Vasco

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sexta-feira, 31 de julho de 2020

HISTORI & LENDAS - COLINA DO LEÃO

Em 1942, o Sport Club Recife fez uma excursão pelo Sul/Sudeste do país, anotando 10 vitórias, dois empates e cinco derrotas. O giro começou pelo Rio de Janeiro, com o “Leão da Ilha” perdendo do Flamengo. Mas devolveu  o placar quando voltava dos campos sulistas e passou pela Cidade Maravilhosa, novamente.
Quando voltou ao Rio de Janeiro, o Sport mandou 5 x 4 Vasco da Gama, em São Januário, fazendo o anfitrião encantar-se com o artilheiro Ademir Marques de Menezes, que levou para ser o seu  primeiro grande ídolo de massa. O jogo rolou na tarde do domingo 1º de março e a imprensa da época informou ter sido assistido por 50 mil 220 torcedores, gerando a renda de $ 1.874.265 contos de réis, a moeda que antecedeu ao cruzeiro, que foi substituído pelo real.
Aliás, por  impressionar aos cariocas, o Sport não resistiu ao poder financeiro dos clubes da então capital do país teve de deixas mais gente por lá.  Pirombá ficou com o Flamengo; Magri foi para o América; Mulatinho tornou-se tricolor e o Vasco ainda levou Walfredo.
Na foto reproduzida de “Esporte Ilustrado” – Nº 205, de 12.03.1942 – temos um dos gols pernambucanos, com Pirombá vencendo Lourinho, "de forma inapelável".
Os resultados da excursão rubro-negra leonina foram: 1 x 3 Flamengo; 0 x 0 Palestra Itália-MG; 5 x 1 América-MG; 4 x 2 Atlético-MG; 5 x 8 Juventus-SP; 3 x 4 Santos-SP; 1 x 2 Coritiba-PR; 1 x 0 Britânia; 3 x 1 Coritiba; 4 x 0 Coritiba; 5 x 2 Combinado de Joinville-SC; 3 x 2 Força e Luz-RS; 3 x 0 Grêmio Porto-Alegrense-RS 2 x 2 Internacional-RS; 2 x 4 Avaí-S; 5 x 4 Vasco da Gama e 3 x 1 Flamengo.
Quanto a Ademir Menezes, ele disputou 429 partidas com a camisa curzmaltina, entre 1942 e 1956, marcando 301 gols.         

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - BOCA DO COFRE

A GRANA DA GALERA
A grana foi um fenômeno porque o povo não tinha uma grande renda
O Vasco sempre foi de levar o povão ao Maracanã. Entre os 10 maiores públicos da história da casa, a sua torcida participou de três: o quinto, 174.770, em 1976; o oitavo, 165.358, em 1974, e o 10º, 161.989, em 1981. Todos em jogos contra o seu maior rival, o Flamengo – o maior de todos é Brasil 1 x 2 Uruguai, 199.854, de 16 de julho de 1950, da final da Copa do Mundo.
O jogo entre brasileiros e uruguaios foi, também, o de maior arrecadação naquela década, embora o valor exato oficial nunca se saiba.
Por aquela época, nenhuma partida conseguia aproximar daquela bilheteria. Então, em 29 de março de 1958,  um sábado, pelo Torneio Rio-São Paulo, foi registrada a maior arrecadação de uma partida entre clubes brasileiros: Cr$ 4 milhões. 140 mil 891 cruzeiros, a moeda da época, em Vasco 1 x 1 Flamengo, quando os dois times estavam igualados, com seis vitórias e uma derrota, brigando pelo caneco.
 Pelo Nº 124, de 5 de abril, a Manchete Esportiva destacou: “ No Clássico dos Milhões a vedete foi a renda”. Na abertura da matéria, escreveu: Flamengo e Vasco proporcionaram um espetáculo de raro esplendor... de renda superior a quatro milhões de cruzeiros (a maior de todos os tempos, excetuando-se a do Brasil x Uruguai...).
 O que despertava tanto interesse pela partida era a perspectiva de o vencedor ficar muito perto do título da maior competição do futebol brasileiro. E rolou a pelota. Rubens abriu o placar, para os vascaínos, aos 7 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti, para deixar o adversário passar 24 minutos correndo atrás do empate. Écio foi eleito o melhor do clássico, que teve este Vasco: Hélio *(Barbosa)Paulino (Dario), Bellini; Écio, Orlando e Coronel, Sabará, Almir, Vavá Rubens e Pinga.
 Citou, ainda, a semanário, que Barbosa havia reaparecido no arco cruzmaltino, debaixo da mesma baliza em que sofrera o gol de Gigghia, na final do Mundia-1950. Daquela vez, no entanto, saíra de campo invicto e com nota 8.  E ajudou a encaminhar seu time para o título. Após o clássico, Vasco e Flamengo só tiveram mais um compromisso pelo torneio Rio-são Paulo. Os rubro-negros caíram, ante o Corinthians, por 3 x 0, enquanto os vascaínos golearam a Portuguesa de Desportos, por 5 x 1, E ficaram campeões.
 Com aquele rendão todo, em um tempo em quer a renda média do povo brasileiro era pequena e a maioria dos torcedores não tinha carro para ir ao estádio, dependendo do deficiente transporte público, quem pisou feio na bola foi a "Manchete Esportiva".
 Diante de um fato extraordinário, o maior daquele momento no futebol brasileiro, a revista  dispensou só duas páginas à matéria do grande acontecimento. E com um texto curto. Embora desse capa e contracapa para o fato, o tema exigia muito mais cobertura. Não foi feita a tradicional visita aos vestiários, não se entrevistou os personagens da partida e nada se explorou da quebra do recorde de arrecadação.  Quando nada, Nelson Rodrigues escreveu um bela coluna (Meu Personagem da Semana), escolhendo o meia vascaíno Rubens como o "cara", mostrando os tortuosos caminhos que o ligavam e o separavam do Flamengo, clube que o consagrou e o desprezou, para a sorte do Vasco. Pelo menos,  naquele momento.    

quinta-feira, 30 de julho de 2020

ÁLBUM DA COLINA - PÁGINA 1947

Este time excursionou a Portugal, numa época em que o “Almirante” colocou o “Expresso da Vitória” nos trilhos. No dia em que a rapaziada posou para esta foto, 24 de junho de 1947, rolou 2 x 0 no placar, na cidade do Porto, sobre o time do nome da terra, amistosamente, com gols marcados por Maneca e Chico. Confira os autores da façanha, da esquerda para a direita, em pé: Ely do Amparo, Augusto da Costa, Rafagnelli, Danilo Alvim, Barbosa e Jorge Sacramento. Agachados, na mesma ordem: Mário Américo (massagista), Orlandinho (mascote), Nestor, Maneca, Friaça, Lelé e Chico Aramburo.

