 x 1 Atlético-MG, entre 23.09 e 11.109.1970 – sobre o forte time do Santos – Cejas; Carlols Alberto Torres, Ramos Delgado (Marçal), Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Lima ( Douglas); David, Nenê, Pelé e Edu Américo – nem foi tão vista como de ordem técnico-tático, mas de forma psicofinanceira, pois a diretoria cruzmaltina prometera, na véspera – a Élcio: Fidélis, Joel Santana, Renê e Eberval; Benetti e Ademir; Luís Carlos Lemos (Willie) , Dé (Kosilek) , Silva e Gílson Nunes - pagar a premiação pelo título esperado há 12 temporadas.
 O dopíng financeiro fez bem ao Vasco. No jogo seguinte, mandou 3 x 0
Santa Cruz-PE (28.10), na casa do adversário, em Recife, com a mesma rapaziada que batera no “Rei Pelé”. Exceto um dos zagueiros que o marcara, o reserva Joel Santa, substituído por Altivo, que ganhou a posição e passou a formar a dupla de zaga com Renê - Valfrido substituiu Dé, no decorrer da pugna.
 Mas ficou por ali a reação vascaína. Seguiram-se 0 x 0 Bahia (28.10); 1 x 3 Fluminense (01.11); 1 x 1 São Paulo (07.11); 1 x 1 Internacional (11.11); 1 x 3 Corinthians (14.11); 1 x 4 Atlético-PR (22.11) . 0 x 1 Grêmio-RS (29.11); 0 x 3 Cruzeiro (03.12); 0 x 1 Palmeiras (06.12). Isso valeu o nono e último lugar do Grupo da fase classificatória para as finais, com o Vasco totalizando só duas vitórias, trêsa empates e 11 derrotas. Marcou 14 e levou 26 gols.  

domingo, 16 de junho de 2013

VASCO DAS CAPAS - ORLANDO

Orlando Peçanha de Carvalho, o zagueiro nascido em 20 de setembro de 1935, no bairro carioca de Lins de Vasconcelos, foi capa do  Nº 914, de 13 de outubro de 1955, da revista "Esporte Ilustrado", fotografado por Newton Viana. Tinha 20 anos e chegado ao Vasco, em 1953, após sagrar-se campeão niteroiense, em 1952, pelo Fonseca, clube que defendia desde os 16. Também, em 1952, defendeu a Seleção Fluminense que disputou o Campeonato Brasileiro. Em São Januário, Orlando passou dois anos entre os juvenis, tendo sido campeão metropolitano, em 1954. Promovido a aspirante (a então última categoria antes da profissional), foi incluído no grupo que excursionou, em 1955, à Espanha e Portugal. Na mesma temporada, foi lançado no time A, durante o Campeonato Carioca, pelo técnico Flávio Costa, para solucionar o problema deixado por Danilo Alvim no centro da antiga linha média. A matéria com Orlando começava na página 6 e terminava na 20. Trazia duas fotos na parte baixa da página, onde ele aparecia, em uma, ao lado de Coronel, e, na outra, junto ao mesmo Coronel e a Joaquim Henrique. No alto, abrindo a matéria, havia a foto principal, na qual formava no time (de 1955) que tinha Vitor Gonzalez, Paulinho de Almeida, Haroldo, Mirim, ele, Dario (em pé), Sabará Válter Marciano, Vavá, Pinga e Parodi. . De acordo com o texto de Leunam Leite, Orlando tinha "grandes possibilidades de vir a ser um dos mais completos jogadores em sua posição, em todo o país". Errou: foi o maior.
 

