Vasco

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CLUBE DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS-2

Antigamente, os bons jogadores brasileiros ganhavam uma bela grana quando assinavam, ou renovavam contrato. Recebiam “luvas”, uma granona por fora. Era por ali que enchiam os bolsos. Um deles, no entanto, jamais embolsou tal dinheirama: o "médio" Ely do Amparo. Mas ele nem ligava. Esquisito? Nada disso. Segundo contou, como “o Vasco vencia dez vezes mais do que perdia”, as gratificações por vitórias e empates cobriam o prejuízo.
Faz sentido! Ely do Amparo fora carregador de "canecos" cariocas por cinco temporadas: 1945/1947/1949/1950/1952. No período, o Vasco venceu 85 vezes e empatou 10. Como ele participou de 88 desses jogos, engordou legal o cofrinho. Tanto que não escondia já ter alguma coisinha dada pela bola.
Ely do Amparo viveu uma outra situação interessante, como atleta. Começou a carreira jogando pela linha média, que incluía um zagueiro, um apoiador e um lateral, aos 14 anos, como juvenil do Brasil Industrial, de Paracambi-RJ, a sua terra. Um amigo o levou para o América-RJ, mas no time do “Diabo” viveu um inferno. Só ficava no banco dos reservas, vendo Danilo Alvim esbanjar categoria. Como estourara a idade e não conseguia barrar o concorrente, arrumou a mala e foi embora. Arrumou emprego, em uma oficina mecânica, de Ribeirão das Lages. Vivia contando aos amigos que vira Danilo jogar. Voltara encantado com a bola do homem.
Ely do Amparo
O destino, porém, preparava uma surpresa para Ely. Em 1942, ele cruzou com Martim Silveira, ex-atleta do Botafogo e então treinador do Canto do Rio. Convidado a voltar ao futebol, aproveitou a chance. Jogou tanto que o Vasco foi pedi-lo emprestado, para o I Tornei Relâmpago do RJ, em 1944. Jogou mais ainda e saiu campeão, formando setor cm Alfredo II e Otacílio. Ao final do empréstimo, voltou ao “Cantusca”. Em 1945, o Vasco o “rebuscou”. E Ely foi formar a linha média vascaína com o cara que tanto admirava. Ficou famosa: Ely, Danilo e Jorge.
FIM DE LINHA -Aquela história rolou até 1955. Na volta de uma excursão, pela Europa, durante escala técnica em Recife, o time desceu do avião para fazer um amistoso com o Sport Clube Recife, que tinha por treinador Gentil Cardoso, que o dirigira no Vasco-1952. Como este precisava de um “xerifão” em sua zaga, convidou Ely para o "cargo".
Ely do Amparo negociou e ganhou passe livre do Vasco, para ser campeão do cinquentenário recifense. Não renovou contato, porque a sua mulher não quis continuar em Pernambuco. De volta ao Rio de Janeiro, em 1955, foi convocado, por Zezé Moreira, para ser o seu auxiliar técnico, no Canto do Rio. Em 1958, o time excursionou à Europa e, para dar experiência à zaga, o chefe insistiu muito, ele desaposentou-se e disputou 18 partidas. Após a saída do velho mestre, ficou segurando a onda, por uns tempos. Em 1959, o cartolão João Silva e o treinador Gradim o levaram para ser auxiliar técnico, em São Januário. Dali por diante, a história de Ely na Colina foi marcada por uma série de entradas e saídas do comando do time. Uma delas é o que se pode chamar de inacreditável: foi demitido após uma goleada. Vamos vê como foi.
CARTOLADA - Em 1959, o Vasco dispensou Gradim, que o levara aos títulos do SuperSuperCampeonato Carioca e do Torneio Rio-São Paulo-1958. Tentou continuar fazendo sucesso com o time dirigido por um ex-atleta seu, o goleiro de 1944, Dorival Knippel, o apelidado Yustrich, mas não deu certo. Ocara entrou, em outubro, e saiu, em março. O cargo, então, foi repassado a um treinador estrangeiro, o argentino Filpo Nuñes, o quinto gringo a dirigir a “Turma da Colina”, depois de Ramón Platero, Harry Welfare, Ondino Viera e Ernesto Scarone. Novamente, não deu certo. “El Bandoneon” (apelido de Filpo) só se segurou por cinco meses. Em 14 de agosto de 1960, por perder do Canto do Rio (1 x 2), também caiu. Antes, havia perdido (31.07) do América (0 x 1) e passado (04.08) por São Cristóvão (2 x 0, com um gol contra) e batido (1 x 0) o Olaria (07.08).
Já que não acertara com Yustrich e nem com Filpo, o Vasco entregou o time a Ely do Amparo, cabra muito macho na zaga dos antigos Vascos. Mandara porrada até no temível capitão da seleção uruguaia de 1950, Obdúlio Varela. Como treinador, Ely mostrava-se mais macho ainda. Enchera de brios o time vascaíno, obtendo oito vitórias seguidas – 21.08 – 4 x 2 Madureira; 27.08 - 2 x 0 Botafogo; 04.09 – 1 x 0 Flamengo; 09.09 – 3 x 2 Bonsucesso; 15.10 – 2 x 0 Madureira; 22.10 – 3 x 0 São Cristóvão; 30 .10 – 6 x 0 Canto do Rio. Ainda empatara duas partidas –: 17.09 –0 x 0 Bangu; 21.09 – 2 x 2 Portuguesa-RJ – e perdera só uma – 30.09 – 0 x 2 Fluminense.
Ely vinha trazendo o sucesso de volta a São Januário. Mas deveria ser um cara muito chato. Com certeza, mais chato do que Abel Picabéa, um argentino do qual diziam ter sido demitido por ser mais chato ainda. Se precisassem de um cara chato, ele não serviria. Afinal, como se explica Ely ter sido tirado do cargo após uma goleada, por 6 x 0?
PICAGROSSA - Ely vivia dizendo que não tinha a pretensão de ser efetivado como treinador do Vasco, porque, de uma hora para a outra, um nome famoso tomaria o seu lugar. E aconteceu. O presidente Allah Batista procurou saber do passado de Abel Picabéa, e soube que, como atleta, ganhara um campeonato argentino, pelo San Lorenzo, e, como treinador, levara o São Cristóvão ao título ganhar o primeiro Campeonato Metropolitano do Rio de Janeiro-1943 (também chamado de Torneio Municipal). Fora, ainda, vice-campeão mineiro-1950, pelo America-MG, e campeão da segunda divisão espanhola, pelo Oviedo, em 1957.
Allah Batista achou que podia apostar no homem, e encarregou o seu diretor Milton Dias Pinho de tratar das negociações. Acertaram um ano de contrato, pagando Cr$ 80 micruzeiros mensais, e prêmios iguais aos dos jogadores. Estava concretizada a previsão de Ely do Amparo.
Abel Picabéa foi um daqueles “hermanos” que chegam e ficam por aqui. Nascido em Buenos Aires (26.07.1906), veio como atleta, aos 31 anos de idade, para o São Cristóvão de 1937. Jogou por quatro temporadas, pendurou as chuteiras e engatou a carreira de treinador, pelo Canto do Rio. Achava que os seus conhecimentos técnicos dos tempos de “médio direito” do San Lorenzo, de Almagro, e do Rosário Central, juntados ao que vivera no São Cristóvão, credenciavam-lhe a uma boa e nova aventura.
Abel Picabéa
Picabéa ficou um ano no "Cantusca". No seguinte, voltou ao São Cristóvão, para mais quatro anos. Passou, depois, por Madureira e Santos (em 1946) e totalizou 12 temporadas de futebol brasileiro. Fincando raízes por aqui. Até 1955, trabalhou, ainda, para o América-MG, o Olaria-RJ, o Palmeiras e a Portuguesa de Desportos. No total, 21 anos de Brasil. Até que o português Sporting o levou. Uma temporada depois já era do espanhol Oviedo – até 1959.
Em 1960, o contrato de Picabéa terminara na Espanha e ele não se decidira pelo futuro. Tirou um tempinho para ir ao Rio de Janeiro, vendar a sua agência de vendas de automóveis. Enquanto resolvia negócios, amigos o indicaram ao presidente vascaíno Allah Batista.
Picabeá recebeu um time forte – Barbosa (Ita), Paulinho de Almeida (Dario), Bellini, Orlando (Russo) e Coronel; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Valdemar); Sabará, Delém, Wilson Moreira e Pinga (Ronaldo) era a base. Mas não demorou muito na Colina. Era pra lá de chato. Só por isso?
Com Picabéa, o Vasco desandou, em relação ao que vinha sendo com Ely do Amparo. Em seis jogos sob nova direção vencera só dois – 04.11 – 2 x 0 Portuguesa-RJ; 26.11 – 1 x 0 Flamengo; empatara dois – 13.11 – 0 X 0 América-RJ; 16.12 – 1 x 1 Olaria – e perdera outros dois – 2011. 01 Bangu; 04.12 – 1 x 2 Botafogo. O "pica-grossa não saía de cima... do muro! (fotos reproduzidas da "Revista do Esporte")

