Vasco

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

VASCODATA

 

domingo, 29 de setembro de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA - MIGUEL

Ele foi “SuperSuperCampeão”a carioca-1958,  título que os cruzmaltinos sempre etãso a “maiscular”, subvertendo regras gamatiais. Perdoável! Afinal, não é diariamente que se fica “supertaceiro”, convenhamos. Caso dao goleiro e Miguel Ferreira de Lima, um potiguar nascido em 29 de setembro de 1937, mais precisamente em Macaíba, no Rio Grande do Norte. Estava escrito que Miguel seria um “footballer”. Desde garotinho, sem luz elétrica em casa,  se ligava no rádio à bateria de um ‘amigo rico”, escutando o rolar da bola no distante Rio de Janeiro. Nem imaginava que, um dia, ele seria um dos caras que estariam por lá, fazendo a galera vibrar. Filho de Diocleciano Fererrira de Sousa, apelidado por “Seu Lucas”, e de Maria Madalena de Mederios, o garoto Miguel teve cinco irmãos, mas só ele, o mais velho, e Francisco de Assis sobrevieram. A sua infância foai dura, piois o seu pai, qaue era analfabeto, vivia percorrendo feiras livres, pelo interior potiguar, levando as suas bugingangas em jumentos. O máximo que pôde dar-lhe foi o estudo até o antigo ginasial, do  Grupo Escolar Auta de Souza.

Chegada a adolescência, Miguel tornou-se goleiro do Cruzeiro FC, de sua cidade. Por se revelar bom pegador de bolas, o presidente do time, o tabelião Raimundo Barros Cavalcanti, arrumou-lhe um emprego no cartório de Macaíba. Em seguida, ele foi para o time juvenil do Santa Cruz, de Natal, aonde profissionalizou-se, pelo Alecrim Futebol Clube. Aos 18 anos, na idade do serviço militar, via que a rapaziada de sua terra só tinha duas chances de progredir: tentando uma vaga na Marinha, ou sendo atleta de futebol. “E fiz as duas coisas”, contou ele, ao jornalista Rômulo Estânrley.
FUZILARIA - Como os candidatos a marinheiros alistados em Natal teriam que fazer o curso de fuzileiro naval no Rio de Janeiro, o recruta Miguel foi nessa. Era 1955 e ele pegou, logo, uma vaguinha no time do seu quartel. De quebra, apareceu um santo para ajudá-lo, São Januário. A história contada pelo repórter Rômulo Estânrley é a seguinte: ao comandante doas fuzileiros navais, o Cândido da Costa Aragão, era torcedor vascaíno, mantinha um bom relacionamento com a “Turma da Colina e, em razão disso, arrumava o gramado cruzmaltino para as disputas dos “recos”. Como Miguel fechava o gol, um olheiro do Vasco chegou-lhe em seus oritimbós e convidou-lhe a fazer um teste no clube.
Após três anos na Marinha, Miguel trocou a farda branca da corporação pela camisa preta de goleiro das divisões de base do Vasco. De 1955 a 1962, foi campeão por todas as equipes vascaínas que defendeu -  juvenil, aspirante e profissional. Em 1956, quando osa vascaáinos sagraram-sea campeões cariocas, o goleiro titular era Carlos Alberto Cavalheiro, da seleção brasileira olímpica e atleta amador, por ser da Aeronáutica. Então, Miguel teve de esperar pela sua vez, para brigar pela camisa 1, que a agarrou em 1958.     

SUPERSUPERMIGUEL -  A temporada-1958 estava sendo mágica para o Vasco. Campeão do Torneio Início-RJ e do Torneio Rio--São Paulo (principal disputa da época), só faltava o título estadual. Por todo o primeiro turno do Campeonato Carioca, o veterano Moacir Barbosa tomou conta da meta cruzmaltina, fazendo 10 jogos – Hélio entrou em um outro. Veio o returno, e Barbosa fez mais dois jogos, e Hélio um. Na quinta rodada, o treinador Gradim (Francisco de Sousa Ferreira) decidiu dar uma chance ao goleiro potiguara – Vasco 2 x 1 Portuguesa (01.11) e Vasco 1 x 0 Madureira (09.11) . Mas, como o jogo seguinte seria um clássico, contra o Fluminense (16.11),  Barbosa, maias experiente, voltou ao “Arco da Colina”.
Gradim, no entanto,  acenou com uma nova chance para Miguel, em Vasco 2 x 0 América (23.11). E o manteve titular pelas  três últimas partidas do returno – 4 x 0 Olaria (3011); 0 x 2 Botafogo (07.12) e 1 x 3 Flamengo (14.12).  Por ter sofrido cinco gols em dois jogos, o garoto potiguar viu Hélio começar o “SuperSuperCampeonato”, nos 2 x 1 sobre ao Botafogo.  Mas, no encerramento da disputa (17.01.1959) ,em Vasco 1 x 1 Flamengo,  era ele o goleiro “SuperSuperCampeão”, de uma formação inesquecível: Miguel,  Paulinho de Almeida, Bellini  e Coronel; Écio Capiovilla e Orlando Peçanha; Sabará,  Almir Albuquerque, Roberto Pinto, Valdemar  e Pinga.
FORASTEIRO – Encerrado o seu ciclo na Colina, Miguel foi para a Colômbia, em 1963, defender o Deportivo Cali. Depois, esteve no Millonários. Em 1965, subiu no mapa e foi para o Koln, da Alemanha. Voltou, em 1967, para defender um rival cruzmaltino, o Botafogo. Ficou pouco e seguiu para o Saint Louis Stars-EUA. Por fim, vestiu a camisa do  New York Generals (EUA), em 1968.  
Como treinador, informa Rômulo Estânrley, que Miguel conquistou vários títulos com o Saint Louis University-EUA, de 1962 a 1978; New York Cosmos-EUA, de 1979 a 1984, e o Brazilian Masters Soccer Team, como treinador de goleiro. “Ele aposentou-se, em 1999, pelas leis norte-americanas”, acrescenta, com mais um dado: “Miguel casou-se com Maria das Graças de Lima e gerou Laina, Aline e Letícia.

