Vasco

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quinta-feira, 31 de julho de 2014

FERAS DA COLINA- JOEL FELÍCIO

Se dependesse de uma ajudinha do Céu para ser titular no time do Vasco, a pedida seria dupla. O lateral-direito católico apostólico romano Joel armava os seus lance com Cosme e Damião, sem chances de bola fora. Pra ouvir a galera gritando pelo seu nome, mantinha um altar dentro de sua casa, em louvor aos santos gêmeos.
Contatos imediatos com o além à parte, Joel era um cara tranquilão. Fora dos gamados, o seu jogo era só descansar, ouvindo música. No máximo, curtia um cineminha, juntamente com a esposa, Maria Vela Pinheiro, quando estava de folga, boa ocasião para se deliciar com um angu à baiana, o seu cardápio predileto.
Filho de Antônio Felício Pinheiro com Sebastiana Rosa Pinheiro, o lateral vascaíno nasceu em 27 de outubro de 1939, na mineira Muriaé. Foi batizado e registrado como Joel Felício Pinheiro. Seus pés pediam chuteiras de número 42 e a sua altura ficou por 1m82cm. Na balança, os preparadores físicos do Vasco não lhe deixavam passar dos 83/84 quilos.
O primeiro clube de Joel foi o Rio D´Ouro, de Colégio, na então Guanabara. Mas foi com o Vasco que assinou o seu primeiro contrato como atleta, em 1957, ainda juvenil, tempo em que era muito comum os cartolas prenderem jogadores com os chamados contatos de gaveta. Pelo seu, Joel ganhava Cr$1.500,00 mensais.
 Dono de cabelos pretos e de olhos castanhos escuros, ele conseguia algo raro para jogadores de defesa: não tinha cicatrizes em suas canelas.
O primeiro título de Joel com a camisa cruzmaltina foi o do Torneio Pentagonal do México-1963, quando o time-base teve: Ita; Joel, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega, (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). Jorge Vieira era o treinador e os resultados vascaínos foram: 10.01.1963 –  1 x 0 América da Cidade do México; 17.01 – 5 x 0 El Oro; 20.01 – 1 x 1 Guadalajara; 31.01 – 1 x 1 Dukla-TCH.  
 Pouco depois, Joel ajudou o Vasco a colecionar mais uma taça, a do Torneio de Santiago do Chile, no qual o Almirante terminou igualado ao time da Universidad de Chile, sem haver tempo para um jogo desempate, devido a uma excursão inadiável dos anfitriões. O time-base da disputa teve: Humberto Torgado; Joel, Brito, Russo (Barbosinha) e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho (Vevé) e Ronaldo. O treinador seguia sendo Jorge Vieira e os placares foram: 31.03.1963 – 2 x 2 Universidad Católica-CHI; 09.04 -  3 x 2 Peñarol-URU; 11.04 – 3 x 1 Colo Colo-CHI; 2 x 2 Universidad de Chile. 


Marcelo Cunha, Joel, Brito, Odmar, Barbosinha e Fontana (em pé), Mílton, Mário, Célio, Lorico e Ede (agachados) 
Em 1965, Joel estava no time campeão do I Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro.  Treinado por Zezé Moreira, o grupo tinha: Ita: Joel (Paulinho de Almeida), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário ‘Tilico”, Saulzinho, Célio e Zezinho. A taça foi carregada com duas vitórias da rapaziada: 17.01 -  3 x 2 Seleção da Alemanha Oriental; 21.01 – 4 x 1 Flamengo.  Na mesma temporada, Joel ajudou o Vasco a conquistar, também, a I Taça Guanabara, presente nesta formação-base do técnico Zezé Moreira: Gainete; Joel, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho.  Nesta disputa, os resultados foram: 14.07.1965 –  5 x 0 Fluminense; 22.07 – 1 x 1 Flamengo; 28.07 – 1 x 0 América; 07.08 – 3 x 1 Bangu; 11.08 – 0 x 3 Botafogo; 21.08 – 2 x 0 Fluminense; 25.08 – 1 x 0 Flamengo; 05.09 – 2 x 0 Botafogo.
Em 1966, ainda tendo Zezé Moreira por treinador, Joel conquistou mais um título com a “Turma da Colina”, o do Torneio Rio-São Paulo. Mas em uma disputa que teve três outros campeões – Santos, Botafogo e Corinthians, empatados –, pois não houve tempo para a decisão, devido ao início dos treinamentos da Seleção Brasileira rumo à Copa do Mundo da Inglaterra. (fotos reproduzidas da Revista do Esporte). 

     

