A revista carioca Manchete, criada pelo ucraniano (naturalizado brasileiro) Adolpho Bloch, foi uma das semanárias que mais coloriu o futebol brasileiro. Lances de grandes jogos, conquistas de taças, grandes esquadrões posados, redes balançando, nada escapou das lentes dos seus fotógrafos que clicavam o melhor do futebol, também, para as coligadas Manchete Esportiva e Fatos & Fotos.
Quem quiser ver a história fotográfica do primeiro título da Seleção Brasileira em Copas do Mundo (na Suécia) é só procurar um arquivo público ou colecionadores. Está tudo lá, em textos, fotos e até personagens contando as suas glórias. Em 1962, época do bi (no Chile), a história foi contadas com mais cores, por conta de mais tecnologia chegada à imprensa brasileira. Por ali, vimos o capitão Mauro Ramos de Oliveira repetindo o Hideraldo Luís Bellini da capa de Manchete Esportiva de 1958, o drama do ‘Rei Pelé”, carregado nos braços do massagista após contusão que o tirou do Mundial, e, como não poderia faltar, o gol de Vavá que fechou a campanha nos 3 x 1 Tchecoeslováquia.
A história dos grandes times fo futebol brasileiro poderia ser testemunhada, também, nos salões de barbeiros de todo o país. Manchete os homenageava, por duas páginas, e eles iam parar nas paredes diantes de tesouras e navalhas. Só uma vez, em 1953, a concorrente O Cruzeiro fez isso, quando o Vasco da Gama (campeão carioca-1952) tirou o quase imbatível Expresso da Vitória dos trilhos.
O primeiro encontro de Manchete com o esporte (foto ali em cima) se deu sem nada a ver com o esporte. Seu Nº 1 chegou às bancas de revistas na última semana de abril de 1952, com 30 mil exemplares distribuídos só no Rio de Janeiro e em São Paulo, com 40 páginas e apenas quatro anúncios. Um deles comparando as qualidades de um jóquei vencedor ao aparelho de barbear Tech e à lâmina Gillette Azul, “feitos um para o outro” – O Cruzeiro da semana circulou com 400 mil exemplares, 130 páginas e 70 anúncios.
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