This team toured Portugal, at a time when the "Admiral" put the "Express of Victory" on track. On the day the boys posed for this picture, 24 June 1947, rolled 2 x 0 on the scoreboard in the city of Porto, on the team's name from the earth, amiably, with goals scored by Maneca and Chico. Check out the authors of the deed, the left to right, standing: Ely do Amparo, Augusto da Costa, Rafagnelli, Danilo Alvim Barbosa and Jorge Sacramento. Crouched in the same order: Mario Americo (masseur), Orlandinho (mascot), Nestor, Maneca, Friaça, Lele and Chico Aramburo.

VASCODATA


quarta-feira, 29 de julho de 2020

VASCO DAS CAPAS DE REVISTAS - PINGA


O vascaíno Pinga (José Robles) capeou esta revista, que era a mais importante do setor esportivo brasileiro entre as décadas 1920/1940. Aqui, ele aparece ao lado do rubro-negro Evaristo de Macedo, que foi um dos grandes atacantes flamenguistas, de 1953 a 1957.                                                                                 Diferença entre os dois? Pinga disputou a Copa do Mundo-1954, na Suíça, enquanto Evaristo, que tinha tudo para ser o parceiro de Pelé no Mundial-1958, na Suécia, não foi porque o clube que defendia na época, o espanhol Barcelona, não o liberou.                                        Tanto Pinga quanto Evaristo foram, mais tarde, treinadores de seus clubes. Evaristo foi, ainda, supervisor e treinou os cruzmaltinos. 
                                                  The vascaíno Pinga (José Robles) capped this magazine, which was the most important of the Brazilian sports sector between the decades 1920/1950. Here he appears alongside the red-black Evaristo de Macedo, who was one of the great flamenguistas attackers between 1953 and 1957. Difference between the two? Pinga played for the 1954 World Cup in Switzerland, while Evaristo, who had everything to be Pele's partner in the 1958 World Cup in Sweden, was not because the club he was defending at the time, the Barcelona club, did not release him. Both Ginga and Evaristo were later coaches of their clubs. Evaristo was also the supervisor and trained the cross-men.

terça-feira, 28 de julho de 2020

HISTORI&LENDAS DA ISKINA - PRIMERÊZAS

 1 - Vasco da Gama 2 x 0 Interncional-RS foi o placar do primeiro amistoso do Almirante com o clube colorado gaúcho. Está anotado em 25 de março de 1945, no Estádio dos Eucaliptos,em Porto Alegre, com, com gols marcados por Ademir Menezes, as 38 minutos, e  Cordeiro, aos 73.  A equipe vascaína do dia teve: Barbosa, Djalma e Sampaio; Berascochea, Nílton e Argemiro; Ademir (Cordeiro), Lelé, João Pinto, Jair e Chico (Ademir). 

2 - Vasco 3 X 1 Ceará, em um 27 de março domingo de 1955, foi o primeiro amistoso entre os dois clubes, rolado no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Vadinho, Beto e Wilson Ramos marcaram os tentos da rapaziada, com time comandado pelo  lateral-direito e capitão da primeira metade da década-1950, Augusto da Costa, que escalou: Barbosa (Wagner), Ismael e Fernando Fantoni; Amaury, Adésio e Coronel; Pedro Bala, Iêdo, Vadinho (Nélson Curitiba), Beto e Djayr (Wilsn Ramos). 

3 - Em um 28 de março, o Vasco da Gama demoliu seis adversários cariocas. Foram duas pancadas sobre o Flamengo, pelos Torneios Inícios-1926 e 1943; uma pra cima do Botafogo, por 4 x 3, em 1988; 3 x 0 Fluminense, em 2010; 2 x 0 Bonsucesso, em 1976, e 3 x 1 São Cristóvão, em 1945, e 1 x 0, em 1993, além de 5 x 3 Volta Redonda.

4 - Madrugada de 20 de novembro de 1968 – O Vasco jogara, com o Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo. Na volta da torcida ao Rio de Janeiro, o ônibus caiu dentro do Rio Paraíba. A chefe do grupo, Dulce Rosalina, só não ficou inutilizada graças à competência dos médicos Nova Monteiro e Lídio Toledo.
MILAGRE DE SÃO JANUÁRIO, para Dulce continuar a sua história de desfraldar a bandeira cruzmaltina


segunda-feira, 27 de julho de 2020

HISTORI&LENDAS DA COLINA - MOISÉS

 1 -  Vasco das Gama e Cruzeiro decidiam o título do futebol brasileiro, em agosto de 1974, no Maracanã. Ao tentar acertar o atacante cruzeirense Palhinha, o zagueiro Moisés, em sua primeira jogada, para impor respeito, errou o alvo, estourou os meniscos e chorou. Mesmo assim, seguiu no jogo. Só no intervalo comunicou o problema ao médico. Mas disse ao técnico Mário Travaglini que continuaria em campo, pois o time estava sem reserva para ele. Na semana seguinte, foi operado.

OS XERIFÕES MALVADOS TAMBÉM CHORAM, conforme mostrou a bíblia do Moisés da Colina.

2 - Campeonato Carioca-1964 - A Administração dos Estádios da Guanabara-ADEG queria inaugurar o placar eletrônico do Maracanã, e o melhor momento seria em Vasco x Fluminense. Velho inaugurador de estádios, o Vasco já havia inaugurado a iluminação do então Estádio Nacional de Brasília – após o tri da Seleção Brasileira, tornou-se Edson Arantes do Nascimento, "Pelezão", já demolido. No clássico carioca,  Vasco e Flu passaram em branco diante de 20.118 pagantes, que gastaram Cr$ 9 milhões, 607 mil, 410 cruzeiros, a moeda da época. Cláudio Magalhães apitou e a Turma da Colina, dirigida por Duque, formou com: Marcelo Cunha, Joel, Brito e Pereira; Odimar (Maranhão) e Barbosinha; Nilton, Célio, Mário Tilico (Saulzinho), Lorico e Da Silva (Ramos).