FERAS DA COLINA - CUNHA

 Irmão de craque nunca repetiu o sucesso do mano, em São Januário. Caso de Aires, que virou ídolo na Argentina, e de Adílson, irmãos de Almir Albuquerque. O também atacante Cunha, irmão de Vavá, teve uma passagem tão discreta pela Colina, que os cartola o enrolaram durante três meses, e não renovaram o seu contrato.
Enquanto pedia Cr$ 200 mil cruzeiros de luvas e CR$ 55 mil mensais, Cunha ouviu o recado: pegue Cr$ 35, ou se manda. Preferiu se mandar – para o América.
O Vasco, na realidade, não levou em consideração a sua história com Vavá. Antes de sair da Colina, Cunha poderia ter ido para os paulistas Palmeiras, Portuguesa de Desportos, Juventus ou Comercial de Ribeirão Preto. No entanto, o Vasco pedia Cr$ 3 milhões para soltá-lo. E não fazia descontos. Vavá pediu para abaixaram a pedida, mas não teve jeito. Cunha chegou até a treinar no time da “Lusa do Canindé”, juntamente com o também vascaíno Edílson (lateral-esquerdo), que ficou por lá.
A sorte de Cunha foi que Martim Francisco, que o lançara no time principal vascaíno, em 1961, ao chegar ao América, dobrou os cartolas da Rua General Almério de Moura, e levou Cunha, por Cr$ 800 mil cruzeiros. Grande desconto.
Com a jaqueta vascaína, o centroavante Cunha sagrou-se bicampeão carioca de aspirantes-1960/1961, saindo das duas temporadas como vice-artilheiro. Na última, marcou 10 gols, em seis jogos. Medindo 1m69cm de altura, ele passou cinco anos como vascaíno, desde os tempos de infanto-juvenil.
 Milton Izídio Neto, o verdadeiro nome de Cunha, nasceu pernambucano, de Recife, em 1943, e era um perigo na área. O Taubaté-SP viu isso no amistoso de 30 de janeiro de 1961, em São Januário, quando o garoto, então com 20 anos, balançou o filó, no 1 x 0, amistoso em que o Vasco formou com:  Barbosal, Joel, Dario e Barbosinha (Edilson); Nivaldo e Quatis, Joãozinho (Vanderlei), Humberto, Cunha (Fernando), Roberto Pinto e Roberto Peniche.
Durante o Tornei Rio-São Paulo, com os jogos do Vasco entre 2 de março e 22 de abril, Cunha não atuou. Mas no amistoso de 5. de maio, nos 3 x 1, sobre o América MIneiro, em Belo Horizonte, compareceu deixando o dele no barbaznte – Pacoti e Saulzinho, que o substituiu, fizeram os outros. O time teve: Ita, Joel e Brito; Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
Enquanto pedia Cr$ 200 mil cruzeiros de luvas e CR$ 55 mil mensais, Cunha ouviu o recado: pegue Cr$ 35, ou se manda. Preferiu se mandar – para o América.
O Vasco, na realidade, não levou em consideração a sua história com Vavá. Antes de sair da Colina, Cunha poderia ter ido para os paulistas Palmeiras, Portuguesa de Desportos, Juventus ou Comercial de Ribeirão Preto. No entanto, o Vasco pedia Cr$ 3 milhões para soltá-lo. E não fazia descontos. Vavá pediu para abaixaram a pedida, mas não teve jeito. Cunha chegou até a treinar no time da “Lusa do Canindé”, juntamente com o também vascaíno Edílson (lateral-esquerdo), que ficou por lá.
A sorte de Cunha foi que Martim Francisco, que o lançara no time principal vascaíno, em 1961, ao chegar ao América, dobrou os cartolas da Rua General Almério de Moura, e levou Cunha, por Cr$ 800 mil cruzeiros. Grande desconto.
Com a jaqueta vascaína, o centroavante Cunha sagrou-se bicampeão carioca de aspirantes-1960/1961, saindo das duas temporadas como vice-artilheiro. Na última, marcou 10 gols, em seis jogos. Medindo 1m69cm de altura, ele passou cinco anos como vascaíno, desde os tempos de infanto-juvenil.
 Milton Izídio Neto, o verdadeiro nome de Cunha, nasceu pernambucano, de Recife, em 1943, e era um perigo na área. O Taubaté-SP viu isso no amistoso de 30 de janeiro de 1961, em São Januário, quando o garoto, então com 20 anos, balançou o filó, no 1 x 0, amistoso em que o Vasco formou com:  Barbosal, Joel, Dario e Barbosinha (Edilson); Nivaldo e Quatis, Joãozinho (Vanderlei), Humberto, Cunha (Fernando), Roberto Pinto e Roberto Peniche.
Durante o Tornei Rio-São Paulo, com os jogos do Vasco entre 2 de março e 22 de abril, Cunha não atuou. Mas no amistoso de 5. de maio, nos 3 x 1, sobre o América MIneiro, em Belo Horizonte, compareceu deixando o dele no barbaznte – Pacoti e Saulzinho, que o substituiu, fizeram os outros. O time teve: Ita, Joel e Brito; Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga. Técnico: Martim Francisco. (fotos reproduzidas da Revista do Esporte).
                                                                 

FERAS DA COLINA - RODRIGUES

Rodrigues, na verdade, era Rodriguez
A turma de jovens torcedores vascaínos não conhece Rodrigues. Mas os pesquisadores o colocam em alta conta. Filho de Mariano Rodriguez e de Carmem Fornes Rodriguez, o antigo goleirão vascaíno nasceu no bairro do Belenzinho, em São Paulo, em 3 de setembro de 1915.
Pergunta-se: se ele era filho de espanhóis, da família Rodriguez, porque era Rodrigues? O mistério só foi descoberto quando um diretor da Portuguesa de Desportos, ao ler, com atenção, uma renovação de contrato do atleta, observou que ele assinara Rodriguez. Rodrigues era aportuguesamento, por conta dos repórteres. E, como não lhe fazia mal algum, ele foi deixando, aceitando. Afinal, era brasileiro.

 
Gabriel Rodriguez, o Rodrigues, foi buscado, pelo Vasco, na também lusitana Portuguesa de Desportos. Em 1945, ajudou a Turma da Colina” a carregar caneco e faixa para São Januário. Era o primeiro título do “Expresso da Vitória”, que começara a ser colocado nos trilhos, em 1942, pelo presidente Cyro Aranha. Três anos depois, quando o chefão já era Jaime Fernandes, e o comandante da rapaziada o treinador uruguaio Ondino Viera, que aqui ficou sendo Vieira, o goleiro Rodrigues foi peça importante na conquista dos dois turnos, disputando 12 dos 18 jogos como titular. Sofreu a média de 0,8 gol por partida, excelente, para uma época em que os artilheiros eram mais do que impiedosos.
Rodrigues, Augusto da Costa e Rafagnelli; Berascochea, Ely do Amparo e Argemiro; Djalma, Ademir Menezes, Lelé (Jair Rosa Pinto) e Chico Aramburo era o fantástico time-base vascaíno que marcou 58 gols no Campeonato Carioca-1945 – sofreu 15. Rodrigues assumiu o posto de titular a partir do empate com o América (1 x 1), em 26 de agosto, a quatro jogos do final do turno. Antes, a camisa 1 estivera vestida por Barqueta, Martinho e Castro. Em 1946, Rodrigues já era passado em São Januário. A sua vaga passaria para aquele que é considerado o maior goleiro da história do Vasco, o também paulista Moacyr Barbosa.
O início da carreira de Rodrigues foi, em 1935, pelo Clube Atlético Paulista, o ex-Antarctica. Na temporada seguinte, já estava na Portuguesa de Desportos, que defendeu até 1942. Mas poderia ter saído, em 1938, para o Fluminense, a pedido do mesmo Ondino Viera, que o tivera na Colina, segurando a lenha na caldeira do“Expresso”. (foto reproduzida de "A Gazeta Esportiva").

