Vasco

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sábado, 30 de junho de 2018

O DIA EM QUE O PENTA PENTELHOU

Em 30 de junho de 2002, a Seleção Brasileira ganhava a Copa do Mundo, na disputada promovida, conjuntamente, por Japão e Coreia do Sul, pela quinta vez – antes, os títulos haviam sido na Suécia-1958; no Chile-1962; no México-1970, e nos Estados Unidos-1994. A taça fora conquistada com 2 x 0 diante da Alemanhao.
A jornada para o chamado "penta" começou no dia 3 de junho, com uma vitória difícil e com malandragem, sobre a Turquia, por 2 x 1, no estádio Munsu, em Ulsan, na Coréia do Sul, diante de 33.842 pagantes e com arbitragem do sul-coreano Kim Young Joo. Os turcos abriram o placar, aos 46 minutos do primeiro tempo, por intermédio de Hasan. 
Ronaldo empatou, aos quatro, do segundo tempo, se esticando todo para complementar um cruzamento, da esquerda, por Rivaldo. A virada saiu aos 31, quando Luizão arrancou para o gol, sofreu falta, cometida por Ozalan, fora da área, e caiu dentro. O árbitro marcou pênalti, que Rivaldo cobrou e marcou.
 O time brasileiro do dia teve: Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque únior; Cafu; Gilberto Silva, Juninho Paulista (Vampeta), Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho (Denílson) e Roberto Carlos; Ronaldo (Luizão). Turquia: Rustu; Korkmaz ( Manisiz), Akiel, Ozalan, Tugay (Erdem), Ozat, Emre, Unsal, Bastsruk (Davala), Sas e Sukur. Técnico: Senol Gunes.
No segundo jogo, em 8 de junho, a seleção do técnico Luis Felipe Scolari, o Felipão, goleou a China – disputava seu primeiro Mundial –, Estádio Jeju, em Seogwipo, na Coréia do Sul, com 36.750 pagantes e apito do sueco Anders Frisk. Aos 14 minutos, cobrando falta, Roberto Carlos abriu a porteira. 
Aos 31, Cafu cruzou, Du Wei cortou, sem dominar a bola, Ronaldinho Gaúcho ficou com a sobra e serviu Rivaldo, que aumentou o placar. Aos 45, os chineses fizeram pênalti, sobre o Fenômeno, que o xará gaúcho converteu. A balaiada foi completada, aos 9 do segundo tempo, com Cafu cruzando e Ronaldo Fenômeno encaçapando. 
ulista (Ricardinho), Ronaldinho Gaúcho (Denílson), Rivaldo e Roberto Carlos; Ronaldo (Edílson). China: Jiang Jin; Xu Yulong, Du Wei, Li Weifeng, Wu Chengying, Li Tie, Li Xiaopeng, Zhao Junzhe, Qi Hong (Shao Jiayi), Ma Mingyu (Yang Pu), Hao Haidong (Qu Bo). Técnico: Bora Milutinovic. Em 13 de junho, os canarinhols mandaram outra goleada: 5 x 2 em cima da Costa Rica, já classificados à segunda fase e poupando Roberto Carlos, com dores musculares. Entrou o baiano Júnior (ex-Vitória, São Paulo Palmeiras e Parma(Ita), hoje no Atlético-MG). Outra novidade foi o também baiano e atacante Edílson Captinha. O Brasil abriu, fácil, três gols de frente, com Ronaldo Fenômeno, aos 9 e os 12, e com Edmílson, aos 37 minutos do primeiro tempo, aplicando uma bonita meia-bicicleta, após lançamento de Ronaldinho Gaúcho. 
DETALHE: rigorosamente, o primeiro gol foi de Marín,  contra. Wanchope descontou, aos 38, e Gómez encostou os adversários no placar, aos 15, da fase final. Passados os descuidos, o Brasil liquidou a goleada, com Rivaldo, aos 16 finalizando cruzamento de Edílson, e Júnior, aos 18, também, lançado por Edílson.
 O Brasil escalou: Marcos; Lúcio, Anderson Polga e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista (Ricardinho) e Rivaldo (Kaká); Edílson (Kleberson) e Ronaldo. Costa Rica: Lonnis; Wright, Marin, Martinez (Parks), Wallace (Bryce), Solís (Fonseca), López, Castro, Centeno, Gómez e Wanchope. Técnico: Alexandre Guimarães.O jogo teve 38.524 pagantes, apito do egípcio Gamal Ghandour e um detalhe: Alexandre Guimarães tornou-se o primeiro brasileiro a enfrentar a Seleção, como jogador e treinador.
Em 17 de junho, os adversários, no estádio Asa, em Kobe, no Japão, eram os chamados "Diabos Vermelhos", da Bélgica. O jogo foi assitido por 40.440 pagantes e apitado pelo jamaicano Peter Prendergas. A vitória brasileira, por 2 x 0, não foi fácil. Os belgas marcaram primeiro, aos 35 minutos, num lance em que o árbitro viu falta. Aquilo gerou muitas discussões, reclamações. 
No segundo tempo, o Brasil matou, com gols de Rivaldo, aos 21, após passe aéreo, de Ronldinho Gaúcho, e matada de bola no peito, e com Ronaldo, aos 31, lançado por Kléberson, que fizera uma roubada de bola e arrancara, pela direita do ataque. A seleção atuou com: Mrcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista (Denílson), Ronaldinho Gaúcho (Kleberson), Rivaldo (Ricardinho) e Roberto Carlos; Ronaldo. Bélgica: De Vlieger; Peters (Sonck), Vanderhaeghe, Van Buyten, Van Kerchkoven, Simons, Walem, Goor, Wilmots, Verheyen e Mpenza. Técnico: Robert Waseige.