domingo, 30 de dezembro de 2012

CLUBE DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS-3

Treinador do primeiro grupo de nadadores formados em São Januário, Hélio Lobo foi envolvido em muita fuxicaria quando deixou São Januário.  Ele havia passado seis temporadas na Colina e pedira demissão na oportunidade em que todos os dirigentes da natação vascaína saíram, em 1961.

Lobo (quarto em pé, da esquerda p/direita) não demorou a vencer na Colina
À “Revista do Esporte” Nº 43, de 2 de janeiro de 1960, ele garantiu que a sua saída fora provocada por problema de saúde. “Não saí aborrecido com ninguém... E, também, já sentia  a necessidade de dar oportunidades aos mais entusiastas... Já não sinto mais aquele ardor. Não podendo dar a assistência que gostaria de dar, resolvi parar, depois de quase 20 anos de vitórias”, discursou.
 Uma outra prova de que não saíra por problemas com dirigentes, segundo Lobo, era o fato de um dos seus filhos, Antônio Carlos e José Alberto, terem ficado como nadador do Vasco, inclusive com o segundo sendo um ardoroso torcedor do clube.
Hélio Lobo fora tirado do Fluminense, clube pelo qual passara 14 anos, formando muitos campeões. Com os tricolores, havia ganho todos os títulos possíveis da natação brasileira. Formado, pela Escola Nacional de Educação Física,  se dedicava à modalidade desde 1938. Chegou a ser nadador do Guanabara, segundo ele, nada bom e em uma época em que nem haviam piscinas nos clubes. Tinha por sua maior glória ter visto a bandeira brasileira hasteada após a prova dos 1.500 metros das Olimpíadas-1952, na Finlândia, quando Okamoto conquistou a medalha de bronze.  “...era a primeira vez em que o Brasil conseguia alguma coisa na natação mundial”, ressaltou.    


sábado, 29 de dezembro de 2012

CLUB DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS - 4

Impressionante! A quantidade de fofocas publicadas pelas revistas antigas sobre o Vasco dá a entender que a Rua General Almério Moura era aquela tradicional cerca de quintal de interior, onde as comadres se reuniam para falar mal de todo o povo da cidade.
 Um perfeito exemplo disso foi o rolo da contratação do ex-lateral-direito Paulinho de Almeida, como treinador, para a temporada de 1968.
Paulinho de Almeida
A cartolagem havia derrubado o então maior ídolo cruzmaltino, o ex-centroavante Ademir Marques de Menezes, que não tinha como fazer milagres com um grupo fraco. Em seguida, ficou definido que Evaristo de Macedo ou Flávio Costa assumiria o comando da equipe.
 Mas o que rolou? O presidente eleito, Reinaldo Reis, surpreendeu a todos e contratou Paulinho, durante reunião na casa do vice eleito, Agatirno da Silva Gomes, em 20 de dezembro daquele “meia-sete”. Tocou o reu!
 Um dos “cardeais” vascaínos, Alah Batista, não gostou e rolaram agitações da galera. Inclusive, com a chefe da torcida, Dulce Rosalina, indo para a frente do Edifício Cineac, manifestar desagrado público. Pra completar, o presidente do Olaria, Norberto Alcântara, soltou os cachorros pra cima de Paulinho, que colocara o clube da Rua Bariri entre os oito primeiros da temporada carioca-67. Segundo ele, mesmo já acertado com a “Turma da Colina”, o treinador lhe prometera renovar contrato.
Os dirigentes vascaínos, no entanto, negociaram uma trégua, para o Natal. Marcou-se um almoço no Clube Comercial, e um grupo de beneméritos de maior prestigio saiu da reunião dizendo que apostaria na contratação de Paulinho. Na imprensa, uma das primeiras notícias divulgadas sobre os planos de Paulinho fora um listão de dispensas, para trabalhar só com 20 atletas. Do grupo que receberia, ficariam só os goleiros Pedro Paulo e Valdir Apple; os defensores Jorge Luís, Sérgio, Álvaro, Major e Almir; os apoiadores Oldair e Danilo Menezes, e os atacantes Nei Oliveira, Adílson Albuquerque e Valfrido. (foto reproduzida de "Esporte Ilustrado". 

