Vasco

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O VASCO PELOS VASCAÍNOS - FELHBERG


                                          CAMPEONATO LABORATÓRIO
                                                           Carlos Fehlberg (*)


E o campeonato carioca continua sendo o grande desafio do Vasco. Já faz tempo que, por razões as mais diversas, entre as quais se insere a arbitragem, sua campanha é prejudicada no estadual.
Ontem, o jogo terminou sob reclamações diante do gol anulado no minuto final. No ano passado os erros em favor do Flamengo no turno e returno provocaram  também muita revolta. Agora deve ser a vez de Eurico Miranda dizer o que acontece e enfatizar o planejamento do clube para amenizar as frustações, mas sem poupar os erros de juízes. 
A atuação da equipe, porém,  não deve ser esquecida. A rigor, melhorou na metade do segundo tempo, diante de modificações e após sofrer o gol adversário. Deu algum resultado,  logrando um empate, mas poderíamos ter vencido.  Quanto à arbitragem, não deixa de chamar a atenção. Vale enfatizar, mais uma vez, a má sorte vascaína com juízes no campeonato estadual, algo que já vem de longe. 
 E A EQUIPE? - Choros à parte, a avaliação da equipe do Vasco leva logo a uma conclusão: ela não está definida, e o novo treinador está na fase de experiências. Tem dúvidas sobre o meio campo e o ataque, diante da irregularidade constatada e de um elenco inchado.  Nem o meio campo e nem o ataque estão definidos   Isso  tudo leva a uma conclusão inevitável: o estadual virou mesmo laboratório.  

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Em parte não chega a ser um fato novo ou uma situação vexatória, pois terminamos muito mal 2014, obtendo a volta à elite nos últimos jogos.  Há tempo de reorganização, mas seria bom que a direção deixasse tudo isso claro, para que a torcida fique conscientizada e deixe de sofrer, apoiando mas sabendo que, por ora, estamos vivendo uma fase de  experiências. Apenas.
 O JOGO - Chamou atenção a diferença de atuação do Vasco nos dois tempos. O primeiro  sem criatividade e nem força, parecendo esperar que o gol surgisse naturalmente. Havia uma certa displicência. No segundo, após a voz do vestiário, o ritmo era outro, mas foi então que surgiu o gol adversário.
Alterações logo foram processadas e a reação surgiu: o empate, um gol no final anulado, algo que lembrou o carioca de 2014... Mas uma lição ficou clara na etapa final: o Vasco ainda não definiu sua equipe e vive uma fase de experiências, repito.  Alguém pode ter certeza, hoje, sobre o novo time para 2015?   Ainda não, e quando terá? Quem sabe dizer os 11 titulares no momento? Insisto em que o clube transformou o campeonato carioca numa aventura. A aposta está lançada. Menos mal se tivermos uma equipe definida ao término da disputa. O objetivo maior parece ser esse.
ATENÇÃO - As experiências que estão sendo feitas ainda não trazem muita tranquilidade ao aplicado Doriva. Thales, por exemplo, deixou de ser um meia atacante para ser centro avante, e fica próximo da área sob controle dos zagueiros. Em 2014 ele era meia esquerda atacante, e vinha de trás em boas arrancadas. Agora fica preso na área ou próximo dela.
  A armação do meio-campo ainda deixa a desejar. E os laterais não  avançam tanto pelas extremas. Lorran, que veio da seleção sub-20, ontem entrou no fim e pode ser uma boa solução. O fato é que o time titular ainda não está definido. Há uma disputa muito grande por vagas. Em resumo, o campeonato estadual virou mesmo um laboratório para o Vasco. Se ao seu final tivermos uma equipe definida, ótimo. Mas as disputas, pelo que se viu até agora, serão intensas e imprevisíveis.
(*) – Carlos Fehlberg é jornalista. Foi diretor de Zero Hora e do Diário Catarinense, por vários anos, e é vascaíno desde os tempos do ‘’Expresso da Vitória’’, que entrou nos trilhos a partir de 1945.

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