Vasco

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sábado, 30 de novembro de 2013

FERAS DA COLINA - CAXIAS


O Vasco tinha um zagueiro nascido em Caxias-RJ (03.01.1943), garimpado no Caxias FC e que seguia residindo na terrinha. Logo, pediu para ganhar da rapaziada o apelidado relativo à sua municipalidade. Era muito  bom de bola o Caxias, zagueirão com 1m78cm de altura, pesando 75,8 quilos, 85cm de cintura  e calçando chuteiras de nº 41.

 Quando estava de folga, com tempo para almoçar sem pressa, Caxias adorava devorar  galinha e rabada à moda de Caxias. Também, de bater um papinho com São Jorge, o santo católico de sua devoção. Mas não exagerava nos pedidos de ajuda, não. Que lhe ajudasse sempre a atuar bem pelo miolo das área, estava bom demais. Para o maior gozador do time cruzmaltino, o zagueiro Brito, por causa de quem Caxias sentava-se no banco, o seu reserva era bom demais, e nem precisava de ajuda do Céu. “Você é bom demais, cara. É até ótimo”, brincava o Britão.

Na realidade, aquilo era uma tremenda sacanagem com o nome do rapaz, pois Caxias fora batizado e registrado como a Teótimo Olindino Cerqueira Filho. “Vocè é até ótimo, Teótimo!”, sacaneava Brito, com o filho de Dona Jurema Pires Cerqueira, marido de Dona Meire e pai do garoto Marco Aurélio.
O Vasco entrou na vida de Caxias, sujeito de cabelos e olhos castanhos escuros, desde os tempos de infanto-juvenil, em 1960, lhe dando Cr$ 1.500,00 cruzeiros mensais para ele se virar. Mas, como não se ligava em perfumes, como muitos colegas vaidosos,  preferindo cinema e bailes, ia se virando legal. Só dois anos depois, em junho de 1962, assinou o seu primeiro contrato.. “Tá ótimo, Teótimo”, sacaneava o Britão.    
Uma das formações em que Caxias jogo pelo Vasco alinhava: Miltão; Joel, Caxias, Fontana e Barbosinha. Maranhão e Lorico; Mário “Tilico”, Célio, e Zezinho. (foto reproduzida da Revista do Esporte).

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O INGÊNUO GENUÍNO



Genuíno não via jogador com mercadoria, para ser vendido 

Quem pensa que Garrincha foi o mais ingênuo dos atletas doa futebol brasileiro, com certeza, não leu a reportagem que “O Cruzeiro” publicou em sua edição de 1º de agosto de 1953, sobre o atacante Genuíno. Bem ao seu estilo, de privilegiar uma boa pauta, a revista revela um futebolista que vivia, completamente,  no “mundo da lua”, talvez, até mais distante.
  Autêntico mineiro desconfiado, segundo o texto de Álvares da Silva, o atacante   Genuíno, malmente, abriu a boca para responder-lhe. Com muita boa vontade, exercitou monólogos, muxoxos e acenos com a cabeça. E já foi demais, para quem tinha dentes a menos à mostra. Por intermédio da reportagem intitulada “Genuíno, o último dos moicanos”, o jornalista mirou o derradeiro índio norte-americano que poderia contar a história de uma tribo devastada pelos invasores de suas terras. Sim, duas décadas após o advento do profissionalismo no futebol brasileiro, aquele atacante do Vasco da Gama declarava guerra à transferência paga de um atleta, de um clube para um outro (a venda do passe, instituição extinta pela Lei Pelé (Nº 9.615, de 24 de março de 1998), pois não compreendia como se podia vender alguém.
  Álvares da Silva foi a Sete Lagoas, com os fotógrafos Luís Carlos e Eugênio Silva, conhecer o mundo de Genuíno. Ali, do prefeito João Herculino, ao mais humilde dos torcedores do Bela Vista, clube local que defendera, todos eram seus fãs. Para o atleta, que não sabia (e não queria saber) o que seria contrato com opção, ou passe com preção estipulado, tanto fazia jogar pelo pobre Bela Vista local, ou pelo multimilionário (na época) Vasco da Gama. Futebol, para ele, deveria ser diversão, nunca um emprego. Este era entrar em seu caminhão fargo e transportar cargas, ajudado pelo irmão Toninho.
 COANVENCIDO - De tanto “furar gols”, como falava, pelo Bela Vista, o inocente Genuíno mexeu com o amigo Waldemar, que o convenceu, em 1951, a defender o Madureira, no Rio de Janeiro. Portanto, bem antes de surgir Garrincha. Ganharia “12 contos de réis” mensais, o que lhe permitiria, como pretendia, dar uma casa à sua paupérrima família, apurou o repórter de “O Cruzeiro”, informando no texto que ao teto salarial dos jogadores cariocas da época era de Cr$ 7 mil cruzeiros.
O prefeito de sua terra lhe rendia homenagem
Mas que rolou? Genuíno deixou tudo por conta de um amigo advogado, que não tinha intimidades com a rabulice esportiva, e o presidente do Madureira, o bicheiro Anastácio Moscoso, o prendeu no profissionalismo, pagando-lhe, no dizer do atleta, “onze contos, oitocentos e oitenta, por mês”,, dos quais 120 eram descontados para o antigo IAPC, um instituto de aposentadoria,
  Genuíno de Souza Carvalho, o Genu, terminou despertando a atenção do Vasco, clube para o qual o Madureira revelava jogadores, como os destacados Isaías, Lelé e Jair Rosa Pinto, na década-1940. E foi para São Januário, engabelado e emprestado, de outubro de 1952, a junho de 1953, com o “Madura” recebendo, sem ele saber, 200 mil. Mas bastou  saber que Moscoso exigia mais 300 ml para vender o seu passe, para o rolo ralar. Ameaçou ir embora para Sete Lagoas. Se ele não custara nada ao Madureira, porque este iria ganhar dinheiro às suas custas? Ele não era mercadoria. Isso não existia em Jequitibá, o vilarejo onde nascera, às margens do Rio das Velhas. 
 CAMINHONEIRO - Genuíno, mesmo sendo um goleador, bom centroavante, queria era ser motorista. Quando o ônibus vascaíno estava pronto para levar a rapaziada ao estádio, ele brigava para ir dirigindo. Certa vez, repetiu uma fuga para Sete Lagoas. Foi na época em que “O Cruzeiro” o entrevistou. Pegou carona, em um caminhão, e se mandou. Um dia reapareceu em São Januário, prometendo corrigir-se e foi perdoado pelo técnico Flávio Costa, a quem recompensava com frequentes gols. Seu treinador gostava dele, porque o via como um centroavante que “metia os peitos”. Jogou em uma formação que saía assim: Barbosa, Augusto e Haroldo; Mirim, Danilo e Jorge. Sabará, Maneca, Genuíno, Ipojucan e Chico.
Genu fugia dos microfones dos repórteres, das câmeras fotográficas e não tomava conhecimento do público nos estádios. Seu negócio era só “furar gols”, garantiu “O Cruzeiro” que, pouco tempo depois, teria Garrincha por motivo para novas pautas parecidas.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