sábado, 28 de setembro de 2013

ANIVERSARIANTE HOJE: BIANCHINI

Bianchini é o terceiro agachado, com Mané Garrincha na ponta-direita
O atacante Bianchini, artilheiro do Campeonato Carioca de 1963, com 18 gols, com o prestígio que conquistou balançando redes, foi parar no Botafogo de uma forma inusitada. Depois, defendeu o Vasco e as duas transferências lhe deram fama de, inteligentemente, saber trocar de camisa, para ganhar os 15% que a antiga Lei do Passe dava direito ao atleta. No entanto, enganava--se quem pensava aquilo. O ‘Bianca’ não ficou rico, quando trocou  Bangu, por General Severiano,  e este, por São Januário, pois abriu mão do que tinha direito, para facilitar as respectivas transferências, já que os vendedores não se  mostravam dispostos a abrirem seus cofres. Embolsou, apenas, as "luvas".
Os cartolas da década de 1960 diziam que a legislação esportiva só servia para gerar  indisciplina. Para eles, os jogadores faziam tudo para serem negociados e levarem o seu. Bianchini achava os 15% que um atleta levava em uma transferência algo irrisório, pois considerava a carreira muito curta para se ter tempo de formar um bom pecúlio e ter um futuro tranquilo. Para ele, uma ilusão. Na opinião dele, goleador que passou, também, pelo Flamengo, em vez dos 15%, a lei deveria conceder 90%  ao atleta trocante de clube. “Ou criar um compensatório amparador do profissional que não conseguia sair dos pequenos clubes, sendo obrigado a trabalhar após as pernas não dar mais para correr, em empregos que não lhes permitisse manter o status anterior”, defendia ele, que via muitos jornalistas “tentando deturpar a verdade, deixando a opinião pública contra os atletas”.
ÚLTIMO A SABER – Até chegar a São Januário, Bianchini percorreu uma estrada complicada. O América, do México, o tirou do Bangu, e lhe permitiu ir a Cordeiro-RJ,  em 19 de janeiro de 1965, acertar negócios, com o irmão Vicente, seu sócio em uma padaria. Oito dias depois, recebeu um telefonema, de Irineu Chaves, o representante, no Rio, do empresário Cacildo Osés, avisando-o que deveria se apresentar, imediatamente, ao Botafogo, para submeter-se a exames médicos e assinar um outro contrato. Antes de viajar, entrou em uma negociação que levava o meia alvinegro Arlindo para o México. Assim, no dia 28,  foi a clube e acertou tudo com o presidente Nei Cidade Palmeiro e o diretor Brandão Filho: Cr$ 10 milhões de cruzeiros, de luvas, metade na assinatura do contrato, e a outra parte em parcelas mensais, a partir de março, com salário de Cr$ 200 mil mensais, por dois anos de vínculo.
Bianchini (D) jogou com Mané durente um amistoso em Cordeiro-RJ
Bianchini havia assinado contrato com o América mexicano após Bangu x Bonsucesso, pelo returno do Carioca-1964. O acerto foi à noite, no Copacabana Palace, onde Cacildo Osés se hospedava. Teria salário de US$ 500 dólares e levou, de cara, um cheque de US$ 7 mil e 500 dólares. "Eu ganharia bem, mas não era muita vantagem, pois gastaria muito na capital mexicana, pagando todas as minhas despesas”’, explicou  Bianchini à Revista do Esporte, garantindo que a proposta para ficar no Rio de Janeiro era boa.
CANARINHO - Por já ter sido convocado para a Seleção Brasileira, Bianchini ganharia, do Botafogo, Cr$ 70 mil cruzeiros sempre que entrasse em campo. Como Arlindo era meia, pouco de fazer gols, ao contrário dele, “Bianca” achava que cairia, rápido, no gosto da torcida do novo clube, balançando muitas redes. Malmente sabia ele que, logo, estaria a caminho de São Januário.
Adhemar Bianchini de Carvalho era o nome do atleta, nascido em 28 de setembro de 1940, em Euclidelândia-RJ. Filho de Vicente Domingos Carvalho e de Ana Bianchini Carvalho, media 1m68cm, calcava chuteiras de nº 38 e seu peso ideal era 65 quilos. Cria do Cordeiro Futebol Clube, assinou o seu primeiro contrato, em 1960, com o Bangu, pelo qual jogou até 1964 e foi o principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1963, com 18 gols. Esteve vascaíno, inicialmente, em 1966, temporada em que participou do título do Torneio Rio-São Paulo (o Vasco terminou empatado com Botafogo, Santos e Corinthians). No ano seguinte, defendeu o Sport-PE e o Atlético-MG, para voltar à Colina em 1968. Viveu até 27 de outubro de 2005. Até encerar a carreira, ainda vestiu as camisas do Flamengo (1969/1970), São José-SP e Red Star, da França, e Puebla, do México, os três no mesmo 1970. (fotos do arquivo do ex-goleiro cruzmaltino Valdir Appel). Agradecimento. 

 


 


 

 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CORREIO DA COLINA - FRIENDENREICH

"Friendenreicha chegou a ter alguma ligação com o Vasco?”  Julião Rodrigues de Souza, de Guará-II, no DF.
Veja bem, Julião” O Vasco começou a rolar a bola em 1916, com um time perna-de-pau dos infernos. Entre 1917 e 1929, Friedenreich foi ídolo da torcida do Paulistano, que jamais enfrentou os cruzmaltinos.
De acordo com Luiz Carlos Duarte, o autor da melhor biografia sobre o  “El Tigre”, este disputou três amistosos, em São Januário, pelo São Paulo da Floresta, e mais três na capital paulista. Marcou um gol em Vasco 2 x 1 (13.05.1930); nenhum em Vasco 4 x 2 (12.04.1932);  um em Vasco 2 x 1 (08.08.1934); três em  Vasco 1 x 5 São Paulo (14.03.1931) e mais um em Vasco  1 x 1 (12.05.1932). Desses amistosos, os três primeiros foram na Colina e os demais no campo do bairro paulistano da Floresta.
O autor encontrou mais dois gols de Fried sobre o Vasco (04.11.1925), de uma goleada, da Seleção Brasileira, por 7 x 1, durante um jogo-treino no Rio de Janeiro. Então, Friedenreich mandou os goleiros cruzmaltinos buscarem oito bolas no fundo das redes. É a única "ligação" entre o 2º Tenente Arthur Friedenreich, que pegou em armas durante a Revolução Constitucionalista de 1932, e o "Almirante".
Luiz Carlos Duarte cita, também, em seu livro que Fried fora convidado a apitar um amistoso jogo entre Vasco e Corinthians, em 1930, quando os árbitros eram pessoas dos clubes.  Mas não diz se aceitou o convite. O “Almanaque do Corinthians”, de autoria de Celso Unzelte, aponta  nomes diferentes no apito dos pegas entre os dois times naquele ano.     

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CORREIO DA COLINA - MORDEU JACARÉ

"Qual foi o jogo oficial do Vasco, em Brasília, que não valeu nada?" Sandoval Serafim, de Taguatinga-DF.
Já esqueceu, companheiro? Certamente, você não foi um dos 26 mil, 371 pagantes que compraram os ingressos do Luiz Estevão, que "alaranjou" o PROCON-DF, provocando um tremendo rebu logo na primeira rodada do Campeonato Brasileiro-2008 . O caso foi parar na justiça e o Vasco levou os três pontinho da pugna. Tudo porque o "Jacaré" estava punido, por bagunças de sua torcida, em um jogo da Série-B-2007. Deveria jogar com portões fechados.
Alex Dais comemora, com Romário. Pra nada.
Quanto à bola rolando, o  "Jaca" abriu a conta, aos 25 minutos do primeiro tempo. Giovani foi o cara. O Vasco o igualou, aos 38, com Romário. No segundo tempo, Alex Dias o colocou à frente do marcador, aos 31. Mas Tiano voltou a igualar tudo, aos 45, ao som do apito do cearense Wilson de Souza Mendonça.
O Vasco, treinado por Dario Lourenço, jogou com: Everton; Thiago Maciel (Felipe Alves), Fabiano, Daniel e Jorginho Paulista (Diego); Ygor, Coutinho, Rubens (Abedi) e Leozinho; Alex Dias e Romário. O Brasiliense, do técnico Valdyr Espinosa, teve: Donizeti; Dida, Jairo, Gérson e Márcio (Rochinha); Deda, Pituca, Iranildo e Marcelinho Carioca; Igor e Giovani (Tiano).  
HISTORINHA DO JOGO - Eu, o Abelardo Filho e o Jorge Eduardo Antunes, que era o chefe de redação do "Jornal de Brasília", ficamos brigando para cobrir o jogo. Quando descemos na porta do estádio, o fotógrafo Dênio Simões, sacou: "Se o Vasco jogar a metade do que a sua torcida briga, não precisa nem entrar em campo. Já ganhou". Aí, o Jorge Eduardo sacaneou: "Se alguém aqui se meter a cobrir o jogo, não precisa voltar ao jornal. Estará demitido". E se escalou, no grito. Igual ao Vasco, que ganhou no tapetão, no grito! (fotos reproduzidas do Jornal de Brasília). Agradecimento.   