O SOWZAÇO DE IMAGENS DO CANAL 100


 O Canal 100" foi um documentário cinematográfico que marcou época nos cinemas brasileiros da década de 1960. Começou em 1959 e era produzido por Carlos Niemeyer, com câmera operada por Francisco Tortura.
 Passava, sempre, junto com os "traillers" dos próximos filmes  a serem exibidos pela casa e mostrava, realmente, lances belíssimos, selecionados, com o movimento, as vezes, se encaminhando para um formato que lembrava o balé.
A gingada do atacante; a defezaça do goleirão voador; o chutaço do artilheiro na trave; o balanço da rede; a bronca do juiz, enfim, tudo o que fazia o espetáculo era festa para a rapaziada do tempo do seu pai.
Na década de 1990, a extinta "TV Manchete" andou exibindo o arquivo do "Canal 100", que traziam, ainda, como grande atração, a tabelinha entre um lance e a música "Na cadência do samba", de Luiz Bandeira, executada por Sílvio Mazucca. Isso rolou até 1986. Voltou, em 1997, mas só com futebol. O noticiário completo incluía política, moda e notas sociais.
 No Canal 100, o torcedor vascaíno assistiu os grandes momentos da vitória vascaína sobre o Botafogo, valendo a conquista da Taça Guanabara-1965, como documentaram, também, estas fotos publicadas pela Revista do Esporte, em que o ponteiro Zezinho dá sangue. no Maracanã.
Zezinho deixa Joel para trás e rompe para o ataque. Com cenas assim, o Canal 100 arrebentava

domingo, 26 de julho de 2020

HÁ ALGO MELHOR DO QUE UMA VOVÓ?

Pois é! Hoje é o dia dela. Diz a tradição popular que os pais encaminham e os avós desencaminham. Isto é: fazem tudo o que os netos querem.
O Dia da Vovó, no Brasil, segue a tradição portuguesa, que tem Santa Ana (mulher de São Joaquim) como mãe de Maria. No entanto, só há citação a eles, por Tiago, em evangelhos apócrifos, não aceitos como legítimos pela Igreja Católica.
A Vovó Ana (e Joaquim) teriam viviam, no Século I, sem filhos. Por isso, rezava muito e pedia a Deus que lhe concedesse gerar uma criança, mesmo  já tendo idade avançada.
Um dia, Deus teria decidido atendê-la e enviado um anjo para comunicar que ela estava grávida. Teria gerado uma menina, batizada por Maria, em 8 de setembro do 20. 
Pelo início da puberdade, a garota fora escolhida, pelo Senhor, para ser a mãe de Jesus Cristo. Originalmente, a manina era  Miriam, significando Senhora da Luz. Na tradução, do hebraico, parta o latim,  passou a ser Maria.
Já o nome Ana vem doo hebraico Hanna, que significa graça. Ela descendia do sacerdote Aarão, enquanto Joaquim da família real de Davi. Viviam em Jerusalém, ao lado da piscina de  Betesda, onde hoje está a Basílica de Santana.  A sua devoção,  no Oriente, vem desde o século seis da era cristã. No Ocidente, parte do século oito.
A partir de 710 Depois de Cristo (DC), as relíquias da Vovó Santana foram levadas, de Israel para Constantinopla e, depois, distribuídas para vários templos, tendo a maior parte ficado na igreja de Sant’Ana, em Durem, Alemanha.
Vovó de tela da pintora Solange Aparecida
Foi o papa Gregório Treze, em 1584, quem fixou o 26 de julho como data consagrada a ela. Na década-1960, Paulo Sexto incluiu São Joaquim na comemoração, daí surgindo o  Dia dos Avós.
Conta-se que, em 1625, Santana teria aparecido, no vilarejo francês de Auray, diante de Yves Nicolazic, contando-o quem ela era e revelando que, em Bocenno, havia uma capela lhe dedicada e destruída  924 anos e seis meses antes. Sugeria uma nova capela no local, porque Deus gostaria de vê-la honrada por ali. 
Nicolazic teria levado o povo do vilarejo ao local indicado por Santana e, por lá, encontrado tudo como ela havia dito. Depois, fora pedreiro e mestre de obras na construção da Igreja de Santana, em Auray, qu recebeu a visita do papa João Paulo Segundo, em 1996, o que fez o local passar a receber a visita de 800 mil pessoas, anualmente.
Uma das mais tradicionais comemorações do louvor a Santana está no município baiano de Angical, paróquia de Barreiras. Foi iniciada por portugueses da família Almeida, que construíram uma igreja e doaram a imagem da santa ao povo de uma vila que cresceu e tornou-se cidade. 





HISTORI & LENDAS - DESCORINTIANOU

O capitão Pinga (D) cumprimenta o corintiano Olavo
Após conquistar o SuperSuperCampeonato-RJ-1958, em 17 de janeiro já de 1959, o time do Vasco da Gama abriu  a nova temporada em 4 de fevereiro. 
Com pouco mais de duas semanas para a moçada descansar, ainda não se falava em pré-temporada. Mas os times faziam muitos amistosos, até o início da primeira grande disputa do ano, que era o Torneio Rio-São Paulo.
 O Almirante repôs o pé na bola, pela temporada-1959, fazendo 12 amistosos, tendo em dois deles goleado o Ypiranga-BA, por 6 x 1, e o Marítimos-MT, por 6 x 2. 
Para o torcedor, não interessava se quem estava do outro lado era mais fraco. O time vinha de uma parada, de muita farra pelo caneco do SS-58 e podia-se dar um desconto pelas escorregadas nos primeiros jogos – quatro vitórias, cinco derrotas e três empates.
Mesmo assim, a galera esperava o bi do Rio-SP, afinal o Vasco era um supercampeão. Veio  a estreia vascaína, em  9 de abril, e  a “Turma da Colina” foi ao Pacaembu, em São Paulo, em uma noite de quinta-feira, encarar o Corinthians.
 Mesmo jogando em casa, o alvinegro paulistano não era favorito, pois vivia uma inquietante crise política e o seu time mais pisava do que acariciava a bola.
 Sorte dele que o Vasco, também, andou pisando nela, pois não era noite de Rubens, o que desandou o seu meio-de-campo, levando o anfitrião a dominá-lo e a abrir o placar, os 29 minutos. Pelo rádio, no Rio de Janeiro, a turma execrava o que ouvia. Ainda bem que, aos 16 minutos do segundo tempo, o mesmo Rubens que escorregava no tomate, empatou a pugna, finalizada em 1 x 1, com apito de Eunápio de Queiroz.   
Vasco fez uma autêntica descorintianada, isto é, deixou de bater em um Corinthians em crise por conta de: Barbosa, Paulinho de Almeida, Viana e Dario; Écio e Russo; Sabará, Almir, Osvaldo (Roberto Peniche), Rubens e Pinga. 
                         FOTO REPRODUZIDA DE MANCHETE ESPORTIVA

