29.04.1972 - O Vasco da Gama havia feito uma contratação bombástica, tirando, do Cruzeiro, o maior ídolo da história do clube mineiro, uim tricampeão mundial pela Seleção Brasileira-1970, o meia-atacante Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão. Foi o negócio mais vultuoso no futebol brasileiro, o equivalente, em 2012, a R$ 17,5 milhões de reais.
Para apresentar Tostão à sua torcida, o Almirante convidou os antigos companheiros cruzeirenses do rapaz, para amistoso, em São Januário, turbinado com a participação de três ídolos de torcidas rivais da Turma da Colina: o apoaidor flamenguista Carlos Alberto Zanatta e os atacantes Cafuringa, do Fluminense, e Antônio Carlos, do América-RJ.
Deu tudo errado! Tostão não jogou, por estar contundido. A renda, de Cr$ 587 mil e 100 cruzeiros, levada por 11.742 pagantes, ficou muito longe do que havia sido pago pelo passe do atleta, e os vascaínos perderam, por 0 x 1, sob o apito de Aírton Vieira de Moraes.
Treinado por Zizinho (Thomas Soares da Silva, o Almira foi: Andrada; Paulo César Puruca, Miguel, Renê e Eberval; Alcir (Suíngue) e Zanatta; Cafuringa (Antônio Carlos), Ferreti (Adílson), Roberto Dinamite e Gílson Nunes (Marco Antônio). O Cruzeiro, de Yustrich (Dorival Knippel), teve o seu gol marcado por Roberto Batata, aos 25 minutos do primeiro tempo, e alinhou: Raul; Pedro Paulo, Perfumo, Darci Menezes e Vanderley; Wilson Piazza e Zé Carlos; Roberto Batata, Palhinha (Repetto), Dirceu Lopes e Rinaldo.
Arte: Renato Aparecida - www.desenhosrosart@gmail.com
O ASTRO - Nascido na mineira
Juiz de Fora, no 10 de novembro de 1948, Moacir Fernandes era o nome de
registro e de batismo do ponta-direita Cafuringa, que viveu até 25 de julho de
1991, tendo passado o seu último dia neste planeta no Rio de Janeiro, onde
construiu a sua fama.
Atacante veloz, driblador, Cafuringa formou no
time Alegria do Povo. Parecia armar
um circo dentro de campo, pra divertir a rapaziada, deixando os
marcadores tontos. As vezes, parecia estar dentro de um filme de desenho animado.
Talvez, por causa daquilo, jamais foi convocado para a Seleção Brasileira, pois
muitos o viam por descompromissado.
Ainda mais porque, dificilmente, marcava gol – totalizou 13, o primeiro, em 1970,
duas temporadas apó chegar ao Flu, para quem escreveu 10, ficando outros três
para o Atlético-MG.
A carreira de
Cafuringa começou pelo Botafogo, em 1965. Prosseguiu pelo Bangu e foi
glorificada por títulos de campeão caarioca-1969/1971/1973/1975, pelo
Fluminense, ao qual ajudou a conquistar, também, o Campeonato Brasileiro-1970. Por
ali, foi considerado, pelo craque palmeirense Ademir da Guia, um dos três
melhores da disputa.
Como tricolor, Cafuringa
fez 77 jogos da Série A do Brasileirão-pós-1971, e 35 anterior a isso, quando a
disputa era o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Entre 1977/78, esteve no
paranaense Grêmio Maringa e voltou ao Flu, com história totalizada em 336
jogos, 77 empats e 28 ecorrgadas. Em 1979, fez seis partidas pela Caldense-MG,
durante o Brasileiro. Próximo passo: Deportivo Táchira, da Venezuela, onde
marcou o seu fim de linha.
Além, dos títulos
citados acima, Cafuringa foi campeão do Torneio Internacionalde Verão do Rio de Janeiro-1973 e das Taças Guanabra-1969/1971/1975 (disputas à parter do Campeonato Carioca).
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