Vasco

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

TRAGÉDIAS DA COLINA - CORINTIANOS

1 - Há determinados tipos de gols sofridos que são considerados uma vergonha, pelo torcedor. O Vasco levou um deles, em 2 de julho de 1933, durante o Torneio Rio-São Paulo. Naquela oportunidade, papou um gol olímpico. A "Turma da Colina" enfrentava o Corinthians, no Estádio Alfredo Schuring, mais conhecido por Parque São Jorge, na capital paulista. Caiu, por 2 x 3, depois de virar o placar, para 2 x 1. Baianinho abriu a conta, para os anfitriões, Russinho empatou e Carreiro desempatou. No segundo tempo, Gallet voltou a deixar tudo igual, marcando o tento em cobrança de tiro livro direto, de escanteio. Por fim, Zuza fechou o placar, faltando 11 minutos para o encerramento da pugna. A moçada daquele vexame era dirigido pelo inglês Harry Welfare e formou com: Ruy (Jaguaré), Lino e Tuíca; Gringo, Fausto e Molla; Baianinho, Almir (Paranhos), Russinho, Sebo e Carreiro.
o grito do Ipiranga"!
2 - O Vasco não era campeão carioca desde 1958. Aproximava-se do final da temproada-1961, com chances de quebrar o tabu, mas, na rodada de 17 de dezembro, entregou o título, ao Botafogo, antecipadamente. Isso porque, enquanto os alvinegros venciam o América, por 2 x 1, os vascaínos perdiam, em casa, para o "freguesão" Olaria, por 2 x 3, sofrendo o "gol fatal"  a sete minutos do apito final do juiz Olavo Vítor do Espírito Santo. Detalhe: o tento da vitória olariense saiu com Navarro, que havia marcado um gol contra. Os "pisões" vascaínos do dia, comandados pelo técnico Paulo Amaral, foram: Ita, Paulinho, Bellini e Coronel; Nivaldo e Barbosinha; Sabará, Javan, Viladônega, Roberto Pinto e Da Silva. Pra piorar, na rodada seguinte, no dia 22, o Vasco perdeu do Botafogo, por 1 x 2, com o seu capitão Bellini sendo expulso de campo, por reclamação sobre um pênalti. De nada adiantou a rapaziada vencer o São Cristóvão, na últma rodada, por 2 x 1, pois o time cruzmaltino só chegou a 16 pontos, mesma quantidade da dupla Fla-Flu, ficando em quarto lugar ao final do returno. O Vasco até venceu mais e empatou menos do que os dois. Mas perdeu mais e sofreu mais gols – no turno, o Vasco foi o segundo colocado, com 14 pontos, quatro a menos do que o primeiro, o Botafogo

 3 - A política de comunicação do presidente Getúlio Vargas entregou  à Rádio Nacional do Rio de Janeiro os transmissores mais potentes do continente sul-americano. Com isso, os times cariocas até hoje dominam as torcidas nordestinas. E o Vasco é um dos dois maiores beneficiados. Para morder uma boa grana, tirando beira no prestígio cruzmaltino empresários armaram um jogo de despedida de Sócrates, entre Vasco e o Corinthians, clube que consagrou o “Doutor”, em Juazeiro  do Norte., no Ceará. E, daquela vez, o Padim Pade Cíco não fez milagre. A galera local esperava ver a "Turma da Colina" colocando água no chope da festa do “Doutor”, mas, daquela vez, o “Padim Pade Cíço” não fez milagre, não. Era 3 de junho de 1984 e a bola rolou no Estádio Mauro Sampaio. Só que o "Almirante" não conhecia os atalhos do sertão cearense e voltou a São Januário com três gerimuns na sacola. E o pior: sofrendo gols de jogadores com apelidos terríveis: Biro-Biro, Galo e Dicão. Sócrates não atuou pela partida inteira, tendo sido substituído por Careca. Já os "pisões" da Colina foram: Acácio; Edevaldo, Daniel Gonzalez, Ivã e Airton; Oliveira, Mario e Claudio José; Jussiê, Geovani e Vilson Tadei. Técnico:  Valinhos.

 4 - Os goleiros Mauro, à esquerda da foto (reproduzida da Revista do Esporte), e Miguel começaram como concorrentes no time juvenil do Vasco da Gama. O destino, porém, mandou o primeiro para o maior rival dos cruzmaltinos, tornando-o rubro-negro. De sua parte, o outro ficou em São Januário e sagrou-se “SuperSuperCampeão carioca”, em 1958. No dia 10 de janeiro de 1960, eles se reencontraram, no Maracanã, usando as camisas 1 dos seus respectivos times, evidentemente. Aquele “Clássico dos Milhões” valeu pelo Torneio Rio-São Paulo e quem saiu-se melhor foi o carinha da Gávea. Mauro, o ex-vascaíno, e mais 10  mandaram 1 x 0 na turma de Miguel, que era ele e Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel, na defesa; Écio e Russo, na cabeça de área; Sabará, Pinga (Teotônio), Delém, Roberto Pinto (Waldemar) e Roberto Peniche atacando, a mando do treinador “hermano” Filpo Nuñez.  Este blog vascaíno só divulga o nome de quem fez o gol porque o autor foi um cracaço, um dos maiores já surgidos na história do futebol, e merece a nossa admiração: Gérson de Oliveiras Nunes, aos 13 minutos. E o Vasco dançou durante o reencontro de velhos companheiros. Afinal, Bolero jogava no rival. (Veja a súmula completa da partida em Almanaque Vasco-1958).
 



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