Estava ficando perto do dia em que o capitão Cafu levantaria a taça do mundo, repetindo Bellini, Mauro, Crlos Alberto e Dunga. O Brasil saia para as quartas-de-final, em 21 de junho, no Estádio Ecopa, em Shizuoka, no Japão. E foi num jogo decidido num gol chamado de espírita. Aos quatro minutos do segundo tempo, uma falta, pelo lado direito do ataque brasileiro, derrubou o time inglês. Ronaldinho Gaúcho cobrou e a bola viajou pelo alto, até a gaveta direita do goleiro Seman, que estava adintado. Ronaldinho jura que o fez conscientemente, mas ficou a dúvida. O lance fora foi muito esquisito. Enfim, Brasil 2 x 1.
AZULÕES - Ccom camisas azuis, pelas quartas-de-final, os brasileiros sofreram o primeiro gol, numa falha horrorosa do zagueiro Lúcio, aos 22 minutos do primeiro tempo. Ao errar uma matada de bola, o planaltinense deu um presente a Owen, que não perdoou. Ainda no primeiro tempo, aos 46, o Brasil empatou. Ronaldinho Gaúcho pedalou diante de Ashley Cole, na entrada da área, e tocou à sua esquerda para Rivaldo chutar e igualar. No segundo tempo, Ronaldinho foi expulso, bobamente, por uma entrada violenta, uma solada, sobre Mills.
O Brasil alinhou: Marcos; Lúcio, Edmílson, Roque Júnior e Cafu; Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Roberto Carlos; Ronaldo (Edílson). Inglaterra: Seaman; Mills, Ferdinand, Campbell, Cole (Sheringham), Butt, Scholes, Sinclair (Dyer), Beckham, Owen (Vassell) e Heskey. Técnico: Severn Goren.
 O mexicano Felipe de Jesús Ramos Rizo apitou a partida, que teve 47.436 pagantes. Brasil e Turquia voltaram a se encontrar, em 26 de junho. Foi no edtádio Saitama, em Saitama, no Japão. Valia peals semifinais e a "Família Scolari" teve muito trabalho para vencer, por 1 x 0, com o gol marcado por Ronaoldo, aos quatro minutos do segundo tempo. Se bem que o time colocou o goleiro Rustu para trabalhar em conclusões de Cafu, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno.
No lance do gol, Gilberto Silva subiu no ataque e laçou Ronaldo, pela esquerda da área turca. O Fenômeno bateu de bico de chuteira, surpreendendo Rustu. Aos 22 minutos, o goelador, que havia lançado um esquisito corte de cabeço, apelidado de Cascão, igual ao de um persongem das histórias em quasdrinhos de Maurício de Sousa, cedeu sua vaga a Luizão. Aos 29, Edílson saiu, para Denílson segurar o jogo. E o Brasil "evenceu" os turcos, depois de 2 x 1 na estréia, contando com: Marcos; Lúcio, Edmílson, Roque Júnior e Cafu; Gilberto Silva, Kléberson (Belletti), Rivaldo e Robrto Carlos; Edílson (Denílson) e Ronaldo (Luizão). Turquia: Rustu; Akyel, Korkmaz, Ozalan, Ergun, Tugay, Davala (Izzet), Emre (Mansiz), Basturk (Arif Erdem)m, Sas e Sakur. Técnico: Senol Gunes. O dinamarquês Kim Milton Nielsen apitou a partida, assistida por 61.058 pagantes, no mesmo local do jogo anterior.
Em 1958, o título fora conquistado em 29 de junho, no estádio Rasunda Solna, em Estocolmo, na Suécia. Em 1962, em 17 de junho, no Estádio Nacional, de Santiago do Chile. Em 1970, em 21 de junho, no Estádio Azteca, da Cidade do México. Em 1994, em 17 de julho,
no Rose Bowl, em Pasadena, nos Estados Unidos. Em 2002, a festa rolou em 30 de junho, no Estádio Internacional, de Yokahoma, no Japão.
CHEGANÇA - Era a terceira vez, consecutiva, que a Seleção chegava à decisão. O adversário era a Alemanha, que não contaria com o seu principal astro, o suspenso Ballack. Os canarinho estiveram  melhores na etapa inicial, mas só balançaram a rede na final. E foram os alemães quem assustaram primeiro, numa pegada de Neuville, que Marcos defendeu, com a bols chocando-se contra sua baliza.
 Aos 11 minutos, porém, Ronaldo abriu o placar. Gilberto Silva o lançou, pela esquerda. O Fenômeno perdeu a bola e caiu. Levantou-se, insistiu no lance e a roubou, de Hamman, para lançar Rivaldo. Este chutou, o goleiro Kahn não seguou e Ronaldo (foto) pegou o rebote, para abrir o placar e começar a festa brasieira: 1 x 0.
Aos 38, novamente, o Fenômeno liquidou com os alemães. Cafu lançou Kléberson, que progrediu, pela direita, e lançou Rivaldo, na meia-lua da grande área alemã. Rivaldo tocou a bola para Ronaldo, que fechou a conta: Brsil 2 x 0. Ronaldo (foto), que havia sofrido ma gravíssima contusão, dois anos antes, dava a volta por cima e igualava os 12 gols marcados por Pelé em Copas do Mundo – em 1996, tornou-se o maior goleador acumulado dos Mundiais, com 15 tentos, contra 14 do alemão Gerd Muller e 13 do francês Just Fontaine, que marcara 13 em uma mesma edição. 
No mais, depois de Bellini, Mauro, Carlos Alberto Torres e Dunga, foi só Cafu levantar taça do penta. O Brasil jogou com: Marcos; Lúcio, Edmílson, Roqeu Júnior e Cafu; Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho Gaúcho (Juninho Paulista), Rivaldo e Roberto Carlos; Ronaldlo (Denílson). Alemanh: Kahn; Linke, Ramelow, Metzelder, Frings, Hamman, Jeremies (Asamoah), Schneider, Bode (Ziege), Neuville, Klose (Bierhoff). Técnico: Rudi Völler. A final foi apitada pelo italiano Pierluigi Collina e assistida por 69.029 pagantes 






9 - A PROPAGANDA NA COPA - VARIG


A VARIG-VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE, que caprichava em seu marketing de TV, exibindo "jingles" que viravam referência, não perderia a oportunidade de se divulgar como  transportadora de heróis do esporte.
Mandou o seu relado legal quando a Seleção Brasileira voltou do México com o o “tri” da intercalada conquista das Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970. Era uma empresa também “tri”- trilegal!, pois levara e buscara o time canarinho das três campanhas.                          Criada pelo Alemão Otto Ernst Meyer, em 7 de maio de 1927, a VARIG voou pelo céu do Brasil (e de vários países) durante 79 temporadas, encerrando as suas atividades em 20 de julho de 2006.     

In 1970, the VARIG-Rio Grande-Airway was the main one in the country. And he would not miss the opportunity to take the glory of having transported the heroes of the three-time world championship. The company was also "tri", as it was coined the intercalated achievements of 1958, 1962 and 1970, since it was chosen by the then Brazilian Confederation of Sports-CBD (current Brazilian Confederation of Soccer-CBF) to fly with their boys, respectively , to Sweden, Chile and Mexico.
  Founded by the German Otto Meyer, in Porto Alegre on May 7, 1927, VARIG was the first of its kind in Brazil, having existed until July 20, 2006. Its marketing was very creative, not restricted to magazines and newspapers, but also on TV

80 - O VENENO DO ESCORPIÃO - BOLA DE CRISTAL COM VIDRO ESCARAFUNCHADO

             FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA FOTOS & FOTOS
   A tomada do poder ao presidente João Goulart,  entre  31 de março e o 1 de abril de 1964,  deixou o brasileiro, na virada para 1965,  com muita expectativa para o que viria por ali.
Embora os militares preferissem falar de “revolução”, na verdade, oque houve foi um conjunto de acontecimentos que levaram ao golpe civil-militar, tendo em vistas que os tanques e metralhadoras tiveram o suporte dos maiores proprietários rurais, da burguesia industrial paulista, de grande parte da classe média urbana  e da igreja católica.
 Pelos botecos e esquinas, indagava-se no que iria dar a vida dos nomes mais representativos do país naquele momento. Por sinal, são nesses momentos imperdíveis que surgem pessoas os caras com poderes extracotidianos avisando: anote aí em sua caderneta, que vai rolar.
 Pois bem! Para o presidente Castelo Branco, previram que ele esfacelaria  todas as correntes políticas que lhe contrariassem. Acertaram, mas não se tinha como errar, pois os seus canhões eram muito mais fortes. Erraram, no entanto, quando previram uma contra-revolução, em outubro, com lutas e trocas de tiros pelo meio das ruas.
Jânio Quadros (acima) e Carlos Lacerda
 Nesse ponto, seria o ministro da Guerra, o general Costa e Silva, quem esmagaria qualquer atitude contra-revolucionária, além de escapar de três planejados atentados contra a sua vida - não rolou.
 Nesse caso, os indivíduos que viam o futuro deveriam estar com lunetas bastantes gastas. Muito provável, como o fizeram, também, no caso do ex-presidente Jânio Quadros. Viram a sua estrela (dele) voltando a brilhar, livre da suspensão dos seus direitos políticos - foram bater um “córner” e chutarem a  bandeirinha de escanteio.  
O mesmo foi visto na bola de cristal que mostrava o futuro do governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda. No março daquele 1965, quando o seu pedaço estava em festa, quatrocentão, ele sofreria um atentado. Com certeza, bola de cristal com vidro quebrado, ou os “atentadistas” eram os mesmos que atentariam contra Costa e Silva - faz sentido?
 Enquanto isso, os astros não erravam o destino do “Pai de Brasília”, o ex-presidente Juscelino Kubitscheck. Não acenavam com nada favorável aos seus planos políticos, de uma futura volta ao poder, pelo primeiro semestre de 1965 – acertaram, para sempre.
Mane Garrincha
 Mas nem só de política vivia o brasileiro em 1965. Uma de suas maiores paixões,  o futebol – Carnaval, cervejinha bem gelada e bunda de mulher gostosa são as outras – também fazia rolar papos de botecos. 
Nessa onda, o previsto para Mané Garrincha foi que ele poderia jogar como nos velhos e gloriosos tempos, até julho. Depois, penduraria as chuteiras - bolas foríssima. O “Torto” já era mesmo e, até o final da década-1960, ainda tentou ser o que tinha sido, sem mais poder sê-lo.
Quanto ao “Rei Pelé”, previu-se um 1965 de triunfos – na mosca. Foi campeão paulista e da Taça Brasil. Mas chutaram pra fora quando previram que ele se casaria em 1967. Teve pressa e colocou argola num dedo, em 1966 – pela primeira vez. Depois, armou mais duas tabelinhas e emplacou em 1994 e em 2016 – o astro da bola é astro também no altar.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILIENSE. GAMA 'CAMPEÃO CARIOCA'. BATIDAÇAS

      O torcedor gamense não é só apaixonado pelo Periquitão. É, também, um brincalhão. Chega a dizer que o seu time é “campeão carioca”, por já ter vencido  Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo, os “grandes” do RJ. Vale a brincadeira. E, já que vale, confiramos o “título” gamense:

 

02.08.2000 – Gama 2 x 1 Fluminense – valeu pelo Brasileirão no velho e demolido Mané Garrincha. Empolgados pelo 1 x 0 América-MG da estreia, mais de 30 mil torcedores gamenses foram à partida noturna, apitada por Márcio Rezende de Freitas-MG. O Flu era o favorito e, pra completar, contou com uma falha dos zagueiros Gérson e Jairo, em saída de bola. Fatal para Magano Alves abrir a conta, aos 22 minutos. O Periquitão, porém, reagiu rápido. Dois minutos depois, Romualdo empatou: 1 x 1. Passados mais três minutos, o lateral-direito Paulo Henrique cruzou bola, na medida, para o meia William marcar um golaço, de voleio: Gama 2 x 1, virada que resolveu a parada no primeiro tempo e com um atleta a menos - Caçapa foi expulso de campo.

                                REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BASÍLIA

Encerrada a peleja, o Gama, tetracampeão candango, saiu do gramado líder do Brasileirão, com seis pontos, ao lado do Goiás, e tendo o gol de William merecido destaque em todos os programas esportivos das TVs. Naquele temporada, o Brasileirão chamou-se Copa João Havelange, para driblar a FIFA, devido motivos políticos que embananavam o futebol canarinho. O principal deles: a vaga do Gama na Série A fora obtidas na Justiça comum, pois os cartolões do futebol brazuca queriam tirá-lo da elite, para o Botafogo não ser rebaixado. Naquela noite, o Gama liderou o Brasileirão por conta de: Fernando; Paulo Henrique, Gérson, Jairo e Rochinha; Deda (Caçapa), Sérgio Soares, William e Lindomar: Romualdo e Juari (Sílvio), comandados pelo treinador Vágner Benazi. No Fluminense, o técnico Valdir Espinosa escalou: Murilo; Régis, César, Flávio, Fabinho, Donizete Amorim (Yan), Jorginho, Roger Flores, Roberto Brum (Jocian), Alessandro e Magno Alves (marco Brito).

