Primeiramente, o futebol carioca só tinha o “Clássico das Multidões”, nascido da rivalidade entre
Fluminense (pai) e Flamengo (filho). Depois, surgiu Vasco no meio do caminho deles, a partir de 1923, para tornar-se o maior rival dos rubro-negros e, com eles, quebrar todos os recordes de renda no futebol do Rio de Janeiro. E nasceu o “Clássico dos Milhões”.
Bellini teve de ir buscar a maricota" no filó |
Na tarde do domingo 4 de novembro de 1956, os vascaínos pintaram no Maracanã, para encararem os rivais. Foi um jogo duríssimo, com os flamenguistas cometendo 28 e os cruzmaltinos 22 faltas. Deram muito trabalho à arbitragem.
O Vasco começou mostrando que só admitia um resultado: a vitória. E mandou na partida até os 23 minutos do segundo tempo. Mando até bola na trave. Mas, com diz o ditado, quem não faz, leva, aconteceu. Faltando três minutos para o final da pugna, o ponta-direita rubro-negro Joel Martins enviou um passe aéreo para o centroavante Índio, que fez a entrega da pelota na rede: Fla 1 x 0.
O clássico rendeu Cr$ 2 milhões, 166 mil, 235 cruzeiros e 10 centavos, foi apitado por Eunápio de Queiroz e valeu pela quarta rodada do returno do Campeonato Carioca. O Vasco foi escalado assim, pelo técnico Martim Francisco: Carlos Alberto Cavalheiro, Paulinho de Almeida e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel; Sabará, Livinho, Vavá, Válter Marciano e Pinga. (fotos reproduzidas do Nº 51 da Manchete Esportiva de 10de novembro de 1956. A edição não credita as imagens, mas quatro fotógrafos tiveram trabalhos identificados em outras páginas: Jader Neves, Jankiel Gongarowski, Wilson Santos e Ângelo Gomes)
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