Vasco

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domingo, 27 de maio de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - CABOCLA JUREMA, A DEUSA DA MATA

 Depois de Oxalá, a Cabocla Jurma é a entidade mais reverenciada dos terreiros de umbanda. Sobretudo, por levantar o moral da rapaziada, da moçada que anda com a saúde derrapando. Logo, o barato é pedir-lhe uma mãozinha, no caso de o desespero pintar, pois ela não negaceia, chega junto.
 Diz a lenda que Jurema foi abandonada, pela mãe, quando tinha sete meses de vida, ocasião em que Tupinambá achou-a (e criou-a) aos pés de uma jurema, razão de ela ter este nome. 
Jurema cresceu forte, bonita, corajosa e tornou-se a primeira guerreira mulher de sua tribo, destacando-se pela força, agilidade e manejo das armas, além de dominar a ciência da mata. Só depois de desencarnar-se veio à Terra para ser reverenciada, tendo na sua cola há  diversas falanges de caboclos.

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 Chefe da linha de Oxossi,  Jurema tem a sua legião formada por grandes entidades espirituais que amparam aos necessitados, usando ervas em suas fórmulas curativas. Quando vai à luta, ela atrai a energia de todos as Caboclas Jurema. Sim, ela não é única. Escala em sua patota as Juremas da Cachoeira; da Praia; da Mata e de outras tantas que, no frigir dos ovos, representam uma só vibração quando trabalham com os orixás em ambientes e elementos naturais, como lua, sol, mata, chuva, vento, etc.
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 Jurema foi uma grande amante. Mãe de Jureminha, ela arriou os quatro pneus e mais o estepe, o macaco e chave de roda por Huascar, da tribo inimiga “Filhos do Sol”, que fora preso numa batalha, mas conseguiu fugir, com a ajuda dela, que deu a sua vida para salvá-lo - espécie de Romeu e Julieta caboclo.  
Segundo a lenda,  Huascar voltou à sua tribo,  fundou um império andino e ergueu um templo chamado Matchu Pitchu, em homenagem a Jurema, onde, só as mulheres habitariam e aprenderiam a ser guerreiras. Diz-se, também, que no lugar onde a Jurema caiu alvejada por uma flecha, nasceu uma planta que floresce pelo ano todo, no tom amarelo-alaranjado, com tudo dela sendo aproveitado. Está sempre virada para o astro rei e ganhou o nome de girassol – se a lenda armasse um cruzamento híbrido dessa história, poderíamos ter o jurasol ou a girarema. Mas não é?  



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