 

30.09.2001 – Gama 2 x 1 Flamengo -  Nem o mais fanático torcedor gamense esperava. Afinal, desde que enfrentava o Flamengo, por Brasileiro e Copa do Brasil, nunca o Periquitão levara a melhor, como mostra este retrospecto: 15.11.1089 – Gama 1 x 2; 05.04.1005 – 1 x 2; 12.04.1995 – 0 x 3; 17.02.1008 – 2 x 4; 11.09.1999 – 1 x 1 e 30.09.2000 – 2 x 4. Logo, nenhum dos 19.798 pagantes que foram ao Maracanã naquela tarde de domingo contava com uma zebra na partida em que os flamenguistas eram favoritíssimos.

 Os rubro-negros tinham pela frente um adversário que, até ali, só havia vencido uma partida daquele Brasileirão – 15.08.2001 – 2 x 1 Grêmio-RS, em casa -, mas o Periquitão viu que dava pra acabar com o tabu em jogo no “Maraca”, pois o Urubu ameaçava, mas não matava. Atuando no esquema tático 3-5-2, o Gama se assanhou e, aos 17 minutos, Luís Fernando chutou, da intermediária, e bateu na rede: Gama 1 x 0. Surpreendente! Pois assim terminou o primeiro tempo.

                                  REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASÍLIA

 A segunda etapa começou com o Urubu fervendo pra cima do Periquitão. Mas a defensiva alviverde estava mais fera. Só mesmo com um chute de longe, da intermediária, parecido com o tento gamense, o anfitrião empatou, aos 22 minutos, na conta de Vampeta, que vinha sendo vaiado: 1 x 1. Quem esperava Gama administrando empate, apostou errado. Aos 34, Anderson atacou, pela esquerda, chutou ao gol, André Bahia tentou salvar, mas Mauro pegou o rebote e encaçapou: Gama 2 x 1, resultado que fez o Periquito voar, da 26ª, para a 24ª colocação.        

 Treinado por Cláudio Duarte, o Gama alinhou: Ronaldo; André Figueiredo, Jairo e Nen; Paulo Henrique, Deda, Lindomar, Luís Fernando e Romualdo (Piá); Reinaldo (Mauro) e Anderson (Jefferson). O Flamengo, de Mário Jorge Lobo Zagallo, teve: Júlio César; Bruno Carvalho, Anderson Luís, André Bahia e Cássio; Jorginho, Vampeta, Rocha (Andrezinho) e Petkovic; Edílson Capetinha e Roma (Jackson).       

           

22.08.2002 – Gama 1 x 0 Vasco da Gama – Um convidado indesejado. Foi como os vascaínos viram os gamenses, em São Januário, quando começariam as festas pelas 104 velinhas a serem acesas no bolo do clube, no dia seguinte. O Brasileirão ainda estava pelos inícios e a beliscada do Periquitão, naquela noite, valeu dez puladas de galhos, subindo do 21º, para o 11º lugar, com seis pontos somados – antes, em 17.08.2002, rolara  2 x 1 pra cima do Vitória-BA.

 O Gama só estragou a festa do Almirante, aos 40 minutos do primeiro tempo, quando Dimba sofreu falta à entrada da área fatal vascaína. Ele mesmo cobrou e botou na rede. Mas poderia ter feito isso, aos 25, quando Jackson cruzou bola para Vinicius cabecear e acertar a trave. No final de tudo, sobrou para o presidente vascaíno, Eurico Miranda, apupado pela torcida da turma da casa.

Apitado por Leonardo Gaciba-RJ, o jogo teve 3.299 pagantes e renda não divulgada. O Gama, comandado por Hélios dos Anjos, venceu com: Pitarelli; Paulo Henrique, Vinicius, Jairo e Rochinha; Deda, Nen, Jackson (Anderson) e Lindomar (Rafael); Paulo Nunes (Romualdo) e Dimba. O Vasco, treinado por Antônio Lopes, foi: Weldon; Wellington, Géder, Emerson e Jorginho (Wederson); Haroldo, Bruno Lazaroni, Rodrigo Souto e Andrezinho; Léo Guerra (Ely Thadeu) e Souza (Washington).                  

                                         REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASILIA


28.08.2002 0 Gama 2 x 1 Flamengo – este jogo foi no Serejão, em Taguatinga, e o Periquitão deixo  Lula Pereira (primeiro treinador negro do Fla) com o emprego ameaçado. Os tentos gamenses foram marcados por Rafael, aos 26 minutos da etapa inicial - Zé Carlos empatou, aos 21min do segundo tempo -, e Paulo Nunes (cria dos rubro-negros),  aos 28 da mesma etapa, no terceiro triunfo alviverde na competição.

Lourival Dias Filho-BA apitou a partida, que teve 11.738 pagantes e arrecadou R$ R$ 52.170,00. O treinador  Hélio dos Anjos escalou estes alviverdes: Pitarelli; Paulo Henrique, Vinícius, Jairo e Rochinha; Deda, Rafael, Lindomar (Anderson) e Jackson; Romualdo (Marquinhos) e Paulo Nunes. O Flamengo teve: Júlio César; Alessandro, André Bahia, Fernando e Rubens (Anderson); Jorginho, André Gomes, Felipe Melo (Iranildo) e Hugo (Andrezinho); Liédson e Zé Carlos. 


07.04.2004 – Gama 3 x 2 Botafogo -  Em 10 participações, foi a primeira classificação do Periquitão à terceira fase da Copa do Brasil. E com um “time de garotos”, pois o treinador Everton Goiano rejuvenesceu bastante a rapaziada que mandou para o gramado do Maracanã, naquela noite de uma quarta-feira. Para os 9.966 pagantes (absoluta maioria botafoguense) que gastaram R$ 66.951, zebraça! - consideração discordada pelos gamenses, por terem empatado o jogo de ida – 24.04 -, no Bezerrão, por 4 x 4, mostrando muita personalidade,

 Enfim, podendo ir adiante se ficasse por até 3 x 3, o Botafogo começou a pugna querendo decidi-la, já. E abriu o placar, aos nove minutos, Ruy cruzou, Alex Alves cabeceou e comemorou: 1 x 0. Mas por pouco tempo. Aos 10, Rodriguinho chutou, o goleiro Jefferson deu rebote e Victor empatou: 1 x 1. Aos 17, Weider fez falta, perto da área fatal alvinegra, e o zagueiro/volante Thiago mandou a bola para o ângulo direito superior do arco defendido por Jefferson: Gama 2 x 1. Zebra? Até poderia ser. O Gama, porém, manteve pegada ofensiva e defensiva barrando todas as investidas alvinegras. Aos 37, Wesley roubou bola dos botafoguenses e acionou Victor, que driblou um marcador e botou na rede: Gama 3 x 1, placar do primeiro tempo.                