quarta-feira, 30 de julho de 2014

VASCO 2 X 1 PONTE PRETA

Douglas comemorou o gol, de pânalti, bem batido, levando a cruz ao bigode
O Vasco chegou, hoje à noite, às oitavas-de-final da Copa do Brasil. Com a segunda vitória no duelo contra a Ponte Preta, disptuado em São Januário: 2 x 1, hoje, e 2 x 0, na semana passada. Foi oterceiro jogo seguido contra a "Macaca", sendo que, no domingo passado, o pega valeu pelo Campeonato Brasileiro da Série B, e ficou no 0 x 0, também, na casa do adversário. Agora a rapaziada vai esperar pelo sorteio que apontará o próximo desafiante.
O time vascaíno entrou em campo carregando uma faixa pela qual dizia: "O Vasco apoia a Lei de Responsabilidade Fiscal", sobre o projeto de lei que tramita no Congresso Naciona, em torno do parcelamento das dívidas dos clubes de futebol.
Quanto à pugna, a "Turma da Colina " sai na frente do placar, aos 20 minutos. O zagueiro ponte-pretano Luan cometeu pênalti, sobre Dadson, e Douglas converteu, batendo à meia-altura, para o canto direito do goleiro Roberto, que já foi cruzmaltino: 1 x 0. Aos 38, a Ponte empatou, durante uma bobeira da zaga vascaína, ao tentar atrasar a bola para o goleiro Martín Silva: 1 x 1. Mas o Vasco voltaria à frente do marcador, ainda, na primeira etapa. Durante uma cobrança de escanteio, pela direita doatgaque anfitrião, Rafael Costa cabeceou contra as suas redes: 2 x 1. E ficou nisso.
Com mais este pega, Vasco e Ponte Preta completaram 36 confrontos, com 12 vitórias e 17 empates cruzmaltinos. Os encontros valeram pelos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B; Torneios Rio-São Paulo e Roberto Gomes Pedrosa; Copa do Brasil. Taça Lbertadores (Seletiva) e amistosos.
Diego Renan abriu o compasso e foi com muita fome nestas bola
                                                     CONFIRA A FICHA TÉCNICA
30.07.2014- (quarta feira) -Vasco 2 x 1 Ponte Preta. Copa do Brasil. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Francisco Carlos do Nascimento-AL. Gols: Douglas (pen), aos 20; Cafu, aos 38, e Rafael Costa (contra), aos 41 min do 1º tempo. Renda: R$ 153.500,00. Público:7.024 pagantes (7.734  total). VASCO: Martin Silva; Carlos César, Rodrigo, Douglas Silva e Diego Renan; Guiñazú, Fabrício, Dakson (Montoya) e Douglas; Kléber (Lucas Crispim) e Thalles (Edmílson). Técnico: Adilson Batista. PONTE PRETA: Roberto; Daniel Borges, Rapahel, Luan e Magal, Adilson Goiano, Juninho, Alef (Rossi) e Adrianinho (Rodolfo); Cafu e Rafael Costa (Alexandro). Técnico: Guto Ferreira.

FERAS DA COLINA - WILSON MOREIRA

Ele pagou caro por ser filho de um treinador famoso. Teve que deixar o Botafogo, para mostrar que não rolava a bola à custa do seu DNA. Mas, se diziam que só jogava porque  Zezé, o treinador, era o seu pai, estavam enganados. A prova de que não era bobo estava no interesse do Fluminense pelo seu futebol. E os vascaínos o queriam ainda mais.
Wilson Moreira dava muito trabalho à defesa botafoguense
Foi assim que começou de história de Wilson Faria Moreira no futebol. Aos 18 anos de idade – nascido em 1935 –, ainda juvenil alvinegro, ele treinava com a Seleção Brasileira – Zezé o levou para assistir a Copa do Mundo de 1954, na Suíça. Aprendeu muitas manhas dos cobras criadas, e aquilo ajudou-lhe a ter futuro promissor em São Januário, para onde foi levando experiências adquiridas em giros botafoguenses por 10 países europeus que  jogavam o melhor futebol do continente. 
Atacante filho de Zezé Moreira
Wilson Moreira chegou ao Vasco como reserva de Vavá. Mesmo assim, teve a chance de ser campeão do Torneio Triangular do Chile, em janeiro de 1957, batendo o campeão uruguaio, o Nacional de Montevidéu, por 2 x 1, de virada (17.01), e o campeão chileno, Colo-Colo, por 3 x 2 (19.01). O técnico Martim Francisco o escalou neste time-base: Vagner (Helio), Ortunho e Bellini;  Oliver (Geninho), Orlando e  Coronel; Sabará, Válter Marciano, Livinho, Wilson Moreira e Roberto Pinto.
Saído do Chile, Wilson Moreira foi ajudar a equipe a ganhar mais um torneio, o Quadrangular Internacional de Lima, no Peru: 23.01 – Vasco 4 x 3 Deportivo Municipal; 26.01 – Vasco 1x 0 Sporting Cristal; 31.01 – Vasco 3 x 1 Universitário. O mais importante, porém, viria na temporada seguinte. Ele participou da conquista do  Campeonato Carioca, o “SuperSuper”, contribundo com cinco gols, em sete jogos, todos do primeiro turno -  25.07 – Vasco 4 x 2 Bonsucesso (2); 03.08 – Vasco 1 x 3 Madureira;  09.08 – Vasco 4 x 0 São Cristóvão (1); 16.08 – Vasco 3 x 0 Canto do Rio (1); 24.08 – Vasco 1 x 0 Fluminense; 31.08 – Vasco 2 x 1 América (1); 07.09 – Vasco 3 x 1 Portuguesa.
Das vezes em que o treinador Gradim o escalou, Wilson Moreira entrou ao lado de: Barbosa, Dario, Viana e Ortunho; Écio e Orlando; Sabará, Vavá (Livinho) (Almir), Rubens e Pinga. (fotos reproduzidas da revista "Manchete Esportiva").  

terça-feira, 29 de julho de 2014

FERAS DA COLINA - SUINGUE

       
O Vasco já formou times de fazerem verdadeiros “carnavais” em cima dos seus adversários, como se falava, antigamente. De quebra, o 'xerifão' Brito e o atacante Sabará eram mestres nos sambas dos velhos carnavais cariocas. Mais pra frente, teve um meia aloirado apelidado por Toninho Vanusa, em alusão à “blondice” de uma cantora homônima de muito sucesso na década-1960. 
Quando aderiu ao futebol, em 1916, o Vasco conviveu com o som de “Pelo Telefone”, de Mauro Almeida e Dunga, o primeiro sambinha gravado no país. Em 1917, o seu torcedor Alfredo da Rocha Viana, o Pixinguinha, aos 20 anos, compôs o maior clássico da música popular brasileiro, “Carinhoso”, em parceria com Braguinha, e o escondeu por 11 anos, por achar que ninguém aceitaria algo que contrariava os modelos da época. Choro deveria ter três partes, e a sua criação só tinha duas.
Em 1928, uma temporada antes de o Vasco  conquistar o seu terceiro campeonato – em 1929 –, finalmente,  “Carinhoso” foi gravado, instrumentalmente, pela orquestra de Pixinguinha e Donga. Inicialmente, era uma polca vagarosa, transformada, depois, em um chorinho. Mas o Vasco transformou-se, também. Na década-1930, aderiu ao futebol profissional. Época em que um possível vascaíno – supõe o pesquisador Sérgio Cabral –, o compositor Noel Rosa, contou as malandragens de um cara que “Vestiu uma camisa amarela e saiu por aí”.  Chegado ao final dos anos-1940, aquele time que jogavam uma bola tão alegra quanto o chorinho “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, surpreendeu o continente sul-americano, um ano antes, tornando-se campeão dos campeões continentais. Era um tempo que o tango ainda encantava “los brasileños”, enquanto as serestas já o esperava na esquina para dar-lhe o bote.
 Chegam os anos-1950, e eles vão embora com Wagner Maugeri, Maugeri Sobrinho, Lauro Müller e Victor Dagô mandando o torcedor cantar que “A Taça do Mundo é nossa”. Nossa e buscadas na Suécia com a força dos vascaínos Bellini, Orlando e Vavá.  Os 'canarinhos' e os 'azulões' fizeram o mundo rebolar. Como nos tempos do iê-iê-iê, dos vascaínos Roberto e Erasmo Carlos, na Jovem Guarda, na década-1960. Enfim, o Vasco já pegou o embalo da polca, do samba-canção, do bolero, de guarânias, lambada, enfim de tudo. É uma instituição com muito swing.
Swing? Um filho do jazz. Como a Bossa Nova. Como o Vasco, que criou bossas novas como pretos, pobres e analfabetos jogando futebol, em uma época repleta de preconceitos. Por isso, um dia, o Swing foi parar em São Januário, já com o seu apelido da grafia dos  tempos de Prudentina-SP  abrasileirada para Suingue.
Álvaro Aparecido Pedro era o nome do apoiador, nascido em 13 de março de 1946, em Rancharia-SP.  Viveu durante 67 anos e esteve vascaíno depois de passar, também, por Palmeiras (1966/1968), Corinthians (1969/1973) e Fluminense.  Depois do Vasco, ainda passou pelo paraense Clube do Remo. Pendurada as chuteiras, foi treinador em sua terra e juiz de futebol, no Espírito Santo.
 Suingue tinha uma boa estatura para o atleta do seu tempo: 1m75cm.  Calçava chuteiras nº 41 e os seus cabelos e olhos eram castanhos claros. Filho de José Antônio Pedro e de Palmeira Lopes Pedro, foi devoto de Nossas Senhora Aparecida. Profissionalizou-se, pela Prudentina, em 1962, umano em que rolava muito swing pelas ondas longas e curtas das rádios brasileiras. (foto reproduzida da Revista do Esporte Nº 376, clicada por Osmundo Salles, Dom Carlos Menezes, Jorge Renato ou Arnaldo Campos).