CHICO DOS FUXICOS -Líder invicto, absoluto, campeão imbatível dos fuxicos, o Vasco não conseguia uma trégua com a paz, antigamente. Vamos para 1958, a temporada em que ganhou tudo o que disputou. Pelo Nº 122 de Manchete Esportiva, que circulou a partir  do dia 22 de março, o  ex-“scratchman” e então “chofer-de-praça” (no Rio de Janeiro),  Francisco Aramburo desceu a pancada no seu ex-treinador Flávio Costa.    
Barbosa, Haroldo, Augusto, Ely, Danilo, Jorge (em pé), Sabará, Alfredinho, Ademir, Ipojucan e Chico 
Conhecido nos gamados por Chico, o ex-ponta-esquerda que o Vasco foi buscar no Rio Grande do Sul, acusou Flávio de ter abreviado a sua carreira, passando a sabotá-lo, em 1952, quando jurava ainda estar bem, conforme entrevista à semanário carioca. “Flávio sabia, perfeitamente, que, se me deixasse aparecer, a torcida, a diretoria do clube e a própria imprensa o obrigariam a me escalar. Aí está por que abandonei o futebol”, declarou. Adiante, acrescentou: “Acredito que (o) Flávio Costa não gostasse de mim... embora o respeitasse, porque não o bajulasse”.
Chico foi  motoristas de praça após pendurar as chuteiras
Os torcedores vascaínos de hoje, muito provavelmente, não sabem que Chico teve uma passagem parecida com a de outro colega, o coringa Alfredo. Ao deixar São Januário, ambos treinaram pelo Flamengo, mas ficaram só nos treinos. Alfredo chegou a viajar com o novo grupo, deixando a lenda de que não tivera a coragem de vestir a camisa do rival. Mais tarde, voltou à Colina. De sua parte, Chico contou isso à Manchete Esportiva: “Depois de parar (por) muito tempo, e não podendo me dedicar, exclusivamente, ao futebol, não deu certo. Em verdade, fui treinar no Flamengo sem convicção”.
Atleta cruzmaltino desde 1942, Chico ficou em São Januário por 12 temporadas. Foi campeão carioca em 1945/1947/1950/1952 e campeão sul-americano, em 1948. Ele é o 12º artilheiro da história do Vasco, com 127 gols. Da sua turma de 1952, só o centroavante Ademir Menezes e o goleiro Barbosa continuaram após ele parar. Ademir foi até 1956 e Barbosa até 1961, levando-se em conta que o desgaste físico do arqueiro é menor. “Se não fosse a injustiça sofrida em 1952, ainda estaria em evidência, em 1958”, afirmou Chico.
COMENTÁRIO DO “KIKE” - Em 1958, Chico estava com 38 anos. Seguramente, não barraria Pinga na ponta-esquerda vascaína. E nem outros concorrentes da sua posição, como Zagallo, do Botafogo; Escurinho, do Fluminense; Pepe, do Santos, e Canhoteiro, do São Paulo. Se Flávio Costa não gostava dele, porque o teve como titular do “Expresso da Vitória” que pilotou? E porque o convocou para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1950? Só há uma resposta: Vasco, campeão de fuxico.   


CALENDÁRIO - 29,. 30 E 31 DE DEZEMBRO

                                                29 DE DEZEMBRO

Esta é a data: 29 de dezembro. Nela, o Vasco mandou a sua segunda maior goelada, 12 x 0 Andarahy, pelo Campeonato Carioca de 1937 – a principal foi 14 x 1 Canto do Rio, em 6 de setembro, pelo Cariocão de 1947. Também,  em um “29 do 12”, mandou a sua oitava maior vitória em número de gols: 8 x 1 Olaria, pelo Estasdual de 1935. Pra formar o “trio fina da pancadaria”, em 1938, sapecou 7 x 1 pra cima do São Cristóvão. Mas ainda teve 4 x 1, em 1999, contra o marroquino Raja Casablanca.
VASCO 12 X 0 ANDARAHY foi em uma noite de quarta-feira, nas Laranjeiras. Tratou-se de uma “tremenda covardia” cruzmaltina, pois o adversário caía pelas tabelas, terminando como o último colocado da temporada oficial carioca de 1937, com apenas duas vitórias  e um empate, em 22 jogos, marcando 29 e sofrendo 99 gols, o que lhe deixou com o terrível saldo negativo de 70 bolas no filó. Mas o problema não era do Vasco.
 A noite dos 12 x 0 foi de Luna (4), Niginho (4) e Alfredo (3). “Ficaram carecas de tanto fazer gols”, como era gíria do torcedor da época, que viu, também, um gol de Feitiço durante aquela balaiada. O apito foi de Haroldo Dias da Mota e o time da cruz patê que castigou foi: Joel, Zé Luis e Itália; Poroto, Zarzur e Calocero; Armandinho, Alfredo, Niginho, Feitiço e Luna 99.
No Carioca de 1937, o Vasco ficou em terceiro lugar, mas teve o principal artrilheiro, Niginho, com 25 tentos. Até os 12 x 0 Adarahy, o clube já colecionava várias goleadas acachapantes, além das duas já citadas: 01.05.1927 -  11 x 0 Brasil-RJ; 07.04.1929 -  9 x 0 Bangu; 21.041926 - 9 x 3 Brasil-RJ; 15.11.1937 – 7 x 1 Olaria; 21.11.1937 – 7 x 2 Andarahy;  09.11.1930 – 6 x 0 Fluminense.  

VASCO 8 X 1 OLARIA, pelo terceiro turno do Campeonato Carioca de 1935, foi em um domingo, em General Severiano. Lóris Cordovil apitou e  Luiz de Carvalho (3), Orlando (2), Kuko, Horácio, de pênalti, Gradim e Luna mataram. A turma da impiedade foi: Panelo, Osvaldo e Itália (Gringo); Oscarino, Zarzur e Calocero; Orlando, Luiz de Carvalho, Gradim, Kuka e Paiva.
O Olaria é um tradicional freguês vascaíno. Além dos 8x 1 de “29 do 12” de 1935, anote outras abaixo: 12.07.1936 – 5 x 0; 18.10.1936 – 5 x 0; 15.11.1937 – 7 x 1; 15.12.1937 – 5 x 1; 04.05.1947 – 6 x 2; 17.10.1948 – 5 x 1; 13.11.1964 – 5 x 0; 04.11.1978 – 5 x 0; 23.06.1991 – 5 x 0; 08.02.1995 – 6 x 1; 11.02.1996 – 6 x 2; 13.05.2000 – 6 x 1; 07.02.2006 – 6 x 0;
VASCO 7 X 1 SÃO CRISTÓVÃO foi em uma quinta-feira, pelo Campeonato Carioca de 1938, em São Januário.  Fantoni (2), Orlando (2) Lindo, Alfredo e Villadóniga não tiveram pena de mandar bolas no barbante do “Santo”, outro freguês de caderno da rapaziada da Colina. O tíme daquela partida, escalado por Gentil Cardoso, contou com: Joel, Jahu, Florindo, Zarzur, Alfredo I e Marecelino; Orlando, Lindo, Fantoni, Villadoiga e Luna
VASCO 4 X 0 RAJA CASABLANCA, em 29 de dezembro de 1999, amistosamente, em uma quarta-feira, no Maracanã, é o que se pode chamar de “O últmo jogo do século”. Mas não foi muito  não, pois o século 21 começou em 2001. Só para efeito de marketing comercial  e “carnaval” da imprensa se pode jogar aquele lance.
Enfim, o “último duelo” vascaíno do século passado foi contra um time marroquino. Gilberto bateu primeiro na rede, aos oito minutos e Romário fez o outro do primeiro tempo, aos 18. Na etapa final, Odvan, o “zageiro-zagueiro”, deixou o dele, aos 23, para o “Baixinho” Romário “mandar a conta para o Taj Mahal”, aos 47.
Carlos Alberto Duque apitou o único jogo entre as duas equipes, na época em que o “Delegado” Antônio Lopes escalou eta rapaziada: Carlos Germano; Jorginho, Júnior Baiano, Mauro Galvãop (Odvan) e Gilberto; Amaral, Juninho Pernambucano (Paulo Miranda), Felipe, Ramon Menezes (Alex Oliveira); Donizete ‘Pantera” (Viola_) e Romário

RESUMO: 29.12.1935 – Vasco 8 x 1 Olaria; 29.12.1937 – Vasco 12 x 0 Andarahy; 29.12.1938 – Vasco 7 x 1 São Cristovão; 29.12.1948 – Vasco 2  x 0 São Paulo; 29.12.1999 – Vasco 4 x 1 Raja Casablanca-MAR.