                            Michel Platini reproduzido de www.memorialdogama.com.br - 

 Para a etapa final, o treinador botafoguense, Levir Culpi, fez três substituições e partiu para o abafa. O Gama fechou-se e resistiu só por nove minutos, quando Alex Alves reduziu a conta: Gama 3 x 2. Aos 36, Weider cometeu pênalti sobre Alex Alves. Este mesmo cobrou, acertou a trave, a bola bateu nele na volta, Ruy pegou a rebarba e marcou, mas o juiz Wallace Valente-ES invalidou o tento, por a pelota ter tocado em um jogador do time cobrador, como está nas regras do jogo, que teve quatro minutos de acréscimos para o Periquitão garantir vaga nas oitavas-de-final do Copão.

Gama do dia: Osmair; Weder, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Thiago (Leandro Leite); Goeber, Wesley e Rodriguinho; Victor (Macaé) e Michel Platini. Botafogo: Jefferson; Ruy, Sandro, João Carlos e Jorginho Paulista (Daniel); Fernado, Túlio (Carlos Alberto), Valdo e Camacho; Dil (Hugo) e Alex Alves. OBS: para esta partida ser disputada foi preciso o Gama vencer, também, o Paranavaí-PR, no tapetão, após eliminá-lor – 0 x 0 e 3 x 0 – em campo. Os paranaenses acusavam o Periquitão de ter usado, ilegalmente, o lateral-direito Allan, durante o jogo de ida, quando o rapaz não saira do banco dos reservas.


 

04.04.2007 – Gama 2 x 1 Vasco da Gama – Noite “destinada” a Romário marcar o seu milésimo gol (pelas contas dele). A torcida cruzmaltina prestigiou,  com 32.681 pagantes comparecendo ao Maracanã - renda de RS 490.955,00 - para fazer um festão. Pena que não combinaram com o Gama. E, já que não combinaram, no primeiro minuto, Rodrigo Ninja mandou uma sapatada, da intermediária, para o goleiro vascaíno Cássio aceitar: Gama 1 x 0. Aos 15 minutos, o Almirante empatou, com uma cabeçada do meia Renato, deixando a etapa inicial no 1 x 1.


                                 REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASÍLIA

                                O Gama estragou a festa que estava armada para Romário (D) 

No segundo tempo, o Gama sumiu com Romário e a sua torcida já não esperava mais pelo “milésimo”. Muita gente, inclusive, já havia ido embora. Aos 48 minutos, nos descontos, Dendel sofreu falta, à entrada da área fatal dos anfitriões. Marcelo Uberaba foi lá e disparou um “míssil” para o ângulo superior direito do poste defendido por Cássio: Gama 2 x 1 -  com os 2 x 2 do jogo de idas, classificou-se para enfrentar o Figueirense na fase seguinte.

Evandro Rogério Roman-PR apitou e o Gama, treinado por Gílson Kleina, alinhou: Juninho; Cléber Carioca, Augusto e Dênis; Márcio Goiano, Ricardo Araújo, Marcelo Uberaba, Valdeir (Lei) e Rodrigo Ninja; Neto Potiguar (Dendel) e André Borges (Índio). O Vasco da Gama, do treinador Renato “Gaúcho” Portaluppi, foi: Cássio; Wágner Diniz, Fábio Braz, Dudar e Rubens Junior (Guilherme); Roberto Lopes, Amaral, Renato (Abedi) e Morais (Dario Conca); Leandro Amaral e Romário. 


 
 

15 - NO MUNDO DA COPA - PELÉ NO JOGO 10

                                       O DIA EM QUE O 10 "DEIZOU"
Os ingleses foram os adversários do "Rei do Futebol" no dia da sua décima partida em Mundiais de seleções. Aconteceu em 1970, no México, quando o "Camisa '10" envergava a jaqueta canarinha. Naquele dia, em jogo duríssimo, a Seleção Brasileira venceu o "Eglish Team", por 1 x 0, com o gol marcado por Jairzinho, aos 60 minutos.
Apitado pelo israelense Abraham Klein, o jogo foi assitido por 66.843 espectadores, no Estádio Jalisco, em Guadalajara. Treinada por Zagalo, a "Turma do Rei" foi: Félix: Carlos Alberto Torres, Brito, Wilson Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Rivellino; Jairzinho, Tostão |(Roberto Miranda), Pelé e Paulo C´sar 'Caju'.
Os 10 primeiros jogos de Pelé pela Copa do Mundo foram: 1) - 15.06.1958 - Brasil 2 x URSS; 2) -19.06.1958 -Brasil 1 X 0 País de Gales; 3) 24.06.1958 - Brasil 5 x 2 França; 4)- 29.06.1958 - Brasil 5 x 2 Suécia; 5) - 30.05.1962 - Brasil 2 x 0 México; 6) -02.06.1962 - Brasil 0 x 0 Tchecoeslováquia; 7) 12.07.1966) - Brasil 2 x 0 Bulgária; 8) - Brasil 1 x 3 Portugal; 9) - 03.06.1970 - Brasi 4 x 1 Tchecoeslováquia; 10) 07.06.1970 - Brasil 1 x 0 Inglaterra. Nestas partidas, Pelé marcou 8 gols, assim distribuídos: País de Gales (1); França (3); Suécia (2); México (1); Bulgária (1) e Tchecoeslováquia (1).
Com esta rapaziada, o Camisa 10 foi 10 e fez o seu jogo 10 canarinho 

The English were the opponents of the "King of Football" on the day of their 10th match in World Cups.
 It happened in 1970, in Mexico, when "Camisa '10" wore the canarinha jacket.
 That day, in a tough game, the Brazilian team won the "Eglish Team", 1 x 0, with the goal scored by Jairzinho, in the 60th minute.
Pointed by the Israeli Abraham Klein, the game was watched by 66,843 spectators, in the Stadium Jalisco, in Guadalajara. Trained by Zagalo, the "Class of the King" was: Felix: Carlos Albro Torres, Brito, Wilson Piazza and Everaldo; Clodoaldo and Rivellino; Jairzinho, Tostão | (Roberto Miranda), Pelé and Paulo C'sar 'Caju'.
The first 10 Pelé games for the World Cup were: 1) - 15.06.1958 - Brazil 2 x USSR; 2) -19.06.1958 - Brazil 1 X 0 Wales; 3) 24.06.1958 - Brazil 5 x 2 France; 4) - 29.06.1958 - Brazil 5 x 2 Sweden; 5) - 30.05.1962 - Brazil 2 x 0 Mexico; 6) -02.06.1962 - Brazil 0 x 0 Czechoslovakia; 7) 12.07.1966) - Barsil 2 x 0 Bulgaria; 8) - Brazil 1 x 3 Portugal; 9) - 03.06.1970 - Brazil 4 x 1 Czechoslovakia; 10) 07.06.1970 - Brasill 1 x 0 England. In these games, Pelé scored 8 goals, thus distributed: Wales (1); France (3); Sweden (2); Mexico (1); Bulgaria (1) and Czechoslovakia (1).

