Vasco

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quinta-feira, 31 de maio de 2018

INESQUECÍVEL ESTANTE DA COLINA

 NESTE FERIADÃO, LER É UM BOM PROGRAMA, VASCAÍNO
Taí, galera! Para conhecer mais histórias do Vasco da Gama, vai aqui uma boa dica do "Kike". Este livro organizado por Patrícia Gregorlo. São várias histórias interessantes de torcedores cruzmaltinos, evidentemente, contando as suas aventuras em torno do time da Colina. Se não achar nas livrarias, vá ao sebinho mais próximo. Combinado?

Tahi, guys! To know more stories of Vasco da Gama, here goes a good hint of "Kike". This book edited by Patricia Gregorlo. There are several interesting stories cruzmaltinos fans, of course, counting his adventures around the Hill team. If you do not find in bookstores, go to the nearest sebinho. Combined?

quarta-feira, 30 de maio de 2018

KIKE BATE BOLA COM BEBETO

Reproduzido de
www.crvascodagama.com.br

Nascido em Salvador, em 16 de fevereiro de 1964, José Roberto Gama de Oliveira, o Bebeto,  tornou-se um vascaíno em 1989. Em São Januário, ficou até 1992 e melhorou sua média de gols: 0,51, ou 60, em 116 compromissos. O baianinho estreou na Seleção Brasileira em 28 de abril de 1985, contra os peruanos, e fez 75 disputas, balançando a rede 45 vezes, média de 0,6 por encontro. Como canarinho, perde para Pelé (77 gols em 92 jogos) e Zico (52 tentos em 73 refregas).  Confira o papo com o Kike:

Como foi vestir a camisa do Vasco?
Aconteceu, porque Deus permitiu. Tenho um filho vascaíno roxo, o Roberto Nilton, o mais velho, que vai a todos os jogos do Vasco. Fui recebido com muito carinho pela torcida vascaína, o que me fez defender o clube com muito orgulho.  Por sinal, o meu avô chamava-se Vasco da Gama e eu sempre tive muita admiração pelo Roberto Dinamite.

Você chegou a fazer parceria com o Dinamite?
Tive a felicidade de jogar com o Beto (Roberto Dinamite) uma vez, apenas, pelo Campeonato Carioca. Creio que contra a Portuguesa. Naquele dia, ele me fez um passe e eu o gol.

Chegou a jogar, também, com o Romário, no Vasco?
Com o Roma (Romário) creio que foi um jogo só, também, pois ele estava de saída e machucado. Mas aquela foi uma parceria de Deus. Foi o melhor parceiro de ataque que tive em minha careira.

Qual foi o seu grande momento vascaíno?
Ser campeão brasileiro, em 1988, vencendo o São Paulo por 1 x 0, dentro do Morumbi. Foi um título importantíssimo pra gente.
 
Placar valorizou muito a bola de Bebeto
 O Vasco de 88 foi um campeão, campeão, ou os outros lhe deixaram ser?
Não se conquista nada sem méritos. Aquele meu Vasco era um time muito forte. Me lembro de quando o presidente Eurico Miranda perguntou se queríamos fazer o segundo jogo da decisão em casa, ou no Morumbi, e eu respondi:  Presidente, bota lá, que seremos campeões, lá! E não deu outra. Pelo time que tínhamos, a confiança era muito grande.


terça-feira, 29 de maio de 2018

CORREIO DA COLINA - ZIZINHO & NIGINHO

1 - "O texto sobre os artilheiros vascaínos com mais gols em uma só partida não cita Niginho, da década de 1930". Guilherme Aranda, de Juiz de Fora-MG.   

Realmente, amigo! Em Vasco 12 X 0 Andarahy, pelo Campeonato Carioca-1937, ele marcou quatro tentos. Um outro atacante, também não citado na relação dos "mais + mais" da Colina é o Luna, que foi à rede, também, por quatro vezes, na mesma partida. Vale ressaltar que Niginho foi o principal "matador" daquele Estadual, saindo para 25 abraços, e que o "Almirante" afogou outros adversários, sem dó e nem piedade: 01.05.1927 -  11 x 0 Brasil-RJ; 07.04.1929 -  9 x 0 Bangu; 21.041926 - 9 x 3 Brasil-RJ; 15.11.1937 – 7 x 1 Olaria; 21.11.1937 – 7 x 2 Andarahy;  09.11.1930 – 6 x 0 Fluminense.  

2 - "Sou vascaíno, tenho 81 anos (de idade), boa saúde e boa memória. O meu cunhado flamenguista Jerônimo, da minha mesma idade e o maior fã do Zizinho que conheço, diz que o "Mestre Ziza" jogou também pelo Vasco. Não me lembro disso". Antônio Bizarria, de Madureira-RJ.