                                                          30 DE DEZEMBRO
Goleada sobre um có-irmão e o "Mestre Ziza" vestindo a jaqueta cruzmaltina. São as principais  marcas positivas dos 30 de dezembro colineiros. Anote: 

Zizinho (segundo agachado à esquerda) teve o prazer de voltar a jogar com o amigo Ademir.

VASCO 5 X 1 PALMEIRAS-RJ - Sacode do segundo turno do Campeonato Carioca da Segunda Divisão-1917, em um domingo, na Rua Figueira de Mello. Era a segunda temporada  vascaína no futebol. Para aquela disputa, o Vasco (último colocado da Terceira Divisão-1916), foi beneficiado pela troca da Liga Metropolitana de Sports Athléticos, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, que aumentou o número de times em cada divisão, subindo os vascaínos e mais cinco equipes da "Terceirona".
CAMPANHA - Na "Segundona-1917", o "Almirante" fez 16 jogos, vencendo nove, empatando três e perdendo quatro. Marcou 40 e sofreu 31 gols, com estes resultados: 27.05 - 4 x 2 Icarahy; 03.06 - 2 x 2 Brasil-RJ; 10.06 - 2 x 0 Paladino; 08.07 - 3 x 5 Cattete; 22.07 - 0 x 2 Palmeiras-RJ; 05.08 - 5 x 0 Progresso; 02 .09 - 3 x 0 Boqueirão do Passeio; 09.09 - 1 x 0 Ríver São Bento; Returno:16.09 - 6 x 1 Brasil-RJ; 14.10 - 0 x 6 Cattete; 11.11 - 1 x 0 Paladino; 25.11 - 3 x 3 Icarahy; 02.12  - 1 x 6 Progresso; 16.12 - 1 x 1 Ríver; 23 .12 - 3 x 2 Boqueirão do Passeio; 30.12 - 5 x 1 Palmeiras-RJ.

VASCO 1 X 0 SÃO CRISTÓVÃSO - Aqui valeu pelo Campeonato Carioca-1951, em um domingo, em São Januário. Maneca foi o homem na rede rede, Otto Glória o treinador e este o time: Barbosa, Laerte e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Noca, Maneca, Ademir Menezes, Jansen e Dejayr. Está no caderninho como o 60º encontro com o "Santo", pelo Estadual.  

VASCO X SÃO CAETANO-SP -  Partida que não completada, pelas finais do Campeonato Brasileiro-200,  em uma tarde de infortúnio, em São Januário. Uma grade de proteção desabou, provocando ferimentos em muitos torcedores. Estabeleceu-se um pandemônio dentro do gamado e na arquibancada, levando o governador do Rio de Janeiro a proibir uma eventual continuação da partida. Um novo encontro foi marcado para janeiro de 2001, quando a rapaziadas mandou 3 x 1 e saiu do gramado do Maracanã carreando o caneco. 
As duas grandes feras

VASCO 3 X 2 RACING-ARG - Além de Leônidas da Silva, Pelé, Garrincha e Zico, um outro supercraque do futebol brasileiro também vestiu a camisa cruzmaltina: Zizinho. Foi durante o Torneio do Atlântico, disputado por Vasco, Flamengo e os argentinos Independiente e Racing, no Maracanã.
 Era um grande desejo do extraordinário craque voltar a jogar, um dia, na mesma equipe do seu grande amigo Ademir Menezes, colega de Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo-1950. E Thomás Soares da Silva, o Zizinho, teve tal prazer, em duas oportunidades – em 1967 e em 1972, ele voltou à Colina, como treinador.
No 30 de dezembro de 1955, Charles Williams apitou e Pedro Bala, Vavá e Pinga marcaram os gols sobre os "hermanos", com a escalação sendo: Hélio, Paulinho de Almeida e Dario; Mirim, Orlando (Laerte) e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Vavá, Pinga e Wilson (Ademir) – relembrando: o outro jogo do Zizinho vascaíno havia sido três dias antes,  no 1 x 4 Independiente-ARG, com o gol da rapaziada  anotado por Pedro Bala, sob apito de Harry Davis –  jogaram Hélio, Dario e Coronel; Mirim (Laerte), Orlando e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Ademir (Vavá), Pinga (Alvinho) e Parodi (expulso de campo, no segundo tempo) e (Wilson).

                                                                     31 DE DEZEMBRO
 O Vasco já disputou duas partidas no virar do calendário. Em 31 de dezembro de 1929, venceu o Palestra Itália-SP, atual Palmeiras, amistosamente, em uma terça-feira, em São Januário, e, em 1950,  passou por um rival carioca, no Maracanã. O que aconteceu:


VASCO 3 x 1 PALESTRA ITÁLIA-SP  foi o oitavo dos difíceis amistosos disputado com a futura Sociedade Esportiva Palmeiras. O duelo era tão equilibrado, inicialmente, que cada um venceu dois jogos, com destaque para uma goleada cruzmaltina, por 4 x 0. O restante foi empates. Confira: 28.09.1924 Palestra Itália-SP  2 X  0 Vasco; 15.11.1924 Palestra Itália-SP  1 X  1 Vasco; 15.08.1925 - Palestra Itália-SP  2 X  0 Vasco; 30.08.1925 Palestra Itália-SP  1 X  1 Vasco; 18.12.1927 Vasco 4 x 0  Palestra Itália-SP; 08.01.1928 Palestra Itália-SP  1 X  1 Vasco; 22.01.1928 Palestra Itália-SP 1 X  1 Vasco; 31.12.1929 Vasco 3 X  1 Palestra Itália-SP.

VASCO 2 X 1 BANGU - Este jogo fez parte da campanha cruzmaltina rumo ao título carioca da temporada-1950. Mário Gonçalves Vianna apitou e os gols da "Turma da Colina" foram marcados por Ipojucan e Maneca. O time, dirigido por Ondino Vieira, formou com: Barbosa, Augusto e Laerte; Ely, Danilo e Jorge; Alfredo, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Djair. (Fotos reproduzidas da revista O Cruzeiro).


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CLUB DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS - 5