FERAS DA COLINA - TIRIÇA

                         
Em 1959, Tiriça era juvenil do time vascaíno. Disputava posição com Dominguinhos. Tempinho depois, foi mandado embora. Arrumou-se com o Bangu. Mas o Vasco não lhe saía da cabeça. Sonhava, um dia, voltar. Quando menos esperava, os cartolas cruzmaltinos ofereceram o meia Roberto Pinto e mais uma grana, por ele. Mais do que rápido, o coronel Luis Renato, diretor banguense, recomendou a troca: "Este Tiriça é um perna-de-pau. Não vai passar disso. Será um dos melhores negócios da história do Bangu", sentenciou.
Muito bem! Na rodada de 21 de julho do Campeonato Carioca, o adversário vascaíno seria o Bangu, no Maracanã. O treinador Jorge Vieira mandou a campo: Humberto, Joel, Brito e Dario; Nivaldo e Barbozinha; Joãozinho, Saul, Lorico, Vevé e Tiriça. Pelo lado banguense, o técnico Gradim escalou: Ubirajara, Ananias, Mário Tito e Nilton dos Santos; Hélcio Jacaré e, Zózimo; Correia, Bianchini, Vermelho, Roberto Pinto e Beto.
Então, pelas duas respectivas escalações, no Vasco, estava Tiriça, desprezado pelo Bangu; no Bangu, Roberto Pinto, desprezado pelo Vasco. E rola a bola. Jogo duro até o relógio marcar 15 minutos para o final. O garoto do placar iria ganhar sem trabalhar. Iria! Aos 75 minutos, Tiriça recebeu a bola e partiu para o fatal: Vasco 1 x 0. Era a terceira vitória do time na competição, além de recuperar-se de uma zebra, na rodada anterior, diante do Olaria, por este mesmo placar.
Duas semanas depois, Tiriça ajudava o Vasco a vencer o favorito ao título (e ao bi) Botafogo, com Nílton Santos, Garrincha, Amarildo e Zagalo, bicampeões mundiais na Copa do Chile-1962. Havia mostrado, então, que não era um "zé mané". Como constatara o lateral-direito Jair Marinho, na rodada de 2 de dezembro, quando o Vasco mandara 2 x 0 no Fluminense, diante de mais de 57,2 mil torcedores. Tiriça passava, como queria, pelo marcador. O que não surpreendia Gradim, que fizera o seu futebol crescer em Moça Bonita. Tiriça, no entanto, não demorou muito em São Januário. Foi negociado com o futebol equatoriano, na temporada seguinte, após oito jogos oficiais – 01.07.1962 – 3 x 0 Bonsucesso; 08.07 – 3 x 0 Portuguesa-RJ; 15.07 – 0 x 1 Olaria; 21.07 – 1 x 0 Bangu; 04.08 – 1 x 0 Botafogo; 12.08 – 0 x 0 Madureira; 19.08 – 4 x 0 Canto do Rio; 02.12 – 2 x 0 Fluminense – e um gol no Estadual-1962. Seu Vasco do sonho da volta teve: Humberto/Ita, Paulinho de Almeida, Brito e Dario/Coronel; Laerte/Maranhão/Nivaldo e Barbozinha/Lorico; Sabará/Joãozinho, Fagundes, Saulzinho, Vevé e Tiriça. Quando ele não jogou, a posição ficou com Da Silva (14 jogos), Fagundes (1) e Ronaldo (1).


 
 

 


 


 
 

