Nem só ó de Rei – goleiro com este apelido – viveu São Januário. O Vasco já teve, também, Duque no seu time. Primeiramente, entre 1953/1954, como zagueiro. Mais tarde, como treinador, em 1964.
Davi Ferreira era o verdadeiro nome do apelidado Duque. Mineiro, nascido em Belo Horizonte, em 15 de maio de 1926, além de Cruzeiro e Vasco, ele jogou, também, por Fluminense e Canto do Rio. Como treinador, o primeiro clube foi o Olaria, promovido após ter sido auxiliar de Jorge Vieira, que saíra rumo a São Januário. Pela Rua Bariri, Duque ficou até 1963, classificando o time da Rua Bariri para ao Torneio Rio-São Paulo-1964.
Duque e as suas bolas coloridas |
Se o Vasco, tirando Jorge Vieira do Olaria, dera a Duque a chance de subir na profissão, com o sucesso dele, também, no clube suburbano, foi buscá-lo. Mas demorou pouco. Segundo ele, porque tinha ideias muito modernas e “o clube não estava preparado para recebê-las”, conforme afirmou à Revista do Esporte Nº 504, em novembro de 1968.
“O Vasco é um clube de grandes paixões e só admite vitórias,” criticou Duque, garantindo que, se os vascaínos tivessem lhe dado tempo para desenvolver o trabalho que idealizou, “o Vasco tomaria um impulso sem precedentes em sua história”.
“O Vasco é um clube de grandes paixões e só admite vitórias,” criticou Duque, garantindo que, se os vascaínos tivessem lhe dado tempo para desenvolver o trabalho que idealizou, “o Vasco tomaria um impulso sem precedentes em sua história”.
De repente, poderia até estar certo, pois saiu da Colina para ser campeão pernambucano, pelo Náutico, invicto. Em 1965, voltou ao Olaria e foi vice do Torneio de Acesso. Um ano depois, tentou a careira no exterior e tirou o venezuelano TiquiriFlores do último lugar no campeonato venezuelano, e o levou ao terceiro posto. Voltou ao Náutico, em 1967, e faturou mais dois títulos estaduais, em 1967/1968, além do terceiro lugar da Taça Brasil-1967 e o bi da Taça Norte-1967 – fio também, campeão pernambucano pelo Santa Cruz, em 19070/1971, e pelo Sport, em 1975.
O sucesso no Nordeste não fez o Vasco se interessar pelo trabalho de Duque. Mas o Corinthians foi buscá-lo, por duas vezes. Em 1972, Duque o levou às semifinais do Campeonato Nacional. Da segunda, a entre 1976/1977, comandava o Timão quando a sua torcida invadiu o maracanã, em 5 de dezembro de 1976, e após 1 x 1 com o Fluminense, o eliminou nos pênaltis, para fazer afinal contra o Internacional. Foi vice. Em 1973, ganhou seu primeiro titulo no sul, campeão carioca, pelo Fluminense. Se bem que, durante a campanha paulista de 19787, foi ele quem comandou ao time, primeiramente.
Ola' Mariani,
ResponderExcluirAcredito que haja um equivoco em relacao ao olheiro que descobriu o Roberto Dinamite. Trata-se de um outro Gradim, nao o que foi jogador e tecnico do Vasco. Dois cidadaos com o mesmo apelido.
No final da decada de 1960, o Gradim famoso era tecnico do Campo Grande e foi la' ele que lancou Dario (Dada' Maravilha) para a fama.
O blog continua excelente, com uma riqueza impar de informacoes e fotos. Parabens e continue sempre assim.
Um abraco,
Mauro Prais