FERAS DA COLINA - ERNÂNI

 No dia 7 de março de 1962, o treinador Paulo Amaral arrumava ao time vascaíno para enfrentar o Fluminense, três dias depois, pelo Torneio Rio-São Paulo. Distante de São Januário, na Cruzada São Sebastião, no Leblon, Maria Clarice, mulher muito pobre e mãe de mais três garotos e uma menina,  dava luz a Almir  Ernâni de Souza.
Quando tinha nove anos de idade, Almir Ernâni saía de porta em porta de clube da chique zona sul carioca, pedindo para ganhar alguns trocados como apanhador de bolas. Tudo o que conseguia, entregava à mãe. Aos 11 anos, bateu à porta da escolinha de futebol do Flamengo. O professor era Djayr, um ponta-esquerda vascaíno da década-1950, deu-lhe a chance e aprovou-lhe. Em, 1974/75, o garoto já comemorava dois títulos pelo time “dente-de-leite”. Mesmo assim, não ficou pela Gávea. Um amigo o levou para treinar com o professor Ademar Braga, no Vasco. Chegou e emplacou. Campeão júnior, em 1981, no ano seguinte, já estava na seleção carioca da categoria e estreando no time principal, diante do Volta Redonda.
O menino que pedia para apanhar bola, em troco de moedinhas,  em 1983, já era titular  no meio-de-campo cuzmaltino, da seleção carioca principal e convocado para a seleção brasileira de novos. Na final do Estadual-RJ de 1982, estava na "Turma da Colina" campeã estadual, vencendo o Flamengo, por 1 x 0, em clássico assistido por 113.270 presentes. O time? Acácio; Galvão, Ivan, Celso e Pedrinho; Serginho, Ernani e Dudu (Marquinho); Pedrinho Gaúcho (Rosemiro), Roberto e Jérson.
 Durante a campanha, Ernâni participou de 23 dos 25 jogos – 17 vitórias, e empates e quatro quedas –, tendo contribuído com três dos 42 marcados pela equipe. Só não foi mais longe no Vasco devido ao temperamento irrequieto. Depois, passou por Santos, Ponte Preta e Atlético-PR. (foto reproduzida da "Revista do Vasco Nº 1, de junho de 1983). Agradecimento. 

 

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VASCAÍNOS LEVAM DRIBLE DE REVISTA


O zagueiro Russo queria a vaga do campeão
Os repórteres da “Revista do Esporte”, que circulou entre 1959 e 1970, eram mestres em criar fofocas. E não faziam mais do que a sua obrigação, para apimentar as edições semanais. Estavam, sempre, jogando atletas contra cartolas, ou treinadores, e até contra eles mesmos. Em um desses casos, o meia Lorico – vascaíno entre 1961 a 1966 – desceu o sarrafo sobre dois colegas de profissão. Sem perceber a competente malícia do jornalista Waldemar de Paiva, bateu: “ O Flamengo teve um jogador que possuía bons recursos técnicos, mas era, sobretudo, desleal com os adversários, o Jadir. Porém, o mais desleal de todos, no momento, é Jair Marinho, do Fluminense”.
 
Imagine o rebuliço que uma declaração dessas provocava na época em que o futebol brasileiro era promovido por apenas quatro vertentes: rádio, revista, jornal e mesas redondas de TV. A “RE” abriu página, colocando no alto: “Lorico não esconde sua opinião”. Abaixo, em letras grandiosas: “Jair Marinho é o jogador mais desleal”. Armou clima de guerra para o próximo clássico Vasco x Fluminense – durante o Campeonato Carioca-1961, os dois atletas se cruzaram, em 9 de setembro, sem Lorico em campo, e em 8 de outubro, com os dois no gramado, mas sem problemas. Ainda bem!
De forma mais leve, quem a revista fez de “patinho” em um outro lance foi um outro vascaíno, o quarto-zagueiro Russo. Com a saída de Orlando Peçanha de Carvalho, para o argentino Boca Juniors, a posição foi ganha por Barbosinha. Russo resistia aos ataques da “RE”, para declarar que queria herdar a vaga do campeão mundial (pela Seleção Brasileira, na Copa do Mundo-1958), fugia de animosidades com colega de profissão, mas terminou não segurando a onda. Pelo Nº 116, que circulou com data de 27 de maio de 1961, virou manchete: “Russo quer mesmo o lugar de Orlando”. Talvez, por garantir uma boa fofoca à revista, figurou na página 1. Reserva em capa de revista?.      
Tempos depois, a “RE” voltou a São Januário e abriu discussão sobre um artilheiro do Vasco. Indagou: “Célio: vítima ou farsante?” Insinuou que o goleador poderia ser vítima dos zagueiros desleais e, também, um aproveitador da ingenuidade de juízes, simulando sofrer faltas violentas. E tome-lhe fofoca: “Já presenciamos... torcedores gritarem “Célio, Célio”, quando jogadores caem em campo para impressionar juízes...”.   
Para apimentar ainda mais a sua matéria, a semanário jogava Célio contra o meia Gérson, do Botafogo. Contava que o atleta cruzmaltino mostrara uma cicatriz na canela da perna esquerda, acusando o alvinegro de ter-lhe feito aquela “avenida”, intencionalmente, durante a decisão da I Taça Guanabara-1965, em um lance no meio do campo. E arrancava do jogador: “Gerson foi covarde, aproveitando-se do fato de eu partir para a bola sem maldade, querendo, apenas, ganhá-la. Ele, que é jogador para time que está ganhando, deve ter ficado irritadinho, pois o Vasco vencia, por 1 x 0, e estávamos próximos da conquista da Taça Guanabara” – perfeito para os propósitos da reportagem.
 