FERAS DA COLINA - CÉSAR

Em 1977, o então presidente do já inexistente Taguatinga Esporte Clube, o torcedor vascaíno Justo Magalhães Moraes, foi ao Rio de Janeiro, regularizar atletas na então CBD-Confederação Brasileira de Desportos, e voltou encantado com um centroavante do Bonsucesso. O chamou de “um novo Léo ‘Fuminho”, um camisa 9 que pintou os canecos no futebol mineiro daaquela década, e veio encerrar a carreira no Grêmio Esportivo Brasilense e no antigo Brasília Esporte Clube – atual Brasília Futebol Clube.
Como o “Taguá” era pobretão, por falta de pouca grana, Justo Moraes não conseguiu contratar César. Dois anos depois, quem encantou-se com o centroavante foi o treinador Telê Santana, do Palmeiras. O “Verdão” o contratou e o teve por 87 partidas, com 28 vitórias, 32 empates e 27 derrotas, entre 1979/1980, quando deixou 27 bolas no filó. O próximo deslumbrado foi o Vasco, que não viu (porque não quis) a bola de César, entre 1974 e 1978, quando o garoto vestia a camisa rubro-anil do Bonsucesso. Mas convenceu os palmeirenses a lhe venderemo então passe de Júlio César Coelho de Moraes, carioca, nascido em 25 de julho de 1954.
Como colineiro, César formou uma dupla infernal, com Roberto Dinamite. Terminou convocado, por Telê Santana, para a Seleção Brasileira que disputou dois amistosos na Europa, em 15 e em 19 de maio de 1981. Entrou no decorrer de Brasil 3 x 1 França e de Brasil 2 x 1 Alemanha Ocidental, substituindo, respectivamente, Reinaldo Lima e Paulo Isidoro. Telê pensava nele para usar a camisa 9 canarinha durante a Copa do Mundo-1982. E dosou a sua entrada no time canarinho, para não queimá-lo. Em vão. O Vasco, que não tivera mais ninguém na Seleção Brasileria, desde que Dudu “Coelhão” fora convocado para um amistoso, em 14 de março de 1981, aproveitou a valorização de César o negociou, com o Sevilla, da Espanha, no mesmo 1981. Por aquela época, não havia as facilidades atuais de comunicação. Para o torcedor brasileiro ver um gol marcado na Europa, só quando a TV Globo o colocava no Jornal Nacional. Resultado: César ficou longe dos olhos de Telê e terminou perdendo a camisa 9 para Serginho Chulapa. Se já houvesse Internet...
César ficou até 1984no futebol espanhol. Depois, aderiu à “vida cigana”, passando por Portuguesa de Desportos-SP, América de Rio Preto-SP, Vitória de Guimarães-POR, Farense-POR, Internacional-RS, Atlético-PR, Goiás, Sampaio Correa-MA, América-MG, Mesquita-RJ e Barra de Teresópolis-RJ, encerrando a carreira, em 1991. Desde que Dudu “Coelhão” fora convocado para um amistoso, em 14 de março de 1981, que o Vasco não tinha mais ninguém chamado para vestir a “amarelinha”.
César é pai de um lateral-esquerdo com o seu mesmo nome, além do Júnior, evidentemente, que foi eleito o melhor da posição durante o Campeonato Brasileiro-2009, defendendo o Grêmio.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

TRAGÉDIAS DA COLINA - VACILÃOZAÇADAS

 27 de outubro de 1973 – Vasco da Gama 0 x 1 Olaria - 17ª rodada do Campeonato Brasileiro-1973, em São Januario, com o Almirante naufragando, aos 44 minutos do segundo tempo. Pra piorar, o seu artilheiro Roberto Dinamite, que javia marcado sete tentos e estava só a dois do líder do pelotão de matadores, foi expulso de campo, aos 17 minutos do segundo tempo, por trocar pontapés com um advesário. Que vexame! Conferido por 3.781pagantes que gastaram Cr$ 41 mil e 80 cruziros. Com aquela pisada na bola, o Almira afogou-se na tabela classificatória, descendo ao 17º degrau, a 10 pontos do primeiro colocado. O vexame daquela vez esteve na conta de: Andrada; Paulo César Puruca, Miguel, Renê e Alfinete; Gaúcho e Zanatta; Jorginho Carvoeiro, Robeto Dinamite, Ademir Silva (Luís Fumanchu) e Luís Carlos Lemos (Dé Aranha) – e do técnico Mário Travaglini.

 25 de julho de 1973 – Vasco da Gama 0 x 1 Fluminense – decisão do segundo turno do Estadual-RJ, em jogo extra, no Maracanã. Noite de povãozaço no estádio – 101.363 pagantes – mesmo sendo uma quarta-feira. Dias antes do jogo, o radialistas Ênio Monteiro, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, avisou ao supervisor de segurança vascaíno, o Major Murilo, de que Duque, o técnico tricolor, havia plantado um espião em São Januário. Chamava-se Carlos Alberto “Katuca” e deu uma de verdadeiro agente secreto para fazer o seu trabalho. Colocou um broche com escudo do Vasco na jaqueta e colou no zagueiro Joel Santana para entrar no estádio, como se fora um forcedor fanático. Depois, misturou-se a pedreiros que trabalhavam na pista de atletismo da casa e, dali, ficou ouvindo as instruções do treinador Mário Travaglini. Além de levar a informação de que o centroavante Dé Aranha, machucado, ficaria nobanco dos reservas, o Travaglini teria que improvisar bastante, devido uma série outras lesões. E o mais importante: descobriu que era o zagueiro Moisés quem alertava o desligadão Paulo César Puruca pra se ligar nomomento de adiantar a zaga e deixar o ataque do adversário em impedimento. Vem o jogo, o Flu joga em cima do que o Katuca levou ao Duque e vence. Vacilões da noite: Andrada; Paulo César Puruca, Moisés, Renê e Alfinete; Alcir, Gaúcho e Buglê; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite (Dé) e Luis Carlos Lemos.              

 

domingo, 27 de julho de 2014

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA

 
Cléa
Yara
À sua esquerda, você vê a beleza da morena angicalense Cléa Mata Carvalho. À direita, a sua filha Yara. Não menos bela do que a mãe, confere? Digamos que o Seu Ariston Wanderley de Carvalho, o pai da primeira, bateu um papinho com a cadeia genética familiar, e proibiu desvios de conduta. À direita, a sua filha Yara. Não menos bela do que a mãe, confere? Cléa nasceu em Angical, no Oeste da Bahia, terra de mulheres lindíssimas. Adolescente, foi estudar em Belo Horizonte, a convite do tio Francisco Wanderley, que era um playboy solteirão e queria a companhia de sobrinhos, para alegrar a sua casa. Morando na Rua Romano Stochieiro, no bairro de Funcionários, rapidamente, a bela morena angicalense fez amizade com a galera, pois a sua simpatia e alegria de menina da Bahia contagiou a todos. Evidentemente, logo um mineiro de BH se apresentaria como candidato a maridão. E não deu outra. Mas Cléa não queria ser só dona de casa. Na época em que as mocinhas nem ousavam falar no "Partidão", ela foi à luta. Se o maridão achou ruim, ela o mandou passear, mesmo já com dois filhos. E virou líder de categoria. Passou a rodar por todo o Brasil, participando de encontros e congressos do interesse de sua categoria. Uma guerilheira! Atualmener, trabalha na Universidade Federal de Minas Gerais.
Quanto à belíssima Yara, o mineirinho que se encantar com esta gatinha fará o mesmo que ganhar na MegaSena. Alguma duvida?

