Vasco

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terça-feira, 31 de julho de 2018

ÁLBUM DA COLINA - PÁGINA 1997

Edmundo e Evair, figuras que se destacaram durante a campanha do título brasileiro de 1997, em foto que o site oficial do Vasco (www.crvascodagama.coma.br)  lembrou durante as comemorações pelos 15 temporadas da conquista do nosso terceiro caneco brasileiro.
Naquele Brasileirão, aa "Turma da Colina" enfrentou o Palmeiras, por três vezes. Mandou 2 x 1 e empatou as duas finais, por 0 x 0, quando tínha 13 pontos a mais. Mesmo assim, por causa do regulamento, teve que lutar mais pelo caneco". Coisas que só acontecem no futebol brasileiro!

Edmundo and Evair, figures that stood out during the campaign of the Brazilian title in 1997 in photo reproduced the official site Vasco (www.crvascodagama.coma.br) remembering the 15 years of the conquest of the third brazilian cup. That Brasileirão, the "Group of the Hill" faced Palmeiras, three times. Won by 2 x 1, and tied the final two, with 0 x 0, was 13 points higher. Still, because of the regulation, it had to fight more for the pitcher. Things that only happen in Brazilian football.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

HISTORI&LENDAS DA COLINA - CUCADA

1  - Fazer gol com uma tremenda cabeçada tem algum segredo? Segundo Roberto Dinamite, isso depende de alguns fatores, como a colocação do cabeceador dentro da área; da sua impulsão; da chegada da bola (com ou sem efeito); se há combate de marcadores (em cima ou à distância), coisas assim. Para o maior “matador” da história cruzmaltina – 702 gols em 1.110 jogos –, a melhor fórmula para tentar o gol em jogada aérea é cabecear com os olhos abertos, de preferência tentando mandar a pelota para o chão, o que, garante, dificulta a defesa do goleiro. Na opinião de Carlos Roberto de Oliveira, se o cara cabecear direto para o gol, pode permitir uma grande defesa do arqueiro, como uma chamada “ponte cinematográfica”, desde que o camisa 1 tenha bastante reflexos. Assim, ele recomenda o cabeceio para o chão, lembrando que a pelota ganha mais impulso e, ao quicar no gramado, sempre vence o goleirão, por ganhar um efeito melhor.

2 - O uruguaio Peñarol é um tradicional freguês continental da “Turma da Colina”. Confira, a estatística: 04.02.1947- Copa Atlântico – Vasco 0 x 0 Peñarol; 08.04.1951 - amistoso - Vasco 3 x 0; 22.04.1951 – amistoso – Vasco 2 x 0; 16.01.1958 - amistoso – Vasco 3 x 1; 09.04.1963 -Torneio de Santiago do Chile – Vasco 3 x 2; 04.03.1967 - amistoso–Vasco 2 x 1; 03.09.1967 -Troféu Ramón de Carranza – Vasco 1 x 3; 20.02. 1982-Torneio de Verão do Uruguai – Vasco 1 x 0; 15.02.1983 - Torneio Bicentenário. Simon Bolívar – Vasco 1 x 2; 20.06.1997 - Supercopa da Libertadores – Vasco 3 x 1; 11.07.1997 - Supercopa da Libertadores – Vasco 1 x 1 Peñarol; 29.07.1999-Copa Mercosul - Vasco1 x 2; 31.08.1999 - Copa Mercosul - Vasco1 x 1 Peñarol; 01.08. 2000 - Copa Mercosul – Vasco 3 x 4; 07.09. 2000 - Copa Mercosul - Vasco1 x 1 Peñarol; 05.04.2001 - Taça Libertadores – Vasco 2 x 1; 02.05.2001 - Taça Libertadores – Vasco 3 x 1.

3 - Gols de Roberto Dinamite: Fluminense 43; América 30; Botafogo 28; Americano 27; Bangu 27; Flamengo 27; Goytacaz 22; Portuguesa 22; Bonsucesso 19; Campo Grande 18; Olaria 14; São Cristóvão 14; Madureira 12; Internacional 11; Corinthians 10; Volta Redonda 10; Operário 8; Vitória 8; Santos 7; Grêmio 7 e Goiânia 7.

4 - A maior goleada vascaína sobre o rubro-negro baiano, o Vitória, foi por 5 x 0, pelo Campeonato Brasileiro de 1980, na Fonte Nova. Roberto Dinamite é o maior “matador” desses “conflitos”, com 10 balas na agulha. Da vez em que a galera menos ligou para o duelo, em 16 de agosto de 2003, valia pelo segundo turno do Brasileirão de 2003, quando só 657 pagantes compareceram às bilheterias de São Januário. A maior sequência invicta do Vasco sobre o Vitória teve sete jogos e rolou de 02.07.1973 a 
13.12.75, com dois triunfos e cinco empates

5 - Os 13 primeiros jogos do confronto Vasco x Vitória foram em Salvador-BA, mas a pugna já foi exportada para outras quatro praças: Rio de Janeiro, Ipiaú, Feira de Santana e Camaçari. Cidade pouco conhecida do interior baiano, Ipiaú tem um estádio chamado Pedro Caetano e o jogo foi 0 x 0, em 07.12.1975. Em 13.12.1975, na Fonte Nova, em Salvador, Roberto Dinamite dinamitou três e o Vasco derrubou o Vitória, por 3 x 1, pela Taça Cidade do Salvador.

domingo, 29 de julho de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - BELEZA 'BRASUCA', O SHOW NÃO PÁRA

                  ELAS ENCANTAM DESDE OS TEMPOS DA VOVÓ
   Saca só, cara! Você que curtiu, recentemente, as as belas da Copa do Mundo, baba com as morenas dengosas das praias da Bahia e se deslumbra cm as lobas carioca, pois fique sabendo que de há muito a mulher brasileira descortina charme. 
Voltando mais no túnel tempo, se você olhar nas telas daqueles grandes pintores dos séculos 13, 14, 15, achará as mulheres tão feias, que até pensará estar precisando trocar de óculos, caso os use. Mais pareciam terem saído de um curral de vacas atoladas.