 
 
 
 
 
 
  Era uma tarde de  domingo – 9 de setembro de 2012 –, e o Vasco esperava pelo Bahia, em São Januário. A rapaziada vinha de 2 x 0 sobre a Portuguesa de Desportos e de 1 x 1 com o Náutico. Contava com mais três pontos para compensar a derrota, por 0 x 2, ante o Grêmio-RS, antes daquelas duas partidas. Mas o que rolou? O Bahia foi melhor durante quase todo o jogo, e Souza, ex-centrovante vascaíno, marcou dois gols – Jones Carioca mais dois. Que vexame! A “Turma da Colina” até segurou a peteca, até os 40 minutos do segundo tempo, quando Souza abriu o placar. A torcida tentou empurrar o time o empate, no início da fase final, mas aos 4 e aos 12 minutos, Jones Carioca jogou um balde de água fria na cabeça da rapaziada. Pra piorar, aos 24, Souza humilhou mais: Bahia 4 x 0, deixando o Vasco ameaçado de sair do grupo dos quatro melhores. Até então o maior placar, pelo Brasileirão, imposto pelos baianos aos cruzmaltinos, havia sido 4 x 2, na antiga Fonte Nova, em 23 de outubro de 2002.
 O jogo do vexame começou às 18h30, foi apitado por Raphael Claus (SP), teve arrecadação de R$ 165.680,00 e público pagante de 7.802 pagantes. A turma do vexame, dirigida pelo técnico  Cristóvão Borges, esteve assim escalada: Fernando Prass; Jonas, Douglas, Luan e Fabrício; Nilton, Fellipe Bastos, Juninho Pernambucano e Jhon Cley (Tenório); Éder Luís (Eduardo Costa) e Alecsandro.   
  



 


 


 
 



 

 
 
 
 

 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

FUTURO DA COLINA NO MEIO DO GRAMADO

A garotada do time pré-mirim, campeão da Copa Light, reuniu-se no gramado de São Januário, com o presidente Roberto Dinamite, em 29.11.2013, e posou para a foto oficial do título conquistado no dia 23 deste novembro, em Itaguaí, mandando 3 x 0 no Trops FC, coam gols do meia João Victor e dos atacantes Victor Oliveira e Arthur. O time da final foi:  Lucas Sabino, Thiago Gutierres (Raphael Buriche), Marcelo, Hugo (Renan) e Riquelme (João Evangelista); -Gustavo, João Victor Boyd (João Souza), João Victor Vicente (Thiago da Silva) e Thiago Vinicius (Rickson); Victor Cabral (Thalles) e Pedro de Souza (Arthur) Confira a campanha: 14.09.20.130 - Vasco 5 x 0 Rio de Janeiro; 28.09 - Vasco 6 x 1 Mauá ES; 14.10 - Vasco 2 x 1 Trops FC; 02.11 - Vasco 5 x 1 CRA; 09.11- Vasco 7 x 0 K Esportes;15.11 - Vasco 1 x 0 Vasco da Gama "B";: 23.11 - Vasco 3 x 0 Trops

The kids pre-mirim team, champion of the Light, met this afternoon, on the lawn of San Gennaro, with President Robert Dynamite, and posed for the official photo of the title he won on 23 this November in Itaguai , sending 3 x 0 in Trops FC, ​​strain outhalf goals from John Victor and Victor Oliveira attackers and Arthur. The final team was: Luke Sabino, Thiago Gutierrez(Raphael Buriche), Marcelo Hugo (Renan) and Riquelme (John the Evangelist);-Gustavo, John Victor Boyd (John Doe), JohnVictor Vicente (Thiago Silva) and Thiago Vinicius (Rickson);Victor Cabral (Thalles) and Peter de Souza (Arthur) Check out thecampaign: 14.09.20.130 - Vasco 0 x 5 Rio de Janeiro; 28.09 -Vasco x 6 1 Maua ES; 14:10 - Vasco 2 x 1 Trops FC , 2:11 - 5 x 1Vasco CRA; 09:11 7-x 0 Vasco Sports K; 15:11 - Vasco 1 x 0Vasco da Gama "B";: 23:11 - Vasco 0 x 3 Trops.

(IMAGENS REPRODUZIDAS DO SITE OFICIAL DO VASCO (WWW.CRVASCODAGAMA.COM.BR). A
GRADECIMENTOS.


 



domingo, 24 de novembro de 2013

ÁLBUM DA COLINA - PÁGINA-1949

Emocionantíssimo! Foi como a revista “Seleções Esportivas” viu o duelo entre Vasco e Botafogo, pela decisão do Campeonato Carioca de Remo-1949, em uma ensolaradíssimo domingo de verão, na Lagoa Rodrigo de Freitas.  Era novembro e a “Turma da Colina” levou o hexa na última regata.
 Escreveu a publicação: “ ... oito gigantes de São Januário suplantaram seus adversários da estrela solitária, na chegada, por uma diferença das menores... Até a disputa do sexto páreo, o Botafogo levava  vantagem, pela diferença mínima... ficando a decisão entregue ao 7º páreo.... cresceu de expressão a conquista ... pela sexta vez consecutiva...(do)  grêmio da Cruz de Malta, indiscutivelmente, merecedor do título, pela capacidade dos seus remadores e apuro no preparo técnico e físico...”.  
Foi uma espécie de vitória de virada. Os alvinegros venceram o primeiro páreo (out-riggers a quatro remos com patrão), com o Vasco em segundo, ficando cinco pontos a atrás do líder ( 8 x 13) – Guanabara (5); Icaraí (3) e Flamengo (2).  No seguinte (out-riggers a dois remos sem patrão), os cruzmaltinos deram o troco, levando os 10 pontos – Piraquê (6), Botafogo (4), Flamengo (2) e Internacional (1).  Briga boa, pois o estrelado ganhou a terceira regata (skiff), fazendio 10 x 6 sobre o Vasco – São Cristóvão (4) e Flamengo (2) assistiram ao pega, que teve um louvável ao esforço do vascaíno Agenor Corrêa, o segundo colocado.
Veio a quarta regata (out-riggers a dois remos com patrão), e o Guanabara confirmou o favoritismo (10 pontos) no “dois com”, deixando o Vasco em segundo (6) e o “Fogo” em terceiro (4). Porém, a “Turma da Colina” recuperou terreno no quinto páreo (out-riggers a quaatro remos sem patrão), juntando mais 13 pontos, contra 5 dos empatados Flamengo e Botafogo, e 3 do  Icaraí. No sexto (double-skiff), os botafoguenses venceram (10 pontos) e voltaram à ponta. Nesta prova, o Vasco ficou em quarto lugar, com 2 pontos, atrás de São Cristóvão (6) e Icaraí (4). Finalmente, no último páreo do dia, “a fibra de oito gigantes liquidou o adversário, acelerando as remadas, desde a altura dos 1.500 metros, para chegar em absoluto primeiro, sensacionalmente, com a conquista do título de hexacampeão carioca de remo”, escreveu “Seleções Esportivas”. Os vascaínos, com 13 pontos, conta 8 do Botafogo; 5 do Lage e 3 do São Cristóvão levaram o hexa, totalizando 58 pontos, contra 54 do Botafogo e 15 do Guanabara.   