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

VASCO CAMPEÃO NO FUTSAL-1983

A "Tuma da Colina" não manda ver só no gramado. Com a boal pesada no pé, também é feríssima
O Vasco foi campeão da Liga de Futsal de 1983, com a final em 25 de setembro,  vencendo o paulista Gercan, por 2 x 1, nas cobranças de pênaltis, após 0 x 0 no tempo normal e na prorrogação. A conquista teve grande importância, porque  o Gercan era muito forte (Pança, Paulinho, Valmir (Júnior), Radamés e Douglas), a base da Seleção Brasileira campeã Mundial-1982. Além disso, a decisão rolou no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo – apitado pelo gaúcho Leopoldo Pedro –, com o grande herói sendo o goleiro vascaíno Almir, defendendo três cobranças de pênalti. Nesta série, Ávila e Zé Marcos acertarem a rede.
A campanha vascaína antes da final foi: 4 x 0 Caça e Tiro-SC; 0 x 0 AFURN-RN; 6 x 0 Santos-AM; 0 x 0 SUMOV-CE; 2 x 1 Huracan-MG (na prorrogação). O time campeão teve: Almir, Tachinha, Jaiminho (Marabu), Babau (Zé Marcos) e Vevé (Ávila).    
 
 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

PRMEIROS HEROIS DAS BRAÇADAS

Zoca, Vaidosa e Volúve, lançada ao mar, em novembro de 1998, foram
 os primeiros barcos vascaínos
O remo era a principal modalidade desportiva do país, entre o final do século 19 e o começo do 20. Os cariocas já haviam promovido sete disputas – vencidas por Gragoatá-1898/1900/1904;  Botafogo-1899;  Boqueirão do Passeio-1901 e Santa Luzia-1902/1903 –, quando o Club de Regatas Vasco da Gama, fundado em 21 de agosto de 1898, mostrou, literalmente, a que veio. Conquistou, em 24 de setembro de 1905, o primeiro título de sua rapaziada.
Estava dado o aviso. Uma nova potência no “rowing” estava chegando. Tanto que repetiu a dose em  1906/12/13/14/19/21/22/23/24/1927 a 1932 e de 1934 a 1939. Dois pentas? Pouco! O Vasco foi buscar 15 títulos seguidos, de 1944 a 1959. Na década-60, entrou em entressafra. Só beliscou em 1961, quando o estado do Rio de Janeiro virou Guanabara, por Brasília tomar-lhe a vaga de capital federal. Mas, em 1970, as glórias voltaram em terra e mar: campeão no futebol e no remo. Seguiu-se mais uma paradinha, com novo título só pintando em 1982. Depois, retorno ao pódio em grande estilo: tetra-1908/2002. Por fim,  canecos de 2000 e de 2008.

PONTO DE PARTIDA -  Os carioca começaram a sair no braço a partir de  20 de agosto de 1846, com uma regata entre as canoas Cabocla e Lambe-Água.  É o que informa o “Jornal do Comércio”. Em 1873, surge a primeira associação organizada, o Clube Guanabarense, seguido nas regatas por Cajuense (1885); Internacional (1887); Uninon des Canotiers  e Fluminense (1892); Botafogo (1894); Icaraí e Flamengo (1895); Natação e Regatas (1896) e Boqueirão do Passeio 1897).


Uma regata íntima vascaina, no início do século 20

Em 1898, quando rolava o IV Centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, quem chega? Um clube homenageando um capitão-mór enviado por Don Manuel, o “Venturoso”, para a maior aventura marítima do século 15. Mas, como você está careca de saber dessa história, pulemos, então, para a primeira conquista do glorioso Vasco da Gama.
Garagem de barcso vascaínos instalada na Serraria do Poço
CANECO EM CASA  -  Nos inícios do século 20, as regatas cariocas homenageavam clubes, entidade e autoridades. Corria 1905 e a “Turma da Colina” mostrou, no dia 2 de julho, que andava turbinada. Venceu sete dos 11 páreos de uma promoção do Clube de Regatas Icaraí. Quando chegou o 24 de setembro, na regata da Federação Brasileira das Regatas de Remo, ganhou três e ficou em segundo em duas, somando mais pontos. De quebra, faturou o oitavo páreo (de uma programação de 11) do “Campeonato do Rio de Janeiro”. Não tinha jeito: taça em casa.
Pela ordem,  para ser campeão, pela primeira vez, o Vasco disputou contra: Botafogo (1º páreo); Taça Jardim Botânico (2º); Flamengo (5º); Boqueirão do Passeio 7º); Campeonato do Rio de Janeiro (8º); Dr. Pereira Passos (10º) e Vasco da Gama (11º) . No inicial, a rapaziada ficou em segundo, com o barco “Gladiador”, yole a dois remos, classe sênior, patronado por Ernesto Flores Filho e remado por Manoel Costa e Joaquim Carneiro Dias. Na prova “Jardim Botânico”, os seniors vascaínos mantiveram a colocação, montados em “Albatroz”, yole de quatro remos, com Flores Filho repetindo o patronato e Manoel Costa, Manoel Ramos, Joaquim Carneiro Dias e Eugênio Monteiro remando.
Veio, então, o páreo em homenagem ao “Flamengo”. E saiu a primeira vitória. O barco era “Procelaria”, yole a oito remos, pilotado por veteranos, com patronato de Luciano Saroldi e remadas de Antônio Azevedo, Guilherme Azevedo, Alfredo Linhares, Antônio Carneiro, Carlos Leal Sobrinho, José da Silva Campos e Adeodato Pacheco. Na “Boqueirão do Passeio”, a canoa “Voga”, classe sênior, teve Flores Filho patronando, mais uma vez, com os remadores Júlio de Araújo Ribeiro e Antônio Contins ajudando-o a vencer. A rapaziada venceu, também, o páreo da classe júnior, “Dr. Pereira Passos”, homenageando o prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, com o yole “Açor”, a quatro remos. Luciano Saroldi patronou e Antônio Carneiro, Carlos Leal Sobrinho, José da Silva Campos e Deodato Pacheco remaram.
A FESTA - Por fim, o “Almirante” soltou as amarras do seu primeiro título, em uma prova em sua homenagem, voltando a navegar com “Procelaria”, trocando a tripulação para sênior, patronada por Antônio Damaso. Os remadores campeões foram: Júlio de Araújo Ribeiro, Antônio Contins, Albano Pereira da Fonseca, Abel F. Costa, Antônio Pateira, Delfim Leite, José Alves Pinto e Eduardo Soares.
Enquanto isso, no oitavo páreo do programa, “Campeonato do Rio de Janeiro”, entre os remadores que foram em busca da medalha de ouro estava Antônio Taveira, avô do maior goleador do time de futebol cruzmaltino na década de 1960, Célio Taveira Filho, autor de 100 gols e ganhador de vários títulos. O Vasco repetiu o barco e o patrão da prova anterior, e, além do “vovô sangue bom”, os outros eram: Albano Pereira da Fonseca, Manoel da Silva Rabelo, Raymundo Martins, João Jorio, Manoel Rezende, Joaquim Duarte e João Saliture. (fotos  reproduzidas do arquivo do Club de Regatas Vasco da Gama). Agradecimento.