 Malandros, os editores do suplemento da revista carioca “A Noite”, do mesmo grupo que editava a “Noite Ilustrada” , do empresário baiano Geraldo Rocha, já estampavam a beleza morena na capa. 
Ainda não havia fotos coloridas naquelas revistas, mas convenhamos que a sépia caía muito bem nas meninas, não é mesmo?  
 Principalmente nas morenas. Sépia nasceu para morenar mais as brasileiras. Confira e curta as belas feras da década de 1930 e 1940.

Check it out, man! Q You see wolves Cup; cats Lighthouse and dengosas moreníssimas in Ponta Negra, the delicious Christmas-RN (to name a few pieces), be aware that the passadão, Brazilian were already beautiful and tasty. 
Several decades before, they walked inspiring "The Frantic" to sing "Dangerous" that pop composed of Nélson Mota.
Going back over the tunnel time, if you look on the screens of those great painters of the ages 13, 14, 15, find women so ugly that even think be needing change glasses if the use.
 Most seemed to have come out of a corral of cows jammed. Tricksters, the supplement editors of Rio's magazine "The Night", the same group that edited the "Night Illustrated" the Bahian entrepreneur Geraldo Rocha, already stamped the brunette beauty on the cover.
 I had not yet colorful pictures in those magazines, but admit that the sepia fell very well in girls, is not it? Especially in brunettes. Sepia was born for more morenar Brazilian. Check out and enjoy the beautiful beasts of the 1930s and 1940s

                                                     

sábado, 28 de julho de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - SUMÉRIOS SUMIRAM, MAS ESTÃO PRESENTES. TÁ!

Reprodução de www.pt.slideshare.net. Agradecimento
Agradeça aos seus pais, que lhe colocaram na escola, e aos seus primeiros professores, por terem lhe ensinado a dominar o mundo, lhe ensinando a ler e a escrever. 
No entanto, tire o chapéu, inicialmente,  para os sumérios, moçada que habitou uma planície bastante fértil, entre os rios Tigre e Eufrates, e protegida pela cordilheira de Zagros, o mar Mediterrâneo, o deserto do Sinai e o golfo Pérsico.   
 Este pedaço era chamado pelos gregos por Mesopotâmia e está, atualmente, dividido entre o Kuwait e o Iraque. Há duas mil e quinhentas viradas do calendário, um dos seus principais fatos foi a invasão persa.
  Bem antes de rolar o cristianismo,  uma galera desceu  do planalto do que é hoje o Iran, lá pelo século 55 AC, fixou-se pela Caldeia e chamou a planície de "Edin", que originou o hebraico "Éden", traduzido por "o paraíso no planeta".
 Deveria ser mesmo. Afinal, muito mais povos deram um chego no pedaço e cada um deles teve a sua fase de mando. A maior glória dessas ocupações, porém,  deve ser creditada aos sumérios, inventores da escrita cuneiforme, três mil anos antes de Cristo e que durou por duas mil temporadas.
 Os primeiros caracteres tinham a forma de cunha, eram gravados em tabuletas de argila e foram usados pelos sumo sacerdotes das cidades-estados para o controle de bens, as coisas litúrgicas e o comércio, segundo eles, em nome de deuses.    
Reprodução de www..detrasdelosmitos.blogspot. com - Agradecimento
 De posse da leitura, os sumérios partiram para a criação de cidades, cada uma tendo um rei absoluto - a primeira chamou-se Eridu e foi erguida há 5,4 mil anos antes de Cristo - e foram entregando ao mundo a ciência, o direito, a tecnologia e a literatura, esta capaz de contar a história, a cultura de um povo.
Com a escrita, os caras levaram o homem a interligar-se em redes, por grande parte do planeta, no que agradeceu-lhes, sobretudo, os comerciantes.
 Portanto, se você não tem juízo e lê esta coluna, fique sabendo que este é um lance mesopotâmico, com assinatura de sumério. Mas poderia ser de caldeu, babilônico, assírio, amorreu, arameu, fenícios ou hebreus. Até de baiano - no que é, meu rei. Oxente!     
     IMAGEM REPRODUZIDA DE WWW.BRASILESOTÉRICO

sexta-feira, 27 de julho de 2018

HISTORI&LENDAS DA COLINA - MINEIRÃO

1 - O primeiro jogo do Vasco no Mineirão, e Belo Horizonte, foi em 3 de março de 1966, vencendo o Atlético-MG, por 2 x 0. Picolé fez o seu primeiro gol na casa inaugurada em 7 de setembro de 1965. No Estádio Olímpico, do Grêmio, em Porto Alegre, a primeira vez foi em 23 de novembro de 1955, perdendo do anfitrião, por 0 x 2. A. O mesmo ocorreu no primeiro jogo no Beira-Rio: perdeu do Internacional, por 0 x 2, em 1º de novembro de 1969, pela Taça de Prata.  Na Fonte Nova, em Salvador, o Vasco pisou, pela primeira vez, em 17 de janeiro de 1954, vencendo a Seleção Baiana por 2 x 0, amistosamente, com gol de Alvinho ou Ademir Menezes. No Serra Durada, em Goiânia, foi em 29 de junho de 1975, empatando, por 1 x 1, com o Goiânia. Dé "Aranha" beliscou.

