Vasco

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sábado, 17 de fevereiro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - ESTREPOLIAS DAS FIGURINHAS QUE FUGIRAM DO GIBI

 1 – O governador gaúcho Peracchi Barcelos acabara de inaugurar a Ponte da Concórdia,  entre Quaraí e Artigas, no lado uruguaio. Ao ser convidado pelo governo vizinho para mandar pra dentro uma dose de champanhezinha, em seu território, Barcelos foi obrigado a ficar com o pescoço seco por dentro. Esquecera-se de pedir licença à Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul para dar um chego fora do país – ficou a poucos passos da farra. 

2 – O presidente Costa e Silva visitava a sua terra, a gaúcha Taquari. Quando preparava-se para ir embora e despediu-se do irmão, este o indagou: “Bá! Mas já vais, tchê?” E ouviu de resposta: “Bem que eu gostaria de ficar e comer um grude em sua casa. Mas tenho que ir, o Governo me espera”. Retrucou o irmão: “Mas como enche o saco este tal de Governo, Artur?”

3 – Antes de ir a Taquari, o presidente Costa e Silva fizera questão de visitar Pelotas e uma afilhada, de 16 de idade. A moça era filha de Horcílio Vasconcelos, um grande amigo seu durante as cinco temporadas em que ele comandara o 9º Regimento de Infantaria. Velho amigo, e afilhada ficaram muito gratos pela visita, mas decepcionados porque o presidente não se lembrava do nome da moça: Yolanda, em homenagem à esposa dele e então primeira-dama do país.

4 – Para casar-se, a Miss Rio Grande do Sul, Brasil e Universo-1963, Ieda Maria Vargas convidou para padrinhos o governador gaúcho Perachi Barcelos, o antecessor, Ildo Menegheti, e os mais fortes candidatos à sucessão, o ministro Tarso Dutra e o deputado Florisceno Paixão – estava eleita Miss Namoradinha do Poder.

5 – Durante as escaramuças entre policiais e estudantes, em Brasília, quem se deu bem foi a costureira Maria Luíza, que mantinha aberta, na cidade satélite de Taguatinga, uma portinha por onde entravam, no máximo, dois clientes, por dia. Com o pau quebrando no DF, ela recebeu, em três dias, 96 visitas, pedindo consertos para 74 calças e 22 paletós.Na brincadeira, ela alava para a rapaziada: “Meninos, vejam se vocês brigam mais”.        

7 – O deputado Fernando Gama recebera muitas cartas de eleitores do interior do Paraná, reclamando das altas taxas cobradas pelas prefeituras no emplacamento de carroças. Ao indagar a um dos eleitores reclamões sobre o que fazer para resolver o problema, ouviu: “Deputado, faça um projeto para a placar ser colada no burro, e não na carroça. Aí, vão passar o ano inteiro discutindo isso, e a gente não paga”.

8 - O ministro Carlos Thompson Flores, do Supremo Tribunal Federal, convidou o advogado Carlos Rosa para ser o seu secretário jurídico e a servidora Margarida Silva para secretária da casa – estava formando o primeiro gabinete florido, hippy, da história do STF.         

9 - Um repórter questionou ao ministro Jarbas Passarinho sobre o motivo de tanto empenho pela regulamentação rápida da lei que concedia dois hectares individuais aos lavradores nordestinos. Resposta: “Enquanto a chuva grossa não vem, um chuvisquinho não faz mal nenhum, né mesmo?”

10 - Aproximava-se a campanha eleitoral de 1986. Leonel Brizola convidou Luís Inácio Lula da Silva para um papo no Rio de Janeiro. No meio da conversa, Brizola achou que tivesse conseguido o seu objetivo e cobrou: “Então, tudo ok, né! Eu saio para governador e você a senador”.  Lula rebateu: “Mas como? Já apoio o Jorge Bittar para o governo carioca (já era do Estado do Rio de Janeiro) e eu não quero ser senador por São Paulo e muito menos pelo Rio de Janeiro” -  Lula desapontou o engenheiro (que nunca fincou uma estaca na vida)  e ganhou o apelido de “Sapo Barbudo”.

                   DA COR DE CARREIRA DE JEGUE 
 Piada que corria em Brasília, em 1991. O presidente da República, Fernando Collor de Mello, muito vaiodoso, gostava de exibir-se como superatleta.
Entre outros, Collor deslizava pelo Lago Paranoá a bordo de “jet ski”, jogava vôlei de areia em companhia do astro Bernard e chegou  a anunciar que iria treinar com a Seleção Brasileira que preparava-se para a Copa do Mundo-1990. Nem pilotar aviões de caça F-5 escapou dos seus marketings megalomaníacos. 
Com tantas bravatas, começaram a contar que ele havia convocado o ministro de Relações Exteriores, querendo saber quanto custaria ter a sua última morada no Santo Sepúlcro, em Jerusalém. Ao ouvir que seria por volta de U$ 10 milhões de dólares, indagou ao chanceler: “E Jesus Cristo tinha tanta grana assim?”        
                       REPRODUÇÃO DE FOTO OFICIAL

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