Vasco

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS - CAPITÃO MIL

1 -- Em 23 de fevereiro, pelo Torneio Rio-São Paulo-2000, o zagueiro Mauro Galvão atingiu mil jogos na carreira. Em Vasco  2 x 1 São Paulo, com dois gols de Romário. um em cada tempo, em uma quarta-feira, em São Januário. Conferiram  7.750 pagantes, valendo pelas semifinais, com apitação por Romildo Corrêa-S). À caminho do "milão", o  então capitão vascaíno passou porr Internacional-RS, Bangu, Botafogo e Seleção Brasileira.  O time do dia teve:  Helton; Jorginho Amorim (Maricá), Odvan, Mauro Galvão e Gilberto;  Válber, Felipe (Alex Oliveira), Amaral e Paulo Miranda (Rogério); Viola e Romário. Técnico: Antônio Lopes.

2 - Quem se lembra de Odvan, o "zagueiro-zagueiro"? Pois ele também balançava a rede, fazendo o trabalho da turma lá da frente. Um dos seus tentos foi em 24 de fevereiro de 2015, em Vasco 3 x 1 São Paulo, ao sete minutos, em uma quarta-feira, no Morumbi, a casa do adversário, pelo Torneio Rio-São Paulo. Odvan (e mais 10) daquele dia formaram este Vasco, dirigido pelo delegado Antônio Lopes: Carlos Germano; Zé Maria, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Nasa, Paulo Miranda, Juninho Pernambucano (Vagner),e Ramón; Donizete (Zezinho) e Luizão (Guilherme).

3 - Um outro defensor vascaíno  não  muito de botar a bola na rede, em "jogada jogada", era o apoiador Fellipe Bastos. Só quando batia falta perigava o emprego dos goleiros. Mas, um dia, o Vasco fez 6 x 1 Comercial-MS, pela Copa do Brasil-2011, em São Januário, e ele chegou com pressa a rede: aos dois minutos. "Raridade rara" do acima. O Vasco do apressadinho do dia teve: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Ramon (Márcio Careca); Rômulo (Eduardo Costa), Fellipe Bastos, Felipe (Bernardo) e Jéferson; Marcel e Éder Luís. Técnico: Ricardo Gomes.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

VASCO DAS CAPAS - PERNAMBUCANOS

  Nado e Salomão, fotografados por Jorge Renato, são dois nordestinos que figuram na capa da "Revista do Esporte", Ano VIII,  Nº 408, de 1º de dezembro de 1966.
 Na última página da publicação, sob o título "CAPA", escreveu o redator do semanário dirigido por Anselmo Domingos: "Nado e Salomão foram dois reforços que o
O ponta-direita veio do Náutico e o armador do Santos. Embora jogadores de excelentes qualidades, Nado e Salomão não conseguiram ajudar o Vasco a fazer boa figura na temporada-66.
 Salomão, depois que encerrou a carreira, formou-se em Medicina e voltou para Recife, onde desenvolveu uma nova profissão. Nado, também, voltou para a sua terra. Mas, antes, ainda defendeu um time do Nordeste, o Ceará Sporting, quando já estava perto de pendurar as chuteiras. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS DA COLINA - INVICTAÇO

1 - Em 24 de novembro de 1957, em Vasco 3 x 0 Canto do Rio, a rapaziada atingiu (em São Januário)  23 jogos invictos diante daquele. Totalizou 31 vitórias, em 35 confrontos com o Cantusca, pelo Campeonato Carioca. Wilson Moreira (2) e Almir Pernambuquinho foram os homens nas malhas do rival, com time dirigido por Martim Francisco.

Reprodução de álbum de figurinhas
2 - No 21 de novembro de 1959, Pinga estava quente. Em Vasco 5 x 2 São Cristóvão, ele jogou pro santo quatro goles na caneca, pra Almir Pernambuquinho completar a tonteira, pelo Campeonato Carioca, na casa do adversário, à Rua Figueira de Mello, em um sábado.  

3 -Pinga, isto é, José Lázaro Robles – vascaíno entre 1953 a 1962 – é o quarto artilheiro da história do Almirante, só suplantado por Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. Ele viveu entre 11 de fevereiro de 1924 a 8 de maio de 1996, aparecendo, em algumas estatísticas, com 250 gols, e em outras com 232, em 466 jogos. A diferença de 18 gols é porque, antigamente, não havia preocupação com as estatísticas.

4 - Em um 25 de novembro, o Vasco humilhou o Flamengo. O enfrentou com time misto, escalando um dos piores goleiros que vestiram a sua camisa, Caetano. Mas zaga esteve soberba. Malmente a maricota rolou, Valdir Bigode encaçapou uma, com um minuto de refrega. Aos 16 do segundo tempo, França fez o segundo. Valeu pela Copa Rio-1993, em uma quinta-feira, no Maracanã, uma autêntica rubro-negrada maracanazza.
                  

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

HISTORI&LENDAS DA COLINA - SANTANA

   Durante a noite em que o Vasco quebrou o tabu, de 12 anos, sem conquistar um título no futebol profissional carioca, em 1970, o massagista "Pai" Santana não deixou de fazer a sua festa particular.
Vestido de branco, acendeu 22 velas no gramado do Maracanã, segundo ele, para agradecer à ajuda do caboclo Pena Branca.  Além daquilo, espalhou sal pelo pedaço. 
 Depois, Santana trancou a porta do vestiário, escondeu a chave e avisou aos jogadores que ninguém poderia pisar no campo, antes do horário marcado, para subir o túnel que levava ao gramado.
 Se alguém lhe desobedecesse,  cortaria a sua corrente de energia positiva para a vitória, avisou. Assoprado o apito final, o "Pai" Santana “garantiu ter garantido” Vasco 2 x 1 Botafogo, com gols de Gílson Nunes e de Valfrido, por conta de sua reza brava.

                                                                SANTANSAMBA

Em agosto dee 1983, o Vasco da Gama fez aquela tradicionale scapadinha do Campeonato Carioca – muito normal, na época -  e foi morder uma ganinha na Europa. Já havia disputado um amtisoso na Alemanha e dois na Itália, quando foi encerrar o giro na também italiana Catânia. Era 18 de agosto ea rapaziada se aprontou para encarar o time do mesmo nome da cidade. O árbitro Rossario Lo Bello esperou o que pode, mas o adversário dos vascasínos não apareciam. Então, foi procurar saber da demora. Informaram-lhe que os jogadores do Catânia esdtasvam firmes a decisão de só entrarem em campo se a diretoria do clube pagasse um prêmio prometido e não cumprido. Que horror!