sábado, 15 de junho de 2013

ANIVERSARIANTE HOJE: GRADIM

Quando era jogador, ele teve um grande motivo para ficar na história vascaína: marcou o primeiro gol do futebol profissional do Rio de Janeiro. Meio-século depois, arrumou mais dois: como treinador, foi campeão carioca e do Torneio Rio-São Paulo, em 1958. O cara? Francisco de Souza Ferreira, o Gradim, primeiro ex-atleta a treinar a "Turma da Colina".
 Naquele glorioso 1958, quando o Brasil vivia os seus anos dourados, impulsionados pelos bons ventos do governo doa presidente JK, Gradim tornou o Vasco ganhador do SuperSuperCampeonato Carioca, assim chamado por ter sido decidido em dois torneios extras, contra Flamengo e Botafogo. Quanto ao gol histórico, aconteceu aos 18 minutos do primeiro tempo de Vasco 2 x 1 América, pelo Campeonato Carioca, em 2 de abril de 1934, em São Januário, perante 50 mil pagantes, segundo a imprensa da época. Naquele dia, Gradim esteve nesta formação: Jaguaré, Juca e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Bahiano, Faria, Gradim, Carnieri e Orlando.
Nascido em Vassouras-RJ, em 15 de junho de 1908, Gradim chegou ao Vasco em 1933. Antes, defendia o Bonsucesso, o qual representou, juntamente como seu companheiro de time Leônidas da Silva, na conquista da Copa Rio Branco, pela Seleção Brasileira, em gramados uruguaios, em 1932. Gradim foi, também, o atleta muito importante da conquista do título vascaíno de campeão carioca em 1934, contribuindo com nove gols em 12 partidas. Viveu até 12 de junho de 1987, a três dias de chegar aos 79 anos.
Um outro aniversariante hoje é o atacante Dirceu Guimarães, que foi vascaíno na década-1970. (Foto de Gadim reproduzida da Revista do Esporte)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

 Na data 16 de junho, o Vasco venceu o Botafogo, por 2 x 1, em 1929 e em 1938. E mandou 3 x 0, em 1940. Em 29, o jogo foi em um domingo, pelo Campeonato Carioca, nas Laranjeiras, com dois gols de um cara que tinha o estranho apelido de Pepico. Em 38, rolou em São Januário, pelo Torneio Municipal, enquanto, em 40, voltou a ser nas Laranjeiras, em um domingo, pelo Carioca.
SEGURAMENTE! Como um foi pouco, dois deu pro gasto. Três foi demais!

 José de Anchieta Fontana foi um vigoroso “xerifão” da zaga vascaína, nascido em 31 de dezembro de 1940, na capixaba Santa Teresa. Viveu até 10 de setembro de 1980, tendo sido vascaíno entre 1962 e 1968. Formou com Brito a mais temida dupla de zagueiros do futebol carioca, pelo futebol viril que mostravam. Mesmo assim, o dueto foi parar na Seleção Brasileira.
Pra entrar na área vascaína, antes, o adversário precisava fazer seu testamento.

 Revelado pelo Vasco, Orlando Peçanha de Carvalho passou duas vezes por São Januário: de 1953 a 1961, e em 1970. Nascido em 20 de setembro de 1935, em Niterói-RJ, ele formou, com outro vascaíno, Bellini, a dupla de zaga da Seleção Brasileira campeã mundial, em 1958, na Suécia. Quando deixou a Colina, jogou tanta bola pelo argentino Boca Juniors, que foi chamado de “Senhor Futebol”. Voltou, em 1965, mas para o Santos, de Pelé. No entanto, foi como cruzmaltino que conquistou seus grandes títulos: campeão da Copa do Mundo de 1958, da Taça Bernardo O'Higgins de 1959 e da Taça Atlântico de 1960.
TÁ NO CAIXA: nem o “Rei” fez o cara faturar tanto quanto a "Turma da Colina".

 O meia Rubens, nascido em Barra Funda (SP), em 24 de novembro de 1928, era um craque. Tanto que fez parte da Seleção Brasileira da Copa do Mudo de 1952, na Suíça, embora não fosse titular. Sua categoria valeu-lhe o apelido de “Doutor Rubis” e o levou à fama, defendendo o Flamengo. Rubens Josué da Costa, seu nome completo, saiu da Gávea, direto para São Januário, em 1958, para integrar o grupo campeão carioca e do Torneio Rio-São Paulo daquele ano. Alguns pesquisadores lhe atribuem o invento da “folha seca”, o chute que consagrou o botafoguense Didi.
COM CERTEZA: a folha seca voou muito, fez uma curva e foi cair no pé bom de chute do mestre Valdir Pereira a Silva.
 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

ANIVERSÁRIO DE MARCO 'BOIADEIRO'