 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CORREIO DA COLINA - TREINADORES

"Quais foram os primeiros treinadores do Vasco?" Ildefonso Ferreira de Jesus, de Ibotirama-Bahia.
Anote aí, Ildê! A lista começa com o "gringo" uruguaio  Ramón Platero, que rolou entre 1922 a 1927. O segundo foi um outro "gringo", o inglês Harry Welfare, de 1927 a 1937. O terceiro treinador  já foi um brasileiro, Floriano Peixoto Corrêa, em 1937, seguido por mais um "gringo", Hector Scarone, também em em 1937.
O quinto técnico da rapaziada, grande Ildefonso, voltou a ser brasileiro, Edgara Freitas, em 1938. Mas. no mesmo ano, ele devolveu o comando ao uruguaio "voltante" Ramón Platero.  Seu sucessor foi um nordestino, Gentil Cardoso, que se segurou por 1938/1939. Na temporada seguinte, o inglês Welfare era o segundo "voltante". Seguiu-se o gaúcho Telêmaco Frazão de Lima, em 1941.
Entre 1942 e 1945, o cargo apresentou uma estabilidade, com o uruguaio Ondino Vieira montando o maior time vascaíno de odos os tempos, o "Expresso da Vitória". Mas, por achar que não atinha mais nadas a fazer em São Januário, no ano seguinte, Ondino saiu e o cargo passo para Ernesto Santos. De 1947 a 1950, aconteceu mais uma período de estabilidade, com Flávio Costa. Em 1951, assumiu o comando um pupilo dele, Oto Glória. Em 1952, ao terceiro "voltante", Gentil Cardoso, que intitulava-se de "O Moço Preto", para chamar Flávio Costa de "O Moço Branco" - picuinhas de treinadores. Flávio virou o quarto "voltante", para ficar entre 1953 a 1956, ano em que entrou Martim Francisco, para comandar a rapaziada até 1957. 
  Em 1958, grande Ildefonso, quem tocou a nau do "Almirante" foi Gradim, isto é, Francisco Ferreira de Sousa, cujo apelido fora imitação do grande atacante anegro uruguaio Gradín, das primeiras disputas sul-americanas entre países. Para ao biênio 1959/1960, contrataram o primeiro ex-atleta do cube, Dorival Knippel, que jogou de goleiro com o apelido de Yustrich, com também o fora durante a vida de treinador. 
Os próximos chefes foram dois argentinos, Nelson Filpo Nuñes e Abel Picabea, ambos em 1960. Naquele mesmo ano, voltou Martina Francisco, sucedido em 1961, pelo segundo ex-atleta da casa, Ely do Amparo. Como este só se segurou por pouco tempo, Paulo Amaral ocupo a sua vaga, ficando entre o também 1961 e 1962.   Tá bom, Ildefonso?

    

            
 
 
 
 
 
 
 
Filpo Nunes1960
Abel Picabea 1960
Martim Francisco 1960-1961
Eli do Amparo 1961
Paulo Amaral 1961-1962

domingo, 22 de setembro de 2013

A MAIOR DEFESA DE BARBOSA

Segundo o melhor goleiro vascaíno de todos os tempos, Moacir Barbosa, a sua "principal catada" aconteceu logo em sua primeira vestida de jaqueta cruzmaltina. Contou ter sido em chute do meia banguense Zizinho, considerado o grande craque brasileiro da época. Vejamos o que ele narrou ao Nº  40 da “Revista do Esporte”, com data de 12 de dezembro de 1959. “Caí para a esquerda e ele (Zizinho) enfiou a redonda para o canto direito. Aí é que se deu o que muitos julgaram impossível: contorci-me todo e segurei a pelota com unhas e dentes. Todos correram e me abraçaram, empolgados. Pouco depois terminava a partida, com o marcador acusando Vasco 2 x 1. Meus amigos disseram que eu ganhei o jogo.  Esta foi a minha maior defesa”.
 DETALHE: nascido em 27 de março de 1921, Barbosa tinha 38 anos de idade quando prestou aquela declaração à "RE-40". Portanto, ainda novo para caducar. Mas enganou-se. A sua estreia vascaína deu-se em 11 de novembro de 1945, em Vasco 4 x 0 Madureira. Naquela temporada, a "Turma da Colina" carregou taça, com 13 vitórias e cinco empates. Dos dos goleiros, Rodrigues fez 12 jogos; Barcheta 3, e Nascimento e Martinho um, cada. Sobrou mais um para Barbosa, o já citado. Além disso, o Vasco goleou o Bangu, por 5 x 1 (08.07) e por 6 x 2 (30.09). Nos dois encontros, o goleiro foi Rodrigues, e Zizinho não atuou.
O primeiro jogo de Barbosa contra o "Mestre Ziza", terminado em Vasco 2 x 1, rolou em 31 de dezembro de 1950, no Maracanã, quando o goleirão já era titular, há quatro temporadas. Portanto, declaração com traição da memória. Mas perdoável. A defesa valeu um "reveion" festivo aos cruzmaltinos, que foram os campeões cariocas daquele ano, o primeiro de disputas por clubes no "Maraca".

sábado, 21 de setembro de 2013

ANIVERSARIANTE –- WAGNER DINIZ

PARAIBANO DEIXA O SEU NOME ESCRITO NA HISTÓRIA DO VASCO
 Uma das bolas na rede mandadas pelo lateral-direito alagoano Wagner Diniz Gomes de Araújo com a camisa cruzmaltina teve um significado muito importante: valeu o “Gol 10 Mil” do Vasco em Campeonatos Brasileiros.
Aconteceu em uma partida contra o Corinthians, em São Januário, quando o Vaco venceu, por 2 x 0, em 9 de agosto de 2007. No lance, ele levou a bola para o meio e bateu para o gol, com o pé esquerdo. A trajetória da bola foi desviada pelo toque em um defensor corintiano, enganando o goleiro Felipe, aos 24 minutos do primeiro tempo.  
Vascaíno, por 165 compromissos, entre as temporadas 2005/2008, quando foi para o São Paulo –  antes, defendera o CRB-AL (2003) e o Treze de Campina Grande-PB (2004/2005), Diniz, nascido em
 21 de setembro de 1983, depois de ter saído do nordeste, só  brilhou em São Januário. Não foi o mesmo como são-paulino (2009), santista (2010/2011) e em clubes menores, como o Atlético-PR (2012), o Itumbiara (2012) e o Avaí-SC e o São Bernardo-SP ambos neste 2013.