7 - PROPAGANDA COPEIRA - LEÃO&JORGE

O goleiro Emerson Leão e o atacante Jorge Mendonça, que passaram pela Seleção Brasileira, foram dois antigos "canarinhos" requisitados pelo marketing da Copa.
Eles ajudaram a vender televisores, embalados por mensagens saudosistas.
Leão atuou em 104 vezes pela Seleção Brasileira, igualando-se a Gylmar dos Santos Neves considerado o maior goleiro brasileiro de todos os tempos. Sua história vai de 1970 a 1986.
Leão anotou 64 vitórias canarinhas, 29 empates, 11 quedas e 64 gols levados, entre 1970 a 1986. Chegou a capitão, cargo exercido durante o Mundial da Argentina-1978.
 De sua parte, Mendonça, que esteve na mesma competição, vestiu a camisa do escrete nacional por 11 partidas, com sete vitória, quatro empates e dois gols marcados. Só foi selecionado em 1978 e, de clubes de ponta, defendeu Palmeiras e Vasco da Gama. 
 Muito famoso, só tendo atuado por grandes clubes - Palmeiras, Vasco da Gama, Grêmio-RS e Corinthians - em seu auge, Leão foi bastante discutido. Chegou a fazer vários anúncios publicitários durante sua carreira, ao contrário de Mendonça, que nunca fora disputado pelo mercado publicitário.

Goalkeeper Emerson Leão and striker Jorge Mendonça, who passed through the Brazilian squad, were two former "canarinhos" requested by Copa's marketing. They helped sell televisions, packed with nostalgic messages.
Leo played in ... national team games between 1970 and 1986. He became a captain, a position held during the 1978 World Cup in Argentina. For his part, Mendonça, who was in the same competition, wore the national shirt of the national team for ... times. Very famous and quite discussed, Leon even made several commercials during his career, but Mendonça did not. He was a discreet player

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quinta-feira, 28 de junho de 2018

NO MUNDO (DOS REDEIROS) DA COPA. MAIORES 'MATADORES' CANARINHOS

Mané Garrincha (acima) e Vavá (abaixo) foram os representantesda Seleção Brasileira que mais faturaram balanços des redes durante a Copa do Mundo do Chile, em 1962. Cada um endreçou quatro bolas ao filó. O ponta-direita botafoguense nos jogos contra a Inglaterra (2) e Chile (2), enquanto o centroavant palmeirense deixou os deles diante da Inglaterra (1), Chile (2) e Tchecoeslováquia (1). Naquele Mundial, os "matadores" participaram de um fato inédito: seis jogadores terminaram empatados na ponta da tabela asrtilheiral, com quatro tentos para cada um. Além de Garrincha e Vavá, se juntgasram a eles o chileno Leonel Sánchez; o húngaro Florian Albert; o iugoslavo Drazan Jerkovic e o russo Valentin Ivanov. Assim, na capnaha do bi, Vavá , com 5 na Suécia, totalizou 9 gols. Garrincha não marcou, em 1958.
Neste lance, Vavá enfrenta o País de Gales, durante os preparatrivos brasileiros, no Maracanã-RJ, ouco antes do embarque para o Chile. Já o Mané Garrincha (acima), depois da Copa, acaricia a "Mulher Alada"    