Eram decorridos cinco minutos do segundo tempo, como falavam os locutores de antigamente, quando o meia Marco Antônio Boiadeiro “divisou” Luís Carlos Winck aberto pelo “flanco direito”. Fez o passe, na medida, para o lateral cruzar a bola, Sorato usar a cuca e promover uma festa na Colina. Pois e! A visão de jogo do paulista Marco Antônio Ribeiro virou “caneco”. Com 1 x 0 sobre o São Paulo, na casa deste, o Vasco conquistou o seu segundo título de campeão brasileiro, no sabadão 16 de dezembro de 1989, testemunhado por 71.552 almas.
Assim que o juiz Wílson Carlos dos Santos apitou o final da pugna, Boiadeiro se juntou aos demais membros da patota –  Acácio, Quiñonez, Marco Aurélio, Mazinho, Zé do Carmo, Bismark e William, além do treinador Nelsinho Rosa, é claro –, para colocar a faixa no peito, o que não poderia imaginar quando a cegonha entregou mais um munícipe na cidade de Américo de Campos, ema 13 de junho de 1965.
Embora tivesse o apelido de Boiadeiro, a torcida do Vasco não o via aplicando o drible “rabo de vaca”. A sua mesmo era fazer o meio-de-campo. Melhor negócio!. Tanto que faturou, além do Brasileirão-1989, as Taças Guanabara-1990 (primeiro turno do Estadual-RJ), e Adolph Bloch, na mesmas temporada.
Cria do “Botinha”, isto é, do Botafogo de Ribeirão Preto-SP, pelo qual jogou de 1985/1986, ao meia Boiadeiro foi descoberto pelo Vasco defendendo o Guarani de Campinas, em 1988. No ano seguinte, estava mandando ver em São Januário. Ficou até 1990. Na temporada seguinte, de olho na bola que o via jogando, o Cruzeiro apareceu com uma boa grana na Rua General Almério de Moura e o levou para a Toca da Raposa.
E Minas Gerais, Boiadeiro seguiu tirando muito leite da bola. De quebra, foi laçar canarinho. Em 1993, estava convocado para a Seleção Brasileira, para fazer três jogos, pela Copa América. Com perdeu a sua cobrança de pênalti (critério decisão empatada contra os argentinos), pagou caro por errar na ferrada: o escrete nacional fechou-lhe a porteira. Depois, rodou por sete times e aposentou-se, em 2000. Neste 2013, aos 47, surpreendentemente, desaposentou-se, e voltou a rolar a “maricota”, pelo interior paulista.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

ANVERSARIANTES - LOPES E COUTINHO

Na década de 1980, ele treinou o time vascaíno durante cinco temporadas – 1981/82/83/1985/86; na de 1990, em quatro oportunidades – 1991/1997/98/99. Por fim, passou por São Januário para fazer mais quatro trabalhos – 2000/2002/2003/2008. E o carioca Antônio Lopes é o treinador que mais dirigiu a “Turma da Colina”.
Nascido em 12 de junho de 1941, se tem algo de que Antônio Lopes pode se orgulhar é de ter sido o treinador da maior conquista cruzmaltina, a Taça Libertadores, em 1998. Aliás, aqele deveria ter sido um ano pra jamais acabar para ele, pois conquistou, também, as Taças Guanabara e Rio de Janeiro, equivalente aos dois turnos do Campeonato Estadual, que foi para o papo.
Da primeira vez que passou pela Colina, Lopes deu muito trabalho aos zeladores da sala de trofeus. Levou para lá as taças do: Torneio Internacional de Funchal-POR (1981); Estadual-RJ (1982);  Copa de Verão-URU (1982); Torneio João Castelo-MA (1982); Taça Guanabara-1986; Torneio Juiz de Fora-MG (1986); Torneio Intrnacional do Gabão (1991); Campeonato Brasileiro (1997); Torneio de Bergano-ITA (1997); Torneio Rio-São Paulo (1999); da Taça Rio (1999); Taça Guanabara (2003) e Estadual-RJ (2003) – ganhou, também, o terceiro turnoa do Estadual-1997.
Filho de Maria do Nascimento Lopes, com o motoristas de praça João Lopes dos Santos, o garoto Antônio nunca teve vida fácil, pois eram nove filhos na casa da Rua do Pinto, do portuário bairro Santo Cristo, onde ele viveu durante 12 anos e jogava futebol no asfalto. Bom de bola, em 1957, chegou a ser  vice--artilheiro do Campeonato Carioca Juvenil, jogando pelo pequeno Olaria. Passou pelos aspirantes e tornou-se profissional, careira que rolou até 1962. Pelos atalhos do gramado, o destino colocou em sua vida futebolística os dois maiores ídolos da torcida cruzmaltina: Ademir Marques Menezes, seu treinador, na Rua Bariri, e Roberto Dinamite, seu atleta, em São Januário.   