Ao encerrar a matéria, a revista saudava os vencedores, o que não existe mais no jornalismo atual, com um discurso: “Parabéns, portanto, aos vascaínos campeões de mar de 49, pelo brilho da conquista, valorizada pela resistência extraordinária de seu adversário mais categorizado: o Botafogo Futebol e Regatas”.       

 


 

sábado, 23 de novembro de 2013

VASCO DA GAMA 2 X 1 CRUZEIRO

O peso de sua camisa, a força de sua torcida e a desmobilização mineira foram os atributos levados pelo time do Vasco, ao Maracanã, hoje à noite, para vencer o Cruzeiro, por 2 x1.  Com isso, subiu par 41 pontos e segue com chances de continuar na elite do Campeonato Brasileiro – os dois clubes não se enfrentavam naquele estádio desde 1993.
Na rodada de hoje, o torcedor cruzmaltino tem que secar o Fluminense (42 pontos) diante do Santos, na casa do adversário, e o Bahia, que vai receber a Portuguesa de Desportos, na Fonte Nova.
Quanto ao jogo de hoje, o Vasco saiu logo pra matar. Comum minuto, Thalles recebeu bola no ataque e sofreu falta. Marlone cobrou, houve desvio da zaga celeste e a pelota foi a escanteio. No desenrolar do lance, Luan serviu Thalles, dentro da área, e este cabeceou sem chances de defesa para o goleiro
Rafael: 1 x 0.
O segundo tento saiu aos 37 minutos., por intermédio de Edmilson. A jogada saiu pelo lado esquerdo do ataque cruzmaltino. A bola chegou à entrada da área sem que o atacante fosse marcado. Ele ajeitou a bola e disparou um míssil, que resvalou no travessão antes de ir para a rede. Indefensável! E 2 x 0 foi o placar da etapa inicial. No segundo tempo, o time vascaíno sofre um gol, em cobrança de falta, marcado por Everton Ribeiro, aos 19 minutos, mas soube administrar a vantagem, até o final. Esta foi a décima vitória do time nesta campeonato. O próximo adversário será o Náutico, já rebaixado, no domingo, em horário a ser marcado.
FICHA TÉCNICA - 23.11.2013 (sábado) - Vasco 2 x 1 Cruzeiro. Campeonato Brasileiro. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Marcos André Gomes da Penha (ES). Público: 32.988 pagantes (38.654 no total). Renda:  R$ 667.340,00. Gols: Thalles, aos 2, e Edmílson, aos 32 min do 1º tempo; Everton Ribeiro, aos 19 min do 2º tempo. VASCO: Alessandro; Fagner (Renato Silva), Cris, Luan, Yotun; Guiñazu, Abuda, Pedro Ken e Marlone (Bernardo); Thalles (Robinho) e Edmilson. Técnico: Adilson Batista. CRUZEIRO: Rafael; Ceará, Léo, Paulão e Egídio; Nilton (Alisson), Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart (Elber); Willian e Vinícius Araújo (Júlio Baptista). Técnico: Marcelo Oliveira.
Imagens reproduzidas do site oficial do Vasco - www.crvascodagama.com.br. Agradecimento.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

FERAS DA COLINA - ALTAMIRO




O Vasco teve um atacante cujo esporte predileto era ser motorista de caminhão. Quando o time ia para o estádio, brigava para dirigir o ônibus. Nome da fera: Genuíno. Esteve cruzmaltino na década-1950. Mas isso não foi nada. Na década-1960, houve um outro atacante, chamado Altamiro, que insistia em continuar sendo ascensorista do Banco de Crédito Real de Minas Gerais.  
Altamiro Pereira, carioca, nascido em 15 de maio de 1942, no bairro da Penha, não confiava no futebol, mesmo já tendo jogado pela Seleção Brasileira campeã sul-americana-1963. Ele só tinha o curso primário, cursado na Escola Bernardo Vasconcelos, no mesmo bairro onde nascera, e achava que deveria precaver-se  com um outro emprego. Exemplos para crer que o futebol poderia lhe dar melhor futuro do que subir e descer elevadora ele tivera em Cané, companheiro de ala atacante em seu primeiro time, o segundo quadro do Tiboim, da Penha. O velho amigo já faturava liras no futebol italiano, depois de fazer o nome com a camisa do Olaria.
 Do Tiboim, Altamiro foi para o juvenil do América. Em seguida, passou pelo Auto Solar, do Departamento Autônomo e o time do banco em que trabalhava, Os próximos chutes foram pelo São Cristóvão, pelo qual correu durante 11 meses, até chegar ao Vasco. Nesse ponto, rolaram negociações secretas, entre o presidente do “Santo”, Adílson Teixeira, com os dirigentes vascaínos. Lá pelas tantas, um outro cartola do clube, Nélson de Almeida, uso o locutor Adjalma Guimarães, da Rádio Nacional, para fazer a ponte com São Januário.
O Vasco pagou Cr$ 10 milhões de cruzeiros para levar Altamiro, que assinou contrato, por dois anos,  ganhando Cr$ 100 mil mensais, 75 mil a mais do que ganhava no São Cristóvão. Segundo o atleta, ele era torcedor vascaíno desde criança.
 A convocação de Altamiro para a Seleção Brasileira ocorreu em 1963, quando ele ainda estava no São Cristóvão.  Integrou uma equipe que teve pro base a seleção mineira, campeã estadual brasileira naquele ano, no Sul-Americano, disputado na Bolívia. Ele entrou no decorrer da partida em que o Brasil venceu o Peru, por 1 x 0, em lugar de Flávio, do Internacional-RS, e autor do gol. O time, convocado pelo treinador Aymoré Moreira, foi: Marcial (Atle-MG); Jorge (Ame-RJ), William (Atl-MG), Procópio (Fu) e Geraldino (Cruz-MG); Ilton Vaccari e Tião Macalé, ambos do Guarani de Campinas-SP. Almir (Port Desp), Flávio (Altamiro)a, Marco Antônio (Comercial/RP-SP) e e Osvaldo Taurisano (Santos).
Altamiro esteve vascaíno entre 1963 a 1966a, tendo feito  pare do grupo campeão da Taça Guanabara-1965. Saiu  e voltou para ficar de 1968 a 1969.
 