2 - A data de abertura do departamento de futebol vascaíno foi 16 de novembro de 1915. O clube adotou a camisa totalmente negra, com punhos brancos e a cruz no peito esquerdo, o que fez os seus jogadores serem chamados de “camisas pretas”. Em 16.01.1938 a foi a  estreia a  camisa branca, com a faixa preta em diagonal. E com golada, em São Januário: 4 x 1 Bonsucesso, com gols de Niginho (2), Lindo e Luna, valendo  pelo Campeonato Carioca ainda de 1937. Naquele dia, o time teve: Rey, Poroto e Itália; Rafa, Zarzur e Lindo: Alfredo I, Feitiço, Luna e Niginho. Em 01.08.2001, o Vasco voltou a jogar com a camisa totalmente negra. Na ocasião estreava no Campeonato Brasileiro e empatou, com o Gama, por 0 x 0, no Bezerrão, a casa do adversário. 

3 - Dunga, o capitão do “tetra da Seleção Brasileira de 1994 foi, também, campeão estadual pelo Vasco. Estreou em 26 de fevereiro de 1987, com 3 x 0 sobre o Goytacaz-RJ, dirigido pelo Joel Santana, que acabou substituído por Sebastião Lazaroni no decorrer da competição. Dunga disputou 23 jogos pelo “Time da Colina” marcando três gols. Deixou São Januário com quatro títulos a mais no currículo: Taça Guanabara, Campeonato Estadual, Copa de Ouro e a Copa TAP, estes dois últimos torneios amistosos internacionais.

4 - O “Kike” anotou seções que saíram, com muitos dados, sobre atletas, na antiga “Revista do Esporte”, que circulou entre 1959 e 1970. Anote: Rais X de Corpo Inteiro –Bellini - RE-32; Gosto não se Discute – Bellini - RE-144; Gosto não se Discute– Écio-RE-143; Raios X de Corpo Inteiro – Pinga -RE-40; Bate Bola – Mário “Tilico” – RE-333; – Bate –Bola com Da Silva – RE-100; Os maiores gols de Célio- RE-339 (04.09.1965); Casamento de Coronel – RE-100; Contracapa do time campeão carioca de aspirantes-1960 - RE-10; até 27 de janeiro de 1962, o Vasco tinha 36 vitórias, 18 empates e 29 derrotas para o Flamengo, segundo a “RE” Nº151, de 27 de janeiro de 1962.


5 - Ídolos das torcida vascaína que mais balançaram as redes em uma só partida: 6 gols - Edmundo, em Vasco 6 x 0 União São João –11.09.1997; 5 gols – Ismael, em Vasco 14 x 1 Canto do Rio - 06.09.1947; Djayr, em Vasco 9 x 1 Madureira – 15.10.1950; Roberto Dinamite, em Vasco 5 x 2 Corinthians - 4 de maio de 1980; 4 gols – Maneca, em Vasco 14 x 1 Canto do Rio- 06.09.1947; Dimas, em Vasco 6 x 1 Bangu - 10 de outubro de 1948; Romário, em Vasco 7 x 1 Guarani de Campinas -05.08.2001. Também marcaram quatro: Lelé, Saulzinho; Roberto Pinto, Alcir Portella e Vadinho.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

VASQUETEBOL - HISTÓRIA DA HISTÓRIA

Ricardo Azevedo, o verdadeiro...
Em 1966, o Vasco conquistou, pela terceira vez consecutiva, o Torneio Gerdal Boscoli, no basquetebol, vencendo ao Botafogo, na partida desempate, no ginásio do Tijuca, por 72 x 60. A rapaziada totalizou 11 pontos, em cinco vitórias e apenas uma escorregada. 
 Foram 413 pontos marcados pela equipe durante a competição – 352 sofridos –, o que lhe deu o bom saldo de 61 cestas. Paulista, o camisa 9,  foi o principal cestinha, fazendo a pelota ultrapassar o aro por 115 vezes, ou 19,1 por partida.
 Um outro cruzmaltino, o pivô Douglas, o camisa 12, esteve como o maior pontuador em um só jogo: 31 cestas, diante do fortíssimo rival, durante o compromisso que levou a decisão para jogo extra. Foi eleito, também, o craque da disputa. Mas, na finalíssima, a gloria ficou para Sérgio. No entanto, Douglas, o segundo cestinha do time, com 100 pontos, entrou na seleção do torneio, juntamente com  Tentativa.  
... nome do atleta Tentativa
                                    OS CARAS
O grupo campeão teve: vice-presidente: Alberto Rodrigues;  diretor de basquete: Jorge Macedo; treinador: José Pereira; assistente: Olímpio das Neves Leite; massagista: Turquinho; auxiliar de chefia: Francisco Madalena; atletas: Paulista, Douglas, Leonardo, Carneirinho, Gabiru, Tentativa, cujo verdadeiro nome era Rivaldo Azevedo, Roberto Felinto, Fernando Freitas, Renê Toledo, Valdir Bocardo e Gogô.        

FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA DO ESPORTE 


quarta-feira, 25 de julho de 2018

HISTORI&LENDAS DA COLINA - FLUZARCA

1 - Entre 2000 e 2010, o Vasco mandou nos duelos contra o Fluminense. Foram 19 vitórias 8 empates e só duas "bolas furadas". Eis a estatística: 02.04.2000 – Vasco 3 x 2; 21.05.2000 – Vasco 0 x 1; 11.02.2001 – Vasco 2 x 0; 15.04.2001 – Vasco 3 x 3; 07.03.2002 - Vasco 2 x 2; 15.05.2002- Vasco 1 x 0; 02.02.2003 – Vasco 2 x 2; 19.03.2003 – Vasco 2 x 1; 23.03.2003 – Vasco 2 x 1; 07.03.2004 – Vasco 4 x 0; 04.04 – 2004 – Vasco 2 x 1; 27.02.2005 – Vasco 2 x 1; 26.03.2005 – Vasco 1 x 1; 05.03.2006 – Vasco 2 x 2; 17.02.20076 – Vasco 4 x 4; 23.03.2008 – Vasco 1 x 2; 08.02.2009 – Vasco 0 x 0; 13.02.2010 - 0 x 0 e 28.03.2010 – Vasco 3 x 0.

2 - O Vasco teve a sua melhor média de gols no Campeonato Brasileiro em 1982. Cravou 2,63 tentos, por jogo, ou 42 bolas nas redes, em 16 compromissos. O time escalava atletas muito ofensivos, como Wilsinho, Roberto Dinamite e Cláudio Adão (autor de 13 tentos, ajudando o time a chegar às oitavas de final.  O Vasco está em 10º lugar no ranking do Brasileirão, mas no quesito recordes é o clube que mais vezes (8) fez o principal artilheiro, sendo que, um deles, Edmundo, detém o recorde de mais tentos (6) em uma só partida(6 x 0 União São João-SP, em 11.09.1997). Um outro, Romário (2000/01/05), integra o trio (com Dario e Túlio Maravilha) dos que mais vezes (3) foram o principal “matador”. O Vasco tem, também, a segunda melhor média geral de gols da competição (1,46).  O Vasco é, também, o time com mais empates na Série A do  Brasileiro: 341.

3 -“Além de  torneios europeus, o treinador Martim Francisco (foto) ajudou o Vasco a ganhar outros, também, pelo continente sul-americano? Em 1957, por exemplo, foi buscar taças no Chile e no Peru. Em Santiago, pelo Torneio Internacional do Chile, no primeiro jogo, o Vasco bateu o uruguaio Nacional, por 2 x 1 (16.01), com gols de Laerte e de Válter Marciano. Passados três dias, decidiu e venceu o local Colo Colo, por 3 x 2, com gols marcados por Válter (2) e Livinho.  Esta foi a formação-base: Wagner, Ortunho e Bellini; Orlando, Laerte (Clever) e Coronel; Sabará, Livinho, Wilson Moreira, Válter e Roberto Pinto. Depois, o Vasco de Martim ganhou o Torneio de Lima. Mandou 4 x 3 no Municipal (23.01); 1 x 0 no Sporting Cristal (26.01) e 3 x 1 sobre o Universitário (31.01). Na estreia, Livinho (2), Sabará e Válter Marciano compareceram ao barbante. No segundo jogo, o goleador foi Laerte, enquanto Livinho, Válter e Artoff fizeram o serviço na última parida. O time-base teve: Wagner, Ortunho e Bellini; Orlando, Laerte e Coronel; Sabará, Livinho, Wilson Moreira, Válter e Roberto Pinto (Artoff).  A conquista reafirmava o prestígio adquirido pelos cruzmaltinos em gramados peruanos, a partir de 20 de março de 1954, quando venceram os Combinados Universitário/SportBoys, por 1 x 0; Sucre/Sporting Tabaco, por 1 x 0 (24.03) e Municipal/Centro Luqueño, por 3 x 0 (27.03).  

terça-feira, 24 de julho de 2018

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - SUPERGOLAÇO

Chapelaria Dinamite fazendo cabelo, barba e bigode do cliente Osmar
1 -- O maior artilheiro da história do Vasco da Gama, Roberto Dinamite (702 gols, em 1.100 jogos), considera este da foto o mais bonito que marcou.
Ele aplica um "chapéu" no zagueiro botafoguense Osmar Guarnelli, no clássico de 9 de maio de 1976, pela Taça Guanabara, quando a "Turma da Colina" venceu, por 2 x 1, de virada, após vantagem do rival, por toda a primeira etapa.
Roberto fez os dois tentos vascaínos, aos 18 e aos 44. O time do dia, dirigido por Paulo Emílio, teve: Mazaropi; Gaúcho, Abel Braga, Renê e Marco Antônio; Zé Mario, Zanata e Luiz Carlos Lemos; Luís Fumanchu, Roberto e Dé "Aranha".