O Jerônimo tem razão. Zizinho jogou pela "Turma da Colina", mas em apenas dois amistosos e como convidado. Em 25 e 28 de dezembro de 1955, contra o Independiente e o Racing, ambos da Argentina. No primeiro, os vascaínos caíram, por 1 x 4. No segundo, venceram, por 3 x 2. A formação da segunda partida teve: Hélio; Paulinho de Almeida e Dario; Mirim, Orlando (Laerte) e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Vavá e Wilson (Ademir Menezes). Passadas 12 temporadas, Zizinho votou a ser um cruzmaltino, mas como treinador. E teve uma segunda passagem, no mesmo cargo, em 1972. Logo, Antônio, no campeonato da memória, você está deixando um flamenguista lhe vencer. Se ligue! 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

HISTÓRIAS DO KIKE - LULA QUEBROU RECORDE TREINADO TIME DO SANTOS

       

   Em 1952, o Brasil era presidido por Getúlio Vargas (1951-1954). Foi por ali que Luís Alonso Perez, o Lula, tornou-se treinador dos times amador e infantil do Santos Futebol Clube. E fez melhor do que o Vargas, que não tirava o país de permanente crises política, econômica e social, enquanto ele, de cara, conquistava títulos nas duas categorias.

    Por aquele tempo em que comandava a moçada da base, Lula aprendia macetes com o treinador do time principal, Aymoré Moreira. Anotou tudo e, em 1953, o substituiu. Em 1955, uma temporadas após Getúlio Vargas sair desta vida e entrar para a história, Lula ajudou o Santos a encerrar 20 temporadas de choros, recuperando o título de campeão paulista. E partiu pra conquistar tudo o que se disputava pela época, além do já citado Campeonato Paulista. Colecionou faixas do Torneio Rio-São Paulo; das Taças Brasil (formato da Copa do Brasil de hoje) e Libertadores das Américas e do Mundial Interclubes. Mesmo sendo o máximo, em 38 disputas – oito estaduais paulistas; quatro RJ-SP; cinco nacionais (Taça Brasil); duas sul-americanas (Libertadores) e duas intercontinentais -, ele nunca foi lembrado pela Seleção Brasileira, um dos seus sonhos.    

       Lula com Athiê Cury, reproduzidos da revista O Cruzeiro

    Nascido, em Santos-SP, no primeiro de março de 1922, Lula viveu até 15 de junho de 1972. Antes das glórias no futebol santista, ele ganhava a vida trabalhando em uma leiteria. Na bola, jogava as suas peladas quando aventurou-se ser treinador de dois times amadores. Depois, chegou ao Departamento Amador da Portuguesa Santista, de onde o tirou o vice-presidente do Santos, Aristóteles Ferreira. Quando Aymoré Moreira foi chamado para dirigir a Seleção Paulista, ele o substituiu, em duas vitórias sobre o São Paulo -, sendo  efetivado no comando do time do Peixe, no 5 de junho de 1954, em Santos 3 x 2 Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã. A partir dali, foram 949 jogos sob a sua direção, com 771 vitórias, além do lançamento de vários craques, entre eles Pelé, Coutinho e Clodoaldo.

    O último Santos de Lula foi em 19 de dezembro de 1966, nos 3 x 0 Prudentina, pelo Paulistão. Falou-se que ele deixou a Vila Belmiro por desentendimentos com o Pelé, mas isso nunca se confirmou. Mas pode ter fundo de verdade, pois não era o ‘Rei do Futebol” o seu atleta predileto, mas Lima, um coringa que jogava onde ele precisasse,  destruindo, armando e atacando “ com a mesma eficiência”. No entanto, para o seu fim de linha na Vila Belmiro, oficialmente, valeu mais a fraca campanha do seu time que perdera o Estadual-SP, para o Palmeiras, e a Taça Brasil, levada pelo Cruzeiro-MG, esta dentro do paulistano Pacaembu, com virada de placar. Pior do que isso, dizia, só ter perdido o Paulistão-1959, para o Palmeiras, em melhor de três. 

     Passado um tempinho distante das grandes glórias santistas, Lula estava do outro lado do balcão, em 1968, ajudando o Corinthians a vencer o Santos (2 x 0) e encerar jejum de 11 temporadas inglórias no Paulistão. Fez 35 jogo, com 20 vitórias, sete empates e oito derrotas corintianas, e dirigiu, também, os times da Portuguesa de Desportos e do Santo André, sonhado em voltar para a Vila Belmiro. Embora Dorval, Mengálvio Coutinho, Pelé e Pepe tenha ficado na história por ataque mais famoso do Santos, para ele, esta glória  a transferia para Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe.

     Dos oito títulos de campeão paulista conquistado por Lula, ele considerava o de 1964 o mais difícil, porque o seu time não andava bem, fisicamente e andou sendo desfalcado pelos defensores, Mauro Dalmo e Calvet. Mas ele deu um jeito, mostrando-se grande treinador. Por sinal, ele dizia que para ser bom nisso, era necessário “ser honesto, fazer com que comandados tenham confiança em si, ter autoridade no serviço que executa, evitar palpites de terceiros, e saber dirigir-se aos seus jogadores nos diversos momentos”.


                            REPRODUÇÃO DE GAZETA ESPORTIVA

    Primeiros tempos de Lula trinando o Santos, ainda sem Pelé


 Mesmo se desgastando, fisicamente, em treinos e jogo, Lula pesava 115 quilos quando dirigia o time santista. Era enérgico, quando necessário, mas não gritava com os seus jogadores, tinha paciência, preferindo agir como conselheiro, irmão mais velho. Casado – com Ivete – teve três filhos: Luís Alonso Perez Júnior, Marcos Tadeu e Leonor Maria.

