Coutinho formou com o Pelé a maior dupla fatal da história do Camisa 10. Depois, engordou muito e passou o cargo para Toninho Guerreiro. A partir de 1969, quando este deixou o Santos, o “Peixe” nadou muito para achar um camisas 9 que encaixasse bem do lado do “Rei”. Mas nenhum repetiu o sucesso de Wilson Honário e de Antonio Ferreira, isto é, de Coutinho e de Toninho.
Pelos últimos tempos de Pelé na Vila Belmiro,
foram tentados quatro atacantes: Nenê, Alcindo, Hélio Pires e Eusébio. Por
último, Cláudio Adão. O primeiro deles, Nenê (Belarmino de Almeida Júnior)
começou a mostrar futuro pelo time juvenil do Santos de 1968. Quando subiu ao
time A, atuva mais pela meia-esquerda, reforçando o meio-de-campo e permitindo a Pelé ir um
pouco mais à frente, e deixar Edu Américo sem a obrigação de recuar e fechar o
seu lado. Um dia, ele sofreu uma lesão, passou por cirurgias e duros meses em
tratamento. Como o “Rei” não poderia ficar sem um parceiro de área, foram
buscar o goleador gaúcho Alcindo (Martha de Freitas), que havia treinado e
jogado com o Pelé durante os preparativos par a Copa o Mundo-1966.
Alcindo era o homem de área que vivia de costas para o gol, levando porradas. Pela sua forma de jogar, nada de toques de bola, só briga dentro a área. Pouco revezamento com o Pelé pra fazer o terceiro homem do meio-de-campo. De tanto os becões acertarem os seus tornozelos, “de vez em sempre”, ele estava na enfermaria e de fora dos jogos. Motivo para o Santos tentar com com o garoto Eusébio (Euzébio Carlos de Jesus), de 21 de idade. De início, ele empolgou e o Pelé disse vê-lo “com futebol suficiente para substituí-lo”. Atuara em várias posições do ataque santista, mas era centroavante fixo na frente. Depois, passou a revezar-se com o Pelé, no reforço ao meio-de-campo, o que era pedido aos seus antecessores. Próximo da fila: Hélio Pires, um outro gaúcho, mas que vinha jogando no Paraná. Com toques de bola rápidos, muitas deslocações e vontade de entrar na área, a sua missão foi dar mais liberdade de ação para o Pelé. Não conseguiu muito e só ficou, em 1973, no Santos.
REPRODUÇÃO DE WWW.YOUTUBE.COM
Cláudio Adão esteve do lado de Pelé no time do Santos... Na verdade Cládo Adão não foi bem o último
parceiro do “Rei”. Formou dupla fatal com o Camisa 10 em seus dois últimos
jogos e fez parte dos últimos ataques com o Pelé, que teve outros camisas nove
do lado dele: Nenê e Eusébio, já mencionados, Adílson, Miranda e Clayton, estes
já completamente esquecidos.
FOTO MOSTRADA POR ADÃO QUANDO TREINAVA SOBRADINHO EC
... e acompanhou o 'Rei Pelé' puxando este ataque santista
Miranda teve
jogo em que substituiu Adilson e, prestigiado pelo treinador Tim
(Élba de Pádua Lima), em 1974, formou linha assim:
Fernandinho, Miranda, Pelé e Mazinho, com
Léo Oliveira e Brecha no meio-de-campo. De sua parte, Clayton, centroavante
revelado e que brilhou no Guarani, de
Campinas, entre 1971 e 1974, quando foi para o Santos, tinha físico avantajado
e chegou a ser pré-convocado para a Seleção Olímpica de 1971.
Cláudio Adão aprece em sua primeira escalação
santista no 10 de fevereiro de 1973, em Santo 0 x 0 Cruzeiro, no Pacaembu pelo
Campeonato Brasileiro. Substituiu Euzébio, no decorrer da partida e, pela
primeira fez, atuou ao lado de Pelé. Em maio, substitiu Pelé, no 1 x 0
Corinthians, pelo mesmo Brasileiro e no mesmo Pacaembu. E rolou a bola até as
datas 29 de setembro – Santos 0 x 1 Cornthians, pelo Campeonato Paulista, no Pacaembu – e 2 de outubro - - Santos 2 x 1 Ponte Preta, também, pelo
Paulistão, mas na Vila Belmiro, quando Pelé disputou as suas duas últimas
partidas oficiais com a camisa santista.
No Pacaembu, o Santos linhou: Cejas; Wilson Campos,
Marinho Perez, Oberdan e Zé Carlos; Léo Oliveira e Brecha; Adílson (Ferreira),
Cláudio Adão, Pelé (Mazinho) e Edu, dirigidos por Tim. Na Vila Belmiro, Cláudo
Adão marcu o segundo tento da vitória santistas por esta escalação: Cejas;
Wilson Campos, Vicente, Bianchi e Zé Carlos; Léo Olivira e Brecha; Da Silva,
Cláudio Adão, Pelé (Gílson) e Edu.
DETALHE:
Gilson Fidalgo Salgado, o Gilson
Beija-Flor, foi o último atleta a subsituir Pelé em uma partida. Tempos
depois, ele era vereador no Guaraujá-SP e foi o responsável pela interdição da
construção da mansão de Pelé, alegando que o ex-companheiro de Santos teria
avançado em um terreno público ao lado de sua casa. Rolou polêmicas e Pelé não
escapou de ressarciu à prefeitura do município para legalizar a obra. Gílson
saiu a Portuguesa Santista para o Santos, por empréstimo, em 1973, e voltou
para a “Lusinha”, em 1974.
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