 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

FERAS DA COLNA - CARLOS ALBERTO DIAS

 


Carlos Alberto Dias, candango na Colina
Carlos Alberto Dias foi um desses jogadores chamados de ciganos”. Passou por 13 clubes. Em São Januário, esteve em 1992 e1993, quando disputou 50 partidas e marcou 14 tentos. Sua estreia foi em 31 de outubro de 1992, no empate, por 0 x 0, com o Madureira, pelo Estadual, em jogo de pequeno público – 1,453 pagantes– , no estádio suburbano do adversário, à Rua Conselheiro Galvão. O primeiro gol cruzmaltino também foi pouco visto: por 11.722 pagantes, no 1 x 1 Flamengo, em São Januário, em 4 de outubro do mesmo 1992, também pelo Estadual.
Em sua temporada vascaineira, Dias fez 15 dos24 jogos do título estadual, marcando seis gols. Na segunda, entrou em 14 das 24 refregas, deixando só uma bola na rede. Em 1992, o time-base era: Carlos Germano; Winck, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Dias, Bismarck e Roberto Dinamite;Edmundo e Valdir“Bigode”. Em 1993, na defesa, entraram Pimentel e Torres, respectivamente, nos lugares de Luís Carlos Winck e de Tinho. No meio-de-campo, Dias era constante, com Luisinho, Leandro e Geovani.
Devido às boas atuações cruzmaltinenses, Dias foi convocado, pelo treinador Carlos Alberto Parreira, para a Seleção Brasileira. Mas fez só uma partida canarinha, em 15 de abril de 1992, vencendo a Finlândia, por 3 x 1, no estádio José Fregelli, em Cuiabá-MT, entrando no segundo tempo. O time: Sérgio; Luis Carlos Winck (Charles Guerreiro), Marcelo Djian,Márcio Santos e Lira (Roberto Carlos);Mauro Silva, Leovegildo Júnior, Luiz Henrique (Dias) e Paulo Sérgio; Bebeto e Valdeir (Renato Gaúcho).
Por sinal, naquele dia, havia mais dois vascaínos na partida, Bebeto– autor de dois tentos–– e Winck,além de um ex-cruzmaltino, Lira, e um futuro colineiro, Charles Guerreiro. (foto reproduzida da revista "Placar"). Agradecimento.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

VASCO, O INIMIGO Nº 1 DO RACISMO

Hoje, no Brasil, é o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. O site oficial do Vasco (www.crvascodagama.com.br)  prestou uma homenagem à data, publicando esta bela matéria "Especial", pesquisada por FÁBIO RAMOS, que o "Kike" reproduz, recomendando a todo torcedor cruzmaltino ler, com atenção e reflexão. 

O Vasco impediu o racismo no futebol

  No Brasil, o dia 20 de novembro é considerado o Dia Nacional da Consciência Negra, dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Nesta data, procura-se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro, ocorrido em 1594. Esta celebração é feita desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.


No futebol não foi diferente, como escreveu Mário Filho em seu livro O negro no futebol brasileiro: “O mulato e o preto eram, assim, aos olhos dos clubes finos, uma espécie de arma proibida”.
 O Vasco sempre foi democrático, desde suas cores (preto, branco e vermelho), que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias. Foi o primeiro clube a eleger um presidente “não branco”, Cândido José de Araújo, em 1904, reeleito no ano seguinte. Lutou contra preconceitos raciais e sociais nos anos 20, contribuindo decisivamente para que o futebol deixasse um esporte exclusivo de descendentes de ingleses e jovens da aristocracia, e foi o único que teve coragem de desafiar o sistema vigente.


Adhemar Ferreira da Silva, atleta olímpico vascaíno que fez história (Foto: Divulgação)
   Fndado por portugueses, o Vasco se distinguia de outros criados pela colônia lusitana por abrir suas portas também para brasileiros. De qualquer origem. O critério para ser convidado a defender o clube da Cruz de Malta não era a cor da pele ou a situação social. Era saber tratar bem a bola, tanto que, em 1923, o clube conquistou o Campeonato Carioca, logo em seu ano de estreia na elite carioca.

