Vasco

Vasco

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ANIVERSARIANTE - RICARDO GOMES

Ricardo Gomes, mesmo não tendo dirigido o time vascaíno durante o returno do Campeonato Brasileiro-2011, devido um Acidente Vascular Encefálico (AVE), foi o responsável  direto pelo sucesso da rapaziada, que começou a comandar em 6 de fevereiro, em meio a uma desmoralização geral – o Vasco estava ameaçado de rebaixamento no Estadual, com quatro derrotas seguidas para times pequenos.
Gomes recuperou o veterano Felipe (o presidente Roberto Dinamite o estava tirando do grupo, por considerá-lo um dos culpados pelas derrotas do início da Taça Guanabara), armou o esquema para Diego Souza também se recuperar e até voltar a Seleção Brasileira, e corrigiu os defeitos de Dedé, tornando-o um zagueiro à sua imagem de capitão da Seleção Brasileira, jogando o fino, sem bater, como fizera, também, nos franceses Paris Saint-Germain e Bordeaux.
Ricardo Gomes Raymundo chegou à Colina  em 2 de fevereiro de 2011. Quatro tardes depois, levantou  o moral do time, com 3 x 0 sobre o Americano. Na rodada seguinte, goleou o América, por 9 x 0. Arrancou para o título da Taça Rio, que perdeu, nos pênaltis, para o rival Flamengo. Mas foi acertando o time durante a Copa do Brasil, que foi parar em São Januário, pela primeira vez. Ele sempre teve com o seu ex-colega de time e amigo de velhas datas Cristóvão Borges, um diálogo fácil e construtivo. Jamais quis ser dono da verdade.
Filho de um sargento da Aeronáutica, criado no bairro carioca da Tijuca, Ricardo estudou no tradicional Colégio Pedro II e foi universitário de Engenharia, abandonada por não conseguir compatibilizá-lo com o  futebol profisisonal.  Mais tarde, estudou administração, cujas teorias ele as usou bem, dando ao Vasco um bom padrão de jogo. Quis o destino, porém, que um AVE o tirasse de campo, em 28 de agosto, quando estava no banco vascaíno, durante um 0 x 0 com o Flamengo, pelo primeiro turno do Brasileirão. Aos 20 minutos do segundo tempo, sentiu o problema. Foi atendido pelos médicos Fernando Mattar e Clóvis Munhoz e  levado, às pressas,  para o Hospital Pasteur, no Meier, onde o neurocirurgião José Antônio Giusti  agiu rápido. Salvou-lhe a vida com uma cirurgia que durou três horas e retirou 80 mililitros de sangue do cérebro, além de mais 30 mililitros que escorreram para os ventrículos laterais.
Com Ricardo recuperando-se, Cristóvão só fez dar sequência ao trabalho. Os jogadores tiveram no chefe um motivo para a superação de todas as dificuldades. Em 18 de setembro ele teve alta do hospital e, sempre que pode, fez questão de estar do lado dos atletas, enviando uma palavra de incentivo. Quando pode, os visitou na concentração. Quer voltar em fevereiro. Foi o 12º jogador fora do gramado
BRASILEIRÃO -  O  início do “BR-11” não foi animador par Ricardo Gomes. Por disputá-lo, paralelamente, à Copa do Brasil, que o Vasco conquistou, pela primeira vez, ele viu-se obrigado a jogar com time B. Se deu bem diante dos fracos Ceará (fora), e América-MG (em casa), mas quando pegou time mais qualificado como o Coritiba, foi goleado (fora). Seguiu tropeçando em Figueirense e Grêmio, visitou e venceu o Atlético-GO e levou pancadas de Cruzeiro (em casa) e do Corinthians (fora).
 Foi assim o Vasco entre 21 de maio e seis de junho. Só a partir de 10 daquele mês, quando bateu no Internacional (em casa), começou a acertar. Aprumou uma sequência de três vitórias, que incluíram os Atléticos mineiro e paranaense, mas quase perde do Bahia (em casa), empatando na última bola do jogo. Passado o susto, engatou dois triunfos, sobre a forte dupla “San-São”, isto é, Santos e São Paulo, a primeira fora e a outra ao pé da Colina.
Com cinco frentes no placar e um empate, a euforia rolou. O time subia na tabela classificatória, avisando à turma lá de cima que chegava. Mas havia um Botafogo pelo caminho, barrando-lhe a passagem, com humilhantes 4 x 0.  Em 18 compromissos, oito foram vitoriosos e três quase, considerando-se as circunstâncias dos empates: entregadas diante do Figueirense e do Grêmio-RS. Ainda bem que havia, na próxima curva, Palmeiras e Avaí mal das pernas, para recuperar a rapaziada vascaína, porque, nas duas rodadas finais do turno, Flu e Fla mostraram que era preciso melhorar muito para subir. Só empatando com grandes rivais (1 x 1 e 0 x 0) não dava.
 Veio o returno, e o Vasco de Ricardo Gomes entrou na briga pela ponta, pra valer. Voltou a mandar 3 x 1 no Ceará e foi atropelando – Coritiba 2 x 0; Grêmio 4 x 0 e Cruzeiro 3 x 0 –,  para brigar com o Corinthians pelo topo, nos 2 x 2 da Colina. Nesse período, houve, também, uma derrota inexplicável (4 x 1) ante o então lanterna América-MG, com time irreconhecível, e empate (1 x 1), com o Figueirense. Por falar em empate, não fazer o dever de casa diante dos corintianos fez muito mal ao Vasco. Perdida a chance de deixar o “Timão” para trás, o time desacertou-se e levou 3 x 0 do Internacional (fora). Quando nada, ganhou moral, empatando (2 x 2), com o Atlético-PR (fora), após levar dois gols. No embalo, entortou o pescoço do Galo (2 x 0) e não viu o que o Bahia tainha, mandando-lhe 2 x 0.  
Em outubro, beneficiado por derrotas de Flamengo, Palmeiras e São Paulo, o Vasco seguiu candidato, mas irregular:  0 x 0 com São Paulo, 0 x 2 Santos e 2 x 0  Botafogo. Sorte que o Corinthians adotava sua fórmula e os dois se perseguiam, rodada a rodada. O empate (1 x 1) com o Palmeiras só não foi fatal porque o Vasco dormiu na ponta, com 2 x 0 no Avaí, a três rodadas do final. Na raça, quando os corintianos já comemoravam o título, no último minuto do jogo contra o Flu, Bernardo adiou tudo. Mas . na última rodada, o Vasco perdeu o título no apito, empatando, com o Flamengo, enquanto o mesmo rolava entre Corinthians e Palmeiras. De acordo com estudos de um site especializado em erros de arbitragem, os “homens da latinha” tiraram o caneco da Colina.
 Foi este o Vasco de Ricardo Gomes, com a parceria com o amigo Cristóvão Borges, já que ele não pôde mais voltar a ser seu treinador.

