Vasco

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quinta-feira, 29 de março de 2012

HISTÓRIAS DO KIKE - FALTOU COMBINAR COM RIVAL - CAMPEONATO BRASILIENSE

 O Brasília Esporte Clube (hoje, Futebol Clube) era o maioral do futebol brasiliense, indiscutivelmente. Tentava o tri, em 1978, e preparava-se para antecipar a festa, marcada para a noite de 13 de dezembro, no Serejão. 

 Adentraram as duas equipes ao gramado e ninguém acreditava que o time da Águia Branca, o Taguatinga, pudesse fazer o que o seu treinador Eurípedes Bueno, prometia: cada jogador seria um selo no corpo do adversário, além de Lindário tentar anular Péricles, o cérebro do Colorado do Planalto (apelido que não pegou). Mais:  Marquinhos Lelé foi mais zagueiro do que meia.

 Era grande a diferença técnica entre os dois times. O Brasília mostrava mais volume de jogo e enchia o saco da zaga alviazul taguatinguense. Ernani Banana atacava pela direita, tentando atrair marcação para descolar espaço livre para Edmar, pelo miolo, esquema incluía, também, cruzamentos para a área, a fim de Ney (Jorgeney Neri) tentare meter uma cuca legal na pelota centrada pelos laterais Ferreti e Luizinho.

 Como o Taguatinga só tinha os atacantes Kim e Wilton com ordens de atacar, sem meio-de-campo lançador, o jeito era o Brasília deitar e rolar pela meiúca, com Paulinho e Péricles. Eles faziam o que deveriam, mas a bola não entrava. Em duas oportunidades, Ney, em cabeçada, e Luizinho, em chute direto ao gol, fizeram o fanático diretor Zé de Melo comemorar o gol que não saiu - como não aconteceu por todas a etapa inicial.

 Veio o segundo tempo e uma grande surpresa para o favorito Brasília: o armador Zé Vieira virou super-homem no Taguatinga, aparecendo por onde poderia, para prender a bola, enquanto Lindário  e Lelé se viravam para segura Paulinho e Péricles. Sem bom rendimento de Albeneir, que não conseguia furar a zaga visitada, o treinador Cláudio Garcia o trocou por Wilmar e mandou Ernani Banana para o centro. Este chegou a perder grande chance de gol, chutando por cima do travessão, com gol vazio. Surpreendentemente, o retrancadíssimo Taguá criou duas, com Kim e Lindário  bobeando no instante da conclusão. Só restou ao locutor Marcelo Ramos, da Rádio Planalto, gritar: “Ocho no placar” – ‘ocho’ era a gíria radiofônica da épocas para o placar do 0 x 0.  

O anfitrião Taguatinga alinhou: Wilmar ‘Gato”; Aldair, Dão, Vâner e Araújo (Peninha); Marquinhos Lelé, Lindário e Zé Vieira; Kim, Wilton e Zé Carlos. O Brasília teve: Jonas; Ferreti, Emerson Braga, Jonas ‘Foca’ e Luizinho; Paulinho, Péricles e Ernani Banana; Albeneir (Wilmar) Edmar e Ney.                                                              

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