Elenco campeão Carioca em 1923 (Foto: Divulgação)
A reação dos clubes tradicionais não demorou. No ano seguinte, o grupo formado por América, Botafogo, Flamengo e Fluminense decidiu deixar a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundar a AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos).
 Pelas regras da nova entidade, os jogadores precisariam provar que estudavam ou trabalhavam. Não em um trabalho qualquer. “Um emprego decente (…). Empregados subalternos eram riscados”, segundo Mário Filho. E precisavam saber ler e escrever corretamente. Além disso, todos os clubes deveriam ter campos e sedes próprios. O Bangu, com um time formado em boa parte por operários da fábrica de tecidos instalada no bairro da Zona Oeste, foi convidado pelo quarteto a ingressar na entidade. Os cinco fundadores tinham peso maior nas votações, garantindo que as suas propostas fossem vitoriosas.
 Ao Vasco, foi exigido que 12 jogadores fossem afastados, por não atenderam aos requisitos impostos pela AMEA. Diante do ultimato, o presidente do clube, José Augusto Prestes, assinou um ofício no dia 7 de abril, que ficou famoso na história do futebol carioca e brasileiro, desistindo de participar da nova liga criada.
 Com isso, o Vasco permaneceu na LMDT, ao lado de outros clubes que não aceitaram as condições ou que não conseguiram cumpriram as exigências impostas, sendo campeão em 1924.
 Com mais experiência, o Vasco foi crescendo no mundo do futebol, conquistando títulos e muitos admiradores. A desculpa de que o Cruzmaltino não possuía uma casa para receber os adversários caiu por terra quando, após uma memorável mobilização de torcedores, foi erguido, em menos de 12 meses, um gigante, chamado São Januário, no dia 21 de abril de 1927, em resposta aos que tentaram barrar a ascensão do time de negros e brancos pobres que estava conquistando a elite do futebol carioca.
No ano seguinte, houve acordo entre o clube e a AMEA. Nele, o Cruzmaltino manteve seus atletas negros, mulatos e pobres, entrando para a história esportiva do país ao contribuir decisivamente para tornar o futebol um esporte realmente de todos os brasileiros.
  Na temporada de 2011, o Vasco lançou seu terceiro uniforme, com um modelo inspirado no utilizado na década de 20, fazendo referência a atuação do clube naquele período, em prol da inclusão de jogadores negros e de classes mais humildes. No lado esquerdo do peito da camisa, há a imagem de uma mão espalmada em preto e branco. E, na gola, as palavras “Inclusão” e “Respeito”.
  “Um grande exemplo de processos de inclusão ocorreu no início do século passado, quando o Vasco da Gama foi expulso da Liga de Futebol, porque havia incluído no seu quadro social e desportivo os negros. Hoje, todos os clubes têm negros. O Vasco estava certo. O ingresso de estudantes negros e negras no ensino público superior e a inclusão da população negra na fruição dos bens não pode ser uma exceção. Precisa ser algo de fato integrador.” - Declarou Eloi Ferreira de Araújo, Ministro da Igualdade Racial.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ANIVERSARIANTE: DOMINGOS DA GUIA

 Até hoje, ele considerado o melhor zagueiro da história do futebol brasileiro. Os uruguaios chamavam-no de “Divino Mestre”. Quando defendeu o Nacional, de Montevidéu, este teve de escalar dois defensores, pela direita, tática inexistente, porque, por ali, jogava o capitão da “Celeste”, Nasazzi, campeão mundial, em 1930.   
 Domingo Antônio da Guia, nascido em 19 de novembro de 1912, no Rio de Janeiro, esteve vascaíno, inicialmente, em 1932, quando tinha 20 anos. Saiu, para o Uruguai, mas voltou em 1933, para ser campeão carioca, em 1934.
Por aquela temporada, o futebol do Raio de Janeiro teve dois campeonatos, o da Associação Metropolitana de Esportes Athléticos, e o da Liga Carioca de Football,  devido a uma crise surgida no ano anterior. Disputante da segunda entidade, que reuniu sete times, o Vasco levou o título somando mais pontos no turno e no returno. Em 12 jogos, foram oito vitórias, dois empates e duas pisadas na bola. Marcou 28 gols e sofreu 16.
A campanha da turma de Domingos da Guia incluiu duas goleadas, pelo mesmo placar de 5 x 2: sobre o Flamengo (01.05) e o Bangu (24.06). Dos outros "grandes", o Fluminense foi batido nas duas etapas - 2 x 1 (06.05), e 1 x 0 (29.07) – e o América na primeira: 2 x 1 (01.04).  Domingos da Guia participou de toda a campanha, dirigido por Harry Welfare, formando neste time-base: Rey, Domingos e Itália; Gringo, Fausto e Mola; Orlando, Almira, Gradim, Nena e D´Alessandro  
Domingos viveu por 87 anos, até 18 de maio de 2000. Teve quatro filhos, um deles o meia Ademir da Guia. Pela Seleção Brasileira, Domingos disputou a Copa do Mundo de 1938, na França, e totalizou 30 partidas, com 19 vitórias, três empates e oito quedas. Desses compromissos, a FIFA considera  só 16 oficiais, por ele ter participado de disputas contra clubes, combinados e seleções estaduais. Foi campeão da Copa Rio Branco de 1931/32 e da Copa Roca de 1954.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ANIVESARIANTE HOJE: MOLA

Reprodução de www.netvasco
Na pia batismal e na certidão de nascimento ele recebeu o nome de  Sebastião de Paiva Gomes. Saiu da barriga da mãe em 18 de novembro de 1906, na pouco ainda desenvolvida cidade do Rio de Janeiro.
Sebastião bem que poderia ter sido um dos muitos tradicionais “Tiãos” dos apelidos naturais que os nomes geram.  Mas a sua elasticidade jogando futebol lhe fazia parecer  possuidor de molas nos pés. Foi cruzmaltino entre 1928 e 1935, atuando pelo lado esquerdo de uma famosíssima linha média   Tinoco, Fausto dos Santos e Mola. 
Além de “homem elástico”, Mola era, ainda, um grande “ladrão de bolas”, tendo o seu "conjunto da obra" lhe valido a convocação para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1934. Nesse ponto, ele escreveu uma história controvertida. Na época, para ir ao Mundial, teria de se desligar do Vasco, o que fizeram os colegas de time  Leônidas da Silva e  Tinoco, e acertar a sua vida com a então Confederação Brasileira de Desportos.  Mas, como esta o queria como amador,  preferiu seguir profissional, em São Januário. Pouco depois, sofreu uma agrave lesão de joelho, determinante para o final de sua carreira.