 Já que a bola não rolava, os 50 mil toredores presentes ao Estádio Angelo Massimino começaram a assobiar, gritar, xingar. Mas nada disso adiantava. Até que o massagista vascaíno Santana tomou uma providência inesperada: vestiu o seu paletó branco – já estava usado calça e camisa na mesma cor – e uma cartola. Adentrou ao garmado fazendo evoluções carnavalescas e contagiuou a galera. Enquatno ela fazia o seu espetáculo, os brasileiros Pedrinho (ex-Vasco) e Luvanor (ex-Goiás) convenceram os colegas a deixarem a cobrançaa para depois, em respeito ao público. E foram à luta.

 Antes tivessem continuado com a ameaça de grave, pois o Vasco mandou-lhes 4 x 0, com gols de Marcelo (2) e Amauri (2), formando com: Acácio (Orlando); Galvão, Chagas, Celso (Rondinelli) e João Luís (Roberto Teixeira); Serginho, Dudu Coelhão e Amauri; Ernani, Marcelo (Geovani) e Marquinho (Pedrinho Gaúcho), comandados pelo ex-apoiador vascaíno Carlos Alberto Zanatta.   

 Encerrada a partida, a torcida da terra nem se preocupou em apular os jogadores do seu time. Preferiu saudar, efusivamente, o animado massasgista Eduardo Santana, que teve de executar passos extras do seu repertório de sambista.       

Chamado pelos torcedores por “Pai Santana”,  por manter contatos imediatos com o além,  o mineiro Eduardo Santana fazia tabelinha com o 'preto velho' Pai Joaquim, com Santo António, Xangô e Joana D'Arc. Mas só  “para ajudar ao Vasco”, garantia. O que exigia-lhe vestir-se de todo branco e acender velas nos vestiários e gramados.          

Nascido em  Andrelândia, em 1934, Santana, aos oito meses,  foi  morar  em Salvador (com os pais), para  descobrir a magia dos terreiros do candomblé. Aos sete anos, estava no Rio de Janeiro. Ao 18, já era boxeador, campeão carioca e bra­sileiro dos meio-médio ligeiro.  Mas a sua batida maior seria em outro terreno: no futebol,  “enfeitiçado” pelo  treinador Gentil Cardoso. Só o seu desembarque em São Januário não é bem certo. Falam em 1953, mas, naquela temporada, Gentil não estava  por lá. Outros apontam para 1954 e 1957.       

O certo é que, entre entradas e saídas, o  massagista mais famoso que o futebol brasileiro já teve viveu mais de meio-século sob os ares da Colina. Brisa  que o ajudou a carregar os canecos de campeão brasileiro-1974 e da Taça Guanabara-1976/1977, só par citar poucos. Quando fez algumas puladas de cerca vascaínas, Santana passou por “sete casas diferentes”. Pé quentísismo! Em 1957, cam­peão carioca, pelo Botafogo. Em 1959,  da Taça Brasil,  pelo Bahia.

 |Na temporada citada acima foi quando o presidente da CBD, João Havelange, o convidou a trabalhar na entidade. Em 1961, esteve no Flamengo, juntamente o médico Hilton Gosling. Depois, Sílvio Pirilo convocou-o para servir a Seleção Paulista que disputou e ganhou o sul-americano de acesso, em Lima, Peru. Em 1969, papava mais um Estadual: pelo Fluminense. Em 1970, João Silva o encontrou, zanzanado, pela Ureca, e o levou para acertar, com as suas divindades, o fim da urucubaca, de 12 anos, sem títulos pelos lados da Rua General Almério de Moura. Por sinal, na  revista “Placar” Nº  26 (?), a reportagem sobra a conquista do título carioca de 1970, pelos cruzmlatinos,  um dos destaque era a foto do “glorioso Pai Santana” acendendo as suas velas no gramado do Maracanã. Uma grande figura do folclore da bola canarinha!                       

                    


domingo, 24 de fevereiro de 2019

4 - O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - LIZETE, A BELA COM BRAÇOS VOADORES

Quem pinta, hoje, por aqui é uma das jovens nadadoras do Club de Regatas Vasco da Gama na década-1950, Lizete Alves, que a semanária carioca Manchete Esportiva, do grupo empresarial Adolpho Bloch, mostrou com um dos brotinhos que participavam, ativamente, dos Jogos da Primavera, tradicional promoção do Jornal dos Sports, reunido estudantes-atletas.
Na época em que promovia o grande momento de encontro desportivo, o idealizador e realizador Mário Filho não aceitava patrocínios comercias.
Certa vez, ele chegou a sair catando os anúncios que foram despejados pelas arquibancadas do estádio de São Januário, por um comerciante.
Os Jogos da Primavera tiveram as presenças na aberturas dos presidentes (da República) Juscelino Kubitscheck e João Goulart, e só não teve a de Jânio Quadros porque ele não esperou a estação chegar, renunciou antes.
A programação, convenhamos, deveria ser reproduzida hoje, pois motivava bastante os estudantes-atletas. É hora de os patrocinadores pensarem no tema.
De suas parte, Lizete tornou-se uma grande nadadora, tanto em piscina como em provas em mar aberto. Foi uma das glórias do Almirante na modalidade.  

sábado, 23 de fevereiro de 2019

O VENENO DO ESCORPIÃO - VELHINHOS QUE DOMINARAM O OCEANO ATLÂNTICO

    Em 1952, o Brasil era um mundo que cabia dentro de um rádio. Cantores e jogadores de futebol eram adorados, com seus feitos, delirantemente, sensibilizando as pessoas. O goleador Ademir Menezes, do Vasco da Gama, por exemplo, teria mais votos do que o presidente Getúlio Vargas, em uma eventual eleição disputada pelos dois.