2 - Em 17 de abril de 2013, o Vasco negociou o seu então maior ídolo da torcida, o zagueiro Dedé. Cedeu, ao mineiro Cruzeiro, 45% dos seus direitos sobre o atleta, por R$ 14 milhões, recebendo, por empréstimo o meia Alisson, até o final do ano. Dedé era chamado pela galera cruzmaltina de "Mito". Passou quatro anos na Colina e levou com ele o título de campeão da Copa do Brasil de 2011.
No entanto, não foi o mais caro dos atletas que saíram de São Januário. Era o segundo. A ponta ainda é de Romário, levado pelo holandês PSV Eindhoven, em 1988, por R$ 39,8 milhões. O terceiro da lista é Edmundo, negociado, com o Palmeiras, por R$ 8,4 milhões, em 1993. Roberto Dinamite é o quarto. Em 1979, custou R$ 5,9 milhões ao espanhol Barcelona – todos os preços foram atualizados.
   FOTO REPRODUZIDA DO ARQUIVO DO 'JORNAL DE BRASILIA

segunda-feira, 23 de julho de 2018

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - NEGATIVAÇA

No 8 de abril de 1924, o Vasco da Gama negou-se, por unanimidade de sua diretoria, expulsar ou ofender negros, pobres e operários que atuavam pela sua equipe. A quilo era ordem da racista Associação Metropolitana de Esportes Atléticos-AMEA, da qual o “Almirante” saiu, indignado.
Era a época do Brasil governado pelo presidente Arthur Bernardes, quando a rapaziada não tinha adversários no futebol carioca. Vencia quem pintasse pela frente, motivo de os adversários o perseguirem e fazerem de tudo para eliminá-lo de suas companhias.
Como não conseguiram via  regulamento da Liga Metropolitana, os adversários criarem a AMEA e recusaram a inscrição do Vasco, acusado de pagar aos seus atletas e não ter um bom estádio. Então, a entidade exigiu a exclusão de 12 jogadores vascaínos, o que foi recusado pelo clube. O presidente José Augusto Prestes enviou esta carta ao presidente da AMEA:
 "Estamos certos de que Vossa Excelência será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno de nossa parte sacrificar, ao desejo de filiar-se à Amea, alguns dos que lutaram para que tivéssemos, entre outras vitórias, a do Campeonato de Futebol da Cidade do Rio de Janeiro de 1923 (...) Nestes termos, sentimos ter de comunicar a Vossa Excelência que desistimos de fazer parte da AMEA".
 A saída do Vasco, bicampeão carioca-1923/1924, foi disputar a temporada-1925, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.

domingo, 22 de julho de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - MADALENA, O MITO MULTIFACETADO

 O catolicismo instituiu o 22 de julho como o dia dedicado à Santa Madalena. Depois da virgem, a mãe de Jesus Cristo, seguramente, a gloriosa  “Madá” é a mais emblemática das Marias do credo.   
Reconstrução do rosto exibido pelo programa 'Fantástico" e
reproduzido do G-1


 Ao longo de 21 séculos de cristianismo, ela tem sido apresentada como prostituta; mulher de Jesus; mãe dos filhos dele; quem o viu ressuscitar e, nesses tempos pós-modernos, feminista e apóstola. 
A vertente inclui, ainda, a sua participação entre as mulheres que patrocinavam as viagens do pregador, o que sugere, inclusive, a Bíblia.
Por sinal, foi no livro sagrado dos católicos que começou a rolar a tal história da “Madá” prostituta. Está no capítulo 8 do Evangelho de Lucas, que lhe confere a posse de sete demônios, dos quais se libertara ao ligar-se a Jesus, como analisam estudiosos  bíblicos.
Madálena tem merecido vários livros
 A Bíblia, por sinal  arruma mais confusão pra cima de “Madá”. Em 591, o papa Gregório Magno afirmou, sem provas,  ser ela irmã de Lázaro (sujeito trazido de volta à vida por Jesus). 
Segundo o Sumo Pontífice.  a moça abusara de tanto pecar, até ganhar o perdão de Cristo, que assim o fizera para mostrar que no arrependimento estava a absolvição dos pecados. E, ao fim da pregação, o campo abriu-se bastante para Madalena ser o mito que hoje tanta curiosidade desperta.
 Comprovação mesmo do que se atribui à “pecadora” só a de que ela tornou-se Maria Madalena por ser proveniente de Magdala, na Galileia, onde hoje fica o norte de Israel.
 Ao sair de lá e viver a sua grande aventura, ela jamais imaginaria servir tanto à imaginação de escritores interpretes de antigos manuscritos recusados pela Igreja Católica.
 Uma das interpretações que mais inquietam os católicos é a de que “Madá” e Jesus casaram-se, tiveram filhos e estes migraram para o sul da França, onde desposaram nobres e fizeram surgir a dinastia merovíngia, iniciada com Meroveu. Mas não há provas de alguma conexão do Jota Cristo com os merovíngios.
Com relação a ser Madalena uma apostola de Cristo, a tese vem do fato de ter sido lhe atribuído a primeira visão do Jesus ressuscitado. Razão para o moderno “hermano” Papa Francisco acreditar, desde 2016, e até chama-la por “apostola dos apóstolos”. Quanto ao seu feminismo, é difícil de acreditar que, no tempo em que a palavra de uma mulher não valia nada, a dela pudesse ser diferente.
Esquisito! Como Pedro ter negado Jesus, por três vezes, distorcido a sua mensagem e virado um santo.     

sábado, 21 de julho de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - SHAKSPEARE EXECRADO PELO GRANDIOSO DITADOR

