Vasco

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domingo, 22 de dezembro de 2013

FERAS DA COLINA - DURVALINO

 No começo da temporada-1963, ele planejava tentar a sorte não futebol carioca. De preferência, no Vasco da Gama. Por sinal, já havia defendido um time de garotos com este nome, em sua cidade interiorana do Nordeste. Enquanto sonhava com a Cruz de Ordem de Cristo no peito, recebeu a proposta do empresário Manu, exatamente, para fazer um teste em São Januário. Não poderia ser verdade! Fez o sinal da cruz e foi à igreja do Senhor do Bonfim pedir uma forcinha.
Dias depois, o carinha, que já defendera, também, nos tempos de garoto, um timinho de sua terra, com o nome de Flamengo, o maior rival do Vasco, estava na porta da casa deste, o original. Era uma manhã de sol morno e as portas à sua frente estavam escancaradas à sua espera. Daquela vez, não fo diante da imagem do Senhor do Bonfim, mas do busto do Almirante Vasco da Gama, que ele fez o sinal da cruz. E foi entrando, pisando, primeiramente, forte, com o pé direito.
Evidentemente, um sujeito desse só pode ser um baiano, não é mesmo? Pois acertou quem pensou no sim. Durvalino Rosa Damascena era o visitante, que chegava, tendo um mês de pazo, para convencer ao treinador Jorge Vieira que sabia tratar direitinho a“Maricota”.
SANTO AJUDOU - Prazo vencido, Durvalino estava aprovado. O Vaco pagou Cr$ 1 milhão de antigos cruzeiros, ao Vitória, pelo seu atestado liberatórioa, e deu-lhe casa, comida e alimentação, além de Cr$ 150 mil cruzeiros, de luvas (antiga forma de pegar uma graninha por fora, e Cr$ 80 mil mensais. Só pôde atender ao seu maior sonho de garoto: fazê-lo jogar ao lado de Almir Albuquerque, de Ademir Menezes e de Pelé – o primeiro andava pelo futebol paulsita (?); o segundo encerrado a carreira, há sete temporadas, e, do último, o Santos não se desfazeria nem por todo dinheiro do mundo.

Nascido na baiana Itapetinga, em 9 de junho de 1941, Durvalino era tão louco por futebol, ao ponto de abandonar os estudos no curso primário para, somente, rolar a bola. E de nada adiantavam as surras dadas por Seu Crispim e de Dona Josina, seus pais. Se a professora bobeasse, ele fugia para jogar bola na Rua Potiguara. O jeito foi os “velhos” entenderem que o futuro dele estava mesmo era nos pés, que calçaram chuteira, pela primeira vez, quando ele tinha 13 anos, quando fazia, em media, dois gols por partida dos juvenis do Flamengo, quase sempre, recebendo precisos lançamentos do médio-volante (atual terceiro volante) Íris, que seria futuramente, seu adversário, defendendo o Fluminense. Antes, porém, trabalharam juntos em uma farmácia da cidade e jogaram, tambémjuntos, pelo time do Colo-Colo, de Ilhéus, um dos mais famosos do futebol do interior baiano.
A próxima parada de Durvalino foi o Vitória, um dos grandes do futebol da Boa Terra. Chegou emplacando. Foi o artilheiro do primeiro turno do Campeonato Baiano de 1962, com sete gols. Sentiu que poderia chegar ao time do seu coração, o Vasco. E chegou!(atletismo). 

Um comentário:

  1. Grande Durvalino, além de bonito e charmoso era talentoso no futebol. Es meu vixinho de porta em Itapetinga ele e o Iris. Dois grandes jogadores itapetiguense.

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