Noronha surgiu como um grande médio (espécie dos atuais zagueiros de área) no Grêmio Porto-Alegrense. Ganhou quatro títulos estaduais na década-1930, chegou à seleção gaúcha e não demorou para o Vasco da Gama interessar-se pelo seu futebol. Mas o futuro brilhante que a sua bola acenava não emplacou em São Januário. Não por sua culpa.
Quando Noronha desarrumava as suas malas no Rio de Janeiro, a linha média vascaína era formada por Figliola, Zarzur e Dacunto – um uruguaio, um brasileiro e um argentino –, jogadores tão entrosados que o entrosamento ultrapassava as linhas do gramado. Jogavam bem, não se discutia, mas não permitiam a aproximação de mais nenhum zagueiro em sua área.
Noronha, que chegara do seu Rio Grande cheio de entusiasmo, foi percebendo que vinha sendo boicotado pelos companheiros. Ligou o “desconfiômetro” e tomou todo o cuidado para não se machucar tanto. Mas não adiantou.
Reprodução de "Manchete Esportiva" |
O Vasco sacou tudo e não gostou do que rolava. Se livrou dos quatro. No caso de Noronha, pior para o clube, pois o zagueiro gaúcho foi se tornar um astro da zaga do São Paulo, ao qual ajudou a conquistar cinco campeonatos estaduais. Ganhou vaga nas seleções paulista e brasileira, pela qual fez 16 jogos, e parte do time campeão do Sul-Americano-1949. Também, ainda ajudou a Portuguesa de Desportos a ganhar um Torneio Rio-São Paulo
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