14 - NO MUNDO DA COPA - MARCO ZERO


O futebol tem como ponto de partida o chute primitivo, em diversos objetos. Há 2.500 anos antes de Cristo (AC), por exemplo, os chineses já usavam uma esfera de couro, para golpear. Havia quem mandava a pancada na cabeça cortada dos vencidos em combates, num ritual de guerra. Na Grécia (foto), um século AC, a bola era de bexiga de boi, cheia de areia. Outros a faziam com tecidos.
  De forma moderna, o futebol surgiu por intermédio de estudantes ingleses, no século 19, com cada colégio tendo as suas regras - convite certo para brigas e discussões. Para evitá-las, em 26 de outubro de 1863, os jovens futeboleiros londrinos reuniram-se na taberna Freemason´s, para definir uma lei única. Mas terminaram desentendo-se. Resultado: um grupo criou uma liga, para o rugby,e o outro a primeira entidade regularizadora da modalidade, a Football Association, que distribuiu a sua cartilha, pelas escolas da capital inglesa. Em 1904, surgiu a Federação Internacional de Futebol Associado, a FIFA, que coordena a entidade, mundialmente.
No Brasil, segundo os pesquisadores, o futebol foi jogado, inicialmente, por marinheiros estrangeiros e convidados brasileiros, em praias de Pernambuco e de Santos-SP, e por estudantes, nas escolas católicas e laicas, de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Mas coube ao paulista Charles Miller (foto) – filho de imigrantes ingleses que passara 10 anos estudando na Europa – organizá-lo, em 1894. Na volta, ele trouxe duas bolas de couro, um livro de regras e uniformes para os times.
Em abril do mesmo 1894, realizou-se aquela que é considerada a primeira partida do futebol brasileiro, com a equipe de Charles Miller – fez dois gols –, o São Paulo Railway, vencendo o Gás Company, por 4 x 2, no bairro do Brás, na várzea do Carmo, em frente ao gasômetro da capital paulista.
No Rio de Janeiro, poucos conheciam a nova modalidade esportiva, com exceção de ingleses que praticavam o críquete, chegado um século antes. Foi outro sujeito que, também, estudara na Europa - Oscar Cox -, de onde regressara, em 1897, quem o integrou aos cariocas (foto), levando quatro anos para conseguir reunir 10 rapazes que pudessem formar, com ele, um time. Assim, o primeiro jogo de futebol no Rio de Janeiro só ocorreu em 1º de agosto de 1901, com a turma de Cox encarando os ingleses do Rio Cricket Clube, em Niterói. Arrancaram o empate, por 1 x 1.
Naqueles primórdios da bola rolando por aqui – a primeira, de couro cru, segundo a maioria dos pesquisadores, foi feita pelo padre Manuel Gonzales, para os seus alunos, no Colégio Vicente de Paula, em Petrópolis-RJ -, só os ricos podiam jogar o futebol, pois o material de prática era caro e importado.
CLUBES MAIS ANTIGOS – Em 13 de maio de 1888, entre um gole e outro, numa mesa de um bar da paulistana Rua São Bento, engenheiros ingleses, da São Paulo Railway - entre eles, William Snape, William Speer, William Rule, Charles Walker, Percy Lupton e Peter Miller - e alguns comerciantes da terra, criaram a primeira entidade social-desportiva da cidade, o São Paulo Athletic Club, inicialmente, dedicado ao críquete e que, depois, manteve o futebol, até 1912, tendo conquistado os títulos paulistas de 1902/3/4 – atualmente, Clube Atlético São Paulo, disputando só competições amadoras. A glória da maior antiguidade, portanto, é do SPAC (foto), como era chamado.
Das agremiações em atividade, a mais antiga é o gaúcho Sport Club Rio Grande, nascido em 19 de julho de 1900. Torcedores do Botafogo Futebol e Regatas (01.07.1894); do Clube de Regatas Flamengo (17.11.1895); do Clube de Regatas Vasco da Gama (21.08.1898); do Esporte Clube Vitória-BA (13.05.1899) e da Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas-SP (11.08.1900) alegam que os seus clubes são mais velhos. Tudo bem! Só que eles não surgiram dedicados ao futebol. Isso pintou depois.
 Também, naqueles primórdios, foram criados clubes, como o Rio Cricket Athletic Association-RJ (1897); Associação Athlética Mackenzie College-SP(1898); Esporte Clube Internacional-SP e Esporte Clube Germânia-SP(1899); Clube Atlético Paulistano-SP e Savóia de Voltorantim-SP (1900); Paisandu Cricket Clube-RJ; Fluminense Futebol Clube-RJ (foto) e Clube Atlético Internacional-SP (1902); Esporte Clube Americano-SP, Foot-ball and Athletic Club-RJ e Esporte Clube Baiano-BA (1903). Foi a partir dessa semente que o Brasil conquistou cinco Copas do Mundo.
RUMO AO PENTA - Em 1930, desorganização; em 34, melhoramos, um pouco; em 38, mostramos o talento do lateral Domingos da Guia e do goleador Leônidas da Silva; em 50, levamos um tombo monumental, após construirmos um templo para o futebol, o Maracanã, onde os uruguaios, com um time que quase não viria disputar o Mundial, levaram a taça que o velhinho Jules Rimet se preparava para nos entregar; em 54, demos um novo vexame, com gente saindo no tapa com quem era melhor em campo, e cartolas exigindo amor à bandeira nacional. Assim foram os nossos cinco primeiros Mundiais.
Para a Copa de 30, no Uruguai, os paulistas brigaram com a CBD, por não incluir nenhum dos seus homens na comissão técnica e, em represália, negaram os atletas das suas equipes à seleção. Em 34, os nossos atletas não sabiam que empatar um jogo seria bom para os dois times, e se matavam, em campo, desnecessariamente. Naquela Copa, até o divino Domingos deu pontapé em adversário, dentro da área. Não lhe avisaram que era pênalti.
 Em 50, o treinador Flávio Costa invocou-se com o bico mole da chuteira do lateral Nilton Santos, que não jogou nenhuma partida, porque causa daquilo. Nilton, a Enciclopédia, foi eleito o melhor lateral-esquerdo do século 20. Ainda bem que as nossas pisadas na bola terminaram em 1958, quando foi planejado um trabalho para dar no que deu: Brasil, o melhor do mundo – bisou feito, em 1962 (foto).
O COMEÇO DA COPA - Em 8 de maio de 1902, o comerciante holandês Carl Wilhelm Hirschmann escreveu uma proposta de união das entidades comandantes do futebol em cada país. Na França, o presidente da Union des Societés Françaises de Sports Athletiques, Roberto Guérin, gostou do que lera e correu atrás. Dois anos 13 dias depois, reunidos em Paris, os dirigentes futebolísticos de Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça fundaram a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA). Era plano da entidade realizar um campeonato mundial entre seleções nacionais. Só que nenhum país topava promovê-lo, alegando deficiências nos seus meios de transportes e ainda a pouca receptividade do futebol.
Estava escrito, porém, que, em 1919, o presidente da entidade francesa (desde 1910), Jules Rimet (foto), estaria na presidência da FIFA e conseguiria mostrar aos cartolas, após as Olimpíadas de Paris-1924, que o torneio de futebol – com 25 equipes de vários continentes – deixara um bom lucro para os anfitriões.
Pelos próximos três anos, Rimet dedicou-se a viajar, pela Europa, vendendo o seu sonho de uma Copa do Mundo. Apresentou, oficialmente, a proposta, no congresso que a FIFA realizou, em 1927, em Helsinque, na Finlândia, e o aprovou, após as Olimpíadas de Amsterdan, na Holanda, um ano depois. O sonho virava realidade, de quatro em quatro anos. Équando o atleta brasileiro exibe todo o seu talento, pelos gramados do mundo, e o torcedor faz a festa, repleta de muita criatividade, principalmente quando se tem caneco na mala. Vamos conferir esta história, abaixo.

6 - A PROPAGANDA NA COPA - BARBEADA

Os "craques da boa aparência", como se anunciava o pessoal da Gillette, foi para a guerra publicitária da Copa do Mundo-1962, tentando seduzir o comprador com estojo e lâmina de barbear . Quem levasse ganharia um guia do Mundial, um "valioso livreto" que narrava os lances das disputas anteriores, o que a multinacional dizia ser "um documentário completo de todos os Campeonatos Mundiais de Futebol", acrescentando ser "uma sensacional oferta inédita".

The "good-looking stars," as the Gillette folks announced, went to the 1962 World Cup publicity war, trying to seduce the buyer with a razor case and a razor. Anyone who leads would win a World Cup guide to be promoted by Chile, a "valuable booklet" telling the story of the previous squabbles, which the multinational said was "a complete documentary of all World Football Championships," adding "a sensational offer unpublished ".

quarta-feira, 27 de junho de 2018

MEMÓRIA DA PUBLICIDADE ESPORTIVA BRASILEIRA - TURFE E TÊNIS VENDENDO

A Gillette mirou-se na figura do jóquei craque nas rédeas, dono de muita fibra no comando de um cavalo puro-sangue, para vender aparelho de barbear. De sua parte, uma geleia real apostou no tênis, para passara a ideia de que o produto seria o ideal para o desportista (e outros prfisisonais) encarar os desafios de todos os dias. Reclames com visibilidade, principalmente, nas revistas O Cruzeiro da década-1950.    