O meia Rubens Josué da Costa, revelado pelo Ipiranga, de São Paulo, era considerado “o melhor jogador do mundo”, quando estava no Flamengo. Inclusive, era chamado de “Doutor Rubis”, pela classe exibida. Mais? Quando o grupo empresarial de Adolpho Bloch lançou a sua “Manchete Esportiva”, para a capa do Nº 1, quem foi o escolhido? Claro, Rubens. Vestido como um mestre.
Mas, para o torcedor, o craque-herói de hoje pode ser o perna-de-pau execrado de amanhã. Com Rubens, não se chegou a tanto, mas, de um momento para o outro, o tricampeão carioca não era mais imprescindível ao time rubro-negro. Como um exilado, foi parar no futebol pernambucano, defende o Santa Cruz. Mas não recuperou o seu cartaz. Jogar bem, um craque jamais esquece. E Rubens não poderia ter esquecido tão rapidamente. O problema do “doutor de bola”,descobriram os doutores da medicina, estava em sua “caneta” direita. Era preciso passar a faca nos meniscos. Não teve jeito!
  Bom vendedores de vinho, bacalhau, pimentões e castanhas, os paredros portugueses de São Januário não eram de jogar dinheiro fora. Mesmo diante de tanto fuxico envolvendo Rubens, resolveram apostar. Pôiz, pôiz, oh gajo! Se o rival Flamengo não o queria mais, era bom ter cuidado. O Vasco pagou Cr$ 200 mil cruzeiros para apostar no “Doutor Rubis”, porque não era preço de craque. Se não desse certo, perderia pouca grana; se vingasse, sairia de graça, ó pá!                           
Pois bem! O Vasco pediu um parecer a uma junta médica, virou o meia pelo avesso e fechou o negócio. Negócio fechado, o cartolão Antônio Calçada ia pra cima do técnico Martim Francisco, querendo saber do que ele achava do jogador, que jurava estar em condições de jogar, garantia não pensar em roubar o clube. A fofoca corria solta. Para a imprensa e a torcida, não tinha assunto melhor. A torcida do Flamengo ria da portuguesada, dizendo que o Vasco comprou jogador bichado, refugo da Gávea, e por aí rolava.
Na onda da fuxicaiada, “Manchete Esportiva, pelo seu Nº,97, de 28 de setembro de 1997, abriu três páginas sobre o caso, estampando cinco fotos (uma delas mostrando o atleta fazendo exercícios de fisioterapia) e ainda um desenhinho. Rubens recuperou-se e até foi titular na maior parte do Campeonato Carioca de 1958, mas, nas partidas decisivas, perdeu a vaga para Valdemar. E o fuxico aumentou.


CLUB DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS - 6


Pinga trocu de posição e arrasou com Martim

A genealogia vencedoras dos antepassados do treinador Martim Francisco não intuía que o Andrada dos desportos desprezasse esforços terrenos e buscasse forças do além para o Vasco vencer. Mesmo assim, lhe atribuíram contatos com terreiros de macumba, em busca dos dois pontos nos gramados. E muita supertição. Martim defendia-se, dizendo que, meramente, procurava resolver preocupações íntimas de seus atletas e de interesses do clube.
Durante a campanha que levou o Vasco ao título carioca de 1956, certo de que só retribuindo à confiança que o grupo tinha nele poderia chegar ao caneco, jamais foi áspero com seus atletas, nunca culpou ninguém por nada. Indagado pelo destaque da partida, respondia: “Todos! Todos jogam em função da equipe. O sucesso pertence a todos”. Na derrotas, pretendia: “O culpado sou eu, que não soube distribuir as funções como deveria. Os jogadores fizeram, exatamente, o que eu mandei”.
Sabará era dos poucos conhecidos do chefe
Na década de 1950, eram os treinadores quem dirigiam os treinos físicos das equipes. Martim Francisco era criticado por não ter diploma de treinador. Era chamado de “curioso”. No entanto, alegava ter passado por vários cursos técnicos, como o da Escola Estadual de Educação Física de Minas Gerais, e invocava ter desenvolvido conhecimentos científicos da calestênia, durante a viagem como Vasco à Europa. Para desenvolver o seu trabalho em São Januário, Martim Francisco precisava contar com uma grande equipe. Esta incluía o auxiliar técnico Augusto da Costa, ex-lateral vascaíno; o médico Valdir Luz; o dentista Lakir Aguair; o diretor de concentração Lafayette Thomaz; o assistente administrativo José Rodrigues; os massagistas Bento Mariano e Francisco Assis; o enfermeiro Sérgio; o roupeiro Francisco; o sapateiro Antônio Lopes; o zelador Amaro e o mensageiro Sabarazinho.
PANELA DE RESSÃO – Como o futebol carioca era cheio de fuxicos, quando o Vasco contratou Martim Francisco, o presidente Arthur Pires e o vice Antônio Calçada tinham um plano: enviar a equipe à Europa, a fim de que o novo comandante da rapaziada pudesse obervar, trabalhar, calmamente. Sem atribulações e cobranças, poderia selecionar o material a ser usado durante o Campeonato Carioca e voltar com uma base.
Bellini estava em baixa e logo decolou
Como os resultados da fase laboratorial não foram bons, a diretoria cruzmaltina não deixou de inquietar-se. Ferviam críticas na imprensa carioca. Mas o clube não esperava êxito instantâneo, com mudança de treinador e de método de trabalho, principalmente, sabendo que, na Europa, sempre se jogava contra times fortes. Foi dentro desse contexto que Martim Francisco traçou o perfil do time que viria a ser o campeão carioca.
Para o presidente Arthru Pires, a identificação de ideias, ações e pensamentos dos dirigentes do departamento de futebol foi um dos responsáveis pelo título. “O que o treinador pediu, teve”, disse ele ao Nº 58 da revista “Manchete Esportiva”, considerando Martim Francisco “decisivo e sabendo dosar o trabalho físico que fez o Vasco ser o único time, em todo o certame, com uma equipe ouças vezes mexida”. O presidente vascaíno considerou os jogos contra o Botafogo (3 x 2, em 25.11), o América (1 x 0, em 07.12) e o Bangu (2 x 1, em 15.12) como as chaves da conquista que gerou um superávit de Cr$ 6 milhões de cruzeiros.
Martim Francisco usou 16 jogadores para se campeão carioca em 1956. Para a imprensa, a revelação foi o lateral-esquerdo Coronel, saído do time juvenil. Testado em um time misto que fez vários amistosos pelo Brasil, o garoto claudicou nos jogos em que o time não atuou bem na Europa. Mas Martim via futuro nele e o bancou. Já o craque eleito por todos os homens das imprensa foi o meia Válter Marciano. Ataque empurrado por ele era sucesso garantido. Além da classe, jogou com muito amor à camisa. A ponto de chorar, após a partida contra o Bangu, por achar que tivesse jogado mal.
Se o craque Válter era unanimidade, para o colunistas Nélson Rodrigues, a alma do time era o zagueiro Bellini. Não só Nélson, mas todos que foram aos jogos do campeão tinham tal pensamento. Jogava duro, mas na bola. Se esta pintasse na área vascaína, haveria o bico de duas chuteiras tentando brecar o lance. Estava em baixa e foi reativado por Martim Francisco Ribeiro de Andrada, tetraneto do “Patriarca da Independência do Brasil”, José Bonifácio de Andrada e Silva, e sobrinho-neto do líder republicano Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.