  Após tornar-se bicampeão mundial interclubes, o Santos caiu, assustadoramente, de produção e perdeu o título do campeonato Paulista-1963, para o Palmeiras. A explicação de Lula era a de que os jogos contra o italiano Milan, pelo caneco intercontinental, deixara a maioria dos seus titulares contundidos, longe de encarar disputa tão dura como o Estadual-SP. “Durante o returno, estivemos, praticamente, sem equipe. Perdemos Gilmar (goleiro), Calvet (lateral-esquerdo), Zito (volante), Dorval (ponta-direita) e o Pelé, entre outros, em muitos jogos seguidos, uns por contusões e outros por estafa. Por isso, perdemos jogos que o torcedor não imaginava acontecer”, justificava-se à imprensa, sempre que tocado sobre o tema, lembrando ter usado, muito. time misto de reservas e titulares no segundo turno do Paulistão.

 Lula usava, também, uma outra tangente para explicar pisadas na bola: o envelhecimento de sua rapaziada, e citava os casos de Gilmar, Mauro (zagueiro central), Zito e Pepe que, segundo ele, não demorariam a chegar ao ponto final da linha. O aviso sobre queda de produção apresentou a conta, mas Lula jurava que o fato não o derrubaria. Realmente, ele se segurou no cargo por mais três temporadas, levando a galera aos títulos da Taça Brasil-1964/1965; do Estadual-SP-1964/1965 e do Torneio Rio-São Paulo-1964/1966, este dividido com Corinthians, Botafogo e Vasco da Gama.      

  Em 1964, a imprensa via o Santos mudando a sua forma de jogar e a apelidou por “sanfona”. Lula, no entanto, discordava e garantiu à Revista do Esporte que a sua rapaziada atuava como sempre o fazia: “Não inventei nenhum sistema, pois futebol não muda e nem o chamei por ‘sanfona’. Foi a imprensa que botou nome na maneira em que o Santos jogou algumas vezes. Muita gente.....inventa as coisas mais variadas”.

                      FOTO REPRODUZIDA DE REVISTA DO SANTOS

Lima, Zito,Dalmo, Calvet, Gilmar, Mauro (acima), Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe (abaixo),  timáximo de Lula. 
                               

 A tal “sanfona” rolou em uma partida em que o Santos não atuava bem, principalmente a defensiva. Lula mandou a moçada recuar - sobretudo os ponteiros -, porque a via cansada. Com aquilo pretendia fazer o adversário atacar e deixar brechas lá atrás. Deu certo e o time venceu. Mas ele pareceu depois, envergonhado por jogar se defendendo. Justificou-se à mesma RevEsp: “Não usamos jogo defensivo. O Santos procura, sempre, agredir, e não se defender. Poderemos usar isso outras vezes, mas sem ficarmos presos ao sistema. Tudo vai depender do estado físico da rapaziada, da inspiração, enfim, de vários fatores”. 

  Por aquela época da “sanfona”, Lula dirigia o time santistas há 13 temporadas. Segundo garantia, o segredo da longevidade passava por trabalho de profundidade, sem procurar resultados imediatos, mas para o futuro. “O Santos tinha time médio quando o recebi. Planejei trabalho para ter resultados dentro de duas temporadas, tive tempo e sorte”, considerou – o Santos foi o campeão paulista de 1955.  

   Ao tornar o time Santista o mais forte do planeta, a partir de 1958, Lula assegurava não ter dificuldades para lidar com astros. Dizia que o segredo era se impor ao grupo, dentro e fora do gramado, era  a eficiência do treinador, e não o gabarito da equipe.    

 Repórteres mais chegados ao grupo santistas falavam que Lula até gostava de trocar ideias com a rapaziada sobre a melhor forma de enfrentar cada adversário. Ele, no entanto, não confirmava isso, só que fazia preleções antes das partidas, por entender que, se fosse trocar opiniões o seu time entraria em campo sem  definir o sistema de jogo, por ter 12 considerações diferentes. “Se sou o responsável pela equipe, decido como ela deve jogar”, fazia questão de falar. Se acrescentasse algo, seria pra garantir que, há 12 temporadas, o Santos não mantinha uma forma de jogar, sem esquema tático rígido. “O time entra em campo para cumprir as minhas ordens”, afirmava, mostrando-se vaidoso.

 Em 1964, quando o Santos bateu o italiano Milan e ficou bicampeão intercontinental, a média de idade a rapaziada era de 27. Lula, porém, não valorizava idade cronológica, preferindo olhar para o que o atleta produzisse durante as partidas. E respeitava muito a experiência do comandado, como a de Jair Ross Pinto, o melhor meia-armador que dizia ter dirigido. 

    


domingo, 27 de maio de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - CABOCLA JUREMA, A DEUSA DA MATA

 Depois de Oxalá, a Cabocla Jurma é a entidade mais reverenciada dos terreiros de umbanda. Sobretudo, por levantar o moral da rapaziada, da moçada que anda com a saúde derrapando. Logo, o barato é pedir-lhe uma mãozinha, no caso de o desespero pintar, pois ela não negaceia, chega junto.
 Diz a lenda que Jurema foi abandonada, pela mãe, quando tinha sete meses de vida, ocasião em que Tupinambá achou-a (e criou-a) aos pés de uma jurema, razão de ela ter este nome. 
Jurema cresceu forte, bonita, corajosa e tornou-se a primeira guerreira mulher de sua tribo, destacando-se pela força, agilidade e manejo das armas, além de dominar a ciência da mata. Só depois de desencarnar-se veio à Terra para ser reverenciada, tendo na sua cola há  diversas falanges de caboclos.