sábado, 25 de julho de 2020

O VENENO DO ESCORPIÃO - NAMORADA QUE FEZ ROLAR A PRIMEIRA LÁGRIMA

Lilian reproduzia de
lenosecondhandsong
  Pela década-1960,  preconceituava-se, ainda, que o Rio de Janeiro era antes e depois do túnel que ligava Copacabana, Ipanema, Leblon a subúrbios do lado norte da cidade. 
Do lado suburbano, do bairro da Piedade, quem atravessava o túnel era Renato Barros, para se apresentar, com o seu grupo – Renato e Seus Blue Caps - no programa de Carlos Imperial, na TV Rio, perto do Posto 6, perto de onde residia Sílvia Lília Barrie Knapp, mais precisamente à Rua Raul de Pompéia, divisas de Copa com Ipa.
 Durante uma das participações dos Blue Caps no programa televisivo, a produção levou algumas jovens que vinham sendo garotas-propagandas, gatinhas de 15, 16 de idade, e uma delas encantou ao Renato, que, logo, estava namorando a  Lilian.
- Foi tudo bem certinho, se comparado com o que rola hoje. Eu,  um suburbano, me sentia um rei, namorando uma garota de Copacabana. Pra minha sorte, houve muita empatia minha com as donas Sílvia (mãe) e Memê (avó da Silvinha), chegando ao ponto de, às vezes, eu dormir na casa delas, em um sofá, na sala de visitas – conta Renato.
- Chegamos a ficar noivos, com aliança – lembra Lílian.  
 Enquanto o Renato se sentia um rei, por namorar gatinha de Copa, de sua parte, a princesinha Lilian era uma tremenda súdita dos Beatles, com devoção maior por George Harrison. 
Naquele clima, ouvindo as músicas dos rapazes de Liverpool, quando  brincavam de fazer versões, Lilian apresentou o amigo Leno (Gileno Azevdo) ao Renato. Eram amigos dela desde os 10 de idade, bem como as suas famílias, e se reuniam com a patota no Posto 6, onde brincavam de fazer dublagem. 
Renato e Lilian reproduzidos de www.youtube.com
Leno havia voltado de Natal-RN, para onde se mudara, com seus 16, 17 de idade. No reencontro com a velha amiga, eles pediram ao namorado dela pra fazerem um teste na CBS, onde os Blue Caps gravavam. Leno fez uma versão para Hang on Sloppy (de Bert Russell/Wes Farrell ) e Renato, junto com Lilian, que estava com 15 de idade, arrumaram Devolva-me que, na gravação de um compacto simples, aparece assinado só pela moça.
- A Lilian ia muito comigo à CBS, assistia gravações, inclusive de Roberto Carlos, e ficou amiga da rapaziada toda da casa. Como não havia dupla mista no movimento musical da época, o Seu Evandro (.. diretor da gravadora) gostou da sugestão e das duas músicas propostas, lhe entregues em uma fita demo. Algo espantoso, pois, em sua casa, ele só ouvia óperas.
 - O pai da dupla Leno e Lilian foi o Renato. Foi dele a ideia – afirma Lilian que, desde garotinha sonhavas com a carreira artística. Ela foi a primeira mulher a ter um rock gravado no Brasil,  O Pica-Pau, por Erasmo Carlos, que gravou, também, composição de Leno, em 1965.
- Sinceramente, eu achava que que aquelas duas composições tinham 50% de chances de sucesso. Mas chegou ao topo das paradas. Da minha parte, só ganhei algum dinheirinho pelos direitos autorais quando Devolva-me foi gravada, por Adriana Calcanhoto, e integrou trilha de novela da TV Globo – relata Renato. 
Sucesso levou da dupla a ter disco divulgado no exterior
    O sucesso da dupla Leno e Lilian foi grande, mas terminou com o relacionamento da Lilian com o Renato. Tudo porque eles viajavam muito e quase não se viam mais. Surgiram discussões, queixas (por faltas de telefonemas? Renato desconversa)  nas poucas vezes em que se encontravam. E os dois terminaram terminando.
 Renato ficou muito abalado com o fim daquela história. De quebra, compôs  um dos grandes sucesso dos Blue Caps - A Primeira Lágrima -, que não disfarçava as batidas dos embalos do seu coração. Confira:
“Se você soubesse/Como foi ruim/ Saber que o seu amor/Por mim chegou ao fim/Logo agora eu fui/Compreender que a minha vida/Não vivia longe/De você minha querida/Quando você sorriu/Prá mim e disse adeus/A primeira lágrima/Caiu dos olhos meus.
Sei que é muito feio/Um rapaz chorar/Mas tenho receio/De não suportar/Sua ausência que me acaba/E até me alucina/Pois não me imagino/Namorando outra menina/Quando você sorriu/Pra mim e disse adeus/A Primeira Lágrima/Caiu dos olhos meus.
Obrigatórios em capas de revistas

Falou-se, também, que a música Eu não sabia que você existia, grande sucesso de Leno e Lilian, fora composta, por Toni, baterista dos Blue Caps, baseado no romance de Renato e Lilian. Também, que o líder da banda se recusara a grava-la. Renato nunca confirmou e nem desmentiu isso, mas o certo é que a gravação foi feita com acompanhamento do grupo The Fevers, que era do selo Odeon, tendo os caras sido contratados como músicos de estúdios, isto é,  sem vínculo contratual, tipo freelancere.  

A dupla Leno e Lilian vingou só entre 1965 a 1967, e os seus maiores sucessos saíram em compactos simples (Devolva-me/Pobre menina/Está pra nascer/ Não vai passar/Coisinha estúpidas/Um novo amor surgirá), colocadas, também, em dois  LP e bi que CBS lançava a cada mês de julho, as XIV Mais, pelo qual desfilavam os grandes sucessos do selo.
Carioca, nascida em  30 de março de 1947, Lília Knapp era chamada, pelos amigos de antes da carreira musical, por Silvinha, como Renato e sua turma, também, a chamavam. Ela cause com Márcio Augusto Antonucci, da dupla Os Vips, pouco depois do final da dupla com Leno, em 1967, enquanto Renato colocou aliança, em 1971, em Lúcia Helena Dias Ribeiro.  