 Por causa da força do rádio, superfeitos de superheróis não anunciados pelos microfones não abalavam multidões. Caso de cinco cinco homens que partiram do Rio Portengi, em Natal-RN, com destino ao Rio de Janeiro, navegando durante quatro meses, por uma iole - barco estreito e leve -, no braço e na raça.
 Foi uma tremenda aventura, de 3.704 quilômetros, desenfreada por Ricardo Severiano da Cruz, de 63 de idade e mentor da aventura; Luiz Enéas dos Santos (52); Antônio de Souza Duarte (51); Oscar Simões Filho (4) e Waltr Fernandes (27).
 Era o dia 30 de março quando eles partiram do Rio Grande do Norte, levando na bagagem só uma inacreditável coragem. Após um mês, remando por mar enfurecido, atingiram a divisa de Sergipe com a Bahia, e viram um vagalhão destruindo a sua nave.  Como eram bons nadadores e remavam sempre juntos, conseguiram fugir dos tubarões e chegar a uma praia.
O problema não os fez os cinco homens desistirem. Voltaram a Natal e recomeçaram tudo. Iole refeita, eles foram até o comando da Marinha na capital poltiguar e pediram uma carona e foram bem arcados em um caça-subamarino que os levou para o mesmo ponto onde haviam sido contidos pelo vagalhão.  Como não foi possivel uma nova partida do local do acidente, em 18 de janeiro de 1953 ele “‘releargaram”, mas de Aracaju, a capital sergipana, quando os primeiros raios de sol clareavamo mar. E foram parar na Baía de Guanabara.     
 Não foi fácil concluir o percurso. Os cinco chegaram a passar 32 horas no mar, sem água doce para beber e nada para se alimentarem. Normalmente, remavam 10 horas consecutivas, diariamente, e nunca pernoitavam sobre as águas. Paravam em portos e praias desabitadas. De uma dessas, caminharam por 42 quilômetros para comprar cigarros e alimentos, normalmente, sanduíches, em pequena quantidade, o que lhe deixava subalimentados. 
 Pena que eles não tiveram recepção apoteótica no Rio de Janeiro. Mereciam, mas a façanha não rendeu manchete e nem cometários do povão, que não sabia de nada. Depois, algumas revistas cariocas noticiaram e publicaram fotos. Muito pouco para o tamanho da intrépida aventura.
 Passadas 32 temporadas, o paulista Amir Klik, aos 58 de idade, partia do porto de  Lüderitz, na Namíbia, no 10 de junho de 1984, para atravessar o Oceano Atlântico, remando, também, por até 10 horas diárias, sozinho, em um pequeno barco que foi parar na Praia da Espera, na Bahia, em 18 de setembro. Foi a primeira experiência no gênero.
Os sete sete mil quilômetros remados por Amir, entre a costa africana e a baiana Salvador - carregava 275 litros de água potável, alimentos desidratados, poucos remédios e equipamentos -, renderam o livro “Cem dias entre céu e marque ficou por 31 semanas na lista dos livros mais vendidos. Ao contrário dos potiguares,  ele tornou-se herói nacional, pois a comunicação midiática de sua época já  caçava feitos espetaculares.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS - QUEBROU O TIMÃO

1 -  Imagine um time enfrentar um outro, num espaço de 17 dias, e vencê-lo nas duas vezes, pelo mesmo placar. Aconteceu com o Vasco, diante do Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo de 1993. Respectivamente, na tarde do domingo 11 julho, no paulistano Pacaembu, e em 28 de julho, no mesmo local, em uma tarde de quarta-feira. Na primeira, o apito foi de Oscar Roberto de Godói, a renda de Cr$ 3 milhões,767 mil, 750 cruzeiros, com gols vascaínos marcados por Pimentel, França e Sidnei. A rapaziada teve: Carlos Germano; Pimentel, Alê, Jorge Luis e Cássio; França, Sidnei, Giovani e Carlos Alberto Dias; Gílson (Leonardo) e Gian (Alex).

2 - Da segunda vez, o apito foi de Ulysses Tavares da Silva, a renda de Cr$ 2 milhões, 820 mil e 600 cruzeiros, com cruzmaltinadas no filó por conta de Pimentel (2) e de.... Os “ganhões” foram: Carlos Germano; Pimentel, Ale, Jorge Luís e Cássio; França, Sidnei, Giovani e Carlos Alberto Dias; Gílson (Leonardo) e Gian (Alex). O treinador do time nas duas pisadas foi Alcir Portela. Detalhe: para o segundo jogo, o Vasco abriu mão do mando de campo, em troca de participação na renda.

3 - O primeiro gol vascaíno no Campeonato Brasileiro foi marcado pelo “Aranha” Dé, em 15 de agosto de 1971, em Vasco 1 x 0 Fluminense. Eram decorridos 22 minutos do primeiro tempo, quando o então camisa 9 balançou a rede. Antes daquilo, o Vasco empatara, por 0 x 0, com o Ceará Sporting, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e caído, por 0 X 1, ante o Santa Cruz-PE , no Arrudão, em Recife. Portanto, o destino reservou esta glória para Domingo Elias Alves Pedra.

4 - No jogo acima citado, José Aldo Pereira-RJ apitou e a "Turma da Colina" formou assim, escalada por Paulo Amaral: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete: Afonsinho, Alcir Portella e Buglê; Luís Carlos Lemos (Nenê), Dé e Rodrigues.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS - GRANDE SACA


1 - 12 de dezembro de 1948 – Esta é uma das sacanagens mais contadas pelos vascaínos. Na final do Campeonato Carioca, contra o Botafogo, que não era campeão há 13 anos, o Vasco encontrou o vestiário de General Severiano recém pintado, com cal virgem e sem água. Seus jogadores ficaram com os olhos ardendo. Pra piorar, a torcida (15 mil presentes) atirou pó de mico sobre os jogadores, que terminaram perdendo, por 3 x 1. Em 14 de janeiro de 1951, o Vasco deu o troco: 2 x 0, com dois gols de Ademir Menezes, na final, no Maracanã, sagrando-se bi, valendo ainda pela temporada de 1950. Em 1959, o Vasco cobrou mais: 2 x 1. E depois ficou supercampeão, empatando com o Flamengo: 1 x 1. Em 29 de abril de 2001, o Vasco humilhou: 7 x 0, pelo Carioca, com 3 gols de Juninho Paulista, 2 de Romário e mas um de Pedrinho e Euler.

2 - Emerson Leão - Nascido em 11.07.1949, em Ribeirão Preto-SP, defendeu o Vasco entre 1978 a 1980. Foi o goleiro brasileiro que mais disputou Copas do Mundo - 1970, 1974, 1978 (capitão) e 1986 –, tendo sido campeão na de 70, no México, na reserva, sem jogar. Não jogou também na de 1986, novamente no México. Mas na Alemanha, em 1974, e na Argentina, em 1978, jogou 14 partidas, obtendo 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, sofrendo 7 gols. Totalizou 105 jogos pela Seleção, com 64 vitórias, 30 empates, 11 derrotas e 69 gols sofridos. Contra seleções nacionais, foram 81 jogos, com 46 vitórias, 25 empates, 10 derrotas e 54 gols sofridos. Contra clubes e combinados, Leão fez 24 jogos, vencendo 18, empatando cinco e perdendo um. Neles, sofreu 15 gols. Os títulos de Leão pela Seleção foram: Copa do Mundo-1970; Copas Rocca-1971 e 1976; Taça Independência-1972; Torneio Bicentenário de Independência dos Estados Unidos-1976; Taça do Atlântico-1976 e Taça Oswaldo Cruz-1976.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS DA COLINA - VAVARAÇA

1 - Edvaldo Izídio Neto, o Vavá, representou o Vasco no Mundial-1958, na Suécia, e voltou como o Leão da Copa, pela raça e os gols que marcou. Nascido em 12.11.1934, em Recife,ele viveu até 19 de outubro de 2002. Foi vascaíno entre 1951/1958, buscado no Sport Recife, onde jogou em 1949/1950. Da Colina, foi para o espanhol Atlético de Madrid, ficando neste entre 1958/1961. Repatriado, pelo Palmeiras (61/1963), foi o primeiro brasileiro atuando no exterior a ser convocado para a Seleção Brasileira.

