Em toda a história republicana brasileira, que vai para 134 viradas de calendário, neste próximo 15 de novembro, só um chefe de estado reduziu o seu salário: Venceslau Brás, o nono presidente da república e que governou entre 1914/1918, época da primeira guerra mundial. Em contraste com o atual presidente, Luis Lula da Silva, este ganhou aumento salarial antes mesmo de assumir o cargo (pela terceira vez), como leremos adiante - o antecessor, Jair Bolsonaro, editou a inconstitucional (artigo 7) Medida Provisória-MP-936/2929, publicada pelo Diário Oficial da União, de 28.04.2020, permitindo a redução das jornadas e dos salários, segundo ele para enfrentar a pandemia do Covid-19. Durou de abril a dezembro daquele 20020. Aqui em Brasília, o governador Ibaneis Rocha doou o seu salário a instiutuições de caridade.
Lá atrás, há 105
temporadas republicanas, o presidente Vencelau Brás pediu ao Senado e à Câmara
dos Deputados redução der 50% do que recebia para dirigir o Brasil, mas só lhe
foi concedio 20%. Se bem que ele não prcisava da grana presidencial, pois era
rico fazendeiro, em Itajubá-MG, e descendente de influente família de políticos
mineiros. Graduado em Direito, foi vereador e presidente de câmara municipal; deputado
estadual e federal; secretário de estado e presidente (atual governador) de Minas
Gerais. Por causa das guerra, o seu governo republicano foi marcado por
dificuldades econômicas que geraram várias greves de trabalhadores por todo o
país.
Venceslau Brás
havia herdado um Brasil desgovernado pelo antecessor e marechal Hermes da Fonseca
– quem governava era o caudilho gaúcho Pinheiro Machado, que mandava no
Congresso Nacional e elegia quem quisesse. Bolsonaro e Lula encontraram casa menos
bagunçada, por ter Michel Temer aprovado medidas
econômicas, como controle de gastos públicos, reforma trabalhlista-2017 e
liberação da terceirização em atividades-fim. Além disso, reduziu a taxa de juros anual, de 14,25% para 6,50%; a
inflação caiu, de 9,32% para 2,76% e a taxa de desemprego baixou, de 11,2% para
13,1%.
Luís Lula da Silva,
a partir do recente 1º e janeiro, passou a embolsar R$ 39.293,32, por conta de
o Congresso Nacional, em 20 de dezembro último, ter igualado salários de
presidente da república, de vice e de ministros aos dos ministros do Supremo
Tribunal Federal. Neste também recente passado abril, - primeiro reajuste decretado
pelo legislativo -, a grana subiu para R$ 41.650,92. Se quiser reduzir o seu
salário, Lula precisará de decreto-lei, do que não precisou Venceslau Brás, em
tempos de leis diferentes. Como nunca acenou para isso, ao final do seu mandato
estará recebendo R$ 46.366,19. De sua parte, enquanto senadores e deputados
embolsavam R$ 33,7 mil mensais, o ex-presidente Jair Bolsonaro levava R$ 30,9 mil.
No caso Ibaneis Rocha, que governa o DF pelo MDB
e no segundo mandato, ele foi o primeiro governador de Estado a abrir mão de salário,
doando a instituições de benefícios sociais, R$ 690.372,50, entre 2019 a 2021. Grana
recebida por Obra Social Nossa Senhora da Glória; Fazenda
da Esperança; Instituto do Carinho; Centro de
Reintegração Deus Proverá; Comunidade de Renovação
Esperança e Vida; Lar do Idoso; Casa do
Ceará e Associação Casa da Recuperação Vida Nova.
Também rico, talvez, nem tanto quanto a família de Venceslau Brás, o governaor
candango não repetiu doações em 2022, por ser período eleitoral, dizendo que
aplicaria a grana recebida pela governadoria em operação finaneira bancária, para
voltar a fazê-lo neste 2023.
FOTO REPRODUZIDA DA EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO-EBC
Zema doou grana, mas recebeu reajuste de 298%
Ibaneis foi igualado
pelo governador mineiro Romeu Zem, do Partido Novo, que doou os recebidos R$ 504 mil, entre 2019 e 2022. No entanto,
beneficiado por reajuste salarial, de 298%, lhe concedido pela pela Assembleia
Legislativa de Minas Gerais, no recente abril, ele receberá R$ 1,1 milhão, até
dezembro de 2026, mais do que dobro doado e citado acima.
Em
escala manor de “bondade”, o então govenador paulista, João Dória, eleito pelko
PSDB, doou o seu salário - total de R$ 120 mil – entre agosto de 2020 a
fevereiro de 2021, o último para o Centro Comunitário das Crianças Nossa Senhora do Guadalupe, que atendia
a 500 meninos e meninas pobres de São Bernardo do Campo. No Pará, em 2020, o governador Elder Barbalho, do
MDB, e o vice, Lúcio Vale, do PL, doaram três meses dos seu salários para
aplicação no combate ao
coronavírus. Respctivamente, R$ 67.148,19 e R$56.289,45 – como se lê, poucos presidentes
e governadores “bondosos.
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