Reproduzido de www.umbandagira.com - Agradecimento
 Chefe da linha de Oxossi,  Jurema tem a sua legião formada por grandes entidades espirituais que amparam aos necessitados, usando ervas em suas fórmulas curativas. Quando vai à luta, ela atrai a energia de todos as Caboclas Jurema. Sim, ela não é única. Escala em sua patota as Juremas da Cachoeira; da Praia; da Mata e de outras tantas que, no frigir dos ovos, representam uma só vibração quando trabalham com os orixás em ambientes e elementos naturais, como lua, sol, mata, chuva, vento, etc.
Reproduzido de ww.pinterest.com - Agradecimento
 Jurema foi uma grande amante. Mãe de Jureminha, ela arriou os quatro pneus e mais o estepe, o macaco e chave de roda por Huascar, da tribo inimiga “Filhos do Sol”, que fora preso numa batalha, mas conseguiu fugir, com a ajuda dela, que deu a sua vida para salvá-lo - espécie de Romeu e Julieta caboclo.  
Segundo a lenda,  Huascar voltou à sua tribo,  fundou um império andino e ergueu um templo chamado Matchu Pitchu, em homenagem a Jurema, onde, só as mulheres habitariam e aprenderiam a ser guerreiras. Diz-se, também, que no lugar onde a Jurema caiu alvejada por uma flecha, nasceu uma planta que floresce pelo ano todo, no tom amarelo-alaranjado, com tudo dela sendo aproveitado. Está sempre virada para o astro rei e ganhou o nome de girassol – se a lenda armasse um cruzamento híbrido dessa história, poderíamos ter o jurasol ou a girarema. Mas não é?  



sábado, 26 de maio de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - A CAVALGADA DO PAMPEIRO CAVALEIRO DA MALUQUICE

                                 
  Entre 1924 e 1927,  um capitão do Exército, o gaúcho Luís Carlos Prestes, liderou 1.500  homens em uma marcha por várias partes do país e que ficou conhecida por Coluna Prestes. Não havia uma ideologia política definida, só o discurso de tirar o Brasil de um sistema político-social semi-feudal, o que o povão analfabeto não sacou muito. E o papo terminou não fazendo o sucesso que os seus interlocutores esperavam, após 24 mil quilômetros de rodagem pelos brasis a fora.
  Passadas três temporadas, um outro gaúcho, Getúlio Vargas, encarar o mesmo desafio, mas pela revolução urbana. E partiu para a derrubada do presidente Washington Luís. Prestes, que havia deposto as armas, ao atravessar a fronteira com a Bolívia, com uns restantes 600 cavaleiros, foi convidado a liderar a revolução de 1930, mas recusou. Preferiu virar comunista e emigrar, em 1931,  para Moscou, onde recebeu o apoio do Politiburo para trazer o comunisto ao Brasil.       
 Por aquele tempo, Josef Stalin era o dono do poder entre os comunistas e escolheu 10 camaradas de grosso calibre para acompanhar Prestes em sua entrada clandestina por aqui. Aos 37 de idade, ele achou que poderia iniciar a revolução bonchevique tupiniqum pelo Rio Grande do Norte, mas a sua intentona durou pouquissimo, em novembro de 1935, deixando como primerio herói conmunistas nestas terras apenas o tenente Agildo Barata, que conseguiu dominar um regimento de infantaria do Rio de Janeiro.
 Para Getúlio Vargas, a bola fora dos comunistas fora ótimo pretexto para ele decretar os estados de sítio e de guerra. De quebra, entregou a um dos considerados maiores escroques da  história política desse país, o chefe de Polícia Federal do Rio de Janeiro, capitão Filinto Müller, totais poderes para dar cabo dos envolvidos na tentativa falha, além de sumir com a oposição a Getúlio pela União Nacional Libertadora.
 Müller, de inclinação nazista, obteve o apoio da Gestaspo, a temível polícia secreta de  Adolf Hitler, que enviou oficiais ao Brasil para ajuda-lo a investigar, prender, espancar, torturar e seviciar, até chegar a Prestes. Uma década antes, ele fora integrante da Coluna Prestes, da qual desertara, sendo acusado de roubar uma boa grana e de ser traidor.
 Müller chegou até Prestes, em um subúrbio do Rio de Janeiro, ao prender um líder comunista que não suportou as torturas e o entregou. Covarde, não teve a coragem de encarar o antigo companheiro preso, só o espreitando pela fresta de uma porta. E Getúlio o manteve preso por 10 temporadas.
 Em abril e 1945, pressionado, Getúlio convocou eleições para uma assembleia nacional constituinte e libertou Luis Carlos Prestes. E foi então que o inacreditável aconteceu. Em seu primeiro comício, falando para cerca de 80 mil pessoas, no estádio do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, Prestes surpreendeu, apoiando o seu algoz. Disse que a saída de Vargas do poder não contribuiria para a união nacional. Só daria força aos fascistas e aos reacionários.  
Propaganda da Era Vargas
 Semanas depois, em um novo comício, par 60 mil pessoas, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, voltou a defender Getúlio, dizendo que defenderia a democracia, apoiando o governo em defesa da ordem. Após o comício, ficou sabendo que Getúlio havia entregue a sua mulher aos nazistas e que estes a haviam matado, em câmara de gás.
 Prestes ganhou fama pela renhida defesa de sua ideologia. Esteve senador constituinte, entre 1946 a 1948, mas não apresentou nenhuma proposta relevante. Liderando uma bancada comunista que tinha mais 14 deputados – entre eles Jorge Amado, Carlos Marighella e João Amazonas – ele apoiou a emenda nº 3 165, do deputado Miguel Couto Filho-RJ, propondo a proibição da entrada no Brasil de imigrantes japoneses - dá pra sacar?  
Titulado por “Cavaleiro da Esperança”, Prestes passou toda a sua vidas só fazendo política. Tanto que não teve tempo na juventude para conhecer mulher, o que só o fez aos 37 de idade. Ao defender quem o encarcerou, por não pensar como ele, parece que saiu da cadeia montado no cavalo da maluquice.        
  