2 - Pelo escrete nacional, Vavá foi a duas Copas do Mundo, fazendo 10 jogos, em 8 vitórias, 2 empates e 9 gols marcados. Totalizou 23 partidas canarinhas, somando 19 vitórias, 3 empates e só derrota, em um total de 14 tentos. Desses compromissos, 20 foram contra seleções nacionais, rendendo 16 vitórias, 3 empates e uma derrota. Diante de clubes e combinados fez 3 apresentações, vencendo todas. Vavá defendeu, ainda a seleção brasileira olímpica, com 2 jogos, 2 vitórias e um gol. Levou os títulos das Copas do Mundo de 1958/1962 e das Taças Oswaldo Cruz-1955/1958/1962.
           SEGURAMENTE, este é um currículo que se pode chamar de leonino.

3 - Niginho era um dos quatro Fantoni revelados pelo futebol mineiro, além dos irmãos Ninão e Orlando, também centroavantes, e o primo-irmão Nininho, lateral esquerdo. Os quatro começaram no Palestra (atual Cruzeiro), e emigrar

4 - Na Itália, estes rapazes passaram a ser conhecidos como Fantoni I (Nininho), Fantoni II (Ninão), Fantoni III (Niginho) e Fantoni IV (Orlando). Orlando Fantoni, inclusive, também teve passagens pelo Vasco, tanto como jogador quanto como técnico. Ídolo do Lazio, Niginho no entanto, acabou expulso da Itália, por se recusar a participar da guerra fascista contra a Abissínia em 1936. De volta ao Brasil, foi contratado pelo Vasco e artilheiro do Campeonato Carioca-1937, além de reserva de Leônidas da Silva no selecionado que disputou a Copa do Mundo-1938, na França. Por ocasião da partida semifinal, por ironia contra a Itália, Leônidas não podia jogar e a Federação Italiana, com o referendo de Mussolini, vetou a escalação de Niginho. A FIFA, covardemente, acatou a ordem e tirou do jogador a chance de participar da competição.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

ACONTECEU NA ESQUINA DA COLINA


1 - Danilo Alvim foi um dos maiores craques brasileiros do seu tempo. Nascido em 03.12.1920, no Rio de Janeiro, aos 19 anos de idade, sofreu 39 fraturas, em uma das pernas, ao ser atropelado por um automóvel. Dois anos depois, estava jogando tanto que o Vasco o tirou do América. Dono de futebol clássico, ganhou o apelido de “Príncipe” e campeão carioca em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, e do Sul-Americano de Clubes Campeões, em 1948, no Chile. Danilo foi titular da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo-1950, qual saiu vice-campeão. Três anos depois, enceraria a sua vida cruzmaltina. Passou pelo Botafogo e o Uberaba-MG. Como treinador, em 1963, comandou a seleção boliviana na conquista do Sul-Americano. Quando pendurou as chuteiras, Danilo não tinha mais nada, a não ser uma casa em seu nome, no Rio de Janeiro. Em 16 de maio de 1996, saiu desta vida, como morador de um asilo para velhinhos pobres e esquecidos.

2 - O atacante Kosilek foi um dos campeões carioca, em 1970. Em sua rápida passagem por São Januário, disputou apenas 14 jogos. Confira: 22.02.1970 – Vasco  0 x 2  Flamengo (Torn Inter de Verão); 24.03.1970 a- Vasco  1 x 0  Rio Branco-ES (amistoso); 05.04.1970 – Vasco   0 x 2  Bangu (Taça Guanabara); 26.04.1970 - Vasco   1 x 0  América-RJ. (Taça GB); 01.05.1970 - Vasco  0 x 0  Flamengo (Taça GB); 03.05.1970 0 Vasco  2 x 0  Desportiva-ES (amistoso); 10.05.1970 - Vasco  0 x 2  Flamengo. (Taça GB); 01.08.1970 - Vasco  1 x 0  Olaria (Campeonato Carioca); 09.08.1970 - Vasco  1 x 0  Flamengo. (Camp Car); 15.08.1970 - Vasco  2 x 0  Portuguesa-RJ (Camp Car); 13.09.1970 - Vasco  3 x 2  América-RJ (Camp Car); 20.09.1970 – Vasco  0 x 2  Fluminense (Camp Car); 17.10.1970  - Vasco 5 x 1  Santos (Taça de Prata);a 04.11.1970 – Vasco 4 x 0 CSA-AL (amistoso).

3 -  Em 1955, a revista  "Esporte Ilustrado", cujo dono era Levy Kleiman, vivia publicando fotos de times posados do Vasco. Mas seus feitores não se declaravam simpatizantes. As matérias eram assinadas por Thomaz Mazzoni (Olimpicus), Leunam Leite, Adolpho Scherman, Jorge Miranda, Carlos Sampaio, Flávio Sales, Herbert Mesquita, Sérgio Lopes e jaime Ferreira. As fotografias eram de José Santos, Alberto Ferreira, Vito Moniz, José Alencar, Newton Viana de uma equipe paulista. Os gráficos de “goals” tinham assinatura de William Guimarães, o humorismo de Milton Sales, as caricaturas de Vilmar e os desenhos de Alberto Lima. Gratuliano Brito continuava sendo o diretor de redação, cujo endereço seguia na Rua Visconde de Maranguape, Nº 15. Em São Paulo, a distribuição e vendas era por conta da Agência Polano, à Rua João Bricola,  Nº 46.





segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS DA COLINA


1 - Torcedores da década de 1960, costumavam contar que Mário Vianna levara o volante Maranhão, para o Flamengo, e o Vasco o “roubara” da Gávea. Não foi bem assim. Ao ver o baixinho atuando pela seleção maranhense, o ex-árbitro o indicou aos rubro-negros, é verdade. No entanto, um amigo da família do atleta, chamado Joaquim Pereira, arrumou uma passagem, com a Força Aérea Brasileira, mandou buscá-lo e o levou para São Januário, o entregando a Hílton Santos. Isso pelo final de 1958. Maranhão era tão mirrado, que o cara achou que ele fosse infanto-juvenil. Logo, subiu ao time juvenil. Em 1961, já profissional, tornou-se titular a partir do returno do Campeonato Carioca-1962. Foi bicampeão de aspirantes e da Taça Guanabara de 1965.
CHEGOU AO VASCO, ACHANDO que estivesse no Flamengo. Errou o clube e acertou no destino.

