1 - Francisco
Ernandi Lima da Silva, palmeirense de 1986/87, e de 1989/90, e corintiano, em
1991. Também, o primeiro brasileiro a jogar no futebol inglês, no
Newcastle-1987/88, além de ter tido incursões pelo Sporting, de Portugal e por
dois clubes japoneses. Mais? Quinze jogos e 10 gols pela seleção brasileira
olímpica e quatros partidas e um tento pela seleção principal. 2 - Isaílton Ferreira da Silva, corintiano, de
1996 a 1999. 3 - Glaucio Rocha Azevddo, banguense, de 1980 a 1982. Estes três atacates – o primeiro, cearense, o segundo, pernambucano e o terceiro mineiro - marcaram muitos gols e ganharam o mesmo apelido
por conta de um xará que os precedera no Corinthians. Vejamos a história
de Mirandinha I.
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Samarone, Rivellino e Mirandinha corintianos
- Levante, menino! Homem que é homem não
fica até as oito horas na cama. Jogador, pra aprender as coisas da bola,
precisa treinar muito” – falava, diariamente, e muito cedo, o Seu Sebastião
Miranda da Silva, chamando o filho pra ensinar-lhe a cabecear, chutar, etc, em
um terreno baldio de Sã José do Rio Preto – o sonho do homem era ver o filho artilheiro
de um gande clube, ganhando a fama e o dinheiro que ele não ganhara como lateral-direito,
com o apelido de “Magia”, dispensado do São Paulo por ser baixinho.
Lá pelas tantas, jogando bola, “na várzea”, como os paulista se referiam aos
campos de futebol, o garoto que os amigos o chamavam por Mirandinha – Sebastião
Miranda da Silva Filho – foi visto por Oswaldo Bertolino, treinador dos
aspirantes do América, de São José do Rio Preto, que o considerou um atacante
abusado. E o convidou para se incorporar à sua patota. Convite aceito, lançou-o
em seu ataque, sem dar-lhe nenhum treino - começava, por ali, a saga de
Mirandinha.
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Mirandinha sofreu fratura grave jogando pelo São Paulo
Era 1968 e, logo, o garoto tornou-se o
artilheiro do América-SJRP. Repetiu a dose, em 1969 e, em 1970, foi o principal
goleador do Campeonato Brasileiro de Juvenis, disputado em Santo Adré-SP.
Motivo para o grande Corinthians,
como sonhava o seu pai, pagar Cr$ 100 mil cruzeiros pelo passe do filho, uma
boa grana no cofre de um clube de interior. De sua parte, Mirandinha mostrou-se
investimento satisfatória, terminando o Campeonato Paulista-1971 com 17 gols marcdos,
um a menos do que o principal “matador”,
o César Maluco Lemos, do Palmeiras. No
Brasileirão, repetiu a vice-artilharia, com 11 tentos, quatro a menos do que
Dario, do Atlético-MG e que atuara mais vezes.
O
sucessso, então, bateu na casa dos Miranda da Silva, quando o Mirandinha
contava 19 de idade, jogando por um verdadeiro grande time - Ado; Zé Maria
Baldochi, Luís Carlos Gualter e Pedrinho Nepomuceno; Tião (Sebastião Carmo
Silva), Suingue e Rivellino; Caíto, Mirandinha e Aladim. Um dia, o Seu
Sebastião, ao qual o Mirandinha era muito ligado, deixou de existir. Fora como
se uma bomba tivesse explodido nos pés e na cabeça do filho.Transtornado pela
gande perda, o futebol de Mirandinha piorou, parecendo que ele havia se
esquecido de tudo o que aprendera. Virou sinômino de jogador lebréia,
principalmente, por conta de tantos gols perdidos. Assim, após 162 jogos e 50
gols com a camisas corintians, ele foi negociado com o São Paulo FC, em 1973.
POSTER PUBLICADFO POR ASCOLOR DA COPA DO MUNDO-1974
Mirandinha (C) agachado entre Carpegiani e Ademir da Guia
Pelo time tricolor do Morumbi, o então
“ex-goleador” Mirandinha retomou o seu status
de gande “matador”, com o treinador
Oswaldo Brandão. Se Aimoré Moreira o
havia recebido, no Corinthians, vendo-o centroavante veloz, chutando forte, com
os dois pés e sabendo se desmarcar, com facilidade. Só o via devendo no quesito
habilidade. Naa nova casa, aos 21 – nasceu em 26.02.1952, em Bebedouro-SP-, ele
retomou a boa forma e não demorou a conquistar a torcida são-paulina, marcando
12 gols, em 20 jogos.
Tudo ia bem para o Mirandinha, que chegara à
Seleção Brasileira - por sete partidas -
quatro delas pela Copa do Mundo da então Alemanha Ocidental – 18.06.1974 –
Brasil 0 x 0 Escócia; 22.06.1974 – Brasil 3 x 0 Zaire; 03.07.1974 - Brasil 0 x
2 Holanda; 06.07.1974 – Brasil 0 x 1 Polônia. Até que pintou o diao 24 de
novembro de 1974 em sua vida. Ele havia aberto o placar de São Paulo 3 x 0
América de São José do Rio Preto, quando, durante choque com o zagueiro
Baldini, saiu de campo com a perna esquerda fraturada. Passou por sete
cirurgias e só voltou aos gramados três temporadas depois, sem jogar o mesmo
futebol. Nesse tempo, o seu reserva, Serginho Chupala (Sérgio Bernardino) aconteceu - tornou-ser o maior golador
da história do São Paulo: 243 gols, em 401 partidas, entre 1973 a 1982.
Mirandinha e Pedro Rocha são-paulinos Como não dava mais para mantê-lo em seu grupo,
pelo qual disputara 93 prélios e marcrta 43 gols -, São Paulo livrou-se de
Mirandinha, em 1977, emprestando-o ao Tampa Bay, dos Estados Unidos, pois o
substituto Serginho Chulapa vinha
arrebentado. Depois, passou pelo Memphis Rogue e o mexicano igres, para voltar
ao Brasil e defender o Atlético Goianiense,em 1981. Já era um “cigano” quando
chegu ao Taubaté-SP, em 1982, e ao ABC-
RN, em 1983. Naquela mesma temporada, Mirandinha veio para o pobretãozérerimo Clube de Rgatas Guará do
desprestrigiadíssimo futebol candango. Paracia o seu fim de linha. Mas ele
ainda teve fôlego para vestir mais as camisas do Douradense-MT (1983); União
Mogi-SP, Saad e Independente de Limeira,
todos paulistas, em 1984, e Pinhalense-SP, em 1985.
FOTO DO ACERVO DE WANDER ABDALLA
Mirandinha (C) no Clube de Regatas Guará
Quando jogou pelo Guará, de cidade satélite de
Brasília, Mirandinha contou que, ao sair do Brasil e passar por Estados Unidos
e México, ao anunciar à família que iria jogar em Goiás, um filho o indangou:
- Pai! Que língua a gente vai falar, por
lá?