VASCODATA


sábado, 26 de julho de 2014

FERAS DA COLINA - KOSILEK

Kosilek e Buglê, campeões carioca-1970,
reproduzidos da revista Fatos&Fotos
Conta-se que o Vasco da Gama gostara muito de um atacante do Coritiba e telefonara ao clube paranaense, sondando a compra do passe de um jogador loirinho e com nome de polonês, começando pela letra “K”. Era só do que lembravam em São Januário.
Para não perder o dinheiro vascaíno, o Coritiba enviou Kosilek, que tinha as características descritas pelo Vasco que, na verdade, queria Krüger, seu companheiro de  dupla de ataque, maior ídolo do time e garoto-propaganda em projetos comerciais.
KOSILEK SEMPRE sempre sustentou que a tal história fora inventada pelo presidente do Coritiba, Evangelino Costa Neves, para se promover, dizendo que passara a perna nos “portugas”.  
 Kosilek era um bom atacante. Durante as temporadas 1968/1969, matara a pau no ataque do Coritiba, marcando 40 gols entre jogos oficiais e amistosos, sendo destaque na campanha bi estadual.
 NO ENTANTO, Kosilek não conseguiu  emplacar na Colina, como no 7 de setembro de 1969, quando marcou os dois tentos de Vasco 1 x 2 Coritiba, pela Taça de Prata (um dos embriões do Brasileirão) e foi uma das maiores figuras da partida. Terminou barrado, por Valfrido, e só disputou cinco jogos do Campeonato Carioca-1970, quando a “Turma da Colina” quebrou o tabu, de 12 anos, sem títulos estaduais.
 Em São Januário, Kosilek chegou com 26 de idade, pesando  79 quilos e medindo 1m80cm, bela estatura para um centroavante. Custara Cr$ 200 mil cruzeiros (moeda da época) e levou Cr$ 20 mil, de luvas (antigo arranjo financeiro), para compensar os 15% sobre o valor do passe (antigo atestado liberatório do atleta), pois ele ainda não tinha direito ao benefício.       
DEPOIS DO SEU pouco tempo como cruzmaltino, Kosilek foi para o Vitória-BA e voltou ao Jandaia-PR, onde encerrou uma trajetória iniciada no Corinthians e que inclui também o Internacional, na década-1960. Confira os jogos vascaínos dele: 22.02.1970- Vasco 0 x 2  Flamengo; 24.03.1970 -  1 x 0  Rio Branco-ES;05.04.1970 - 0 x 2  Bangu; 26.04.970 -  1 x 0  América-RJ; 01.05.1970  0 x 0 Flamengo;03.05.1970  2 x 0  Desportiva-ES;  10.05.1970 -  0 x 2  Flamengo; 01.08.1970 - 1 x 0  Olaria; 09.08.1970 - 1 x 0  Flamengo;15.08.1970 -  2 x 0  Portuguesa-RJ; 13.09.1970 - 3 x 2  América-RJ;20.09.1970 - 0 x 2  Fluminense;17.10.1970  - 5 x 1  Santos-SP;04.11.1970 -  4 x 0  CSA-AL.
 Portanto, 14 jogos, com 9 vitórias, um empate e quatro escorregadas, marcando só dois gols, no 1’ x 0 América-R|J e nos 4 x 0 CSA-AL.  
NASCIDO EM SÃO PAULO, em 3 de abril de 1944, João Kosilek Júnior era filho de um alemão coma uma iugoslava, começou a carreira como juvenil do Corinthians, em 1962. Chegou a fazer uma partida pelo time principal, mas sem balançar a rede. Entre 1963/1964, foi para o Internacional-RS, como parte do pagamento do passe do goleador Flávio “Minuano”. Dos Pampas, saiu para ser campeão paranaense da Série B-1965, com o Jandaia, que o segurou até 01.12.1967, quando o Coritiba o levou.
 SAÍDO DA COLINA, Kosilek passou por Vitória-1971; Água Verde-PR-1972; Bangu e Campo Garnde-RJ-1973; Rio Branco-ES-1974 e, finalmente, Jandaia-1977.
Kosilek (D) ao lado de Krüger, em publicação histórica
editado pelo Coritiba, em 2016
 Kosilek jamais procurou desculpas para o seu insucesso na Colina.
 À “Revista do Esporte” Nº 575, de 25 de julho de 1970, ele disse ter estranhado a troca de time, mas não vira a adaptação como a causa do desacerto.
 “Não posso reclamar do Vasco. Encontrei bons companheiros... sempre mereci o máximo respeito e confiança dos treinadores, mas nada adiantou. Não acertei mesmo...”, foi franco.
 Depois de encerrar a carreira de atleta, ele tornou-se comentarista esportivo da Rádio Cidade de Jandaia. Viveu por 61 anos, até 15 de fevereiro de 2005.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