2 - Alcir Portella foi o quarto atleta que mais vestiu a camisa do time de futebol vascaíno: 511 vezes jogos, de 1963 e 1975. Glória máxima: o título de campeão brasileiro, em 1974, como capitão da equipe, posto ocupado por 10 anos. Mesmo sendo um volante, função que obriga a fazer faltas, jamais foi expulso de campo, o que valeu-lhe o Prêmio Belfort Duarte. Após encerrar a carreira de atleta, Alcir foi contatado como empregado do Vasco, tendo sido auxiliar técnico e treinador. Assim, participou das campanhas dos títulos dos Brasileiros de 1974, 1989, 1997 e de 2000, a primeira como jogador e as outras três como auxiliar. O único. Viveu durante 64 anos.
CRUZMALTINO EM TEMPO INTEGRAL. No mínimo, é o que se pode escrever sobre Alcir Portella.

3 - O atacante Valdemar, supercampeão carioca, em 1958, quando estava no Olaria, não se conformava em ter sido barrado, com a chegada de Lorico, um meia revelado pelo amador Esporte Clube Senador Feijó, de Santos-SP, que o Vasco buscara na Portuguesa Santista. Profissional desde 1949, quando chegou à Seleção Paulista de Novos. Lorico estreou no Vasco contra o Real Madrid, que era considerado o melhor time do mundo. Além de Valdemar, dois outros campeões que saíram da Colina aborrecidos com os cartolas foram Sabará e Bellini.
UM TRIO DE EX-CRUZMALTINOS que pareciam não saber como eram as curvas do caminho da bola. Um dos maiores ídolos tricolores, Telê Santana, deixou o Fluminense na mesma situação. Depois de passar pelo Guarani de Campinas e o Madureira, encerrou a carreira pelo Vasco. Feliz da vida!


domingo, 17 de fevereiro de 2019

CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA-2019

 O Vasco quebrou tabu, de 25 temporadas, sem conquistar a Taça Guanabara com 100% de aproveitamento – a última vez, em 1994. A vitória de hoje, sobre o Fluminense, foi a sétima, em sete jogos, com a rapaziada totalizando13 gols marcados e dois engolidos.

CONFIRA A CAMPANHA – 19.01.2019 – Vasco 1 x 0- Madureira, no estádio da Rua Conselheiro Galvão, com gol de Thiago Galhardo; 23.01 - 5 x 2 Volta Redonda, em São Januário, com Marrony (2), Danilo Barcelos, Dudu e Lucas Mineiro batendo na rede; 27.01 -  1 x 0 Americano, em São Januário, com tento por Marrony; 30.01 – 1 x 0 Portuguesa, em Moça Bonita, com Yago Pikachu marcando; 02.01 – 1 x 0 0 Fluminense, no Estádio  Mané Garrincha, em Brasília, com Yago Pikachu voltando ao filó; 13.02 - 3 x 0 Resende, no Maracanã, com Lucas Mineiro, Marrony e Lucão (contra) construindo o placar; 17.02 -1 x 0 Fluminense, no Maracanã, com Dailo Baracelos exetucando a tricolada.

O GOL: saiu aos 35 minutos do segundo tempo. O lateral Danilo Barcelos cobrou falta, a bola passou por todo mundo e entrou no canto direito de Rodolfo.
Fotografado por Rafael Ribeiro, de www.vasco.com.br, Danilo fez o gol e
berrou pros rumos do céu, tentando um papinho com o Homem Lá de Cima
BAGUNÇA - Desde a sexta-feira, Vasco e Fluminense brigavam, na Justiça, para os seus torcedores ocuparem o chamado setor sul do Maracanã. A torcida vascaína, tradicionalmente, fica por ali, mas os tricolores alegavam que, por contrato com o Complexo Maracanã Entretenimento S.A, passaram a ter tal regalia.
 Durante a madrugada de hoje, Lúcia Helena do Passo, desembargadora de plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou jogo com portões fechados. O Vasco recorreu, teve o pedido negado, pela mesma, que fixou multa de R$ 500 mil por descumprimento da medida.
 A bola rolou, enquanto torcedores e policiais brigavam pelos arredores do Maracanã. Então, a decisão de Lúcia Helena foi mudada pelo desembargador André Emílio Ribeiro Von Melentovytch, e a galera entrou no “Maraca”. A tempo de assistir ao gol vascaíno e a moçada carregar o caneco de mais um título. 

CONFIRA A FICHA TÉCNICA - 17.02.2019 (domingo) - Vasco 1 X 0 Fluminense. Final Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Bruno Arleu de Araújo-RJ. Público/renda: 29.002 presentes/R$ 1.112.000,00. Gol: Danilo Barcelos, aos 35 min do 2º tempo. VASCO: Fernando Miguel; Cáceres, Werley, Leandro Castan e Danilo Barcelos; Raul (Ribamar), Lucas Mineiro, Yago Pikachu, Bruno César (Rossi) e Marrony (Andrey); Maxi López. Técnico: Alberto Valentim. 
FLUMINENSE: Rodolfo; Ezequiel, Digão, Matheus Ferraz e Marlon (Marcos Calazans); Airton, Bruno Silva (Caio Henrique) e Daniel (Dodi); Everaldo, Luciano e Yony González. Técnico: Fernando Diniz.