13- NO MUNDO DA COPA - BRASIL-HOLANDA

Uma das seleções que mais falta faz a esta Copa do Mundo da Rússia é a da Holanda. Duas vezes vice-campeãs mundial, a "Laranja Mecânica", como ficou conhecida, durante o Mundial-1974, levou momentos de futebol mágico para torcedores ao vivo, ou pela TV. Um dos seus astros, Johan Kruijff, deixou a sua técnica registrada entre as 10 melhores de atacantes, desde que o futebol existe. 
Johan Kruijff reproduzido de www.esporte.uol.com,.br
Brasil e Holanda já se pegaram na bola por 10 vezes, em seis amistosos e por quatro jogos de Mundiais, com três vitórias nossas, três deles e quatro empates: 15 gols pra gente e 15 pra eles.
 Depois, da primeira "brincadeira", levamos 26 anos (20.12.1989) para vencê-los, demora que Portugal não teve, quando rechaçou a tentativa inicial de invasão holandesa à Bahia, em 1625, o que não foi grandes coisas, pois eles vieram com 1.700 homens.
A primeira vitória brasileira sobre a Holanda no futebol, no entanto, também, não é lá grande feito. Comemorava-se os 100 anos da Federação Holandesa de Futebol e a seleção deles estava sem os craques Van Basten, Gullit e Rijkiaard. Com gol de Careca, 1 x 0, amistoso, em Roterdã. Nos outros amistosos, três 2 x 2: em 31.08.1966, em Amsterdã; em 05.05.1999, em Salvador, e em 08.10.1999, em Amsterdã.

COPAS DO MUNDO – Em 03.07.1974, no Westfalenstadion, diante de 52.500 almas, a Laranja Mecânica, de Cruijff e Neeskens, os atores dos gols embarcou no “carrossel” do técnico Rinus Michel e mandou incontestáveis 2 x 0, pelo primeiro Mundial promovido pela Alemanha – o segundo foi em 2006.
Robinho, reproduzido de www.cbf.com.br,  marcou gol no
 último jogo Brasil x Holanda
A resposta brasileira foi na Copa dos Estados Unidos-1994, com 3 x 2, em 09.07, no Estádio Cotton Bowl, em Dallas. Perante 63. 500 presentes, o time do técnico Carlos Alberto Parreira avançou às semifinais, criando o “gol embala neném”, com o qual Bebeto homenageou o nascimento do filho Mateus.
O penúltimo encontro de brasileiros com holandeses, por Mundiais, em 07.07.1997, no Velódrome, de Marselha, na França, terminou 1 x 1, no tempo normal, diante de 54 mil assistentes. A decisão foi para os pênaltis, e o goleiro Taffaarel defendeu dois, classificando o Brasil: 4 x 2, para decidir a Copa-98, com a França.
Dunga era o treinador no dia do vexame
 O último marcou o final da segunda "Era Dunga" na Seleção Brasileira – a primeira fora na Copa-90, quando ele era jogador –, após 59 jogos, 41 vitórias, 12 empates e 5 derrotas, que resultaram nos títulos da Copa América-2007; da Copa das Confederações-2009; o primeiro lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2010 e a sexta colocação no Mundial da África do Sul.
No jogo do Mundial sul-africano, a Holanda mandou a Seleção Brasileira de volta pra casa, por 2 x 1, em 2 de julho de 2010, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, com arbitragem do japonês Yuichi Nishimura e público de 40.186 almas. Robinho abriu o placar, aos 10 minutos do primeiro tempo.
Aos 8 da etapa final, o goleiro Julio Cesar e o apoiador Felipe Melo se enrolaram numa bola, no gol de empate dos holandeses, com a pelota tocando, por último, no segundo. Depois, a FIFA atribuiu o gol a Sneijder, o autor do chute e, também, da cabeça da virada do placar, aos 22 da etapa final, quando. Felipe Melo foi expulso de campo, por chutar Robben, quando este estava caído.
Dirigida pelo treinador Bert van Marwijk, a seleção da Holanda venceu por causa de Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong, Sneijder e Kuyt; Van Persie (Huntelaar) e Robben. O time do técnico Dunga foi: Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto SIlva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luís Fabiano (Nilmar).

CONATO - Brasileiros e holandeses não ficaram sendo muito assíduos em seus duelos na bola. Deveriam ser o bem maiores, já que foi grande contribuição deles à nossa formação, como nação. Ainda que tenha sido pela força de suas armas, durante uma dominação que durou de 1630 a 1654, numa parte que ia de Pernambuco ao Maranhão.
 Informados da vulnerabilidade militar da colônia portuguesa, a Holanda, detentora de poderosa indústria naval, decidiu chegar. E chegou, deixando boas marcas, principalmente, após o conde João Maurício de Nassau trazer profissionais que impulsionaram a vida do "Brasil holandês" na economia, arquitetura, engenharia, letras e artes, durante sua administração, de 1637 e 1644. 
Sobre o período há vários livros, como este (Tempos de Nassau) da foto ao lado, pesquisado por 10 historiadores.
No futebol, levou-se 309 anos, depois que os portugueses expulsaram os holandeses, para os brasileiros o desafiarem na pelota. Nos arquivos da Confederação Brasileira de Futebol consta que o primeiro duelo deu-se, amistosamente, em 02.05.1963, no Estádio Olímpico de Amsterdã, com 1 X  0 para os anfitriões e Petersen marcando o gol, aos 44 minutos do segundo tempo. Só que não foi bem assim, segundo Geraldo Romualdo da Silva, um dos maiores historiadores do futebol brasileiro.
Contava o jornalista que a Seleção Brasileira, na realidade, participara de um “faz de conta que é um jogo”, contra o time da Phillips, que distribuíra aos visitantes radinhos de pilha, barbeadores e outros produtos que a empresa fabricava. Segundo ele, foram dois tempos, de 20 minutos, e, de tão irresponsáveis que estiveram os canarinhos naquele dia, aos 44 da fase final, a zaga da “Seleção Transistor” (apelido ganho depois do encontro), ficara brincando de driblar os gringos dentro da área, até perder a bola para Petersen fazer o gol.