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Em 1970,o Vasco entrava na 12ª temporada sem um título estadual. Porrada de todo lado em sua cartolagem. O ambiente era terrível na Colina. Até cassação de presidente –Reinaldo Reis – já rolara – em 1969. Das arquibancadas, a galera não se entendia com o time. Na sede, o apoiador Bougleux estava proibido de entrar. Fuxico por todos as vias que levavam à Rua General Almério de Principalmente, depois que o atacante Valfrido cuspira na cara de um torcedor.
Buglê (D), de banido a capitão
Se tanta bagunça dava assunto para a imprensa malhar e malhar o Vasco, o barco quase foi ao fundo do poço, quando o cartola que mandava no futebol cruzmaltino, João Silva (ex-presidente e ex-vice) decidiu contratar o técnico Elba de Pádua Lima, mandado embora do Flamengo sob a acusação de não ter pulso para comandar um time. E se poderia piorar mais, porque não tentar? Então, João Silva com tratou o capitão José Bonetti, em um momento em que toda a nação odiava os militares que estavam no poder, naquele momento mais duro da repressão patrocinada pelo governo do presidente Garrastazu Medici.
MAIS PANCADA - José Bonetti teve que se virar para convencer torcida, cartolas da oposição, sócios do clubee a imprensa que João Silva não escalaria ao time. Tim chegava para arrumar a casa, só ele decidiria quem jogaria, ou não. Ninguém acreditou. A fuxicaria continuou.
Tim começou a trabalhar. Conseguiu a reintegração de Bougleux, que, de banido, passou a capitão do time, e montou com este uma espinha dorsal que incluía o goleiro Andrada e o atacante Silva. Chegou a quarta rodada, e o goleiro do Campo Grande, Sanches, fechou o gol contra o Vasco: 0 x 0 e clima pesado no vestiário. No entanto, Tim conseguiu segurar a rapaziada, sob o argumento de que eles haviam passado por “um acidente de trabalho e que aquilo voltaria a se repetir”. No jogo seguinte, novo empate, com o Fluminense. Mas o time viu que Tim tinha razão. Eles estavam pegando pesado. Os goleiros era que não lhes deixava balançar o filó. ali pro diante, a rapaziada foi com muita gana em cada bola, em cada jogo, ganhou o respeito da torcida, dos adversários. Até o zagueiro Renê, que fizera nome de “pauladeiro” no Bonsucesso, vinha jogando beme já fazia parte da “espinha dorsal” de Tim.
Ninguém criticava mais João Silva. Bonetti, porém, não estava gostando nada de ver tantos cartazes apregados pelas paredes de São Januário, proibindo de tudo. Um dia, trocou o espírito de capitão pelo de “sargentão”, enfiou a mão nos cartazes e rasgou um a um. Acabava o último resquício do mandonismo dos cartolas, que viviam acusando os jogadores de indisciplina, para justificarem os fracassos do time. Agora, todos iriam ser ouvidos pela comissão técnica. E a fuxicaria pela rasgação dos cartazas se espalhou pela Rua Acre, onde rolava a boca maldita do “Almirante”.
VASCAÍNO CONTRA EX-VASCAÍNO - O tempo foi passando e a fuxicaria diminuindo, graças a resultados satisfatórios dentro dos gramados. No dia 2 de junho, o adversário seria o Madureira, treinado pelo ex-vaScaíno Jair Rosa Pinto. Pelas contas de Tim, se vencesse um grande e um pequeno, ele manteria o time focado, já que a disputa pelo título estava apertada. OMadureira mandou uma tremenda retranca no primeiro tempo. O Vasco só conseguiu duas finalizações. Na etapa final, o “Batuta” Silva resolveu. Abriu a retranca do “Madura, cadenciou e cantou o jogo e os deslocamentos da patota. Então, sobrou para Alcir Portella fazer o segundo gol e liquidar a conta.
Que viessem Campo Grande, América, Botafogo e Fluminense. O Vasco era mais Vasco. E as contas de Tim deram certo: 2 x 0 Madureira (pequeno); 3 x 2 América (médio); 5 x 0 Campo Grande (pequeno) e 2 x 1 Botafogo (grande). Contra o Fluminense, não valeria mais nada. O Vasco já acabara com o tabu, de 12 anos, sem títulos estaduais. Campeão na bola e no fuxico! (foto de Jair reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com). Agradecimento.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CLUB DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS -8

Maior ídolo do clube, atleta que mais gols marcou gols e mais vezes vestiu a jaqueta cruzmaltina (1.110), Roberto Dinamite, também, não escapou de um bom fuxico, em São Januário. Após sete anos de casa, com ficha limpa, chegou a srer acusado, por um cartola,  de fazer corpo mole, e foi multado, em 60% dos vencimentos. Aconteceu em 1977.
Roberto contou esta mágoa a uma revista sobre a sua carteira (foto), publicada pela Rio Gráfica e Editora. Conforme relato às páginas 69 e 70, ele havia passado a sexta-feira em tratamento intensivo, de uma entorse, em um dos joelhos. No sábado, enfrentou um teste físico, sentiu dores e acabou vetado, para a partida. Em seguida, foi encontrar os colegas no almoço. E comunicou à supervisão que iria para casa. Então, ouviu que deveria ficar internado, em uma casa de saúde, com o que discordou, assegurando que a clínica não faria tal tratamento no final de semana. Concordava com internação a partir da segunda-feira. E foi embora.
No domingo, prosseguiu Roberto contando à revista, ele foi ao Maracanã, com a sua mulher, Jurema. Ao escutar, pelo rádio, a informação da chegada do time vascaíno, desceu até o vestiário, para desejar boa sorte à rapaziada. Lá, encontrou-se com o vice-presidente médico, que o indagou porque ele não jogaria. “Expliquei-lhe o problema e gerou um bate-boca. No instante, chegou o presidente Agathyrno Gomes, também achando que eu deveria jogar. Pedi-lhe que reunisse o grupo, para eu alertar que poderia prejudicar o time, caso fosse a campo e sentisse a contusão. Voltei onde estava, para avisar à minha mulher que deveria jogar. No regresso ao vestiário, disseram-me que não precisavam mais de mim para aquele jogo.”
Clima tenso criado, Roberto concedeu entrevista a uma TV, dizendo que não sabia ao certo o nome do vice-presidente médico, "Diomedes ou Guiomedes e só aparece em dias de clássicos". Dias depois, revelou que um filho do cartola contara que o pai apanhara uma arma, para pegá-lo à saída da emissora, mas fora contido por um amigo. “Aconteceu no domingo. Na segunda-feira, enviaram a multa à Federação”, contou o hoje presidente do Vasco.    
DETALHE: Roberto disse à revista que o caso ocorreu no dia de um jogo contra o Botafogo. Deve ter-se enganado, pois, em 1977, ele esteve presente nas três partidas oficiais entre os dois clubes – 09.05 - Vasco 2 x 0; 21.08 – Vasco 2 x 0; 13.11 – Vasco 0 x 0 Botafogo.  Dos 30 compromissos vascaínos do Estadual-RJ, o único em que ele ficou de fora foi conta o Madureira, no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, em 10 de setembro – Vasco 2 x 0.
Naquela temporada, Roberto Dinamite marcou 25 dos 69 gols do time, que sagrou-se campeão estadual, com 25 vitórias, quatro empates e só uma queda. Treinado por Orlando Fantoni, a formação-base era: Mazaropi; Orlando ‘Lelé’, Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio ‘Tri’;  Zé Mário, Helinho e Dirceu Guimarães; Wilsinho, Roberto e Ramon Pernambucano.
Pois é! Roberto foi campeão, artilheiro e multado. Fuxicos da Colina! Dinamitaram o Dinamite!