Veja clip com Renato e Lilian cantando (e outros), reproduzido de post encontrado em Youtube


HISTÓRIA DA HISTÓRIA - O REI DOM MANU

Dom Manuel  intitulava-se, "pela graça de Deus”, Rei de Portugal e de Algarves, neste e no outro lado do mar, na África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia Índia” e tinha a obsessão de banir o islã da face d Terra. 
 Devido àquela loucura, ele decepcionou-se com a falta de liderança de Pedro Alvares Cabral e o relegou ao ostracismo. Para dominar o comércio das Índias, só via um macho: Vasco da Gama que, desde os cinco de idade, já fazia parte da Ordem de Santiago, matadora de milhares de “infiéis”, pela ótica da igreja católica, em nome da fé cristã.
Don Manuel, em reprodução de
 www.memorialdodescobrimento
 Quando chegou ao Brasil, Pedro Álvares Cabral viajara levando no bolso do colete as informações de Vasco da Gama sobre a sua descoberta do caminho marítimo para as Índias. Por incompetência náutica, veio parar na Bahia, que achou ser uma ilha. Por aqui, nem pisou um pé no chão. Tempinho depois, Dom Manuel mandou Vasco da Gama voltar a navegar e fazer o preciso para ele libertar a Terra Santa, após limpar o comércio das Índias dos muçulmanos.
 O Vascão foi cruel, impiedoso. Bombardeou, matou, enforcou, pirateou, fez vassalos e levou para Portugal as riquezas que o rei queria, transformando a inexpressiva Lisboa no novo centro comercial da Europa, deixando Veneza para trás.
Com todo este bolão jogado durante a crueldade da conquista – antigamente, era assim – Dom Manuel deu-lhe o título de “Almirante da Índia”, podendo usar o “Dom. A formalização ocorreu em 30 de janeiro de 1502, na catedral de Lisboa. Mais tarde, ele tornou-se Conde de Vidigueira e Vice-Rei da Índia.
 Quando Pero Vaz de Caminha enviou carta ao rei, contando das riquezas da terra achada, Dom Manuel mandou dizer à rapaziada que iria recompensar geral. Para Vasco da Gama, que fornecera o caminho das pedras, criaria para ele, que gostava de remar, um clube de remo, o Club de Regatas Vasco da Gama. E, para a moçada da viagem de Cabral, um clube de tiro ao alvo. Poderiam matar todos os flamengos que voassem pela frente.
- Passou flamengo, flamingo pela frente, mande bala - ordenou.
 E a ordem foi cumprida, quando a moçada pegou o Flamengo pela frente, pela primeira vez, em 29 de abril de 1923. Mandou 3 x 1, pelo Campeonato Carioca.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

A JAMBELÍSSIMA MUSA DO DIA DA COLINA

Salve! Lindo pendão da Colina! Quem o desfralda é a mais linda, ainda, modelo Jamila Sandoro, a campeã de simpatia entre as torcedoras vascaínas. Esta foto, reproduzida do seu "facebook", foi clicada durante um instantinho em que ela descansava dos treinos, ao que tudo indica, para beber os energéticos recomendados pelos nutricionistas e que ajudam a ter muita energia.  

Hail! Beautiful Hill Tassel! Whoever unfurls it is the most beautiful, yet, model Jamila Sandoro, the champion of sympathy among the Basque fans. This photo, reproduced from her "facebook", was clicked during a snapshot in which she rested from training, it seems, to drink the energy recommended by nutritionists and help to have lots of energy.

O FEROZ GUERREIRO DA COLINA


Você está acostumado a ver reproduzidos por aqui belos trabalhos artísticos da turma do site www.paixaovascao.com.br, não é mesmo? Mas, hoje, o Kike deparou-se com este no www.netvasco.com.br, que é o principal site esportivo brasileiro e um dos maiores do mundo, comandado pelo nosso amigo Fernando Ramos, torcedor vascainíssimo. 
Concorde que é um belo selo, exibindo um almirante guerreiro,  sem citar o autor do traço. 
Se alguém souber, por favor, nos informe, para colocar o crédito, informar a sua graça ao planeta.
 Enquanto isso, o Almirante segue lutando contra tudo e contra todos, aliás desde que que começou a rolar a bola, enfrentando a ira dos que não o aceitavam praticando-o a democracia epidérmica e na carteira de dinheiro.
 Salve NetVasco, pela sua ideia brilhante. Brilhantíssima. Valeu! 

quinta-feira, 23 de julho de 2020

HISTORI & LENDAS DA COLINA - JAJAZADAS

Reprodução da revista Grandes Clubes
1– Jair Rosa Pinto foi um dos jogadores de chute mais forte que passaram por São Januário. Era franzino, tinha as pernas finas e não sabia a razão de possuir chute tão assustador.  Quando não era mais vascaíno, mas flamenguista, Jair sofreu por causa do “Almirante”. Durante um jogo ente os dois rivais, ele perdeu um gol e jogava mal. E o Flamengo que vencia, por 2 x 0, levou virada de placar, para 5 x 2. Foi quando surgiu a lenda de que a torcida rubro-negra havia queimado a sua camisa, após o jogo, pois saíra do seu corpo completamente seca. Jair sempre negou, garantindo que a jaqueta ficara com ele. Pelo final de carreira, ele voltou a vestir a camisa vascaína, pelo Combinado Vasco-Santos, em 1957, como mostra esta foto reproduzida da revista carioca Fatos & Fotos, onde aparece ao lado do treinador.
OBS: o nome do presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi uma homenagem do pai ao jogador que então defendia o Palmeiras. Aguarde matéria sobre o tema, no dia da posse do goleiro "Invertido".

2 - Em Vasco  4 X 0 Bonsucesso, do Campeonato Carioca-1939, os gols foram gritados em espanhol. Dia de comemorações dos “gringos" em território brasileiro. O uruguaio  Villadonega  marcou três gols e o argentino Gandulla um.  O time vascaíno alinhou: Chiquinho, Agnelli e Florindo; Dacunto, Zarzur e Argemiro; Lindo, Alfredo, Villadóniga, Gandulla e Orlando.

3 - A tarde d0o26 de novembro de 1950, no Maracanã, foi de goleada (4 x 1) pra cima do maior rival, o Flamengo. O meia Ipojucan  marcou três e Alfredo II o outro. Era a segunda vez em que a rapaziada batia nos rubro-negros, pelo Campeonato Carioca da temporada. No primeiro turno, mandara 2 x 1. 

 4 - Vasco 7 x 1 São Paulo é a maior goleada desse encontro que rola desde o amistoso em 4 de junho de 1940. Valeu pela 26ª rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro-2001, em São Januário, com apito de Carlos Eugênio Simon-RS. No primeiro tempo, a rapaziada até pegou leve. Só dois gols, por Gilberto e Euller. No segundo, aos 3 minutos, Romário fez o seu primeiro. Bisou o feito, aos 22. Passado um minuto, foi a vez de Léo Lima. Guloso, Romário beliscou mais um, aos 26. E Dedé fechou a conta. Paulo César Gusmão era o treinador vascaíno. O São Paulo fez o golzinho deles, aos  45 minutos do segundo tempo, sob o comando der Nelsinho Baptista.