                                                         PHILLIPE COUTINHO

Este foi um embalo que deu samba: Vasco da Gama e Phillipe Coutinho. Carioca suburbano da zona norte da “Cidade Maravilhosa”, o garoto maravilhou os olhos clínicos da Dona Didi, avó de um amigo: “Danadinho este seu pirralhinho na bola”, dizia ela pra Seu Zé Carlos e a amiga Esmeraldina. Eles acreditaram e matricularam o garoto na escolinha de futebol de salão do Clube dos Sargentos do Rio de Janeiro. Pouco depois, lá estava o endiabrado do menino sendo o artilheiro e campeão estadual da modalidade, pelo time da Mangueira, na categoria fraldinhas. No ano seguinte, em 2000, recebia um convite para mostrar o seu veneno nas quadras da Colina.
Se a Dona Didi enxergava muito de bola, a patota vascaína enxergava muito mais. Rápido, tirou o garoto da quadra e o mandou para o gramado. Resultado: em 2003, ele foi o artilheiro e o melhor jogador de um torneio promovido pelo “Jornal dos Sports”. E outros títulos seguiram-se: dos Estaduais-Sub-12 de 2004; Sub-13 de 2005; Sub-14 de 2006 e da Copa do Brasil Sub-17 de 2008.
Em 2006, ao Vasco achou que Phillipe Coutinho poderia render muito mais, recuando-o para a “meiúca”. E entregou-lhe a camisa 10. Deu certo, valeu convocações para a Seleção Brasileira e mais títulos: dos Torneios Internacional da Espanha Sub-14 de 2006; Sub-15 de 2007 e Juvenil de 2008, e do  Nike Nike International Friendlies de 2008.
Na temporada seguinte, enquanto o Vasco vivia uma de suas grandes tragédias, disputando o Campeonato Brasileiro da Série B, Phillipe Coutinho rolava a bola pelo time juvenil. Quando o treinador do time A, Dorival Júnior, o viu treinando, não perdeu tempo: o requisitou para o grupo dos profissionais. Resultado: no dia 19 de julho de 2010, ele era apresentado, na italiana Milão, como reforço da Internazionale. Deixou na Colina uma história de 126 gols, dos quais 123 pelas categorias de base e três pelo time principal.
Na Inter, Phillipe Coutinho, com pouco mais de um mês de casa, já faturou a UEFA Super Cup. No início deste 2013, o inglês Liverpool estava precisando de um meia habilidoso, capaz de não deixar somente Steven Gerard municiando o ataque. Como o brasileirinho, de 21 anos, não conseguia jogar pelo time italiano o que jogava em São Januário,  os “Red” foram à praça milanesa, com 10 milhões de euros (mais de 30 milhões de reais) e levaram-no. Com a camisa 10 do time da terra dos Beatles, ele j á marcou seis gol, em 32 partidas.
“Rejogando” seu  futebol dos tempos de  vascaíno, Phillipe Coutinho foi eleito, em março e abril, pelo site oficial do clube, o melhor atleta do Liverpool, o time da rainha Elizabeth II. Corre o risco de se tornar “Sir Phillipe Coutinho”. O nome já ajuda.





 

terça-feira, 11 de junho de 2013

VASCO COMBINA COM O FLA - TRAGÉDIA

Nada mais chocante para um torcedor cruzmaltino do que saber que está ano caderninho: o então maior ídolo do clube (entre 1942 e 1971) de São Januário, Ademir Menezes, vestiu a camisa do maior rival, o Flamengo. Não só o “Queixadas”, mas, também, outras “Feras da Colina”, como Vavá, Pinga, Paulinho de Almeida, o paraguaio Sílvio Parodi e o goleiro Hélio. Uma tragédia!
Aconteceu na noite de 23 de dezembro, quando os cartolas vascaínos toparam formar um combinado com os rubro-negros, para um amistoso diante de uma equipe equivalente dos argentinos Racing-Independiente. Quando nada, a rapaziada mandou 3 x 1 nos “hermanos”, com Parodi marcando golaço da pugna. Ele, que vinha apresentando uma “atuação magnífica”, como definiu a revista “Manchete Esportiva”  Nº 6, de dezembro de 1955, recebeu passe de Pinga, e disparou, pela esquerda. Driblou Garcia Pereza e foi para o “crime”. Quando o goleiro Domingues saiu para tentar o abafa, Parodia antecipou-se na conclusão e “matou”. Eram jogados 11 minutos do segundo tempo e, por ali, se definia o placar: Vas-Fla 3 x 1 – Paulinho, aos 9, Michelli, aos 20, e Dida, aos 26, marcaram os outros tentos.
Parodi ganhou da marcação e mandou o goleiro ir buscar lá dentro
Passados 19 minutos, o juiz Harry Davis recusou uma “cama de gato paraguaia”, naquela noite. Parodi a aplicou em cima de Varakia e “foi para o chuveiro, mais cedo”, como diziam os locutores de antigamente.
O amistoso, no Maracanã, teve o Vasco cometendo uma pecado, ao se misturar nesta escalação:  Hélio, Paulinho de Almeida, Pavão, Jadir, Dequinha e Jordan; Joel Martins, Paulinho do Fla (Ademir Menezes), Dida (Vavá), Pinga e Parodi – os vascaínos Hélio, Paulinho de Almeida e Parodi ganharam, da “Manchete Esportiva”, a nota mais alta da noitada: 9. Saiba quem foram os argentinos na partida: Domingues, Anido, Garcia Perez, De Vicente (Varakia/Fernandez), Cap (Brito), Sivo, Michelli, Juarez (Blanco), Bonelli, Grillo e Cruz.
Depois daquilo, o Vasco voltou a se unir ao maior rival, para um novo amistoso, em 23 de janeiro de 1992. Os adversários foram os também grandes rivais paulistas, Corinthians/Palmeiras, que venceram, por 2 x 1, no Maracanã.