VASCO DAS PÁGINAS - PARREIRA

“Tenho muita fé no Vasco, porque ele será uma força no campeonato (estadual)”. Quem disse isso foi o então preparador físico Carlos Alberto Parreira, pela “Revista do Esporte” Nº 520, de 22 de fevereiro de 1969. Na época, ele fora contratado pela diretoria do presidente Reinaldo Reis, para substituir Paulo Baltar. Prometia: “...daremos muito trabalho a todos.  Vasco terá fôlego para correr os 90 minutos e mais alguns, se for preciso”.
Parreira chegou à Colina errando no palpite. Naquele 1969, o time vascaíno fez uma temporada fraca, de saída,  naufragando durante a travessia da Taça Guanabara. Escorregou até diante do Bonsucesso (0 x 1, em 26.07). Afundo, também, contra o América (0x1, em 17.07) e o Flamengo (1 x 2, em 05.08). Pra minorar os prejuízos, empatou com o Bangu (0 x 0, em 12.07) e o Fluminense (0 x 0, em 20.07). Terminou em sexto lugar, só conquistando duas vitórias, em sete jogos: sobre o fraco Campo Grande (1 x 0, em 29.06) e contra o Botafogo (3 x 0, em 06.07).
PRIMEIRO TURNO -  Rolava o Campeonato Carioca e a promessa de Parreira seguia “inchegável”. O time vascaíno colocou-se em quinto lugar, com 13 pontos, em 11 jogos, inclusive, apanhando feio do maior rival, o Flamengo, por 0 x 3 (11.05) – perdeu, ainda, para o Fluminense (1 x 2, em 21.04) e o Botafogo(0 x1, em 04.05). E, como durante a Taça GB, seguiu sem conseguir dobrar o Bonsucesso (0 x 0, em 06.04) e o Bangu (1 x 1, em 16.03). Diante do América, empatou (2 x 2. em 13.04). Das vitórias, duas foram apertadas: contra a Portuguesa-RJ (1 x 0, em 29.03) e o Olaria (2 x 1, em 23.03). Só contra o São Cristóvão (4 x 1, em 08.03), Madureira (6 x 0, em 26.04) e o Campo Grande (4 x 0, em 01.05), a torcida não reclamou.    
Carlos Alberto Parreira foi preparador físico do Vasco na temporada-1969 
 RETURNO - Com apenas oito clubes, o Vasco ficou em terceiro lugar, somando nove pontos em sete jogos, o que não deixou de ser uma melhora. Afinal, empatou com Fla (1 x 1, em 08.06) e Flu (0 x 0, em 25.05) e venceu o Botafogo (2 x 0, em 04.06). Também, na conta, enfim, vitória sobre o América (1 x 0, em 21.06) – e sobre a Portuguesa (3 x 1, em 31.05). Mas seguiu enganchando em Bonsucesso (0 x 0, em 14.06) e Bangu (1 x 217.05). No somatório dos dois turnos, ficou em quarto lugar, totalizando pontos, atrás de Flu, Fla e Bota. O pior momento vascaíno na temporada-1969, no entanto, foi o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a chamada Taça de Prata: nono e último colocado do seu grupo (B), vencendo apenas duas partidas (3 x 1 Atlético-MG , em 13.09,  e 3 x 0 Santa Cruz-PE, em 27.09).
 O restante foi pisadas na bola – quatro empates e 10 derrotas, incluindo uma série de 12 jogos sem vitórias – 1 x 1 Bahia (01.10); 1 x 3 Flamengo (05.10); 0 x 2 Botafogo (11.10); 0 x 0 América-RJ (19.10); 1 x 2 Corinthians (25.10); 0 x 2 Internacional-RS (01.11); 0 x 0 Grêmio (05.11); 0 x 1 Cruzeiro (09.11); 0 x 1 Palmeiras (12.11); 0 x 3 São Paulo (16.11); 1 x 2 Santos 19.11) e 0 x 1 Portuguesa de Desportos (22.111).       
CARIOCA - Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 1943. Chegava Carlos Alberto Parreira, para diplomar-se, pela Escola Nacional de Educação Física e Desportos-ENEFD, em 1966. No futebol, começou como preparador físico do São Cristóvão, que tinha seu time principal dirigido por Zé do Rio. No “Santo”, ocupou, também, o cargo de treinador dos aspirantes, que, as vezes, não reuniam um time completo para jogar, como mostra a foto. 
 Parreira contou à “Revista do Esporte” que, ao chegar ao Vasco, viu a necessidade de mudar a mentalidade da rapaziada, com relação aos treinos físicos. Então, passou a mesclar recreação com a parte científica. Por aquela época, ele via o futebolista brasileiro muito mais  “jogador” do que “atleta”. E explicava: “Na Europa, todo jogador, antes de tudo, é um atleta. Treina pela manhã e à tarde, sem reclamar”. Admirava, sobretudo, o trabalho desenvolvido na então Alemanha Ocidental, onde fez estágio, às suas custas, e aprendeu os métodos do treinador do selecionado nacional, Helmut Schoen.
 Antes de ser contratado pelo Vasco, Parreira decidiu pesquisar os trabalhos físicos de várias equipes brasileiras. E ficou decepcionado com o que viu. “Jogadores que não se interessavam pelo treino, que não demonstravam animação pelo que estavam fazendo”, contou à “RE”, acrescentando que a constatação lhe dera a noção do que fazer em São Januário. 
 BANGUENSE - Nascido no bairro de Bangu e criado em Padre Miguel, Carlos Alberto Parreira partiu para a carreira de treinador quando inscreveu-se no Ministério das Relações Exteriores, para disputar uma vaga de trabalho no futebol de Gana. Ganhou a parada e foi viver a sua aventura africana. Na volta, a convite de Admildo Chirol, assumiu a preparação física do Vasco e da Seleção Brasileira.
 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

VASCO DAS PÁGINAS - JAIR MARINHO

Reserva de Djalma Santos, durante a Copa do Mundo-1962, no Chile, o lateral-direito Jair Marinho, passou pelo Vasco, em 1967. Depois de consagrar-se pelo Fluminense (1954/1963), ele foi defender a Portuguesa de Desportos (1964/1965). No mesmo 1965, mudou-se para o Corinthians. Mas não tirava a cabeça do RJ, por ser proprietário de cinco imóveis alugados, em Niterói, e não tinha ninguém para fazer as cobranças aos inquilinos. Nada como ter amigos na praça. Ao tomar conhecimento dos problemas do seu jogador, o treinador Zezé Moreira negociou, com a diretoria corintiana, o empr4éstimo de Jair Marinho à “Turma da Colina”, para que ele resolvesse a sua vida no seu Estado. E, assim, um grande adversário tornou-se um cruzmaltino, por pouco tempo. Em 1968, já estava no peruano Alianza Lima – encerrou a carreira, em 1970, pelo Campo Grande-RJ.
Jair Marinho de Oliveira nasceu em  17 de julho de 1936, em Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro.  Filho de Francisco Marinho de Oliveira e de Leonor Albino Nascimento, foi cria do Flu, que o profissionalizou, em 1954. O meia vascaíno Lorico, no início da década-1960, o acusou de ser um jogador violento. Talvez, por isso, o seu apelido era “Jacaré”, por ser “mordedor”.  Jair Marinho tinha uma altura boa para os laterais-direitos do seu tempo, 1m70cm. Jogava quase sempre pesando 74 quilos, mas enrolava-se muito com a balança, que cobrava-lhe manter a cintura na marca dos 85cm. Com cabelos castanhos e professando a religião católica (devoto de Nossa Senhora das Graças e de São Jorge), ele confessava-se adorador de praia e de cinema. Ele disputou cinco jogos pela Seleção Brasileira, sem marcar gols. Aliás, só marcou dois em sua carreira: um pelo Fluminense e o outro pelo Corinthians.         
 

                   

 
 
 
 
 


quarta-feira, 23 de julho de 2014

VASCO DA GAMA 2 x 0 PONTE PRETA

Thalles e Diego Renan resolveram a parada
O Vasco ficou mais perto das classificação à quarta fase da Copa do Brasil, com os gols do lateral-esquerdo Diego Renan e de o atacante Thalles, ambos não segundo tempo do jogo disputado na casa do adversário. Na próxima quarta-feira, a "Turma da Colina " decide a vaga, em São Januário.
O primeiro tento cruzmaltino saiu aos.. minutos. Douglas fez um lançamento, sob medida, para Diego Renan matar a bola no peito, sair na frente do marcador e bater cruzado para o canto esquerdo do goleiro Roberto: 1 x 0. No segundo gol, Kleber "Gladiador" chutou ao gol, Roberto defendeu, mas deu rebote. A bola sobrou limpa para Thalles mostrar oportunismo e ampliar ao placar: 2 x 0.
Nas duas fases anteriores, Vasco eliminou o Resende-REJ, com 0 x 0 e 1 x 0, e o paraibano Treze de Campina Grande, com 2 x 1 e 1 x 1.
                                               CONFIRA A FICHA TÉCNICA
Douglas (D) decolou um "lançamentaço" para o gol de abertura da contagem
23.07.2014 (quarta-feira) - Vasco 2 x 0 Ponte Preta - Copa do Brasil. Estádio: Moisés Lucarelli, em Campinas-SP.  Juiz: Renda: R$ 58.820,00. Público: 3.594 pagantes Gols: Diego Renan, aos 10, e
Thalles, aos 16  minutos do 2º tempo. VASCO: Martín Silva; Carlos César (André Rocha), Luan, Douglas Silva e Diego Renan; Guiñazu, Aranda, Fabrício e Douglas (Dakson); Thalles (Yago) e Kléber. Técnico: Adilson Batista. PONTE PRETA: Roberto; Daniel Borges, Raphael Silva, Luan e Magal; Adilson Goiano, Juninho, Alef e Adrianinho; Edno (Rossi) e Alexandro (Rafael Costa). Técnico: Jorge Parraga (interino).