ROLOU NA ESQUINA A COLINA - DESJEJUM

1 – Em 1970, o Vasco quebrou jejum, de 12 anos, sem ser o título estadual. Treinado por Elba de Pádua Lima, o Tim, fez 18 jogos, com 13 vitórias, três empates e duas quedas. O time-base era: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes.  A seguir, o Vasco disputou a Taça de Prata-1970 (Brasileirão da época) e ficou em 17º lugar, com duas vitórias, três empates e 11 escorregadas. Marcou 14 gols, à média de 0,88 por jogo, e sofreu 26, ou 1,63 por partida, saldo negativo, de menos 12 tentos.

2 - Os dois sucessos cruzmaltinos na Taça de Prata-1970 foram os 5 x 1 Santos, em 17 de outubro, no Maracanã, e os 3 x 0 Santa Cruz-PE, na Ilha do Retiro, em Recife. Os ‘meios-sucessos’ ficaram por conta de 0 x 0 Bahia, em 28 de outubro, no Estádio Lourival Batistas, em Aracaju-SE; 1 x 1 São Paulo, em 7 de novembro, no Maracanã, e 1 x 1 Internacional, em 11 do mesmo mês, no “Maraca”.

3 - O Vasco faz, em 1972, a maior contratação do futebol brasileiro, tirando o meia Tostão do Cruzeiro, por Cr$ 3,5 milhões de cruzeiros, a moeda da época. O craque, campeão mundial na Copa México-70, estreou em 7 de maio, no empate, por 2 x 2, com o Flamengo, e fez o último jogo em 27 de fevereiro de 1973, diante do Argentino Juniors. Foram 45 jogos e seis gols, tendo ele deixado de ser atleta do clube em 17 de maio de 1974, quando o seu contrato foi cancelado. Por recomendação médica, Tostão parou de jogar, dedo problemas com o olho esquerdo. A partir de então, os dois lados foram para a Justiça, tendo em vista que o jogador queria receber o que ainda não recebera das "luvas", e ganhou a questão.

4 - O Vasco foi campeão carioca-1977, vencendo 25 dos 29 jogos disputados. Empatou três e perdeu um. Marcou 69 gols, à média de 2,38 por jogo, e levou cinco pelotas, ou 0,17 de média por partida. O saldo foi de 64 tentos. Mandou três goleadas: 03 de abril – 4 x 0 Bangu; 06 de abril – 4 x 0 Campo Grande; 17 de abril – 7 x 1 Madureira; 17 de agosto – 5 x 0 Goytacaz, com todos os jogos em São Januário.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

HISTORI&LENDAS DA COLINA - DEODORESCAS

A data 15 de novembro regista a maior rasteira da história do Brasil. O marechal Deodoro da Fonseca, cuja carreira militar tiver a proteção do Imperador Don Pedro II, tirou-o do trono, proclamou a República e deu-lhe 24 horas de prazo para sumir do país com toda a sua família.
 O castigo veio a cavalo - como nos quadros em que ele aparece proclamando a nova diretriz politica brasileira. Seu governo trouxe uma tremenda especulação financeira e inflação alta. Sob forte tensão política, o centralizador Deodoro livrou-se do que seria a primeira revolta armada da República renunciando ao cargo, em 23 de novembro de 1891. Tempinho depois, forte crise de apinéia fê-lo "passar desta para uma melhor", a presidência para Floriano Peixoto, que só não foi reeleito porque não quis continuar no carto.
De sua parte, o  Vasco da Gama tem vivido, absolutamente, sob regime presidencialista. Na Colina, o  "home"  manda, e acabou. E assim  tem sido, também, no placar. O  15 de novembro marca sacanagens incríeis da Turma da Colina contra os seus desafiantes. Confira as "deodorescas":

VASCO 6 X 1 CARIOCA-RJ – Amistoso de 1931, com Russinho marcando três gols e Tinoco, Mário Mattos e Sant´Ánna completando o placar 

VASCO 4 X 0 PORTUGUESA SANTISTA –  Amistoso de 1935, em São Januário, com Luís de Caarvalho, Kuko, Itália e Zarzur batendo no filó.

VASCO 7 x 1 OLARIA - Campeonato Carioca-1937, em uma segunda-feira, no campo da Rua Cândido Silva, com gols de Lindo (2), Alfredo (2), Luna, Niginho e Feitiço. Enfeitiçaram o time da Rua Bariri: Joel, Poroto e Itália; Oscarino, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo, Niginho (Raul), Feitiço e Luna.

VASCO 8 X 0 JABAQUARA – Segundo dos dois amistosos  já disputados pelos dois clubes. Friaça (3), Lelé (2), Ipojuan (2) e Isaías castigaram o desafiante, que caía, pela segunda vez, pelo mesmo número de gols. Em 7 de janeiro de 1945, amargara 8 x 1, em São Januário. 
OBS: na década-1960, Célio Taveira, penúltimo agachado neste time do Jabuca, que não é do do jogo citado, foi o maior goleador vascaíno.

VASCO 4 x 1 CRUZEIRO - Amistoso de uma quinta-feira de 1956, no Estádio da Alameda, em Belo Horizonte.  Goleada por virada de placar. Pinga, aos 22, empatou. No segundo tempo, Laerte, aos 3; Artoff, aos 6, e Valmir, aos 8, fizeram o serviço. Serviçais: Carlos Alberto (Sivuca),  Paulinho de Almeida (Ortunho), Bellini (Haroldo), Orlando (Jophre), Laerte (Delci), Coronel (Cléver), Sabará (Valmir),  Livinho (Ceninho), Vavá (Artoff), Válter (Roberto Pinto) e Pinga (Lierte).   

VASCO 5 x 1 BRASIL BANDEIRANTE – Amistoso de 1957, na cidade paulista de Marília. O "Almirante" o registrou como a sua 1.709ª navegação de cabotagem.

VASCO 4 X 2 BOTAFOGO - A proclamação da república deu-se no Campo Aclamação, que virou Praça da República, no Rio de Janeiro de 1889. Longe do Maracanã, 70 anos depois da troca de nomes, a rapaziada proclamou esta goleada. Pinga (2) Sabará e Nílton Santos (contra) bateram na rede para eta turma: Miguel, Paulinho de Almeida, Russo, Bellini, Écio, Coronel, Sabará, Almir, Delém, Roberto Pinto e Pinga estavam lá. 

VASCO 5 X 0 CANTO DO RIO – Campeonato Carioca-1962 e goleada na casa do adversário, o estádio Caio Martins, em Niterói. Viladônega (2), Da Silva, Saulzinho e Lorico esticaram o placar para o time que teve: Ita (Humberto Torgado), Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha, Coronel, Maranhão, Lorico, Sabará, Villadoniga, Saulzinho e Da Silva.