3 - O DOMINGO É UMA MULHER BONITA JOAN, A MAIS RESISTENTE DO PLANETA

Aconteceu e foi capa de revista, mostrando ser
  a mulher mais resistente do planeta-1984 
A norueguesa Grete Waitz jamais havia perdido uma prova oficial na maratona. E chegou às Olimpíadas de Los Angeles-1984 como a favorita à medalha de ouro que o pódio olímpico colocaria em disputa, pela primeira vez, para as mulheres. Ela só não contava que uma norte-americana estivesse pelo seu caminho.
 Nascida em Cape Elizabeth – 16.05.1957 – Joan Benoit Samuelson entrou para a história dos Jogos Olímpicos  como a primeira campeã olímpica da maratona de 42 quilômetros, surpreendendo ao desgarrar-se do primeiro pelotão, logo no início da duríssima prova.
 Fazia muito calor e o ritmo forte que ela imprimia parecia ser uma tática errada. Mas não era. Venceu a disputa com mais de um minuto à frente da favorita Waitz.
Foi por causa de fratura, em uma das pernas, quando esquiava, que Joan Benoit começou a correr longas distâncias, para apressar a recuperação. Ela ainda era uma estudante adolescente e levou tão a sério a coisa ao ponto de vencer vários torneios de cross-country. 
A glória veio 1979, ganhando ganhou a Maratona de Boston,  primeira  que disputou. Devido lesões, ficou sem disputas até 1982, quando voltou e sem dar chance às concorrentes nas maratonas de Eugene e de Oregon, chegando a cravar 2h26min11, a melhor marca da temporada.
 Na Maratona de Boston-1983, Joan quebrou o recorde mundial, em 2h22min43. Na mesma temporada, faturou a medalha de ouro dos 3.000 metros dos  Jogos Pan-Americanos de Caracas, na Venezuela. 
A sua melhor marca, no entanto, foi a de 2h21min21, da Maratona de Chicago – pouco antes, a norueguesa Ingrid Kristiansen havia cravado 2h21min06 na Maratona de Londres.
Joan poderia tentar superar a marca de Kristiansen, mas, depois de 1985, voltou a enfrentar lesões.
Dali por diante, ela só foi  ter sucesso vencendo a Maratona de Columbus-1992.
 Quebrou recorde e emplacou manchete de jornal 
Encerradas as suas disputas internacionais, passou a escrever livros sobre o atletismo e tornou-se treinadora de cross-country e de corridas longas. Também, esteve comentarista de provas atléticas para a TV. 
 Acabada a juventude, Joan venceu várias competições entre as coroas de sua idade e batei vários recordes. A última notícia sobre ela diz que vive em Freeport-Maine.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

O VENENO DO ESCORPIÃO - 'SUPERSACAS'

É difícil encontar rapaziada que goste tanto de uma sacanagem como a brasileira. Tem patota que faz até estatística das “sacas”, ficando com créditos para desconto quando apronta alguma. Se o carinha cobra: “Porra! Puta sacanagem você fez comigo, hem?” O outro responde: “Você, ainda, me deve duas”. E fica tudo em casa, isto é, na mesa do boteco.
As três “sacas’ que você vai ler a seguir, são, realmente, “super-sacas-ducarvalho”. Confira:

PIMENTA NA GARRAFA – A cantora gaúcha Eli Regina havia chegado ao Rio de Janeiro para tentar alavancar a carreira. Arrumou um trampo para fazer contraponto, cantando uma duas, três músicas, enquanto Iris Lettieri, com aquela sua voz deslumbrante, recitava poemas, na boate Bottles, no Beco das Garrafas.
Em começo de careira, Elis gravou até uns roquinhos
 Encerrada a temporada de Iris, sem programação imediata para substituí-la, a casa propôs a Elis   fazer um show solo. E ela foi à luta, com acompanhamento de Otavinho Bayle,  Luís Carlos Vinhas e Roni Mesquita, feras do Jazz e da Bossa Nova. Emplacou. Deslumbrou o Rio de Janeiro. A Bootles lotava para ouvi-la, ao ponto de gente sentar-se no chão para não perder o show da gauchinha.
 De repente, Elis começou a faltar às sextas-feiras e aos sábados. O público ameaçava quebrar a boate e o proprietário, Alberico Campana, ficava desesperado, só ouvindo desaforos. Quando Elis aparecia, dizia ter faltado por ter ficado rouca, completamente afônica, pelo desgaste das cordas vocais nos dias anteriores.
 Num desses dias em que Elis não apareceu, um cara que foi à Bootles, por acaso, depois do show, falou para o diretor do espetáculo que ele precisava conhecer uma garota que ele vira cantando em Curitiba. E encheu-lhe a bola, sugerindo mandar busca-la. O homem pediu informações à turma das noitadas curitibanas e descobriu que a cantora era quem? E a demitiu  - que “saca” com a Boltles, hem? Sem Elis, a casa ficava às moscas.

A CONDESSA DE ARAQUE – Maysa cantava muito e adorava, ainda mais, passar trotes na rapaziada. Aprontava horrores. Certa vez, ele encomendou, a uma casa chique de São Paulo, o envio de dezenas de pizzas e galetos, e deu o endereço da mansão do seu ex-marido e ricaço  André Matarazzo.
Uma 'condessa' com dois olhos não pacíficos
 Quando a encomenda chegou, foi aquela discussão com os entregadores. Um dizia não ter feito o pedido e os outros garantindo que sim. Até que o Matarazzo sacou que aquilo só poderia ter sido sacanagem de Maysa. Pagou a conta e ligou para ela que, na maior cara de pau, respondeu: “Veja se me esquece, cara. Já faz tanto temp que larguei você. Se manca!”
 Bem pior, muito, muto mais, Maysa fez com o multimídia Ronaldo Bôscoli, que dirigira shows dela pelo Chile, Uruguai e Argentina. Por sinal, nesse país, a imprensa a chamava por “Condessa Cantante”, em alusão ao seu sobrenome, o do conde Francisco Matarazzo.
 De sacanagem, Ronaldo dizia ser Maysa uma “condessa de araque”.  Por conta disso, ela preparou-lhe duas terríveis sacanagem. Telefonou para os jornais brasileiros, dizendo pretender fazer uma “revelação bomba” logo após a sua chegada. E deixou Bôscoli de queixo caído, ao declarar que ficara noiva e iria casar-se com ele, que era noivo de Nara Leão. Tempos depois, o convidou para dirigir um show dela, em São Paulo, dizendo que seria o último no Brasil, pois estava de mudança para a Espanha.  Mandou o cara pegar em um taxi, por conta dela,  seguir, imediatamente, para “Sampa”, e não se preocupar com o cachê,que garantia ser bom.
 Bôscoli fez o que ela mandou e se mandou. Ao chegar à casa de Maysa, encontrou um bilhete, dizendo: “A condessa de araque partiu para sempre. Adeus, Maysa”. 