Com 1m71cm de altura, Wagner Diniz era meia-atacante, em 2001, quando começou a jogar pelo time do CRB. Poucas chances o levaram para o futebol paraibano, do qual saiu campão estadual-2005. Destacou-se na Copa do Brasil e  motivou o interesse vascaíno. Na Colina, a partir do segundo semestre de 2005, demonstrou muita velocidade, o que valeu muitos pênaltis para o time. Saiu mal de São Januário, dizendo que desejava limpar a mancha do rebaixamento do seu currículo – o Vasco havia caído para a Série B do Brasileirão, em 2008.

FICHA TÉCNICA DO JOGO DO GOL DEZ  MIL –  09.08.2007 - Vasco 2 x 0 Corinthians. Campeonato Brasileiro. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Sérgio da Silva Carvalho (DF), auxiliado por Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Eremilson Xavier Macedo (DF). Gols: Wagner Diniz, aos 24 min do 1º tempo, e Enílton, aos 11 min do 2º tempo. Renda: R$ 151.260,00. Público:17.386. Vasco: Silvio Luiz; Júlio Santos, Vilson (Roberto Lopes) e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Amaral, Perdigão, Conca e Guilherme (Eduardo); Alan Kardec (Enílton) e Leandro Amaral. Técnico: Celso Roth. Corinthians: Felipe; Edson (Eduardo Ratinho), Fábio Ferreira, Zelão e Carlão; Ricardinho, Vampeta, Willian e Gustavo Nery (Carlos Alberto); Éverton Santos (Bruno Bonfim) e Clodoaldo. Técnico: Paulo César Carpegiani. DETALHE: Bruno Bonfim perdeu esta denominação e passou a ser chamado pelo apelido de Dentinho. (fotos reproduzidas de www.netvasco.com.br). Agradecimento.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ANIVERSARIANTES: ORLANDO E MIGUEL

Orlando Peçanha de Carvalho era zagueiro e nasceu em 20 de setembro de 1935, no bairro carioca de Lins de Vasconcelos. Estava com 20 anos de idade quando chegou a São Januário, em 1953, após sagrar-se campeão niteroiense, em 1952, pelo Fonseca, clube que defendia desde os 16. Também, em 1952, atuou pela Seleção do Estado do Rio de Janeiro que disputou o Campeonato Brasileiro.
 Com a camisa cruzmaltina, Orlando passou dois anos entre os juvenis, tendo sido campeão metropolitano, em 1954. Promovido a aspirante (a então última categoria antes da profissional), subiu para o grupo que excursionou, em 1955, à Espanha e Portugal. Na mesma temporada, foi lançado no time A, durante o Campeonato Carioca, pelo técnico Flávio Costa, para solucionar o problema deixado por Danilo Alvim, no centro da antiga linha média.
O quarto-zagueiro (posição das décadas-50 a 70) Orlando Peçanha de Carvalho foi capa do livro "Regras de Futebol - Intepretação das Leis do Jogo", de autoria de Leopoldo Sat`ana. A publicação conta com 65 esquemas explicativos e 1099 questões e respostas, conforme está anunciado abaixo do título. A arte, baseada em uma foto de um jogo do Vasco, contra o Bangu, foi capa, também, de uma série, publicada pela revista Realidade, entre 1969/1970, elegendo a Seleção Brasileira de todos os tempos.
Orlando viveu até 10 de fevereiro de 2010. Tornou-se um dos maiores zagueiros canarinhos, devido suas grandes habilidade, aplicação, força física e senso de antecipação. Foi vascaíno entre 1955 e 60, quando conquistou os títulos de campeão carioca de 1956 e de 1958, além do Torneio Rio-São Paulo-1958, ano em que formou dupla de zaga com Bellini, também, na Copa do Mundo do mesmo 58, na Suécia. Quando saiu do Vasco, jogou pelo argentino Boca Juniors e o Santos, de Pelé. Voltou a São Januário, para encerrar a carreira, em 1970, aos 35 anos de idade. Fez 34 jogos pela Seleção, com 25 vitórias, 7 empates e só uma derrota. Além do Mundial-1958, ainda conquistou a Taça Bernardo O'Higgins-1959 e Taça Atlântico-1960.

MIGUEL -   Depois de perder Brito e Fontana, a torcida cruzmaltina não se encantava muito com as opções testadas para “xerifar” a sua zaga. Renê e Moacir foram campeões cariocas, em 1970, mas não encantavam. Até que pintou Miguel Ferreira Pereira, para a rapaziada ficar mais tranquila.
Carioca, nascido em 20 de setembro de 1990, e buscado no Olaria, onde esteve, entre 1967 e 1971, Miguel foi um zagueiro que não brincava em serviço, como mostra bem esta capa da revista paulista “Placar”, da Editora Abril.
Mesmo tendo muita intimidade com a “maricota”, ficou em São Januário só até 1975, tendo feito parte do time campeão brasileiro de 1974, que teve no jogo final, como está na foto no alto da página: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete: Alcir e Zanata; Jorginho Carvoeiro, Ademir, Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos.
Duas temporadas depois, o Fluminense ofereceu o zagueiro Abel Braga, o lateral-esquerdo Marco Antônio, que fora tri no México-70, o apoiador Zé Mário e, ainda, um milhão de dólares, para levar Miguel. O Vasco considerou a proposta muito boa, e topou.
Depois de três anos como tricolor, Miguel foi para o Chicago Stings (EUA). Em 1979, voltou e defendeu o Botafogo. Por fim,. Em 1981, encerrou a carreira, pelo Madureira.
Pela Seleção Brasileira, disputou 11 jogos, dos quais nove contra seleções nacionais. Desses, nove foram contra seleções nacionais.
Títulos canarinahos de Miguel: Copa Rio Branco, Copa Roca, Taça Oswaldo Cruz, Taça do Atlântico (contra sul-americanos) e Torneio do Bicentenário dos Estados Unidos (diante de Inglaterra, EUA e Itália). Fez, também, 11 partidas pela Seleção Olímpica, com quatro vitórias, quatro empates e três escorregadas.  A primeira convocação, como olímpico, foi para os 3 x 1 sobre o Ferroviária-PR, em 7 de fevereiro de 1968. O último compromisso canarinho aconteceu em 9 de junho de 1976, em Brasil 3 x 1 Paraguai.  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