VASCO 6 X 1 AVAÍ-SC - Amistoso de 1983, inaugural do Estádio Aderbal Ramos da Silva, mais conhecido por Ressacada, em Florianópolis-SC.  Vilson Taddei, aos 5 minutos, foi o primeiro a beijar o m"véu da noiva". E voltou a "beija-lo, aos 12.  Marcelo, aos 19, aos 40 e aos 45 do segundo tempo fechou a conta, que teve, ainda um gol por Dudu.  Moçada impiedosa:Roberto Costa; Edevaldo, Chagas, Nenê e Roberto Teixeira; Serginho, Oliveira (Geovani), Vílson Tadei e Ernâni (Dudu); Marcelo e Paulo Egídio (Júlio César). 

A MUSA (VASCAINÍSSIMA) E A BOLA

Em seus primeiros tempos, a bola não era totalmente redonda. Hoje, oficialmente, ela tem circunferência de 0,71 a 0,68cm e pesa 396 gramas, segundo a regra II da Internacional Board.
 A bola já era conhecida por chineses, egípcios e babilônios, séculos antes de Cristo. Ela era um símbolo sagrado para espantar os maus espíritos. 
Mais tarde, abola passou a ser instrumento de lazer de nobres e militares. Os romanos utilizavam uma bexiga de boi inflada de ar. Os haitianos e os aztecas usavam bolas de borracha. No Chile, os índios araucanos fabricavam as deles com resinas.
O mesmo ocorria na Patagônia. A primeira bola de couro teria surgido na inglesa Chester, feita por um sapateiro para comemorar a Shrovetide, espécie de terça-feira de carnaval.
No Brasil, tudo indica que chegou via marinheiros ingleses do navio Crimeia, em 1872. Eles teriam jogado uma pelada perto da casa da princesa Isabel. Em São Paulo, conta-se que um tal de Mister Huyg levou uma bola de couro para operários ingleses da SP Railway, e Jundiaí. Oficialmente, quem manda na história é Charles Miller, em 1894. (Foto divulgação da modelo Marcela Schettine, reproduzido de www.musasfc.blogspot.com). Agradecimento.

terça-feira, 21 de julho de 2020

NA BIBLIOTECA DA COLINA - DOIS LIVROS

O torcedor vascaíno não pode deixar de ler as interessantes historias que o seu ex-goleiro da década-1960, Valdir Appel, conta sobre o Vasco e outros times. Bom garimpeiro de histórias, Valdir mantém, ainda, uma página na Internet –http://valdirappel.blogspot.com.br – repleta desses autênticos "causos" do futebol. Mas "Na Boca do Gol" só pode ser encontrado em sites de buscas, como www.mercadolivre.com.br e outros do gênero.  

2 -  Eis uma boa sugestão de leitura recomendada pelo "Kike". O livro, de  Paulo César O. Pinto, é muito bem pesquisado e esmiúça a carreira do maior artilheiro vascaíno de todos os tempos. É obrigatório na biblioteca de todo torcedor vascaíno. "Um ídolo chamado Roberto Dinamite" não é mais encontrado nas livrarias, porque a edição já se esgotou, mas procurando-o pelos sites de venda, de repente, encontra-se. Vá  a luta, assim como o "Kike" foi e conseguiu comprar o dele.





             

segunda-feira, 20 de julho de 2020

HISTORI & LENDAS - MEDIANEIRA

1 -  O Vasco apresentou a sua melhor média de gols no Campeonato Brasileiro durante a temporada-1982. Cravou 2,63 tentos, por jogo, ou 42 bolas nas redes, em 16 compromissos. Por aquela época, o time tinha atletas muito ofensivos, como Wilsinho, Roberto Dinamite e Cláudio Adão (autor de 13 tentos, ajudando o time a chegar às oitavas de final.  O Vasco está em 10º lugar no ranking do torneio, mas, no quesito recordes, é o que mais vezes (8) fez o principal artilheiro. Um deles, Edmundo, detém o recorde de mais tentos (6) em uma só partida(6 x 0 União São João-SP, em 11.09.1997). Um outro, Romário (2000/01/05), integra o trio (com Dario e Túlio Maravilha) dos que mais vezes (3) foram o principal “matador”. O Vasco tem, também, a segunda melhor média geral de gols da competição (1,46) – a maior (1,56) é do São Paulo. E não sendo positivo e nem negativo, o Vasco é o time com mais empates no Brasileiro: 341

2 - 28 de novembro de 2000 – O Vasco enfrentava o Bahia, o qual venceu, por 3 x 2, em São Januário, e o meia Juninho Paulista marcou o milésimo gol vascaíno em Campeonatos Brasileiros, iniciados em 1971. Foi primeiro clube carioca a atingir a marca ‘milesimal’, até então, sob obtida pelo São Paulo, 20 dias antes, com 4 x 3, sobre o Sport Recife, na Ilha do Retiro.
UM TIME DE pouquíssimos frequentadores. Aliás, só de dois.

3 -  Roberto Dinamite é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols, entre 1971 e 1992, dos quais 181 pelo Vasco, o clube que mais vezes teve o artilheiro isolado da competição: Roberto Dinamite, em 1974 (16 gols) e em 1984 (16 gols); Paulinho, em 1978 (19 gols); Bebeto, em 1992 (18 gols), e Edmundo, em 1997 (29 gols, sendo seis, o recorde, contra o União São João, de Araras-SP, em 11 de setembro de 1997, em São Januário, em Vasco 6 x 0. Já o Dinamite foi o primeiro a marcar cinco gols em um só jogo do Brasileirão, nos 5 x 2, de 4 de maio de 1980, no Maracanã, contra o Corinthians.
O CARA NASCEU pra dinamitar, explodir bombas nas redes dos “inimigos”

HISTORI & LENDAS - FOME DE GOLS

1 -  O Vasco foi o time que mais gols marcou em um só Campeonato Brasileiro: 69, em 33 jogos de 1997, quando foi o campeão. Também, foi o único a ter artilheiro e vice-artilheiro da disputa em um mesmo ano. Foi em 1984, quando Roberto Dinamite marcou 16 e Arturzinho 14 gols. No mesmo ano, o Vasco construiu a segunda maior goleada do Campeonato Brasileiro: em 19 de fevereiro de 1984, mandou 9 x 0 em cima da Tuna Luso-PA, em São Januário.
ESTES CARAS vão pra guerra e ficam sempre no pelotão da frente.