REI EM REPETECO – O diretor de TV, Augusto César Vanucci, levou uma equipe da Globo para gravar um clip com Roberto Carlos, em Cachoeiro do Itapemirim, a terra deste, no Espírito Santo. E considerou ter ficado muito bom, com o cara sentado em uma cadeira, cantando e olhando, pela janela de um trem as paisagens que curtira em seus tempos de garoto.
 Vanucci considerou o resultado final muito bom. E a rapaziada comemorou com Roberto. Quando eles iam entrar no carro para irem embora, o cara lembrou-se de ter esquecido da capa do seu violão dentro do vagão. Voltou para apanha-lo e, o que aconteceu, não dá para acreditar: Roberto viu o que procurava em cima da cadeira de numero 13, onde sentara-se para gravar. Obrigou a produção a refazer tudo, porque era superticioso – também, não passava por debaixo de escada, não usava roupa marrom e não saía por porta que não fosse a que entrara, ente outas superstições.
 Pobre Vancci! Teve que passar mais quatro horas repetindo tudo o que fora gravado.

JUDEU MALANDRO  - O  fotógrafo Gervásio Batista vivia pedindo aumento salarial ao  patrão Adolpo Bloch, em sua época de revista Manchete. O  homem o enrolava, enrolava, pedindo-o passar depois em sua sala, de onde ele sempre mandava a secretária dizer que estava em uma ligação telefônica, resolvendo problemas com os bancos, e que iria demorar.               
Em foto da EBC, Gervásio quando fotografou a
guerra no Vietnam, durante a década-1960
 Gervásio não perdia a esperança de “morder” uma graninha a mais do patrão. Diariamente, mesmo sabendo que iria receber a mesma resposta da secretária, tentava ser recebido.  Um dia, pegou o Bloch chegando à sua sala e achou que, daquela vez, o homem não lhe escaparia. Ao vê-lo, o "Titio Dodô", como Gervásio o apelidava, foi mais rápido. Sapecou: “Gervásio, que bom lhe encontrar. Você tem aí alguma grana pra me emprestar? Se eu não pagar, hoje, uma promissória ao banco, vão me tomar tudo, até as minhas cuecas.
 Passado alguns dias, Gervásio voltou a encher o saco do Bloch. E, de tanto encher o saco, este chamou-lhe no cantão e o indagou: “Quando você quer de aumento?” Gervásio pediu Cr$ 100 cruzeiros, e o homem ofereceu-lhe Cr$ 50; Gervásio abaixou a pedida para R$ 90, e ouviu a contraproposta de Cr$ 45. Quando pediu Cr$ 80, o Bloch ofereceu a metade. Gervásio respondeu-lhe que iria embora, procurar um outro emprego. E ouviu: “Gervásio, quem é o judeu aqui, eu ou você?” – e terminou aceitando as Cr$ 40 merrecas que, segundo ele, nunca pingaram em seu salário.           


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS - LUSOLOTECA

O Teste  465 da Loteria Esportiva, no sábado 20 de outubro de 1979, marcava Vasco x Portuguesa-RJ, pela quarta rodada do terceiro turno do Campeonato Estadual-RJ. Era o Jogo 1. Na época, a revista paulista "Placar" tirava a mais completa radiografia do lance, sem faltar um quesito orientador dos apostadores. A seção chamava-se "Bolão", e incluía, até, um quadro mostrando o biorritmo dos goleiros, moderníssimo, para a época.
 Os estatísticos da "Placar" produziam mais cinco colunas orientadoras:  1 - "O mapa da mina", mostrando aos adeptos da numerologia  quantas vezes venceram o time da Coluna 1; 2 - "Quadro de Tendências", prevendo a incidências de palpites certos nas três colunas; 3 - "O que está em atraso", para o apostador saber há quantas semanas não rolava determinada coluna: 4 - "Façam as suas apostas", a sugestão de gasto no volante da semana; 5 - "Da última vez", que era a referência à percentagem de apostas na última vez em que os dois times se enfrentaram pela Loteria Esportiva, com o mesmo mando de campo.
Para aquele teste, "Placar" informava aos que não acompanhavam o futebol em cima do lance, que o Vasco era terceiro colocado do Estadual-RJ, com seis pontos, em três jogos, marcando quatro e sofrendo um gol. Lutava pelo título. 
Sobre a "Lusa da Ilha do Governador", escancarava que só cumpria tabela, com campanha medíocre, em quinto lugar, somando três pontos,  tendo três tentos pró e sete contra. "Sem receio", a revistas mandava apostar no Vasco, a Coluna 1. E citava os seus últimos resultados: 1 x 1 Botafogo (22.09.1979); 1 x 1 Criciúma-SC (26.09); 1 x 0 Bangu (30.09); 2 x 1 Botafogo (07.10) e 1 x 0 Americano-RJ (13.10). De sua parte, a "Zebra" vinha de três empates, uma vitória e uma derrota. "Placar" informava, ainda que, pela Loteria Esportiva, os dos times haviam se encontrado em três oportunidades, com três vitórias vascaínas.
E veio o jogo e o palpite de "Placar" esteve absolutamente correto, sem chances de "zebrar" o placar: Vasco 7 x 0, no Maracanã, com gols de Guina (2), Paulinho Pereira, Roberto /Dinamite, Wilsinho e Katinha. O time: Emerson Leão. Paulinho Pereira. Ivã (Paulo Cesar), Gaúcho e Marco Antônio; Zé Mario (Paulo Roberto), Dudu e Guina; Katinha, Roberto e Wilsinho.
DETALHE: Guina abriu o placar com 1 minuto de bola rolando e entrou para o time dos "matadores" da Colina.

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - REI DA EXCURSÃO

Ao lado do goleiro Yashin (E), os vascaínos entram em campo para encarar o Dínamo de Moscou, em 1957