  

segunda-feira, 10 de junho de 2013

ADEMIR: ÚLTIMO JOGO CRUZMALTINO

Em 10 de junho de 1956, o então maior ídolo da história do Club de Regatas Vasco da Gama, o atacante pernambucano Ademir Marques Menezes, disputava a sua última partida pela "Turma da Colina". Naquele dia, os vascaínos venceram o Sporting-POR, por 3 x 2, marcando a inauguração do estádio José Alvalade, em Lisboa, perante 60.780 pagantes.
 Vavá (2) e Sabará sacudindo as malhas do “golkipa” português, tendo o último Vasco de Ademir sido armada pelo técnico Martim Francisco e formado com: Hélio, Paulinho e Orlando; Haroldo, Laerte e Coronel; Sabará, Valter (Livinho), Ademir (Vavá) e Djayr.
De sua parte, o Sporting reuniu atletas de outros times para a festa e mandou ao "relvado": Carlos Gomes, Caldeira, Joaquim Pacheco, Fernando Cabrita (do Sporting da Covilhão), Falé (do Lusitano de Évora),  Juca (gol), Hugo , Vasquesa, Miltinho (gol),  Mário Imbelloni (sem time) e João Martins. 

MATADOR - Autor de 301 gols, em 429 jogos, Ademir foi, também, o artilheiro da Copa do Mundo-1950, com 8 tentos –  total de 35, em 41 compromissos pela Seleção Brasileira. Nascido em 8 de novembro de 1921, em Recife, sob o signo de escorpião, o seu apelido era “Queixada”,  por ter um queixo grande.
Pelo Vasco, Ademir marcou 278 atentos, tendo vascaínado, pela primeira vez, em 29 de março de 1942, com 1 x 0 sobre o Bangu, pelo Torneio Início, disputado em São Januário.
 A primeira bola cruzmaltina na rede foi nos 4 x 1 Bonsucesso, em 3 de maio, pelo Campeonato Carioca-1942, no estádio do Madureira, à Rua Conselheiro Galvão. Já a última saída para o abraço foi 3 de junho de 1956, amistosamente, no já demolido estádio Sarriá, em Vasco 3 x 2 Espanyol, de Barcelona. Todos estes feitos rolaram nos domingos.
Como tinha, também, as seleções brasileira e carioca a servir,  Ademir esteve vascaíno por de março de  1942 a outubro de 1944; março-1945 a novembro de 1945ª; fevereiro de 1948 a fevereiro de 1950; agosto de 1950 a fevereiro de 1953; julho de 1953 a junho de1956.
PONTARIA CERTA - Ademir deu ao Vasco as artilharias dos Campeonatos Cariocas de 1949 (31 gols) e de 1950 (25), além do Torneio Rio-São Paulo de 1951 (9).
 Confira o seu currículo de campeão cruzmaltino:
Torneio Início (1942); Torneio Municipal (1944); Torneio Municipal (1945);Campeonato Carioca (FMF) (1945); Sul-Americano de Clubes (1948); Torneio Início (1948); Campeonato Carioca (FMF) (1949); Campeonato Carioca (FMF) (1950); Campeonato Carioca (FMF) (1952); Quadrangular Internacional do Rio  de Janeiro (1953) e Torneio Octogonal Rivadavia Correa Mayer (1953)