Não há notícias sobre a execração, nesses tempos mais modernos, partindo-se da metade do século 20, da peça “Hamlet”, do inglês William Shakespeare. Inclusive, a maioria dos críticos teatrais e literários a consideram a mais + mais da literatura dramática.
 Trata-se de uma história escrita entre 1.599 e 1.601, pela qual desfilam a opressão, o ódio, a corrupção, o incesto, a traição, a vingança e o moral. Isso tudo a bordo da projeção de um príncipe dinamarquês para matar o assassino do seu pai, um tio que, além de subir ao trono, ainda casa-se com a sua mãe.
Shakespeare emplacou sucesso por todo o planeta, inclusive na antiga União Soviética, terra de grandes escritores e onde, dizem, Karl Max e Vladimir Ilyich Ulyanov, o Lenin, gurus anteriores do bolchevismo, alistavam-se entre os seus admiradores. Mas é, exatamente, por lá que registra-se o única terráqueo do qual se tem noticias de desprezar Hamlet: o ditador Josef Stalin.
 Para aquele homem, Hamlet era um texto que não merecia ser encenado. O via passando mensagens altamente negativas, embora jamais tivesse estabelecido censura aos escritos de William. Mesmo assim, bastou o secretário-geral do Partido Comunista expressar a sua opinião em público para uma companhia não conseguir levar a peça ao palco de nenhum teatro de Moscou. Stalin preferia textos sobre heroísmos.
 Devido a esta sua  preferência por bravuras, Stalin, que considerava-se um “clone” espiritual do Ivan IV, encomendou a um cineasta patrício um filme sobre o seu ídolo. Era 1944 e o cara escreveu e dirigiu a primeira parte da história. Quando apresentou-lhe a segunda, o chefão bolchevique ficou indignado. 
Josef viu na tela um Ivan nada terrível, mas um camarada fraco e claudicante, E proibiu a exibição da película, pois jamais aceitaria que o seu ídolo, tivesse ficado, por alguns instantes, em cima do muro. Para Josef, um ditador nunca poderia ter dúvidas.
 Talvez, os generais ditadores brasileiros estabelecidos no Palácio do Planalto, por 21 temporadas, a partir de 1964, tivessem se inspirado em Stalin quando tomarem certas atitudes culturais, como a proibição de vários filmes. E – pasmem! - um disco gravado por Roberto Carlos, em espanhol, porque aquela era a língua do comunista Fidel Castro.
Só um detalhe: Stalin ia ao teatro e, além de peças, assistia, também, espetáculos de balé. De sua parte, os generais ditadores “brasucas” iam a corridas de cavalo e ao futebol. Só foram ao teatro para prender o ex-presidente Juscelino Kubitscheck, que construíra a casa de onde eles ditavam o Brasil que o povo não queria.
                        IMAGENS REPRODUZIDAS DE CAPAS DE LIVROS

sexta-feira, 20 de julho de 2018

HISTORI & LENDAS DA COLINA - ARI

1 -Ari Barroso dizia-se torcedor do Fluminense. Até o dia em que foi expulso do clube. Flamengou, em seguida,  e elegeu-se vereador com os votos da galera do Flamengo. Um dia, defendeu o maior rival rubro-negro em uma das sessões da Câmara Municial, em agosto de 1948, quando o colega João Luís de Carvalho criticou os clubes de colônias estrangeiras, inclusive de portugueses, que não aceitavam sócios brasileiros. Ari contra-atacou:
- “Vamos fazer justiça  ao Club de Regatas Vasco da Gama, que constituiu a sua grandeza patrimonial, moral e desportiva sem preconceitos de cor, raça ou posição social. O Vasco pratica democraticamente o esporte”.
 Isso, depois de ter brigado com o Vasco da Gama, que proibiu a sua entrada no estádio de São Januário.      

 2 -  A temporada carioca-1962 seria de era caça ao Botafogo. E foi o que o Vasco e os demais rivais a fizeram. Campeão estadual-1961, do Torneio Rio-São Paulo-1962,  contando com os bicampeões mundiais Nílton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagallo,  os alvinegros eram os caras a serembtidos. O “Almriante” apagou seu fogo (1 x 0), no primeiro turno e empatou (1 x 1) no returno.

3 - Vasco 4 x 1 Vitória foi vitória ficando russo para os baianos. Russo marcou um dos gols e ajudou o "Almirante" a quebrar o tabu, de cinco refregas, sem domar o "Leão da Barra". E o pior para eles: vitória de virada,com Petkovic, que havia sido jogador do Vitória, também derrubando o tabuleiro das baiana – Ramon e Valdir 'Bigode" completarem o tempero cruzmaltio, em um sábado, em São Januário, pela primeira fase do Brasileirão. Com a unificação da disputa, ficaram sendo 24 os confrontos, com 8 vitórias para cada lado e 8 empates. 



quinta-feira, 19 de julho de 2018

O OBJETIVO LATERAL FIDÉLIS

                                      
Se havia um atleta que não enrolava e nem fazia rodeios para responder aos repórteres, seguramente, este foi o lateral-direito vascaíno Fidélis.  Certa vez, mandou estas respostas para estas perguntas:
P – Gosta de concentração?
R – Moro nela. Tenho que gostar.
P – Considera-se um bom jogador?
R – Não sou dos piores.
P- Joga por prazer ou por dinheiro?
R – Adoro jogar futebol, mas não posso viver sem dinheiro.
P – Quanto vale a sua vida?
R – Não tem preço e nem está à venda.
 José Maria Fidélis dos Santos (13.04.1944 a 28.11.2012) nasceu em São José dos Campos-SP e foi campeão carioca pelo Vasco-1970, tendo participado dos 18  jogos da campanha. Também, foi campeão brasileiro-1974.
 O Vasco buscou Fidélis no Bangu, pelo qual havia sido campeão carioca-1966. Chegou à Seleção Brasileira, tendo disputado oito jogos canarinhos, todos em 1966, quando disputou uma partida da Copa do Mundo da Inglaterra.   