 

 


 

 
 

 
 
 


domingo, 17 de novembro de 2013

VASCO DA GAMA 0 X 0 CORINTHIANS


Obrigado a vencer, o time vascaíno foi ao Pacaembu, na tarde deste domingo, encarar os corintianos, pela 35ª rodada do Brasileirão-2013. E ficou no 0 X 0, permanecendo na 18ª  colocação, com 38 pontos. O Vasco volta a campo no próximo sábado (23), no Maracanã, para enfrentar o Cruzeiro.
volta a campo no próximo sábado (23), às 19h30, no Maracanã, para enfrentar o Cruzeiro.
                CONFIRA A FICHA TÉCNICA
17.11.2013 - Vasco 0 x 0 Corinthians. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Ricardo Marques Ribeiro-MG. VASCO: Alessandro; Renato Silva, Cris e Luan; Fagner, Abuda, Guiñazu, Wendel (Francismar) e Yotún; Marlone (Thalles) e Edmílson (André). Técnico: Adilson Batista.CORINTHIANS: Walter, Edenilson, Gil, Paulo André e Alessandro (Igor); Ralf, Guilherme (Rodriguinho), Douglas, Romarinho; Emerson e Renato Augusto (Danilo). Técnico: Tite.
HISTÓRICO - Vasco x Corinthians, duelo iniciado em 14 de março de 1926, com 2 x 1 amistosos, para os vascaínos, no Rio de Janeiro, vem apresentando vantagem paulista: de sete vitórias. Em 108 partidas, são 35 triunfos da "Turma da Colina", 32 empates e 155 tentos, à média de 1,44 por jogo.
 

sábado, 16 de novembro de 2013

O MAPA ASTRAL DO 'ALMIRANTE'

“O Kike da Bola” não tem autoridade científica para afirmar, ou negar. Mas, meditando “de riba” do que foi escrito em torno de uma tabela elaborada antes da descoberta dos planetas Urano, Netuno e Plutão – este último, por sinal, já rebaixado à segunda divisão do horóscopo –, fica com a impressão de que o espírito do “Almirante” firmou um pacto astral para ficar bem para todo lado das influências zodiacais.
Pra começo de conversa, se o Brasil é a “Terra do Sol”, a Turma da Colina” brilhou com ele em quatro dos seis anos do seu ciclo de regência sobre a vida na Terra,  isto é, em 1949, 1956, 1970 e 1977. Como cada ciclo dura 36 anos, e o próximo será em 2016, isso significa que, por ora, no zodíaco solar, a rapaziada é  “tetra”, com 66,66% de aproveitamento. Mais? No quesito regência anual, em 1924, quem faturou o caneco? O “Almirante”, é claro. Aliás, bisou, 'recanecou', já que havia invadido o domínio de Marte, em 1923.
Cá, entre nós: se o “Almirante” tabelou com o Sol, deixaria de paquerar a Lua? Ora, pôijz, pôijz! Se ela é dos namorado e as regências anuais pintam a cada sete temporadas, claro que o espírito do grande navegador não desperdiçaria um tempo menor para ficar coladinho ao cangote lunar e colocar mais faixas no peito, não é mesmo? Claro! Não deu outra, em 1945, 1952, 1966 e em 1998. Vale ressaltar, no entanto, que, no “meia-meia”, o caneco foi o do Torneio Rio São Paulo, dividido com Pelé (santista) Garrincha (corintiano) e  Jairzinho (botafoguense).
Com taças nas mãos, porque não falar de anéis nos dedos? Evidentemente, pois ninguém nunca usou um anel no cotovelo. Que se saiba! Mas estes são anéis diferentes. De Saturno, pôijz, pôijz! Na regência dele, o Vasco tornou-se, em 1974, o primeiro time carioca campeão brasileiro. E, no meio exclusivo de sua patota estadual, levou a taça de 1992. Com um senhor time!
 Aliás, por falar em senhor, na mitologia dos romana, Júpiter era o “Senhor do Universo”. Por isso, é o maior planeta do sistema solar. Ele deu ao “Almirante” o caneco carioca der 1947, de forma avassaladora: com sete pontos à frente do segundo colocado. Teve adversário? O Flamengo desafiou, levou 5 x 2. O Fluminense, 5 x 3. A moçada não teve pena nem do pequeno  Canto do Rio: 14 x 1, a maior sacanagem já feita na história do futebol dos “caricas”.  Com 17 vitórias, em 20 duelos, o Vasco mostrou-se um time com muito gás, como Júpiter, um planeta gasoso e vermelho, como ficaram os rivais.
Pois é! Futebol, as vezes coisa de outro planeta, também é guerra. Poderia se regido por Marte, o “Deus da Guerra”, dos romanos. Se o fosse, durantes as batalhas cariocas de 1987, a regência marciana favoreceria, como favoreceu, aos guerreiros da Colina. Eles formaram um exército tão superior, que, no jogo final, contra o Flamengo, o atacante Tita encobriu o rosto com a sua camisa, após marcar o gol da vitória final (09.08), com vergonha de bater adversários tão “lebréias”. Diante de 114.692 almas.
Mas, guerra por guerra, o que não dizer do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948, em Santiago do Chile? Feito sob medida para o Vasco perder. Só que esqueceram de consultar Marte. Sob a sua regência, de forma alguma, os “Guerreiros da Colina” iriam ao Andes se não fosse para vencer. Ainda que o argentino River Plate, o melhor do mundo daquela época, tivesse uma camisa parecida, recebeu o aviso final: nem vem, que não tem. 
Mas o Vasco não é só de guerra. É de amor, também. Quando regido por Vênus, a deusa dessas coisas na antiga Roma, a “Turma da Colina” atravessou o Atlântico e foi conquistar o francês Torneio de Paris, espécie de Mundial de então, em 1957, colocando pra dançar o espanhol Real Madrid, que se considerava-se o “Deus do Olimpo”. Os franceses amaram. Como amaria, certamente, se estivesse viva, a freira espanhola Teresa Margarita Herrera y Posada – nascida em 1712, para fazer o bem, como o fizera o time vascaíno aos olhos de quem o vira preliar na Europa. Poucos dias depois de fazer ao Real Madrid cair na real,  a rapaziada levou, para São Januário, um troféu com o sagrado nome de madre caridosa.
Bem antes daquelas fabulosas aventuras europeias, é de se assinalar que o Vasco havia conquistado o título carioca de 1950, carregando o maior sentimento. Por sinal, o primeiro no Maracanã, o templo dos deuses do futebol brasileiro – jogo final em 28 de janeiro de 1951, com 2 x 1 em cima do América, invadindo a área de Mercúrio. Mas Mercúrio é gente finíssima. Deus mensageiro, homem que, digamos foi o iniciador do jornalismo e inspirador do instituto da promoção. Para os gregos, Hermes. Um “marchê”, para os franceses, que foram tirar dali a palavra marketing.   
Sob a batuta de Mercúrio, em 1958, o Vasco viveu o seu ano mais dourado. Ganhou quase tudo o que disputou, em terra e mar. Inclusive, ficou SuperSuperCampeão carioca e ganhador do Torneio Rio-São Paulo, a maior disputa do futebol brasileiro da época. De quebra, na regência do “Deus Mensageiro” ainda rolou o caneco da primeira Taça Guanabara, levantada por um mortal com um  nome de deus, Hércules (Brito Ruas).   (FOTOS REPRODUZIDAS DE WWW.CRVASCODAGAMA.COM.BR). Agradecimento.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ANIVERSARIANTES: VÁLTER E NADO