"Eu estava no Maracanã em um jogo sensacional: Vasco 4 x 1 Corinthians, com três gols de Romário. Só me lembro que o estádio estava vazio. Gostaria de saber em que ano foi e por qual torneio valia, pois não recordo mais". Zeca Galdino, de Petrópolis-RJ.
Anote aí, Zecão! Vasco 4 x 1 Corinthians foi no domingo 12 de outubro de 1987, no Marcanã, pela Copa União. Apenas 6.339 torcedores pagaram e a renda chegou a Cr$ 659 mil, 510 cruzeiros, a moeda daquela épopca de inflação alta.  
Aos cinco minutos, o glorioso Vivinho,  abriu a conta. Um lateral-direito gaúcho chamado Paulo Roberto, numa paixotada danada, marcou um gol contra, empatando, para os corintianos, aos 16. Sem problemas: aos 21, Romário começoou o seu show, fechando a etapa com a rapaziada na frente do placar.Veio o segundo tempo, e o "Baixinho" fez mais um, aos dois minutos. Aos 17, fechou os trabalhos do jogo apitado por Sílvio Luiz de Oliveira (RS).
O Vasco formou com: Régis; Paulo Roberto, (Milton Mendes), Donato e Mazinho; Josenilton (Humberto), Luiz Carlos e Oswaldo; Vivinho, Romário e Sé Zérgio. O Corinthians tinha um time forte, com vários atletas já tendo vestido a camisa da Seleção Brasileira. Confira: Valdir Peres; Edson Boaro, Mauro, Dema e Dida; Bro-Biro, Dicão (Edmundo) e Eduardo (Abelardo).Jorginho, Edmar Bernardes e João Paulo.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário