Vasco

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

HISTÓRIAS DO KIKE - O PRIMEIRÃÃÃO MATADOR DA DINASTIA MIRANDINHA

1 - Francisco Ernandi Lima da Silva, palmeirense de 1986/87, e de 1989/90, e corintiano, em 1991. Também, o primeiro brasileiro a jogar no futebol inglês, no Newcastle-1987/88, além de ter tido incursões pelo Sporting, de Portugal e por dois clubes japoneses. Mais? Quinze jogos e 10 gols pela seleção brasileira olímpica e quatros partidas e um tento pela seleção principal. 2 -  Isaílton Ferreira da Silva, corintiano, de 1996 a 1999. 3 - Glaucio Rocha Azevddo, banguense, de 1980 a 1982. Estes três atacates – o primeiro, cearense, o segundo,  pernambucano e o terceiro mineiro -  marcaram muitos gols e ganharam o mesmo apelido por conta de um xará que os precedera no Corinthians. Vejamos a história de Mirandinha I.   
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                    Samarone, Rivellino e Mirandinha corintianos

- Levante, menino! Homem que é homem não
fica até as oito horas na cama. Jogador, pra aprender as coisas da bola, precisa treinar muito” – falava, diariamente, e muito cedo, o Seu Sebastião Miranda da Silva, chamando o filho pra ensinar-lhe a cabecear, chutar, etc, em um terreno baldio de Sã José do Rio Preto – o sonho do homem era ver o filho artilheiro de um gande clube, ganhando a fama e o dinheiro que ele não ganhara como lateral-direito, com o apelido de “Magia”, dispensado do São Paulo por ser baixinho.

 Lá pelas tantas, jogando bola,  “na várzea”, como os paulista se referiam aos campos de futebol, o garoto que os amigos o chamavam por Mirandinha – Sebastião Miranda da Silva Filho – foi visto por Oswaldo Bertolino, treinador dos aspirantes do América, de São José do Rio Preto, que o considerou um atacante abusado. E o convidou para se incorporar à sua patota. Convite aceito, lançou-o em seu ataque, sem dar-lhe nenhum treino - começava, por ali, a saga de Mirandinha.

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             Mirandinha sofreu fratura grave jogando pelo São Paulo  

Era 1968 e, logo, o garoto tornou-se o artilheiro do América-SJRP. Repetiu a dose, em 1969 e, em 1970, foi o principal goleador do Campeonato Brasileiro de Juvenis, disputado em Santo Adré-SP. Motivo para o grande Corinthians, como sonhava o seu pai, pagar Cr$ 100 mil cruzeiros pelo passe do filho, uma boa grana no cofre de um clube de interior. De sua parte, Mirandinha mostrou-se investimento satisfatória, terminando o Campeonato Paulista-1971 com 17 gols marcdos, um a menos do que o principal “matador”, o César Maluco Lemos, do Palmeiras. No Brasileirão, repetiu a vice-artilharia, com 11 tentos, quatro a menos do que Dario, do Atlético-MG e que atuara mais vezes.

 O sucessso, então, bateu na casa dos Miranda da Silva, quando o Mirandinha contava 19 de idade, jogando por um verdadeiro grande time - Ado; Zé Maria Baldochi, Luís Carlos Gualter e Pedrinho Nepomuceno; Tião (Sebastião Carmo Silva), Suingue e Rivellino; Caíto, Mirandinha e Aladim. Um dia, o Seu Sebastião, ao qual o Mirandinha era muito ligado, deixou de existir. Fora como se uma bomba tivesse explodido nos pés e na cabeça do filho.Transtornado pela gande perda, o futebol de Mirandinha piorou, parecendo que ele havia se esquecido de tudo o que aprendera. Virou sinômino de jogador lebréia, principalmente, por conta de tantos gols perdidos. Assim, após 162 jogos e 50 gols com a camisas corintians, ele foi negociado com o São Paulo FC, em 1973.

   POSTER PUBLICADFO POR ASCOLOR DA COPA DO MUNDO-1974

         Mirandinha (C) agachado entre Carpegiani e Ademir da Guia

 Pelo time tricolor do Morumbi, o então “ex-goleador” Mirandinha retomou o seu status de gande “matador”, com o treinador Oswaldo Brandão.  Se Aimoré Moreira o havia recebido, no Corinthians, vendo-o centroavante veloz, chutando forte, com os dois pés e sabendo se desmarcar, com facilidade. Só o via devendo no quesito habilidade. Naa nova casa, aos 21 – nasceu em 26.02.1952, em Bebedouro-SP-, ele retomou a boa forma e não demorou a conquistar a torcida são-paulina, marcando 12 gols, em 20 jogos.

 Tudo ia bem para o Mirandinha, que chegara à Seleção Brasileira  - por sete partidas - quatro delas pela Copa do Mundo da então Alemanha Ocidental – 18.06.1974 – Brasil 0 x 0 Escócia; 22.06.1974 – Brasil 3 x 0 Zaire; 03.07.1974 - Brasil 0 x 2 Holanda; 06.07.1974 – Brasil 0 x 1 Polônia. Até que pintou o diao 24 de novembro de 1974 em sua vida. Ele havia aberto o placar de São Paulo 3 x 0 América de São José do Rio Preto, quando, durante choque com o zagueiro Baldini, saiu de campo com a perna esquerda fraturada. Passou por sete cirurgias e só voltou aos gramados três temporadas depois, sem jogar o mesmo futebol. Nesse tempo, o seu reserva, Serginho Chupala (Sérgio Bernardino) aconteceu - tornou-ser o maior golador da história do São Paulo: 243 gols, em 401 partidas, entre 1973 a 1982.        

                         Mirandinha e Pedro Rocha são-paulinos

 Como não dava mais para mantê-lo em seu grupo, pelo qual disputara 93 prélios e marcrta 43 gols -, São Paulo livrou-se de Mirandinha, em 1977, emprestando-o ao Tampa Bay, dos Estados Unidos, pois o substituto Serginho Chulapa vinha arrebentado. Depois, passou pelo Memphis Rogue e o mexicano igres, para voltar ao Brasil e defender o Atlético Goianiense,em 1981. Já era um “cigano” quando chegu ao Taubaté-SP, em 1982, e ao ABC-

RN, em 1983. Naquela mesma temporada, Mirandinha veio para o pobretãozérerimo Clube de Rgatas Guará do desprestrigiadíssimo futebol candango. Paracia o seu fim de linha. Mas ele ainda teve fôlego para vestir mais as camisas do Douradense-MT (1983); União Mogi-SP, Saad e  Independente de Limeira, todos paulistas, em 1984, e Pinhalense-SP, em 1985.

                           FOTO DO ACERVO DE WANDER ABDALLA    

Mirandinha (C) no Clube de Regatas Guará

 Quando jogou pelo Guará, de cidade satélite de Brasília, Mirandinha contou que, ao sair do Brasil e passar por Estados Unidos e México, ao anunciar à família que iria jogar em Goiás, um filho o indangou:

- Pai! Que língua a gente vai falar, por lá? 




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