10 de janeiro de 1948 - Vasco da Gama 3 x 1 Palmeiras, valendo pela Taça dos Campeões do Torneio Rio São Paulo, em 1948, em São Januário. A Turma da Colina ficou com o Troféu Mito, em vitória com virada de placar, em um sábado, em São Januário. O gaúcho Chico empatou, para Djalma e Friaça fecharem a conta. Também chamada de Copa dos Campeões Estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro, esta foi uma competição oficial e amistosa, entre os campeões dos dois estados. Um tira-teima entre os dois maiores centros do futebol brasileiro. Normalmente, havia um só jogo, ou dois, em melhor de três pontos, com os preliantes sendo os campeões estaduais do ano. A primeira disputada rolou em 1910. O Vasco foi campeão em 1937, com 0 x 0 e 3 x 1 sobre o Palestra Itália, futuro Palmeiras.
Além daquela canecada, o Vasco da Gama anota mais uma bela conquista nos janeiros, mas na data 14. Confiramos:
O homenageado da disputa pioneira presidiu a então Confederação Brasileira de Desportos, entre 1936 e 1943, e era irmão de Cyro Aranha, presidente vascaíno entre 1942 a 1944; de 1946 a 1948, e de 1952 a 1954. Reuniu-se Vasco (6º colocado no Campeonato Carioca-1939); Flamengo (campeão carioca do ano; Botafogo (vice); Independiente, bicampeão argentino-1938/1939, e San Lorenzo (5º colocado no Campeonato Argentino-1939), sendo que os hermanos já estavam no Rio de Janeiro, jogando e vencendo amistosos, desde o final de 1939: San Lorenzo 5 x 1 Botafogo; Independiente 8 x 1 Botafogo; Independiente 4 x 3 Flamengo; Flamengo 2 x 1 Independiente; San Lorenzo 1 x 0 Flamengo; Combinado Independiente-San Lorenzo 6 x 1 Combinado Flamengo-Botafogo e San Lorenzo 1 x 0 Vasco. Só caíram em Vasco 5 x 2 Independiente.
Foi, então, que rolou um torneio relâmpago, com jogos de 20 minutos (dois tempos de 10), até as semifinais, e de 30 minutos (duas etapas de 15) na final. Caso houvesse empates, haveria prorrogação de 10 minutos, com dois tempos de cinco. Nova igualdade classificaria quem tivesse o maior número de escanteios. Se não desempatasse, um sorteio definia o vencedor. Era um modelo idêntico ao do Torneio Início, muito popular entre os cariocas, entre o início do século 20 e a década de 1960. Três semifinalistas foram definidos: Vasco, Flamengo e Independiente. Botafogo e San Lorenzo brigariam pela quarta vaga. Era um domingo e cerca de 10 mil torcedores foram a São Januário, gerando uma renda superior a 24 contos de réis, a moeda de então.
BOLA ROLANDO – Às 15h30, como aperitivo, rolou uma preliminar entre juvenis de Botafogo 4 x 2 Flamengo. A seguir, Botafogo e San Lorenzo abriram o torneio, com 0 x 0 e prorrogação. Sem escanteios, um sorteio classificou o visitante para encarar o Flamengo. Seguiu-se Vasco 1 x 0 Independiente, com gol de Orlando Fantoni, aos 3 minutos do primeiro tempo. Flamengo e San Lorenzo ficaram no “zero”, com os gringos levando na prorrogação, por terem um escanteio a favor. Vasco x San Lorenzo, na final, terminou também no 0 x 0, no tempo regulamentar. Os cruzmaltinos Zarzur, Argemiro e Florindo, e os argentinos Morales e Farias cederam escanteios, mas a decisão igualada exigia prorrogação. O Vasco foi pra cima. E em jogada de Orlando Rosa Pinto, no segundo tempo, surgiu o chamado “córner” que fez a taça ir para a Colina. Era a primeira conquista de um clube brasileiro em uma competição internacional.
Vasco 1 x 0 Independiente teve arbitragem do argentino Eduardo Fortes e o "Almirante" foi: Nascimento, Jaú e Florindo; Figliola, Zarzur e Argemiro; Lindo, Fantoni, Villadoniga, Nino e Orlando. Vasco 0 (1 escanteio) 0 San Lorenzo foi apitado por Mário Vianna, com a rapaziada sendo: Nascimento, Jaú e Florindo; Figliola, Zarzur e Argemiro; Lindo, Fantoni, Villadoniga (Luna, no tempo normal), Nino e Orlando. (foto de Luiz Aranha reproduzida de http://www.cbf.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário