Desde que disputou a sua primeira partida pelo time principal do Santos – 7 de setembro de 1956 – e entrou nos gramados pela última vez – em 31 de outubro de 1990, por equipe chamada Amigos de Pelé – o maior craque do futebol teve uma detalhe pouco mencionado em sua trajetória: só atuou uma vez na data 1º de julho. Amistosamente, em Santos 1 x 0 União Tijucana, de Ituiutaba, cidade do Triângulo Mineiro, em 1973.
Os jornais Cidade de Ituiutaba e Gazeta do Pontal de Minas - de 5 de julho de 1973 - contam que a turma do "Rei” chegou à cidade às 13h do sábado, véspera da partida, e hospedou-se no Hotel Gardênia. No domingão mais animado da vida esportiva tijucana, o Estádio Fazendinha recebeu o dobro da sua capacidade, de 18 mil olespectadores. Quem não consegui entrar subiu em caminhões de transporte de gado, colocados perto dos muros. E, dali, gritava “uuuuhhh!” quando o arqueiro Nélson impedia o Pelé de marcar um gol - o único foi do zagueiro Marinho Peres, cobrando falta e contando com a ajuda do
Após o jogo, Pelé e a sua patota foram para a Churrascaria do Assis, onde uma foto do “Rei” segue chamando a atenção dos visitantes, emprestada por Durval Cavalcanti, um dos participantes do amistoso. Um outro que aparece no “retrato”, Dejaniro Sebastião de Paula, foi zagueiro, capitão do time e o responsável pela marcação a Pelé. “Ele tinha facilidade de carregar a bola com o pé direito, mas se você viesse marcá-lo por este lado, passava para o pé esquerdo, com a mesma facilidade. Era um jogador difícil de ser contido”, contou o ex-atleta, que já havia topado com o craque em seus tempos de Botafogo de Ribeirão Preto.
Por aquela época, Pepe (José Macia), que fora colega do “Rei” em um ataque arrasador (Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe), era o treinador santista e o seu time teve: Cejas; Hermes, Marinho Peres, Vicente e Zé Carlos; Léo, Brecha e Pelé; Jair da Costa, Euzébio e Ferreira. A Tijucana foi: Nelson, Durval, Carlos Martins, Dejaniro, Jaci, Marron, Marquinhos, Luis Marques e Canhoto; Léo e Lôro. Técnico: Oldair Tito. O juiz chamava-se José Márcio da Costa, da Federação Paulista de Futebol, o público pagante chegou a 18 mil e a renda a Cr$ 205.000,00 (cruzeiros, moeda da épóca).
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