CLUB DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS-9


Pinga trocu de posição e arrasou com Martim
A genealogia vencedoras dos antepassados do treinador Martim Francisco não intuía que o Andrada dos desportos desprezasse esforços terrenos e buscasse forças do além para o Vasco vencer. Mesmo assim, lhe atribuíram contatos com terreiros de macumba, em busca dos dois pontos nos gramados. E muita supertição.  Martim defendia-se, dizendo que, meramente, procurava resolver preocupações íntimas de seus atletas e de interesses do clube.
 Durante a campanha que levou o Vasco ao título carioca de 1956, certo de que só retribuindo à confiança que o grupo tinha nele poderia chegar  ao caneco, jamais foi áspero com seus atletas, nunca culpou ninguém por nada. Indagado pelo destaque da partida, respondia: “Todos! Todos jogam em função da equipe. O sucesso pertence a todos”. Na derrotas, pretendia: “O culpado sou eu, que não soube distribuir as funções como deveria. Os jogadores fizeram, exatamente, o que eu mandei”.
Sabará era dos poucos conhecidos do chefe
Na década de 1950, eram os treinadores quem dirigiam os treinos  físicos das equipes. Martim Francisco era criticado por não ter diploma de treinador. Era chamado de “curioso”. No entanto, alegava ter passado por vários cursos técnicos, como o da Escola Estadual de Educação Física de Minas Gerais, e invocava ter desenvolvido conhecimentos científicos da calestênia, durante a viagem como Vasco à Europa. Para desenvolver o seu trabalho em São Januário, Martim Francisco precisava contar com uma grande equipe. Esta incluía o auxiliar técnico Augusto da Costa, ex-lateral vascaíno; o médico Valdir Luz; o dentista Lakir Aguair; o diretor de concentração Lafayette Thomaz; o assistente administrativo José Rodrigues; os massagistas Bento Mariano e Francisco Assis; o enfermeiro Sérgio; o roupeiro Francisco; o sapateiro Antônio Lopes; o zelador Amaro e o mensageiro Sabarazinho.
PANELA DE PRESSÃO – Como o futebol carioca era cheio de fuxicos, quando o Vasco contratou Martim Francisco, o presidente Arthur Pires e o vice Antônio Calçada  tinham um plano: enviar a equipe à Europa, a fim de que o novo comandante da rapaziada pudesse observar, trabalhar, calmamente. Sem atribulações e cobranças, poderia selecionar o material a ser usado durante o Campeonato Carioca e voltar com uma base.   
Bellini estava em baixa e logo decolou
Como os resultados da fase laboratorial não foram bons, a diretoria cruzmaltina não deixou de inquietar-se. Ferviam críticas na imprensa carioca. Mas o clube não esperava êxito instantâneo, com mudança de treinador e de método de trabalho, principalmente, sabendo que, na Europa, sempre se jogava contra times fortes. Foi dentro desse contexto que Martim Francisco traçou o perfil do time que viria a ser o campeão carioca.
Para o presidente Arthru Pires, a identificação de ideias, ações e pensamentos dos dirigentes do departamento de futebol foi um dos responsáveis pelo título. “O que o treinador pediu, teve”, disse ele ao Nº 58 da revista “Manchete Esportiva”, considerando Martim Francisco “decisivo e sabendo dosar o trabalho físico que fez o Vasco ser o único time, em todo o certame, com uma equipe ouças vezes mexida”. O presidente vascaíno considerou os jogos contra o Botafogo (3 x 2, em 25.11), o América (1 x 0, em 07.12) e o Bangu (2 x 1, em 15.12) como as chaves da conquista que gerou um superávit de Cr$ 6 milhões de cruzeiros.
Martim Francisco usou 16 jogadores para se campeão carioca em 1956. Para a imprensa, a revelação foi o lateral-esquerdo Coronel, saído do time juvenil. Testado em um time misto que fez vários amistosos pelo Brasil, o garoto claudicou nos jogos em que o time não atuou bem na Europa. Mas Martim via futuro nele e o bancou. Já o craque eleito por todos os homens das imprensa foi o meia Válter Marciano. Ataque empurrado por ele era sucesso garantido. Além da classe, jogou com muito amor à camisa. A ponto de chorar, após a partida contra o Bangu, por achar que tivesse jogado mal.   
Se o craque Válter era unanimidade, para o colunistas Nélson Rodrigues, a alma do time era o zagueiro Bellini. Não só Nélson, mas todos que foram aos jogos do campeão tinham tal pensamento. Jogava duro, mas na bola. Se esta pintasse na área vascaína, haveria o bico de duas chuteiras tentando brecar o lance. Estava em baixa e foi reativado por Martim Francisco Ribeiro de Andrada, tetraneto do “Patriarca da Independência do Brasil”, José Bonifácio de Andrada e Silva, e sobrinho-neto do líder republicano Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

CALENDÁRIO - 26, 27 E 28 DE DEZEMBRO

   26 DE DZEMBRO
O time vascaíno entrou em campo, pela primeira vez, em um 26 de dezembro, em 1920, empatando, com o Mackenzie, por 3 x 2, pelo Campeonato Carioca da Segunda Divisão. Medina (2) e Antonico marcaram os gols da rapaziada.
Em 1937, a "Turma da Colina" usou a mesma data para receber a visitas do Fluminense, em São Januário, mas pelo Estadual da elite. O árbitro foi Haroldo Dias da Mota e a equipe formou assim: Joel, Poroto e Itália; Rafa, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo, Niginho, Feitiço (Kuko) e Luna (Orlando). 
                                     
                                               27 DE DEZEMBRO

Thomaz Soares da Silva, um cidadão nascido em 14 de setembro de 1921, em São Gonçalo-RJ – viveu até 8 de fevereiro de 2002 – e que seria, hoje, digamos, meia-atacante, tornara-se o maior craque do futebol brasileiro, a partir da década-40. Um dos seus maiores amigos era o goleador vascaíno Ademir Marques de Menezes.
Chamado de “Mestre Ziza”, pelo o jornalista italiano Girdano Fatori, da Gazzeta dello Esporte, durante a Copa do Mundo de 1950, Zizinho tinha um grande desejo: voltar a atuar, um dia, ao lado do amigo Ademir. Ele defendia o Bangu, quando, ao final de 1955, dois times argentinos – Independiente e Racing – vieram ao Rio de Janeiro, disputar o Torneio do Atlântico, contra Vasco e Flamengo.
Zizinho e Ademir
Zizinho e Ademir Menezes 
Foi então que os cruzmaltinos atenderam ao desejo do “Mestre”. Cavalheirescamente, o Bangu o emprestou, e Zizinho pôde voltar a jogar – duas vezes – , no mesmo time do centroavante que considerava um irmão. No primeiro jogo, o Vasco perdeu do Independiente, por 1 x 4, mas recuperou-se no segundo, com 3 x 2 Racing, na disputa do terceiro lugar. (veja na data 28.12).
VASCO 1 x 4 INDEPENDIENTE-ARG foi em 27 de dezembro de1955, no Maracanã, apitado por Harry Davis, auxiliado por Anver Bilate e Pedro Vilas Boas. Gol vascaíno foi marcado por Pedro Bala e o time de São Januário formou com: Hélio, Dario e Coronel; Mirim (Laerte), Orlando e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Ademir (Vavá), Pinga (Alvinho) e Parodi (Wilson). O paraguaio Parodi foi expulso de campo, no segundo tempo.
Três dias depois, novamente no Maracanã, a vitória cruzmaltina foi sob o apito de Charles Williams, auxiliado por Lino Teixeira e Cícero Pereira Júnior. Pedro Bala, Vavá e Pinga marcaram os gols da Turma da Colina, que foi: Hélio, Paulinho e Dario; Mirim, Orlando (Laerte) e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Vavá, Pinga e Wilson (Ademir).

Depois daquilo, Zizinho, ainda, voltou a ser vascaíno, mas como treinador, em 1967 e em 1972. Nesta segunda passagem, ele comandava o time que empatou, por 2 x 2, com o Flamengo, em 7 de maio, quando Tostão estreava como vascaíno.

 O outro jogo na data foi VASCO 2 X 1 SÃO CRISTÓVÃO, no alçapão da Rua Figueira de Melo, onde o o "Santo" engrossava o caldo. Valeu pelo Campeonato Carioca e os crumaltinos não demoraram a bater na rede, por Roberto Pìnto, aos quatro minutos. Dali a mais 20 o dono da casa respondeu no mesmo tom, com Olivar fazendo a festa. Mas pertinho do final da pugna, aos 75, Da Silva garantiu a vitória da "Turma da Colina". O prélio foi apitado por Waldir Rocha Lima, rendeu  Cr$ 102 mil,.740 cruzeiros e teve o time dirigido pelo treinador Paulo Amaral formando assim: Ita, Paulinho, Bellini e Coronel; Nivaldo e Barbosinha; Sabará, Viladoniga, Javan, Roberto Pinto e Da Silva. Detalhe: o comandante do time anfitrião era Danilo Alvim, que havia sido um dos principais ídolos das torcida vascaína até 1952.

VASCODATA: 27.12.1953 – Vasco 1 x 1 Botafogo;  27.12.1955 - Vasco 1 x 4 Independiente-ARG; 27.12.1961 – Vasco 2 x 1 São Cristóvão; 27.12.2000 – Vasco 1 x 1 São Caetano-SP. 


                                                         28 DE DEZEMBRO
Bonsucesso, em 1941; Madureira, em 1947; Fluminense, em 1949, e América, em 1952. Numa escadinha do tempo, eles foram caindo diante da Cruz de Cristo da camisa vascaína, nos 28 de dezembro. Conferindo:  
Telêmaco Frazão
VASCO 4 X 2 BONSUCESSO - O  ‘Bonsuça’ convidou e pagou caro pelo convite para uma visita  à sua casa, em Rua Teixeira de Castro, amistosamente, em um domingo. Mais precisamente no 28 de dezembro de 1941. Com gols de Villadoniga, Gonzalez e Manuel Rocha, o time do treinador Telêmaco Frazão de Lima (foto) mandou ver.

VASCO 2 X 1 MADUREIRA - No 28 de dezembro de  1947, a queda foi do Madureira, pelo Campeonato Carioca. Jogado em um domingo, rolou na casa do adversário, à rua Conselheiro Galvão, com  apito de Carlos de Oliveira Monteiro e  Lelé e Friaça balançando a rede. O time teve: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Djalma, Danilo e Jorge. Friaça, Maneca, Dimas Lelé e Chico. O resultado fez a rapaziada carregar o "caneco", pela terceira vez, desde que subiu à elite do futebol carioca. Naquela temporada, com 11 times e dois turnos, no todos contra todos, não teve pra ninguém. Os vascaínos colocaram sete pontos de vantagem sobre o vice Botafogo, com três rodadas de antecedência.
 Era o seu segundo título vascaíno invicto, daquela vez, com 17 vitórias e três empates. Foi um assombro. A rapaziada marcou 68 gols em 20 jogos, estabelecendo a média de 3,4 tentos por partida. Chegou a mandar 14 x 1 no Canto do Rio e 5 x 2 no Flamengo. Dos gols, Dimas fez 18; Maneca 13; Lelé 10; Friaça e Ismael 8; Chico 5;  Djalma 4; Nestor e Rafagnelli 1.

No "28 do 12 de 1947", os 2 x 1 Madureira foram em um domingo, na casa do adversário, à Rua Conselheiro Galvão, com gols de Lelé e Friaça. Carlos de Oliveira Monteiro apitou e time campeão foi: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Djalma, Danilo e Jorge. Friaça, Maneca, Dimas Lelé e Chico.


              Nestor, Maneca, Ademir,Ipojucan e Mário, 
                           um ataque arrasador 
CAMPANHA: Turno - 03.08.1947 – Vasco  x 2 América; 10.08 – Vasco 4 x 1 Bangu; 17.08 – Vasco 4 x 1 Bonsucesso; 24.08 – Vasco 3 x 3 Olaria; 31.08 – Vasco 5 x 1 São Cristóvão; 06.09 – Vasco 14 x 1 Canto do Rio; 14.09 – Vasco 2 x 1 Flamengo; 21.09 – Vasco 2 x 0 Botafogo; 05.10 – Vasco 5 x 3 Fluminense; 12.10 – Vasco 2 x 1 Madureira. Returno – 19.10 – Vasco 1 x 0 América; 26.10 – Vasco 4 x 0 Bangu; 01.11 – Vasco 3 x 0 Bonsucesso; 09.11 – Vasco 2 x 0 Olaria; 16.11 -  Vasco 3 x 1 São Cristóvão; 23.11 – Vasco 2 x 1 Canto do Rio; 30.11 – Vasco 5 x 2 Flamengo; 07.12 – Vasco 0 x 0 Botafogo; 21.12 – Vasco 1 x 1 Fluminense; 28.12 – Vasco 2 x 1 Madureira.

VASCO 3 X 1 FLUMINENSE - Clássico de 1949, valendo pelo Torneio Rio São Paulo, em São Januário, em uma quarta-feira. Ademir Menezes fez dois, aos 14 e aos 31 minutos do primeiro tempo, e Ipojucan deixou mais um, aos 21 do segundo. Alberto da Gama Malcher apitou e a "Turma da Colina" do dia alinhou: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Alfredo II;  Nestor, Maneca, Ademir, Lelé e Mário.

VASCO  2 x 0 AMÉRICA - Em  1952  foi a vez de derrubar o "Diabo", pelo Campeonato Carioca de uma temporada em que o título foi carregado para São Januário. Alfredo II, de pênalti, e Chico, ambos no primeiro tempo, cuidaram do placar, sob o apito de Tudor Thomas. Time que jogou: Barbosa, Augusto e Haroldo; Ely, Danilo e Jorge; Sabará, Ipojucan, Ademir, Alfredo II e Chico. Técnico: Gentil Cardoso.

 28.12.1955 - Três dias depois de cair por 1 x 4 ante o Independiente-ARG, novamente no Maracanã, oVasco venceu o Racing, por 3 x 2, por um torneio amistoso.  vitória cruzmaltina foi sob o apito de Charles Williams, auxiliado por Lino Teixeira e Cícero Pereira Júnior. Pedro Bala, Vavá e Pinga marcaram os gols da Turma da Colina, que foi: Hélio, Paulinho e Dario; Mirim, Orlando (Laerte) e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Vavá, Pinga e Wilson (Ademir). Depois daquilo, Zizinho, ainda, voltou a ser vascaíno, mas como treinador, em 1967 e em 1972. Nesta segunda passagem, ele comandava o time que empatou, por 2 x 2, com o Flamengo, em 7 de maio, quando Tostão estreava como vascaíno.

 (foto de Telêmaco Frazão de Lima  reproduzida de http://www.radioguaiba.com.br/ e do ataque cruzmaltino de http://www.osgigantesdacolina.com.br/) Agradecimentos.