  1 - Em 1957, o futebol francês pensou em promover um torneio para ser a referência internacional da modalidade. E, entre os convidados, incluiu o Vasco. Meramente, para uma representante sul-americano. A taça, seguramente, seria carregada pelo time mais forte do planeta, o espanhol Real Madrid. Beleza!
Rolou a “maricota” e, na estreia, a “Turma da Colina” mandou 3 x 1 no anfitrião Racing, rolando uma bola de impressionar. Um presente de aniversária para a sua torcida. Mesmo assim, esta anão acreditava que daria para segurar os madrilenhos. Muito bem! O Vasco voltou ao Parc des Princes encarou legal o campeão espanhol e bicampeão europeu, que havia ganho, também, as Taças Latina e Generalíssimo Franco. No dia seguinte, um jornal parisiense contava: “Quando os brasileiros pegavam na bola, nada mais existia em campo, nem mesmo o Real Madrid”.
ASSOMBRAÇÃO -  Os franceses, que não botavam fé na rapaziada de São Januário, “ficaram atônitos ao verem a exibição cruzmaltina”, relatou o Nº 83 da revista carioca “Manchete Esportiva”, que circulou com data de 22 de junho. E abria a página 3 com uma foto imensa de um campeão, vibrando. Abaixo, legendava: “Válter assombrou os parisienses, com o seu jogo magnífico”.  Realmente, fora o “cara” da partida, botando a patota de Di Stefano no bolso, e, ainda, mandando duas pelotas balançar o filó dos merengues. Quando o semanário fez manchete dizendo que “O Vasco rasgou o cartaz doa Real Madrid”, estava implícito que o meia vascaíno fora um dos principais responsáveis pelo rasgão. Tanto que, no ano seguinte,  os espanhóis do Valência o levaram.
CONFUSÃO - Válter Marciano de Queiroz tinha muito o “V” trocado por “W”, pela imprensa da época. Paulistano, nascido em 15 de novembro de 1931, ele desembarcou na Colina, em 1954, procedente do Santos, para ser campeão carioca, duas temporadas depois. Além do Torneio de Paris, em 1957, ajudou a moçada a conquistar, também, o Troféu Tereza Herrera, na Espanha, e o Torneio Triangular do Chile.  Eleito o melhor jogador do time durante aquela temporada, já havia vestido a camisa da Seleção Brasileira em oito oportunidades – 18.09.1955 – Brasil 1 x 0 Chile; 13.11.1955 - 3 x 0 Paraguai;  01.04.1956 – 2 x 0 Seleção Pernambucana; 08.05.1956 – 1 x 0 Portugal; 11.04.1956 – 1 x Suíça; 21.04.1956 – 0 x0 Tchecoeslováquia; 25.04.1956 - 0 x 3 Itália; 01.05.1956 -1 x 0 Turquia –, ajudando os canarinhos a conquistarem as Taças O´Higgins e Oswaldo Cruz, ambas em 1955.      
Campeão da Taça Cidade das Feiras, em 1961, pelo Valência, o meia Válter, naquele ano, foi tragado por um acidente automobilístico. Foi, mas deixou uma história de craque. Capaz de fazer o treinador Flávio Costa arrumar uma outra colocação para o magnífico Didi no meio-de-campo da Seleção Brasileira.

2 - O ponta-direita pernambucano Nado (E), que aparece nesta foto ao lado do seu conterrâneo Salomão, foi um dos jogadores mais baixinhos – media 1m64cm de altura – convocados para a Seleção Brasileira.
José Reginaldo Tasso Lassalvia, seu verdadeiro nome, antes de aprontar pela ponteiro, jogava aramando, pela meia-esquerda. Virou extrema-direita porque o treinador Ricardo Diez, do Náutico Capibaribe-PE, tinha bons jogadores para o meio-de-campo. Aliás, de início, ele nem era um autêntico ponteiro, pois recuava muito para marcara. Teve de aprender uma nova tática. E achou mais difícil do que armar.
Nado (E) e um outro pernambucano, Salomão
Nado analisava, assim, as duas funções: "Pela ponta, só tenho uma maneira de atuar: para a frente. De um lado, temos o fim do campo, a (linha) lateral, e, do outro, quando não há um marcador, um companheiro quase sempre marcado. Dificilmente, temos a chance de driblar para dentro, sem o perigo de embolar todo o nosso ataque".
Nado nasceu em 15 de novembro de 1938, em Olinda-PE. Começou a carreira, aos 13 anos de idade, por um time amador de sua cidade, chamado Argusa, como infanto-juvenil. Aos 19, foi para o Náutico. Investiu muito na jogada de ir à linha de fundo, para centrar forte para o meio da área. Sobre o drible, considerava-se médio no fundamento, bem como em velocidade. Seu peso ideal era 58 quilos, e ele foi contatado pelo Vasco por ter dado um trabalho danado ao lateral-esquerdo Oldair Barchi, bem mais alto e mais forte, quando o Vasco enfrentou o "Timbu", pela Taça Brasil-1965.
Em Pernambuco, Nado foi campeão pelo fantástico time do Náutico, em 1960/63/64/65a, tendo, em 1963, sido o artilheiro da temporada, com 18 gols. Em 1966, foi eleito como o melhor ponta-direita do Campeonato Carioca e da Taça Brasil. de 1966. Convocado para os treinos da seleção canarinha que rumo à Copa do Mundo-1966, ele fez só um jogo: 10.05.1966 - Brasil 1 x 1 Chile. Depois, disputou mais dois:07.98.1968 - Brasil 4 x 1 Argentina. 14.12.1968 - Brasil 2 x 2 Alemanha Ocidental.