quarta-feira, 18 de julho de 2018

FERAS DA COLINA - CLÓVIS QUEIRÓS

Ele era zagueiro e foi um dos caras que ajudaram o “Almirante” a quebrar o tabu, de 12 temporadas, sem ser campeão carioca. Clóvis Guimarães Queirós, nascido em Santos-SP, é o cara. Cria da Portuguesa Santista (1954 a 1961), fez o nome com a camisa do Corinthians (1962 a 1969) e chegou à seleção paulista. Em São Januário, desembarcou em 1970. Em 1971, foi para o futebol mexicano, encarrar a carreira, defendendo Jalisco.
Sempre defensor, Clóvis preferia atuar com gramado seco e admitia a existência de árbitros desonestos, por ter visto o seu time prejudicado, “sem razão”, em várias oportunidades. Mas não opinava sobre a existência de dopagem no futebol brasileiro.
Para ele, Oswaldo Brandão e Luís Alonso Peres, o Lula,  eram os melhores treinadores brasileiros. E via Pelé como imarcável. Foi colega de time da “fera” durante o serviço militar.  
Rapaz moderno na década-1960, quando solteiro, Clóvis dizia-se favorável ao divórcio, gostava da música iê-iê-iê dos Beatles e a turma de Roberto Carlos, e achava que uma minissaia ia muito bem nos brotinhos.
  Clóvis chegou a ter um deslocamento de coluna vertebral, tendo ficado parado por quase seis meses. Crítico, achava o excesso de brigas entre cartolas o fato negativo do futebol carioca. Depois do futebol, formou-se em Direito. Dos 13 jogos que levaram o Vasco da Gama ao titulo carioca-1970, Clóvis participou de um completo – 2 x 0 Madureira (06.09) – e de um outro, substituindo Moacir,  no decorrer do prélio – 3 x 1 Olaria (22.08).
 Nesses compromissos, o treinador Elba de Pádua Lima, o Tim, usou uma mesma formação (com a substituição citada acima, com a dupla de zaga inicial sendo Moacir e Renê). Diante do “Madura”, usou: Andrada; Fidélis, Moacir, Clóvis e Eberval; Alcir e Buglê; Jaílson, Valfrido, Silva e Gílson Nunes.
    FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA "GRANDES CLUBES"


terça-feira, 17 de julho de 2018

ESQUADRAS DO ALMIRANTE - VASCO 1963

                     FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA DO ESPORTE
  
















Você vê uma das formações vascaínas de 1963, com Ita, Joel Felício, Brito, Écio, Barbosinha e Dario, em pé, da esquerda para a direita; agachados, na mesma ordem, Sabará, Célio, Altamiro, Lorico e Maurinho. Em 1964, o Vasco da Gama iniciou o Torneio Rio-São Paulo, primeira disputa importante da temporada, formando com: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito e Pereira; Odimar (Maranhão) e Barbosinha; Milton, Célio, Mário (Saulzinho), Lorico e Da Silva (Ramos). Logo, pouco mudou. 
                   
                           
   

segunda-feira, 16 de julho de 2018

NO MUNDO (DOS RELATOS) DA COPA. CAMPEÕES MUNDIAIS FALAM AO 'JBr'

 Dez campeões mundiais de 1958 - De Sordi, Djalma Santos, Bellini, Zito, Dino Sani, Moacir, Mazzola, Pelé, Zagallo e Pepe –  estiveram em Brasília, em 2008, recebendo homenagens do governo do Distrito Federal.  Eles jogaram em um tempo em que não exista bolas e chuteiras tão leves, quando era difícil obter informações sobre os adversários. Esta é a reprodução de uma uma entrevista que fiz com eles para o "Jornal de Brasília".

P  - Como foi a expectativa de estrear na Copa de 58?
Zito  - O momento de entrar em campo é mais especial. No aquecimento, já se sente o clima do jogo, que se torna mais temeroso à medida em que este é mais importante, exige mais esforço. Entrei no time com tranqüilidade total, com muita vontade e sorte, porque, junto comigo,  entraram o Pelé e o Garrincha. Foi em um bom momento, quando o time ficou encorpado e tudo tornou-se mais macio.
 Dino Sani - Havia a preocupação, a tensão da espera, mas, depois que a bola rola, tudo acaba, você já está no clima. Havia, também, a preocupação de saber como jogava o adversário (Áustria), pois não conhecíamos ninguém, o que só ocorria na hora do jogo. Eles tinham uma boa equipe, nos surpreenderam, com um passeio danado, nos primeiros 20 minutos. Mas, depois, apertamos mais a marcação, tomamos conta da partida, fizemos três gols e liquidamos tudo.
 Mazolla - Quando se é jovem, se é muito mais audacioso, não se tem medo do perigo, faz-se tudo com uma certa naturalidade. Não fiquei ansioso para começar logo o jogo. Atuei com muita tranqüilidade.
 De Sordi - Emoções sempre mexem com a gente, mas o nosso time era muito tranqüilo e assim sempre entrou em campo, sabendo o que iria fazer.