terça-feira, 22 de julho de 2014

COMANDANTES DE ESQUADRA- RENATO - 1

Em 2006, a Confederação Brasileira de Futebol elegeu Renato “Gaúcho” Portaluppi o segundo melhor treinador do país na temporada. Esquisito, pois o Vasco terminara o Brasileirão na sexta colocação. Explicação? Só o vice-campeonato da “Turma da Colina” na Copa do Brasil. Na verdade, uma vergonha para a torcida cruzmaltina, pois o time de um dos melhores atacantes do futebol brasileiro da década-1980 acovardou-se na decisão contra o Flamengo. 
 No primeiro jogo, em 19 de julho, o Vasco entregou-se e caiu, por  0 x 2, diante de uma equipe de mesmo nível técnico – Cássio; Wágner Diniz, Fábio Braz e Jorge Luiz; Diego, Ives, Andrade, Morais e Ramon (Abedi); Valdiram (Ernani) e Edílson deram o vexame,  completado, por 0 x 1, no outro encontro, uma semana depois, com o time sendo: Cássio; Wagner Diniz, Fábio Braz, Jorge Luiz e Diego; Ygor, Andrade (Abedi), Ramon (Valdiram) e Morais (Ernane); Edilson e Valdir Papel.
 
PATÉTICO - Renato “Gaúcho” fez bonss trabalhos em outros clubes, mas no Vasco, que o contratou, pela primeira vez, em 2005,  deixu resultados inaceitáveis. O pior? A goleada sofrida ante o Clube Atlético Paranaense, a maior da história do clube, por 2 x 7, em 27 de julho de 2005, pela 15ª rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Aconteceu na Arena da Baixada, em Curitiba-PR, diante de 8.633 pagantes – Elinton; Luciano, Gomes, Éder e Wágner Diniz; Ygor, Felipe Alves, Morais (Fernandinho) e Diego; Alex Dias e Ânderson (Elbinho) foi o time – diante do mesmo Atlético-PR,  em 11 de junho de 2006, o Vasco de Renato há amargaara 4 x 6, no mesmo estádio, com:Cássio; Thiago Maciel (Wagner Diniz), Jorge Luiz, Dudar e Diego; Ygor, Andrade (Fábio Junior), Coutinho (Mádson) e Ramon; Jean e Leandro Amaral.
 Em 2007, Renato foi demitido, mas voltou ao Vasco, em setembro, para derrubar o clube à Série B do Brasileirão, na temporada seguinte: em 7 de dezembro de 2008, dentro de São Januário, nos 0 x 2, ante o Vitória da Bahia. No primeiro turno, seu time já levara 0 x 5, em Salvador – a turma do jogo da queda:  Rafael: Wagner Diniz, Jorge Luiz, Odvan e Johnny (Leandro Bomfim); Jonílson, Mateus (Faiolli), Madosn e Alex Teixeira; Leanddro Amaral e Edmundo.
 
MARACANGUCHO -  Antes do que você leu, em 4 de abril,  dentro do Maracanã, a torcida vascaína já tivera um grande dissabor com o time de Renato Portaluppi, eliminada da Copa do Brasil, pelo Gama-DF, quando  armara uma festa para comemorar a marcação do milésimo gol de Romário (pelas contas dele). Acreditando, 32.681 torcedores deram as caras, e quase não viram o “Baixinho” pegar na bola.
Com um minuto, Rodrigo Ninja fez Gama 1 x 0. Aos 15, Renato empatou. Aos 48 do segundo tempo, Marcelo Uberaba humilhou o time de Renato “Gaúcho”, com um chute de longe.  Em seguida,  Evandro Rogério Roman-PR, apitou o final do vexame para: Cássio; Wagner Diniz, Fábio Braz, Dudar e Rubens Junior (Guilherme); Roberto Lopes, Amaral, Renato (Abedi) e Morais (Conca); Leandro Amaral e Romário.  O Gama, que era treinado por Gílson Kleina, alinhou:  Juninho; Cléber Carioca, Augusto, Dênis e Márcio Goiano;  Ricardo Araújo, Valdeir (Lei), Rodrigo Ninja e Marcelo Uberaba; André Borges (Índio) e Neto Potiguar.   

VASCO 2 x 4 FIGUEIRENSE-SC foi mais um dos grandes vexames de Renato “Gaúcho”, por ter sido um dos que levaram o time à Série B do Brasileiro-2009 – 28º rodada do Brasileirão, com 18.904 presentes, em São Januário, em 4 de outubro de 2008. Sua equipe esteve tão bisonha que, aos 14 minutos do segundo tempo, perdia por 0 x 4 – Leandro Amaral, aos 21, e Edmundo, aos 43 do segundo tempo, fizeram seus gols. A patota do “Gaúcho” tinha: Tiago; Baiano  Eduardo), Eduardo Luiz, Fernando e Valmir (Pedrinho); Victor, Madson e Alex Teixeira; Edmundo, Leandro Amaral e Alan Kardec.
Em 4 de outubro de 2006, também foi tétrico. Valendo pela 27ª rodada do Brasileiro, o Vasco de Renato “Gaúcho” levou 1 x 5 do São Paulo, sofrendo gols de goleiro (Rogério Ceni, de pênalti), e de zagueiros (Fabão e Miranda).  E ainda teve Andrade marcando um gol contra. Vexaminosos:  Cássio; Claudemir, Fábio Braz, Jorge Luiz e Diego Correa; Ygor, Andrade, Amaral, Abedi e Madson; Leandro Amaral (Jean).
 
 
 
 
 
DE SAÍDA - No início da temporada, Renato “Gaúcho” já tivera o Vasco levando 5 x 3 do Botafogo, na reabertura do Maracanã, que passara nove meses em reformas. Era o dia 22 de janeiro daquele 2006, e de nada adiantaram os três gols marcados por Romário.   O time de Roberto; Wagner Diniz, Éder, Fábio Braz e Diego (Bruno); Ygor, Andrade, Fábio Baiano (Abedi) e Morais (Willian); Alex Dias e Romário não segurou a onda. Pra piorar, em 25 de maio, levou mais: 1 x 4 do rival alvinegro.
Não deu! Renato não conseguiu fazer o seu trabalho explodir na Colina. Que pena!  Nascido em 9 de setembro de 1962, em Porto Alegre, ele foi um cracaço do Grêmio, do qual é o maior ídolo. Com sucesso, passou, também, por Flamengo, Botafogo, Fluminense, Cruzeiro-MG e Atlético-MG e Seleção Brasileira. Na italiana Roma, rendeu pouco. 

 

 























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