VASCO DAS CAPAS - PAULINHO DE ALMEIDA

O  lateral-direito Paulinho de Almeida foi a capa da Revista do Esporte Nº 68, de 25 de junho de 1960, no Ano II do periódico semanal carioca, que tinha a maior circulação nacional da época, entre as publicações esportivas nacionais.
Na reportagem das páginas  12,13 e 14, sob a manchete "Minha maior alegria não foi dada pelo futebol!", Paulinho conta que o momento mais emocionante de sua vida foi o nascimento da filha Cristina Elizabeth, em 2a der março daquele ano. Ele chegou ao Vasco em 1954, tendo custado Cr$ 800 mil cruzeiros, cobrados pelo Internacional-RS, uma das mais maiores transações do futebol brasileiro da época. Mesmo jogando como lateral, já apoiava o ataque, o que não era comum em seu tempo de atleta. Duro na marcação, defendeu a Seleção Brasileira por várias  vezes, numa delas durante a Copa do Mundo de 1954, como reserva de Djalma Santos. Só não foi à de 1958 por ter sofrido  fratura numa das pernas, perto da convocação. Mas representou o o Vasco nas conquistas canarinhas das Copas O'Higgins, em 1955, Osvaldo Cruz, em 1955, e  Roca, em 1957.
Nascido em 15 de abril de 1932, em Porto Alegre, Paulinho de Almeida viveu até 11 de junho de 2007. A partir de quando chegou a São Januário, não saiu mais, até encerrar a carreira, em 1965. Foi campeão carioca em 1956 e em 1958, e do Torneio Rio-São Paulo de 1958. Quando pendurou as chuteiras, iniciou a carreira de treinador, dirigindo as equipes de garotos da Colina. Em 1968, chegou ao time principal e foi vice-campeão carioca. Também, chegou ao quadrangular final do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que era a maior disputa brasileira da época, o embrião do atual Campeonato Brasileiro.
Detalhe: a cruz que aparece na faixa diagonal preta da camisa é a da Ordem de Cristo, instituída pelo Rei de Portugal, Don Dinis, no Século XIV, para ser propagada por todos os navios portugueses. Vasco da Gama, inclusive, navegou com ela. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ANIVERSÁRIANTE HOJE - JARDEL

Descoberto, pelos vascaínos, nas bases do “Ferrim”, isto é, o cearense Ferroviário de Fortaleza, Mário Jardel Almeida Ribeiro nasceu em 18 de setembro de 1973 par fazer bom uso de sua cabeça. Cruzamento de bola na área, com ele,  era sinal de testada perigosa para o gol.
Jardel chegou a São Januário em 1993. Foi bicampeão brasileiro júnior e do Mundial Sub-21, na Austrália, pela Seleção Brasileira. Com o sucesso, foi profissionalizado pelo Vasco, que precisava dele para ser, ainda, o principal goleador das Taça Belo Horizonte e São Paulo de Futebol Júnior, respectivamente, com 11 e 9 bolas no filó.
Mesmo mostrando muito veneno de “matador”, em 1993, Jardel só entrou no time principal vascaíno após o acidente que matou Denner, durante o Estadual-RJ-1994, lançado pelo treinador Jair Pereira. Marcou 17 tentos.
A sua história incomodante na pequena área com a jaqueta cruzmaltina havia começado bem antes: aos 38 minutos do segundo tempo, na Rua Bariri,  a casa da vítima Olaria, em um domingo de 1992, pela oitava rodada do segundo turno do  Estadual-RJ, a Taça Rio, na presença de 6.400 testemunhas.
Primeiro Vasco A de Jardel. Escalado pelo treinador Joel Santana foi: Carlos Germano; Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres e Cássio.; Luisinho Quintanilha, Leandro Ávila, Bismarck e William (Tinho); Valdir “Bigode” (Jardel) e Edmundo “Animal”.
 Por aquele 1992 , o Maracanã estava fechado, devido a queda da grade de um setor da  arquibancada. Por causa daquilo, os clássicos vascaínos foram na Colina. E a “Turma da Colina” não bobeou: faturou os dois turnos.
Em 1993, ainda sob o comando do Natalino (Joel Natalino Santana), a equipe vascaína ganhou a Taça Rio e as finais, contra o Fluminense: 2 x 1, 1 x 2 e 0 x 0. Se deu melhor por  ter mais pontos, no geral. Em 1994, o caneco foi mais difícil pintou de um quadrangular final de dois turnos, encarando Botafogo, Flamengo e Fluminense. O jogo da faixa  foi diante deste último, em 15 de maio, e o técnico Jair Pereira escalou: Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Torres e Cássio; Leandro, Luizinho, França, William e Yan; Waldir e Jardel. A turma mandou 2 x 0, com Jardel pimbando os dois  no filó, virando o herói da finalíssima. E do tri
Esquisitamente, após 39 jogos e 22 gols como profissional e muito sucesso, Jardel foi negociado, com ao Grêmio-RS. No sul,  repetiu o que fazia na Colina. E foi campeão e artilheiro da Taça Libertadores-1995, abrindo caminho para mais sucesso na Europa, principalmente em Portugal, onde conquistou vários títulos, pelo Porto, e quatro artilharias do Campeonato Nacional – 1996/97 (30 gols); 1997/98 (26); 1998/99 (36s) e 1999/00 (38). Em torneios internacionais, fez mais 15 em 24 jogos. Tudo isso valeu-lhe as chuteira se prata europeia-1997ª. De ouro-1999 e de bronze-2000, além doa  prêmio de maior goleador da Europa, concedido pela revista inglesa World Soccer.
Depois da glória no Porto, Jardel rodou por 18 clubes, entre o exterior e o Brasil. Pela Seleção Brasileira principal, disputou nove jogos, vencendo dois, empatando três e perdendo quatro, sem marcar gols. Estreou em 31 de agosto de 1996, nos 2 x 2 com a Holanda. (Foto reproduzida de álbum de figurinhas). Agradecimento.

                                                                        KIKE ATINGE 100 MIL VISITAS

Jardel aniversaria e o Kike ganha o presente. Na data de hoje, atingiu a marca ciada acima. Criado em 15 de dezembro de 2010, para divulgar a história do Club de Regatas Vasco da Gama, www.kikedabola.blogspot.com atingiu o número sensacional às 10h58. Foram 1.007 dias em campo até os "100milão!" Valeu galera! Muito obrigado pela parte que lhe toca. Fica aqui o compromisso de seguir pesquisando e atendendo às curiosidades dos "vasconautas".
ATÉ AS 10H50 TÍNHAMOS: Visualizações de página de hoje
 79
Visualizações de página de ontem
 116. O período de aferição de hoje somou 133.
Visualizações de página do mês passado 
 6.772
Histórico de todas as  visualizações de página: 9.999, até as 10h57 de hoje. VALEU MESMO,GALERA
 DA COLINA!



Para quem gosta de numerologia, os 100 mil chegaram às 10h58. Então, a camisa de Roberto Dinamite, o maior ídolo e artilheiro da galera cruzmaltina, enquanto 58 representa a temporada de maior glória da rapaziada. Tivemos o SuperSuper carioca; o caneco do Torneio Rio-São Paulo; o capitão Bellini erguendo a Taça Jules Rimet; Orlando segurando a barra, juntamente com ele, na zaga, e Vavá sacudindo o filó, lá na frente. Na retaguarda, Assis, ex-lutador vascaíno, cuidando da rouparia, enquanto Mário Américo, um outro boxeador e ex-massagista vascaíno, tomava conta  desse lance na Seleção Brasileira campeã do mundo. Valeu! 
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