sexta-feira, 25 de maio de 2018

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - ALMIRANTE DETONA O ARSENAL DA INGLATERRA

ACONTECEU HÁ 69 TEMPORADAS
Ely, Augusto, Jorge, Danilo, Barbosa e Sampaio, em pé, da esquerda para a direita; Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Tuta, agachados na mesma ordem
 Um gol marcado por Nestor, aos 33 minutos do segundo tempo, deu ao Vasco uma de suas maiores vitórias. Rolou na noite da quarta-feira 25 de maio de 1949, em São Januário, por 1 x 0, sobre o imbatível e invicto Arsenal, o então campeão inglês.
Tá no filó. O 'Almirante' rasgou o cartaz deles 
A visita dos gringos, que embasbacavam plateias, fez do amistoso um grande acontecimento no Rio de Janeiro. Tanto que a casa vascaína recebeu um dos seus maiores públicos, chutado pela imprensa em 50 mil torcedores, embora, oficialmente, fossem registradas pouco mais de 24 mil almas. Mas tinha-se que jogar pra cima. Afinal, o Arsenal era o melhor do planeta e o Vasco o melhor do continente. Não fora campeão sul-americano de clubes campeões?
Para a imprensa carioca, era uma grande pauta. Alardeava-se a vinda ao país do primeiro time da primeira divisão inglesa, algo fortíssimo, pois os orgulhosos britânicos se achavam tão bons, que se recusaram a disputar as três primeiras Copas do Mundo, dizendo não haver adversários à sua altura.
Augusto abraça Nestor
Tratados como “superstars” no Brasil, os atletas do Arsenal, que carregava a glória de terem revolucionado o futebol, pelo esquema tático WM – criado, em 1925, pelo treinador Herbert Chapman – desconheciam que, a partir de 1945, a “Turma da Colina” já havia colocado o "Expresso da Vitória" nas trilhas dos títulos cariocas daquela temporada (invicto) e de 1947/1949, tornando-se, também, um dos times mais fortes do mundo. Para os "Gunners", no entanto, o importante era a fama que traziam.
O Arsenal iniciara a excursão (15.05.1949) mandando 4 x 1 no Fluminense,  reforçado por jogadores do Botafogo, diante de quase 40 pagantes, no estádio das Laranjeiras. No Pacaembu (18.05.1949), em São Paulo, cedera o empate, por 1 x 1, ao Palmeiras, diante de mais de 50 mil pagantes. Mas, quatro dias depois (22.05.1949), mais outro público igual assistiu 2 x 0 sobre o Corinthians. Portanto, público em torno de 140 mil pagantes, em três jogos. Até então, nenhum supertime passara por aqui. (continua na matéria abaixo)
Nestor desmaiou durante as comemorações pelo tento 
PROMOCIONAL -  O convite do Vasco, ao Arsenal, para participar do amistoso no então maior estádio da América do Sul, fazia parte das promoções da estreia do atacante Heleno de Freitas, repatriado do futebol argentino. Por sinal, para  o reforço estrear, no decorrer da partida, foi preciso Ademir Menezes atuar como ponta-de-lança, pela direita, e Maneca armar jogadas, pela meia-esquerda.
A “Turma da Colina” começou a partida melhor, mas o Arsenal a equilibrou e o primeiro tempo terminou no 0 x 0. Na etapa final, pouco mudou. O Vasco continuou melhor e os ingleses procurando equilibrar as ações no meio do campo. Até que Mário fez um centro, da esquerda. A bola cruzou toda área inglesa, sem que o goleiro Swindin conseguisse defendê-la. Nestor pegou, de primeira, sem chances de defesa para o “goal-keeper” inglês.
O Vasco venceu o Arsenal sob o apito do inglês Cyril John Barrick, auxiliado por Mário Vianna e Alberto da Gama Malcher, diante dos oficiais 24 mil pagantes, que proporcionaram a arrecadação de Cr$ 1.146.150,00: O time teve: Barbosa, Augusto e Sampaio; Ely, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan (Heleno) e Tuta (Mário). O Arsenal era: Swindin, Barnes e Smith; Macanly, Daniels e Forbes, Mac Pherson, Logie, Rockie, Hshman e Wallance.
O povão viu o Vasco excedendo às expectativa dos ingleses que se consideravam sem adversários

FOTOS REPRODUZIDAS DE "O CRUZEIRO'"

quinta-feira, 24 de maio de 2018

ÁLBUM DA COLINA - PÁGINA 1998

  Reprodução dee www.cidadeverde.com.br. Agradecimento.
Juninho Pernambucano comemora o seu  gol – cobrando falta, aos 37 minutos do segundo tempo, contra o River Plate, no Estádio Monumental, em Buenos Aires, em 22 de julho de 1998 – que levou  o Vasco às finais (e ao título) da Taça Libertadores, em 1998.
 Pela competição, só houve dois jogos entre os dois clubes, com uma vitória vascaína e este empate. No total, já foram jogadas 14 partidas, com seis vitórias vascaínas, cinco empates e três escorregadas. Um bom saldo, convenhamos.