 2 - 03.03.1966 – Era a estréia de Garrincha pelo Corinthians. O Pacaembu recebia um público de 44.154 pagantes e a expectativa pela apresentação do “Demônio das Pernas Tortas” era infernal. No entanto, depois que o juiz Eunápio de Queiroz apitou bola rolando, o nome do jogo foi o centroavante cruzmaltino Célio Taveira Filho, que marcou dois gols – aos 37 minutos do primeiro tempo e aos 35 da etapa final, após o volante Maranhão abrir a porteira, aos 23 da fase inicial. Amauri, Joel, Brito, Fontana, Oldair, Maranhão, Danilo Menezes, Luizinho (Zezinho), Célio (foto), Lorico e Tião foram os caras que estragaram a festa do ‘Seu Mané’.
A TURMA DA COLINA NÃO esperava pegar pela frente “um time de manés”. (Imagem reproduzida da Revista do Esporte).

domingo, 19 de julho de 2020

HISTORI & LENDAS DA COLINA - MAZA

1 - De acordo com a IFFHS- Instituto de História e Estatísticas no Esporte, reconhecida pela Fifa, o goleiro Mazaroppi ficou sem levar gols durante 1816 minutos, entre os dias 18 de maio de 1977 e 7 de setembro de  1978, obtendo, assim, a maior invencibilidade da história do futebol mundial.

Maza pega pênalti contra o Fla, em foto reproduzida do "Jornal dos Sports"

2 - Títulos de Bellini como vascaíno: Campeonato Carioca-1952/1956/1958; Torneio Rio - São Paulo-1958; Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro-1953; Torneio Octogonal do Chile- 1953; Torneio Rivadavia Corrêa Meyer-RJ-1953; Torneio de Santiago do Chile-1957; Torneio de Paris-1957; Troféu Theresa Herrera-1957. Pela Seleção Brasileira-Copa Roca- 1957/1960; Copa do Mundo: 1958/ 1962; Copa Oswaldo Cruz- 1958/1961/1962; Copa O'Higgins: 1959; Copa Atlântica: 1960.

3 - Um dois maiores exemplos de amor ao Vasco foi mostrado pelo médio Mola, isto é, Sebastião de Paiva Gomes, nascido carioca, em 18 de novembro de 1906. Chamado pela Confederação Brasileira de Desportos para disputar a Copa do Mundo-1934, na Itália, ele preferiu continuar defendendo o “Almirante” . Descoberto pelo diretor de futebol vascaíno Adriano Rodrigues, foi campeão carioca-1929 e formou um alinha média famosa, com Tinoco, Fausto e Mola. Ela grande marcador e grande ladrão de bolas, passando-as a Fausto, para este armar o ataque. Jogou até os inícios de 1937.

4 – São raros os jogos do Vasco da Gama nas segundas-feiras. Em 1937, pelo Campeonato Carioca-1937, rolou um deles, no campo da Rua Cândido Silva, com apito de José Pinto Lopes, o Badu. O uruguaio Carlos Scarone era o treinador e os gols dos 7 x 1 Olaria foram marcados por Lindo (2), Alfredo (2), Luna, Niginho, e Feitiço. Enfeitiçaram o adversário: Joel, Poroto e Italia; Oscarino, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo, Niginho (Raul), Feitiço e Luna. DETALHE: pesquisadores divergem sobre a escalação de Oscarino, ou de Rafa, na chamada linha média.

5 – O vascaíno Vilson Tadei, em 15 de novembro de 1983, inaugurou as redes do  Estádio Aderbal Ramos da Silva, mais conhecido por Ressacada, em Florianópolis, com cinco minutos do prélio em que o “Almirante” encaçapou 6 x 1 Avaí.  Celso Bozzano apitou a pugna e o treinador Oto Glória glorificou esta rapaziada: Roberto Costa; Edevaldo, Chagas, Nenê e Roberto Teixeira; Serginho, Oliveira (Geovani), Vílson Tadei e Ernâni (Dudu); Marcelo e Paulo Egídio (Júlio César).

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - A ANALFABETA QUE ENFRENTOU SALAZAR

Estilização da ceifadeira por
 https://www.leme.pt/magazine
  Os calendários do dia-a-dia português deveriam desaparecer com a data 19 de maio. Nela, em 1954, a Guarda Nacional Republicana, do ditador Oliveira Salazar, assassinou, brutalmente, uma trabalhadora rural, ceifadeira, de 26 de idade, durante manifestação por aumento salarial e melhores condições de trabalho. 
O assassino, o tenente João Tomaz Carrajola, que a alvejou, com três tiros, quando ela estava caída, agredida por um dos guarda, foi inocentado.
 O processo que livrou a cara do monstro, por conta de “disparo acidental de arma”, desapareceu, misteriosamente, e só reaparecendo, em 2016. 
Catarina Efigênia Sabino Eufêmia, a vítima, nasceu no 13 de fevereiro de 1928, em Monte Olival, e a monstruosidade se deu em Baleijão, quando ela criava três filhos, um deles de oito meses. 
Ícone, no Alentejo, da resistência ao regime ditatorial salazarista, ela era filha de trabalhadores agrícolas e, garotinha, já dava o duro em casa. Por conta disso, não teve tempo para frequentar a escola. Adolescente, foi trabalhar na agricultura. Aos 17, casou-se, com um operário.
Reprodução de capa de livro
 No dia do protesto em que Catarina foi, covardemente, assassinadas, nove dos seus colegas foram presos, julgados e condenados a 720 dias de prisão. 
Seu corpo foi enterrado na aldeia de Quintos e os seus ossos só transferidos para Baleizão após a Revolução de 25 de abril de 1974, dez temporadas depois que o seu algoz não estava mais vivo.
Carrajola chegou a ser ouvido, pela Segundo Tribunal Militar Territorial de Lisboa. Uma farsa! A sessão, presidida por um coronel, começou às 14 horas e, pelo final da tarde, a sentença já estava publicada. 
Incrível! Não houve testemunhas. Só identificou-se o réu e foram lidas as poucas peças processuais, algumas saídas de interrogatórios em meio militar, que produziu uma Catarina Eufêmia “excessivamente politizada, instigadora, truculenta e extremamente perigosa”.
Na realidade, imagem deturpada da ceifadeira, para justificar a atitude do Tenente Carrajola. Não há provas concretas de que ela tenha sido militante do Partido Comunista de Portugal, embora o seu marido tivesse ligações com os caras. Só se comprovou que ela combatera a ditadura do salazarismo, distribuindo jornais clandestinos.
A moça e o monstro reproduzidos de
 Livros Ultramar - Guerra Colonial
 Catarina ganhou estátua,  nome de parque e de ruas e largos em várias cidades portuguesas. No entanto, vem passando por um progressivo esquecimento do seu povo, principalmente da nova geração, que desconhece a sua luta contra o cruel Estado Novo do ditador Oliveira Salazar.