Você tem aí fotos de recordações vascaínas. De uma excursão à antiga União Soviética, em 1957, época em que a rapaziada girava pelo mundo, constantemente. Por sinal, o Vasco foi o primeiro clube carioca a visitar a Europa. Aconteceu, em 1931. Já visitou 54 países, em 71 viagens internacionais.
Depois destas fotos de 1957, Vavá reencontrou os russos em 1958
A Espanha é a terra que mais viu o Vasco, por 24 vezes, enquanto o circuito por maior número de países rolou em 1956, totalizando 20 pugnas, em 13 nações.
O maior número de jogos foi em 1966, revela o pesquisador: 22 partidas em 10 países da Europa e da África, durante 88 dias.
São 393 partidas, com 202 vitórias, 86 empates e 106 derrotas. Foram 810 bolas balançando as redes dos gringos, e 525 buscadas. 
Em 21 dos jogos empatados, com decisões por pênaltis, o Vasco venceu 8 e perdeu 13. 
A moçada, no entanto, trouxe o caneco de 23 das 69 competições encaradas. Nessas excursões, o Vasco enfrentou dois adversários brasileiros: Portuguesa de Desportos-SP, pelo Torneio Euro-Luzitânia, em Portugal-1988, e Bahia, durante o Torneio da Amizade, no Gabão-1991 – vitória em ambos, respectivamente, por 2 x 0 e 2 x 1. para disputar a competição e, por esse motivo, ela está contabilizada.
O Vasco permaneceu invicto por 29 duelos seguidos no exterior, entre 14 de fevereiro de 1948 e 4 de março de 1954. E, a partir de 9 de janeiro de 1949, chegou à invencibilidade de 34 refregas, diante de equipes de vários países, com 11 desses pegas no Brasil e 23 no exterior, “o que nenhum clube brasileiro jamais conseguiu”.
Orlando fotografando Wilson Moreira
As fotos que você vê são do final de uma excursão à União Soviética. Vasco disputou três amistosos naquele local. E perdeu todos. Em 8 de julho de 1957, caiu ante ao ucraniano Dínamo, de Kiev, por 1 x 3 – a Ucrânia ainda não era uma república livre. 
Três dias depois, foi batido por um outro Dínamo, o de Moscou, na cidade do mesmo nome e pelo mesmo placar. Por fim, em 14 de julho, perdeu, por 0 x 1, do Spartak, novamente, em gramado moscovita.
Vale ressaltar que o time cruzmaltino chegou à capital soviética cansado, desgastado por uma excursão que começara em 5 de junho, por Curaçao. Passados quatro dias, a rapaziada já estava jogando nos Estados Unidos. 

No dia 12, abriu a temporada europeia, constante de mais oito partidas. Após 10 vitórias, em todos os compromissos, os cartolas obrigaram o time a se apresentar, também, para os moscovitas, para trazer mais dólares. A turma, esgotada, não aguentavas mais ver bola pela frente, pois os jogos anteriores haviam sido em um curto espaço de tempo. entre um e o outro. Deu no que deu, na antiga URSS.
Pra completar os vexames, os vascaínos chegaram mais cansado, ainda, da viagem Moscou-Rio de Janeiro, para estrear no Campeonato Carioca, em 21 de julho de 1957, em um clássico, contra o forte Fluminense. Sem tempo para se preparar, foram goleados, por 5 x 2.
Leia sobre a revanche o Vasco x Dínamo Moscou  na página de 4 de dezembro de 201
 Fotos reproduzidas de Manchete Esportiva e pesquisa feita o site de Mauro Prais.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

HISTORI & LENDAS DA COLINA - LÁ E CÁ

3 de março de 1966 - Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians -  estreia de Garrincha no Corinthians. O Timão, que começou a usar este apelido invocando ter o seu distintivo tinha o formado de um timão de barcos, ficou a ver navios. O jogo valeu pelo Torneio Rio São Paulo, no Pacaembu-SP, apitado por Eunápio de Queiroz e e assistido por 44.154 pagantes. Maranhão, aos 23, e Célio, aos 37 minutos do 1º, e aos 35 do 2º, balançaram as redes para o Vasco, que era treinado por Zezé Moeira e foi: Amauri; Joel, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão, Danilo Menezes; Luisinho (Zezinho), Célio, Lorico e Tião. O Corinthians teve: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e Édson, Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio, Tales (Nei) e Gílson Porto. Técnico: Oswaldo Brandão.

03.06.1984 – Vasco da Gama 0 x 3 Corinthians – neste tropaço da Turma da Colina, amistosamente, em Juazeiro do Norte-CE, o maior ídolo corintiano da década-1980, o meia-atacante Sócrates, despediu-se do Timão. A escorregada vascaína foi no Estádio Mauro Sampaio, com Biro-Biro, Galo e Dicão castigando os cruzmaltinos, que estavam comandados por Valinhos e foram: Acácio; Edevaldo, Daniel Gonzalez, Ivã e Airton; Oliveira, Mario e Claudio José; Jussiê, Geovani e Vilson Tadei. O Corinthians era: Carlos (Solito); Ronaldo, Paulo, Juninho e Ailton; Biro-Biro, Sócrates (Careca) e Luiz Fernando; Ataliba (Galo), Casagrande e Dicão. Técnico: Helio Maffia.


TRAGÉDIAS DA COLINA - ANIMAL PRESO

Um dos maiores ídolos da torcida vascaína., o atacante Edmundo já foi preso. Mas não estava, na época, sendo das "Turma da Colina". Aconteceu em 2011, quando já atava pelo time dos comentaristas esportivos de uma TV.
O "Animal" passou menos de 24 horas em uma cela de seis metros quadrados, sem colchão e janela, da Terceira Delegacia Seccional Oeste, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Seria levado para o Rio de Janeiro, mas o advogado Arthur Lavigne Júnior evitou a viagem.
Edmundo foi solto por um "habeas corpus" concedido pela desembargadora Rosita Maria de Oliveira, da Sexta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela considerou ilegal o mandado de prisão expedido pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Eduardo Carvalho de Figueiredo, explicando que não poderia haver prisão, ou cumprimento de pena, sem que todos os recursos fossem esgotados, o que estava definido, desde 1999, pela suprema justiça brasileira. O atleta tinha, ainda, um recurso contra a sua condenação correndo no Supremo Tribunal Federal.
O advogado sustentou que o prazo para prescrição da pena seria de oito anos, a partir da data de condenação (4,6 anos), em março de 1999, e não de 12 anos, como entendia o juiz da Vara de Execuções Penais. 
Edmundo foi acusado de culpa por um acidente automobilístico que matou três e feriu mais três pessoas, 2 em dezembro de 1995, ocorrido pelas imediações da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Em 2011, quando esteve enjaulado, o "Animal" recebeu a visita de dois amigos, que levaram sanduíches para ele.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

ÁLBUM DA COLINA - MANÉ VASCAÍNO


Mané Garrincha (C) também vestiu a camisa do Vasco da Gama. Durante um amistoso dos jogadores que não eram titulares, contra uma equipe amadora da cidade de Cordeiro-RJ, em 20 de julho de 1967. Marcou um gol. Foi o seu único jogo vascaíno.
 FOTO DA COLEÇÃO DO EX-GOLEIRO VALDIR APPEL.
Mané Garrincha (C) also wore Vasco da Gama's shirt. During a friendly of the players who were not titular, against an amateur team of the city of Cordeiro-RJ, on July 20, 1967. Scored a goal. It was his only game in Vasco da Gama.
PHOTO CORTESY OF FORMER GOLKEEPER VALDIR