    Juninho Pernambucano celebrating the goal - receiving a foul in the 37th minute of the second half against River Plate at the Monumental Stadium in Buenos Aires on July 22, 1998 - which led Vasco to the final (and title) of the Copa Libertadores , in 1998. For the competition, there were only two games between the two clubs, with a Basque win and this draw. In total, 14 matches have already been played, with six Basque wins, five draws and three slips. Reproduction of www.cidadeverde.com.br. Thanks.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

CORONEL COMANDA ALMIRANTE


O "ALMIRANTE" era comandado pelo CORONEL gaúcho Carlos Froner. Mesmo militar durão, quando dirigia os treinos do time, pelo estilo "SARGENTÃO", ele era um sujeito educado e simpático com a imprensa. Pelo menos, quando vinha a Brasilia com o time vascaíno.
Por aquela época, a galera do CORONEL tinha LEÃO (Emerson, o goleiro) e COELHÃO (o apoiador Dudu). Com dentes afiados, eles fizeram o 'SARGENTÃO' sorrir, mandando 5 x  0 Americano, pelo Estadual-RJ-1979. Foi um “passeio”, em campo, só não, literalmente, porque a rapaziada pisava, diariamente,  no gramado de São Januário, local da contenda de uma  quarta-feira.
Na rede, impiedosos, pintaram Guina (2), Paulinho (2) e Roberto Dinamite, tendo toda a rapaziada comandada por Fronter sido: Leão; Orlando ‘Lelé’, Abel Braga, Geraldo (Gaúcho) e Marco Antônio “Tri”; Helinho, Dudu ‘Coelhão’ e Guina; Jader (Wilsinho), Paulinho e Roberto Dinamite.
Em um mesmo 23 de maio, o Vasco encarou e mandou 3 x 0 Botafogo, mas em um clássico muito mal marcado: para uma noite de segunda-feira, no Maracanã. Será que o torcedor era vagabundo, não trabalhava e nem etudava? Já não tivera os jogos do sábado e do domingo? Valeu pelo Estadual-1988, com Geovani, Vivinho e Zé do Carmo saindo para o abraço. Sebastião Lazaroni comandava esta rapaziada; Acácio: Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e William e Henrique; Vivinho e Romário.

terça-feira, 22 de maio de 2018

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - GOLEADAÇA

            Foto reproduzida de www.guerrreirosdoalmirante.com.br 

A data de hoje é a que a "Turma a Colina" mais trabalho passou ao "garoto do placar", em contendas contra times de gringos: Vasco da Gama 11 X 0 Göteborg, da Suécia. E na casa do adversário. 
Tudo bem que o anfitrião era fracote, mas quem mandou encarar? Foi goleado em uma sexta-feira de 1959, com Pinga (3), Rubens (2), Sabará (2), Roberto Pinto (2) e Delém batendo no barbante.
Principal artilheiro do dia, Pinga é o quarto maior “matador” da Colina, tendo atuado em 466 partidas.  José Lazaro Robles, o seu verdadeiro nome, chegou a São Januário, em 1953, tirado da Portuguesa de Desportos-SP.
 Entre os seus principais títulos vascaínos constam os dos Campeonatos Carioca-1956/1958; do Torneio Rio-São Paulo-1958 e do Torneio de Paris-1957. Em 1969, esteve treinador do clube. Viveu entre 11 de fevereiro de 1924 a 7 de maio de 1996
 Não fora, porém, a primeira vez em que a rapaziada fazia um 'time de gols' em uma só peleja. A primeira acontecera no primeiro dia de maio de 1927, em São Januário, pra cima de um time carioca chamado Brasil-RJ, pelo Campeonato Carioca da Associação Metropolitana de Esportes Athléticos. Já a segunda fora em 3 de julho de 1949, no mesmo estádio, diante do São Cristóvão, pelo Carioca da Federação Metropolitana de Futebol. 
O "Almirante" danado sacaneou mais dois adversários pelos mesmos impiedosos 11 x 0, ambos amistosamente: o Combinado de Trondheim, da cidade norueguesa do mesmo nome, em 11 de junho de 1961, e o Combinado de Petrópolis-RJ, em  13 de agosto de 1988), no Estádio Atílio Marotti.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

TRAGÉDIAS DA COLINA - PISÕES


1 -Em 1990, a Confederação Brasileira de Futebol colocou em jogo o título de supercampeão nacional. O troféu seria carregado pelo vencedor de Vasco, o campeão do Brasileirão-1989, e Grêmio-RS, o ganhador da Copa do Brasil-1990. Como os dois times se enfrentariam pela fase classificatória da Taça Libertadores-1990, o rolo rolou por uma disputa continental. Assim, em 14 de março daquele “noventão”, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, os vascaínos caíram, por 0 x 2. Em 18 de abril, em São Januário, o placar ficou no 0 x 0.