VASCO DAS CONTRACAPAS - 1966

Esta é uma das formações do time vascaíno na temporada de 1966. A foto foi  publicada na contracapa da edição Nº 9, Ano I, da revista "Futebol e outros esportes", que trazia em sua última página, sempre, uma equipe posada, na sessão "Para o álbum do fã".
A formação fotografada disputava o Torneio Rio-São Paulo, do qual a “Turma da Colina” dividiu o título com Santos, Corinthians e Botafogo, por falta de datas para se chegar a um campeão. Isso porque a Confederação Brasileira de Desportos não permitiu que fossem atrasados os treinamentos da Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo, na Inglaterra. Afinal, o torcedor só falava no tri, que não saiu naquele ano, mas só em 1970, no México.
 Os cruzmaltinos da foto são: Amauri, Joel, Brito, Maranhão, Fontana e Oldair (em pé, da esquerda, para a direita); Luizinho, Lorico, Célio, Danilo Menezes e Tião. Os placares dessa turma no torneio regional foram: Vasco 1 x 0 Bangu; Vasco 3 x 0 Corinthians; Vasco 2 x 0 Fluminense; Vasco 1 x 0 São Paulo; Vasco 1 x 2 Palmeiras; Vasco 1 x 1 Flamengo; Vasco 2 x 5 Santos; Vasco 1 x 0 Portuguesa de Desportos e Vasco 0 x 3 Botafogo.

domingo, 15 de setembro de 2013

HISTORI & LENDAS DA COLINA

 29 de março de 2000 - Romário provoca Edmundo, chamando-o de bobo ("Agora, a corte está completa. Tem o bobo (Edmundo), o príncipe (Romário) e o rei (Eurico Miranda, presidente"), após Vasco 4 x 1 Olaria, na Rua Bariri, com três gols dele e um do ‘Animal’. Depois daquilo, em 23 de abril, o “Baixinho” voltou a marcar mais três, nos 5 x 1 da final da Taça Guanabara, sobre o Flamengo. Pelo Torneio Rio-São Paulo, Edmundo recusou-se a enfrentar o Palmeiras, porque a faixa de capitão fora entregue a Romário. "É como se eu fosse um jornalista importante que, depois de ficar três dias parado, voltasse à empresa como office-boy", comparou, exigindo ser o capitão do time.
CHOQUE DE ESTRELAS NA COLINA. AINDA BEM! NÃO FOI DE ASTEROIDES.
 
Ano 2000 - Edmundo é eleito em uma votação da revista “Placar” o jogador mais odiado do Brasil. Provocava os adversários, com frases assim: "Seu salário não paga o meu cafezinho". Desgastados com Edmundo, os vascaínos o emprestaram ao Santos, que o devolveu, pouco tempo depois, por reclamar, publicamente, dos atrasos salariais. Então, foi emprestado ao italiano Napoli, que terminaria rebaixado naquela temporada. Cansado de ser emprestado, Edmundo recorreu à Justiça Desportiva e livrou-se do Vasco.
POR ALGUM TEMPO. DEPOIS DA BRONCA, FEZ ATÉ JOGO DE DESPEDIDA COM A RAPAZIADA

8 de fevereiro de 1969 - Tendo o ex-atacante Pinga (José Lázaro Robles) por treinador e Carlos Alberto Parreira por preparador físico, o Vasco foi à venezuelana Copa Carnaval, em Caracas. Diante  do Dínamo Moscou, que mandou-lhe 2 x 0,  a grande atração era o goleiro, Lev Yachin, o “Aranha Negra”. Para homenageá-lo, o camisa 1 cruzmaltino, Valdir Apple, trocou a sua costumeira camisa cinza,  por uma preta, com a cruz de malta bordada no peito esquerdo – durante a excursão, a rapaziada usava calça cinza clara, paletó azul marinho, camisa branca e gravata de seda listrada de vermelho e pretas. Feitas as apresentações dos atletas à torcida, Valdir levou a Yachin uma flâmula do Vasco e disse-lhe, em inglês: “Hi! It is a great honor to know you. I would like to want you a good game”. Surpreendentemente, o Aranha teria respondindo, em português: “O prazer é todo meu. Gosto muito do futebol brasileiro. Boa sorte!”. LENDAÇA!

25 de maio de 1963 - Amistoso, em, um sábado, contra a Seleção da Nigéria. A “Turma da Colina” esteve impiedosa: mandou 6 x 0, com quatro gols de Saulzinho e dois de Ronaldo. Quatro dias depois, numa quarta-feira, os dois times voltaram a se encarar, e a rapaziada foi menos cruel: só 2 x 1.
O ALMIRANTE VASCO DA GAMA TAMBÉM ERA CRUEL, IMPEIDOSO E BOMBARDEIRO.

 


sábado, 14 de setembro de 2013

COMANDANTES DE ESQUADRA - FLÁVIO&HARRY

Foto reproduzida da Revista do Esporte
1 - Atleta, treinador e torcedor confesso do maior rival do Vasco, o Flamengo, o "sargentão" Flávio Rodrigues Costa comandou a "Turma da Colina" em duas oportunidades: de 1947 a 1950, quando recebeu o "Expresso da Vitória" montado pelo uruguaio Ondino Vieira, e de 1953 a 1956, após Gentil Cardoso ter levado a equipe ao título carioca de 1952.
Na sua primeira passagem pela Colina, Flávio Costa conquistou os estaduais cariocas de 1947/1949/1950 e o Sul-Americano de Clubes Campeões, no Chile, o primeiro título de um time brasileiro no exterior. Sob o seu comando, jogava um dos times mais fortes do planeta, contando com  Moacir Barbosa, Augusto da Costa, Ely do Amparo, Danilo Alvim, Jorge Sacramento, Tesourinha, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucana, Chicio Aramburu, entre outros. Da segunda passagem por São Januário, a equipe entrava na entressafra que só terminar após a sua saída e chegada de Martim Francisco, quebrador do jejuam de canecos, em 1956.
Nascido na cidade mineira de Carangola, em 14 de setembro de 2006, além de três títulos estaduais e um internacional, Flávio estava no comando do time cruzmaltino que conquistou o Torneio Início-1948; o Torneio Municipal-1947; o Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer-1953 e o Tornei Internacional do Raio de Janeiro-1953. Viveu até 22 de novembro de 1999.

2 -  inglês Harry Welfare foi o segundo treinador vascaíno. Ficou entre 1927 a 1937, conquistando os títulos cariocas de 1929/34/36. Mas com um detalhe: naquelas duas temporadas foram disputados dois campeonatos estaduais, devido divergências políticas sobre a adoção do profissionalismo.
Da primeira vez, o Vasco ganhou o  "piratão", da  Liga Carioca de Futebol – a oficial era da Associação Metropolitana de Esportes Athléticos –, enquanto da outra venceu o oficial, pela Federação Metropolitana de Desportos.
 Welfare passou o cargo, em 1937, a Floriano Peixoto, e voltou, em 1940, para comandar a rapaziada durante ao Torneio Luís Aranha. Pouco depois, entregou o comando a Carlos Escarone, um outro uruguaio.
"TEATCHER" - Sujeito alto e forte, Welfare  chegou ao Brasil como professor (de inglês ou de geografia? Há dúvidas). Como havia sido atleta em seu país (e já encerrado a carreira), ainda deu para rolar uma bolinha por aqui, ao final da década de 1910, mostrando-se um autêntico “tanques”, ou “anta bravia”, como eram chamados os centroavantes rompedores. Foi ele o lançador do "rush", um estilo muito usado pelo vascaíno Ademir Marques de Menezes, a nas décadas 1940/50.    
Conterrâneo dos Beatles (nasceu em Liverpool, em 20.08.1888), Welfare viveu até 1º de setembro de 1966, tendo passado os seus últimos dais em Angra dos Reis-RJ. Foi anunciado como treinador do Vasco em 18 de novembro de 1926.  O jornal “O Imparcial” escreveu:   A directoria do glorioso Club de Regatas Vasco da Gama acaba de tomar uma medida acertada contractando para instructor technico de seus associados o competente e laureado Harry Welfare... um perfeito conhecedor do métier”.
O BOM - Durante muito tempo, Harry Welfare foi considerado o melhor treinador do futebol brasileiro. Fora um “general tático”,  comandante de grandes soldados das “Tropas da Colina”, como Jaguaré. Domingos da Guia, Fausto dos Santos, Russinho e Leônidas da Silva. Também, criou o departamento médico do Vasco e foi assessor tático do uruguaio Ondino Vieira, o montador do “Expresso da Vitória”, a máquina cruzmaltina que atropelou pelosos trilhos por onde passou. (foto de Jankiel,  da “Manchete Esportiva” Nº 20, de 7 de abril de 1956). 

