Candidato por uma coligação de centro-direita, o escritor Vargas Llosa tentou presidir o Peru, em 1990, após desencanar-se do marxismo, do socialismo e da revolução cubana de Fidel Castro. Achou sensato adotar posturas mais liberais e venceu no primeiro turno do pleito presidencial peruano. Mas levou uma tremenda virada de placar no returno, diante do corrupto e abusador de direitos humanos Alberto Fujimori.
Inconformado com a derrota presidencial, Varga Llosas abandonou o seu
país, obteve cidadania espanhola e, 13 décadas depois, voltou à sua pátria e
apoiou a cadidatura que perdeu mais uma eleição – para Alan Garcia.
Enquanto Vargas Llosa vagava pela Europa até ganhar o Prêmio Nóbel de Literatura-2010, a crítica literátia o considerava o escritor de impacto internacional de mais respeito entre os latino-americanos. Inclusive, o adversário Alan Garcia viu o sucesso dele como “reconhecimento a um peruano universal”. De sua parteo, Fujimore ditava regras no Peru e chegou a obter apoio popular no tocante ao desempenho econômico do país. Um dia, porém, diante de tantas acusações de corrupção e de abusos dos direitos humanos, teve de fugir (para o Japão) e tentou renunciar ao seu governo por fax. Mas O Congresso Nacional peruano a rejeitou, para defenestrá-lo do poder via impeachment.
Para quem defendera a revolução cubana, nada para ser levado a sério.
Vargas Llosa era um anjinho – nem tanto!
Corria 2021 e o escritor peruano Prêmio Nobel de Literatura entrava para
ao time dos bandidos, acusado de envolver-se em esquema fraudulento, criando
empresa (Melek Investments), no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas,
para guardar a grana dos seus direitos autorais. Em 2015, ele havia declarado
como seu endereço residencial o bairro de Barranco, na peruana Lima. No
entamto, o site peruano RPP e espanhola Agência Literária Carmen Balcells
investigaram suas declarações fiscais, no Peru e na Espanha, e divulgaram que o
Prêmio Nobel-2010 fora “concedido à empresa de Llosa e que ele não era
residente em nenhum dos dois países” – dá um conto, por sinal, nada
original.
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