2 - Campeão brasileiro de futebol de salão, em 1983, o Vasco foi para o Campeonato Sul-Americano-1984, em Artigas, no Uruguai, com uma equipe forte, pronta para brigar pelo título. E foi chegando, chegando, chegando. Veio a final. A rapaziada tinha pela frente o paraguaio San Afonso, que teve de se curvar à maior categoria da “Turma da Colina”. Estava no placar: Vasco 5 x 2. O time rumava para uma taça inexistente nas prateleiras de São Januário, quando o inimaginável aconteceu: o beque Silo e o pivô Vevé foram expulsos da quadra, sem que o “Almirante” pudesse trocá-los, pois já havia feito o limite de sete substituições. Com número insuficiente para continuar a partida - exigia-se, na época, quatro atletas, contando com o goleiro - o prélio foi encerrado e o título dado ao adversário. Os vascaínos entraram com um recurso junto à Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão, mas não adiantou. Perderam o caneco no tapetão.

domingo, 20 de maio de 2018

O DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - TEREZA PRIMEIRA-DAMA E PRESIDENTE

Discurso firme e de cunho próprio

  A Brasília dos inícios da década-1960 hospedava dois presidentes. E moravam na mesma casa. Um comandava o país, João Goulart. O outro, isto é, a outra, a sua parceira, Maria Tereza, fora eleita para comandar a Legião Brasileira de Assistência-LBA -  por unanimidade.
 Uma das primeiras atitudes dela ao tomar posse foi convocar as mulheres à formação de um grupo voluntário para atacar obras sociais. Assumiu o cargo fazendo um discurso firme e objetivo, prometendo dirigir a agência estatal livre de influências personalistas e de interesses estranhos aos seus objetivos. Foi um recado de próprio punho, sem “ghost righter”. Por ele, elogiou uma sua antecessora, a conterrânea gaúcha Darci, mulher do presidente Getúlio Vargas, a quem considerou ter sido um exemplo de desprendimento e de amor ao próximo.   
 Com Maria Tereza, Brasília hospedava uma primeira dama de bom nível cultural. Escrevia poesias,e gostava da músicas dos mestres Mozart, Brahms e Lizst e das boas composições da música popular brasileira e da italiana. Elegante, ela não dispensava ser vestida pelos melhores costureiros do Rio de Janeiro.
A pobreza vista de perto
 Quem quisesse desagradar a primeira dama brasileira era chamar o seu marido de comunista. “Se fosse comunista, eu não teria me casado com ele”, reagia. À revista “O Cruzeiro”, disse:
 “Só quem não conhece a família Goulart pode chama-lo (o presidente) de comunista. Ele estudou em colégio de padre e as minhas cunhadas Neuza, Maria, Sila, Landa e Fia foram educadas em colégios de freiras. A minha sogra, a Dona Tinoca, vai à missa, diariamente. Colocar-se ao lado de interesses dos trabalhadores não significa tendências comunistas. É, sim, espírito cristão  e solidariedade ao próximo”.
 Maria Tereza só discordava de um detalhe da vida do presidente: seus horários de refeição, que poderiam ter o almoço às 17h e a janta às 03 da madrugada.     
Em seu segundo dia como presidente da LBA, Maria Tereza visitou uma favela do Rio de Janeiro e ficou impressionada com a miséria vista. Foi cercada por numerosos grupos de crianças lhe estendendo as mãos e pedindo uma esmola. Distribuiu tudo o que tinha dentro de sua bolsa e que não era dinheiro público. À imprensa, declarou: “Chocante! Mas não é com esmola que vamos resolver este problema” – não teve tempo para resolver.   
                                    