(foto acima reproduzida de  ww.netvasco.com.br e abaixo de www.sodavascodagama.blogspot.com). Agradecimentos. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILIENSE. ENCICLOPÉDIA ENSINA O TAGUATINGA

          Bicampeão mudial dirigiu cinco times e encerrou carreira de treindor no Taguatinga.

 

O futebol candango sempre foi um dos mais fracos do país, por o Distrito Federal não ter representação política, até 1986. Quando a então Federação Metropolitana de Futebol iniciou os seus campeonatos para profissional, em 1976, a bola jogada apor aqui era melhor só do que as acreana, amapaense e rondoniense. Não tinha jeito de ser pior, pois aqueles eram bem mais pobres. Com o passar das disputas a coragem de alguns empresários em investir nos clubes locais (na verdade, times), a coisa melhorou e o balípodo brasiliense se igualou ao de estados pobres do Nordeste, como Piauí e Maranhão.

 Com a chegada da representação politica, em 1986, este futebol “ameaçou” progredir mais. Embora não fosse político, mas um eterno apaixonado pelo futebol, o diretor de futebol (e faz tudo no Taguatinga Esporte Clube), Wander Abdala, antigo jogador do Defelê, nas décadas 1950/60, conseguiu, com o governador do DF, José Aparecido de Oliveira, o empréstimo do professor Nílton Santos, que dirigia as escolinhas de futebol para crianças e adolescentes mantidas pelo Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação-DEFER. Como estava servidor público, o “Enciclopédia” trabalhava para a garotada pela manhã e treinava o Taguatinga na parte da tarde.    

 Em sua apresentação ao grupo de jogadores do Taguá, o “professor Nílton”, como a rapaziada o chamava, usou da sua categórica experiência de bicampeão mundial-1958/1962 e de outras conquistas nacionais ao lado de Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo, sobretudo comportamento profissional. Àquela época, os jogadores do “futebol prosifissional” candango eram tão amadores ao ponto de xingar o treinador quando eram substituídos. Mas, como os treinadores os havia recrutado em campos de peladas e eram velhos amigos, ficava por aquilo mesmo. Nílton Santos, naquela sua apresentação, mais fez uma palestra como “educador” do que como treinador. Lecionou tantas lições, até chegar à necessidade de os atletas não terem focos dentários. Grande problema, pois o Taguá não tinha dinheiro para tratar dos dentes de todos os seus jogadores. O time era mantido muito mais pela paixão do seu presidente, Froylan Pinto, empresário da construção civil e ex-atleta do Botafogo de Salvador, onde jogava com o apelido de Foy.


 Começou, então, o Campeonato Brasiliense de Futebol Profisisonal de 1987. Wander Abdala se virava de um lado, para nada faltar aos jogadores, e Froylan Pinto gastava o que podia, levando broncas da mulher que não aceitava faltar laranja em sua sobremesa, e nunca para os jogadores taguatinguenses após os treinos.

          Nílton Santos com Wander Abdala (E) reproduzidos do Jornal de Brasília

O “Professor Nílton” era sujeito de voz macia, que conseguira domar o compadre Mané Garrincha, que vivia aprontando. Nunca repreendia um jogador, jamais se alterava. Parecia mais Dom José Nílton, arcebispo de Brasília, com aquela sua brandura e que era fã do lateral botafoguense Marinho Chagas. No o time do “Águia Branca”, ele só contava com peladeiros dos campos de barro duro das cidades satélites de Brasília. Mesmo assim, conseguiu levar um mínimo de padrão de jogo à rapaziada. E foi deixando para trás equipes que eram mais ou menos iguais a dele, como, por exemplo, Sobradinho, Gama e Guará. Com aquilo, Nílton Santos levou o Taguatinga à decisão do Candangão-1987, contra o Brasília Esporte Clube que tinha dois atletas vindos de outros estados, o goleiro Vanderlei, de Goiás, e o atacante Da Costa, ex-Vasco da Gama. O Taguatinga já havia sido campeão candango, em 1981, quando Froylan trouxe alguns poucos encostados em times “pequenos” do futebol carioca e os mesclou com o meia Péricles, um dos maiores nomes da história do futebol do DF, e os zagueiros Emerson, ex-Brasília, e Décio, ex-Ceub. Mas, depois daquilo, de tanto levar esporros da mulher, devido as suas gastanças com o futebol, Froylan não teve como segurar a peteca, e o Taguá perdeu os seus “astros” e decaiu.

A final do Campeonato Candango-1987 foi no sábado 23 de agosto, no velho e reconstruído Mané Garrincha. Os amadorzões jogadores do Taguá não negavam estarem satisfeitos com o que já tinham conseguido. Muitos até se sentiam campeões. Nílton Santos, no entanto, mesmo com fala tão mansa, chamou a turma no canto e lhes cobrou atitude. Mesmo assim, o Brasília abriu 2 x 0, com Erasmo abrindo a conta, aos 18 minutos do primeiro tempo, e Ney, aos 2 da segunda fase. O calmo, tranquilo “Enciclópedia”, talvez, pela primeira vez em sua vida de treinador – antes treinara Galícia e Vitória, ambos da Bahia, Bonsucesso-RJ e o São Paulo da cidade gaúcha de Rio Grande - foi para a beira do gramado e passou a gritar com a sua rapaziada. O juiz Edson Rezende de Oliveira não via nada. Os gritos  valeram um gol do zagueiro Zinha, aos 14 da etapa final. E ele não conseguiu tirar mais nada daquele time muito amador. E, com Brasília (campeão), 2 x 1 Taguatinga, encerrou a sua carreira de treinador.

O Brasília, treinado por Raimundinho (Antônio Fabiano Ferreira) , papou aquele com: Vanderlei; Oliveira, Remo (Filgueiras), Quidão e Nescau; Marco Antônio, Josimar e Bolão; Erasmo, Da Costa e Ney (Darlã). O Taguatinga alinhou: Elvis; Pedrinho, Bilzão, Zinha e Roosevelt; Bilzinho, Da Silva e Marquinhos (Dorival); Agnaldo, Genivaldo (Newmar) e Marcelo, rapaziada que ficou a dois pontos dos campeões, em jogo sem público e renda divulgados, mas que foram pequenos, sem cobrir os custos daquela final.