sábado, 19 de maio de 2018

74 - O VENENO DO ESCORPIÃO - UM NÃO ERA O OUTRO E O OUTRO NÃO ERA O UM

    Durante muito tempo, era comum aos brasileiros tornar mulheres e homens xarás. Assim  tivemos os e as Valmir, Valdecir, Coaraci, Juraci, etc. Também, Maria José e José Maria. Mas é sobre um  outro nome comum aos dois sexos que vai rolar uma história interessante. Vamos lá!
Reprodução da Revista do Rádio
 Corria 1955 e, pelos campos de futebol do Rio de Janeiro, havia um jogador chamado Nair José da Silva. Pelo mesmo momento, apresentava-se pelos palcos  da terra a cantora batizada e registrada por Nair José da Silva. Ao saber do fato, o radialista Paulo Roberto não perdeu tempo para turbinar o seu programa, “Nada além de dois minutos”, pela Rádio Nacional, a dona da maior audiência no país. 
 Neste seu programa, de meia-hora, patrocinado pelo Sabonete Gessy - no ar desde 1947 – Paulo Roberto (10.09.1903 a 13.12. 19730, na verdade, José Marques Gomes, mineiro, de Dom Silvério, médico obstetra e orientador de jovens colegas, abordava vários temas, a partir das 20h dos domingos, horário nobre da emissora, pouco antes de as rainhas do rádio, Emilinha Borba e Marlene, se apresentarem.
 Pois bem! Nair José da Silva não entendia nada quando lhe telefonavam perguntando pelo seu show de sábado. Da mesma forma que Nair José da Silva, quando ligavam para avisar que o treino da tarde mudara de local. Juntados por Paulo Roberto, divertiram bastante pela Nacional. Tanto que a Revista do Rádio – disputava com a revista O Cruzeiro e a própria Rádio Nacional a liderança do jornalismo de entretenimento e fofocas do meio artístico – tratou, correndo, de fazer duas páginas com os dois xarás, sob o título: “Jogador de futebol ou cantora?”.
Reprodução da Revista do Esporte
 Com Nair José da Silva vestida de jogador de futebol e Nair José da Silva  de cantor, ao pé do microfone, o ensaio fotográfico valeu sete “clics” para a edição N 303, de 2 de julho de 1955. Quando foram a um gramado, a Nair mulher surpreendeu, demonstrando conhecer futebol e revelando que, quando garota, jogava muita bola pelo meio da rua onde morava, sendo bamba nas peladas dos meninos e não levando desaforos para casa. Ninguém roubava o seu time.
 Nair mulher, um dia, resolveu usar o apelido da irmã Belinha (Isabel) e virou Belinha Silva. Começou a vida artística pela Rádio Guanabra, passou por várias outras emissoras até chegar à Rádio Nacional. Quanto ao Nair homem, as  suas últimas bolas rolaram pelo time amador do Esporte Clube Parames, de Jacarepaguá.
 Esta história, no entnto, não termina por aqui. Há, ainda, um outro Nair José da Silva no lance e que teve mais brilho do que o xará da bola, tendo sido considerado jogador de nível de Seleção Brasileira.
 Nascido, em Itaperauna-RJ, em 20 de maio de 1937, Nair passsou pelo Madureira, Botafogo de Ribeirão Preto-SP, Portuguesa de Desportos, Corinthnans e Atlético-PR. Embora tenha-se revelado muito bom de bola, é mais lembrado por um bola fora: em 17 de dezembro de 1966, aos 42 minutos do segundo tempo, perdeu o pênalti que poderia ter encerrado o tabu, de nove temporadas sem vitórias do Corinthian sobre o Santos de Pelé, por Campeonatos Paulistas – nessa, Nair não foi.  

sexta-feira, 18 de maio de 2018

ROMÁRIO É UMA GRAÇA (DA COLINA)

  1 - A vida que pulsa no coração de São Januário oferece grandes momentos para a turma da ponta do lápis.
Esses movimentos, lances e relances divertem leitores de jornais e revistas, de há muito, autorizados pelo espírito festivo do povo brasileiro.
Veja o caso destas duas charges. À esquerda, Lane aproveitou a invenção do então presidente vascaíno, Eurico Miranda, de fazer do atacante Romário o treinador do time vascaíno", em 2007, durante a vitória, por 1 x 0, sobre o América do México, pela Copa Mercusul.
 Romário escalou-se no banco e entrou no segundo tempo. Foi por ali que Lane fez a brincadeira, pelo “Jornal de Brasília”, tocando, ainda, no fato de que o goleador (em final de carreira) sempre fora apreciador das “nights cariocas” e abominador de treinos.
Na outra charge, do semanário goiano Opinião, de 15 a 21 de abril de 2007, a brincadeira era com a louca corrida de Romário pelo seu milésimo gol (pelas suas contas). O chargista J. Lima o via tentando subir uma ladeira, com Pelé, que já tinha mais de mil na conta, puxando a corda, em um momento em que o “tento tentado” pelo ‘Baixinho’ não saía. Ainda no desenho, torcedores querendo pegar o artilheiro no porrete, por conta, exatamente, do desencontro do camisa 11 com as redes. Mas o gol saiu, cobrando pênalti, no mês seguinte.

The rich, busy and hectic life that beats in the heart of São Januário has offered great moments for the pencil end of the class. These movements, throws and glimpses amuse readers of newspapers and magazines, long ago, authorized by the festive spirit of the Brazilian people.Take the case of these two charges.
On the left, Lane took the invention of then Vasco president Eurico Miranda, making Romario attacker had "taken wave vascaíno technical" in 2007, during the victory by 1 x 0 on the America of Mexico in the Copa Mercusul .
He climbed on the bench and entered the second half. It was there that Lane made the joke, the "Jornal de Brasilia", playing also in the fact that the striker at the end of career had always been fond of "cariocas nights" and abominador training.In another cartoon, the goiano weekly View from 15 to 21 April 2007, the game was with the mad rush of Romario for his thousandth goal by their accounts.
 The cartoonist J. Lima saw him trying to climb a hill, with Pelé, who had more than a thousand in the account, pulling the rope, at a time when the "try tempted" by the 'Shorty' would not come out. Still in the design, fans wanting to catch the top scorer in the club, because exactly the mismatch shirt with 11 on goal. But the goal came, charging penalty, the following month.

2 - A revista "LANCE A +" fez esta interessante montagem com o ex-atacante vascaíno Romário, na capa do seu Nº 220, que circulou com data de 13 a 19 de novembro de 2004. O artilheiro que encerrava a carreira, além de botar goleiros pra chorar, era famoso, também, por rasgar ao verbo quando achava que deveria. Por isso, ganhou da revista carioca esta brincadeira que inclui a língua-símbolo dos Rolling Stones.                                 The magazine "LANCE A +" made this interesting assembly with former striker Romario vascaíno, on the cover of his No. 220, circulated dated 13 to 19 November 2004. The striker who ended his career, and put goalkeepers to cry, it was famous also for tearing the verb when he thought it should. Therefore, he won the carioca magazine this game that includes language-symbol of the Rolli