 P - A  adrenalina subiu, até tocar o pé na primeira bola?
  Zito  - Você nem pensa nisso. Começa a se aquecer e a jogar, querendo ganhar. Por sorte, na minha estréia ? 2 x 0 sobre a Rússia, em 15.06, no estádio Nya Ullevi, em Gotemburgo, o Pelé e o Garrincha fizeram chover, principalmente o Mané, que não era muito conhecido fora do país, e nem o Pelé, mas deixava a torcida vibrando
... Djalma Santos...
  Dino Sani -  O pessoal era muito voltado para a competição, querendo fazer as coisas certas, para sermos campeão, como saímos. Era uma turma de jogadores sérios, com alguns garotos, como o Pelé, o Altafini (Mazola). Eles brincavam muito, mas a gente os controlava.

 P - A Áustria dominou mesmo o Brasil nos primeiros 20 minutos da estréia?
 Mazolla - Estávamos em uma chave muito difícil, pois a Áustria, a Rússia e a Inglaterra eram os melhores times do mundo. Eles (os austríacos) tinham grandes jogadores, mas, momentos de sufocos, sempre há nos jogos.

 P - Qual foi o momento mais difícil daquela Copa?
  Moacir - O jogo contra a França, um bom time. Não víamos ninguém, na Suécia, com a sua potência. Para mim, se vencêssemos os franceses seríamos os campeões mundiais.
  Zito - Foi o jogo mais difícil e, também, a minha melhor partida pela seleção. Os franceses tinham o melhor ataque da Copa, até então, e o começo foi muito duro. Tivemos muita sorte, porque eles ficaram sem o zagueiro Jonquet, sobrando mais campo para o Brasil jogar (na época, não havia substituições). Mesmo assim, eles apertavam bastante.
 Mazolla - Eu considero o jogo contra o País de Gales, porque eles atuaram muito retrancados. Foi difícil sair um gol, penetrar na defesa deles.
  De Sordi -  O País de Gales jogou muito fechado. No gol do Pelé, ele deu um chutão e a bola resvalou no pé de um beque deles. Se não batesse em ninguém, não faria o gol. Para mim, o jogo mais difícil foi contra a Inglaterra. As duas defesas e os dois goleiros jogaram muito, se desdobraram. Foi a minha melhor partida pela seleção.
  Orlando - Não dá para apontar um, todos foram difíceis.
  Zagallo - Com gols, 1 x 0 sobre o País de Gales. Mas dominamos todo o jogo. Em outro plano,  0 x 0 com a Inglaterra, que era uma das forças da nossa chave.
 Dino Sani - Contra os ingleses, foi tudo estudado dentro do campo, pois ninguém conhecia ninguém. O empate foi um resultado muito bom, mas tivemos chances de gol.

 P - O cérebro eletrônico dos russos, preocupava?
 Zito -  Eles estavam entre os favoritos, bem preparados, com uma força diferenciada, sabíamos daquilo. Mas nós não temíamos time nenhum. Só a França nos exigiu um pouco mais de respeito, sem ser um temor.
  Dino Sani - Não tememos time nenhum. O Brasil estava com uma equipe fabulosa e, dificilmente, perderia aquela Copa. Saímos bem daqui, ganhando de todos os adversários. E aplicávamos goleadas. Cada jogo que passava nos dava muito mais confiança. Tínhamos 22 excelente jogadores. Quem ficasse fora de um jogo, perderia o lugar.
 Orlando - A gente dizia, vamos jogar, entrar pra vencer. Entramos em campo pensando assim, todas as vezes.
 Mas conta-se que havia muita curiosidade sobre o tal do cérebro eletrônico soviético...
...Mazzola...
 Zito - Lenda! O que me lembro bem dos russos foi que estávamos concentrados em uma cidadezinha rural, vizinhos deles que, as vezes,  ficavam vendo, à distância, a gente brincar com a bola. Até gostaram e aprenderam a fazer rodinhas de bolo. Mas nunca houve contatos diretos nessas ocasiões.

P - Os franceses dizem que, se não tivessem perdido o Jonquet, a história seria outra...
 Zito - Acho que o Brasil ganharia do mesmo jeito. Seria mais difícil, pois, com 11, eles nos exigiam muito. Esfriaram, um pouco, com a perda do Jonquet (fratura de fíbula, numa dividida com Vavá), mas, àquela altura da Copa, o time brasileiro era difícil de segurar. Quanto ao lance da contusão, foi casual, nada de proposital, sem querer mesmo. Não tínhamos nenhum jogador desonesto.

 P - O clima antes da final, contra a Suécia, foi apreensivo ou descontraído?
 Zito - Havia muita ansiedade, porque, se ganhássemos o jogo, seríamos campeões do mundo, algo que o Brasil  jamais conseguira. Queríamos que o tempo passasse o mais depressa possível, pois sabíamos da nossa força. Não havíamos visto o time sueco jogar, mas tínhamos informações.
  Orlando - Não víamos ninguém contra a seleção brasileira. Os suecos aplaudiam igual quem fizesse um gol. Isso nos dava emoção.
 De Sordi - Eu andava bastante triste, pois vinha sendo o titular (da lateral-direita) e não jogaria a partida final, a da consagração, porque não estava bem, fisicamente, com uma distensão muscular. Fiz tratamento, mas não resolveu, não adiantava entrar em campo. Eu vinha treinando, levemente, sem poder fazer força, para não sentir dor. Mas dei a volta olímpica, devagar, fui junto, com o pessoal. Acontece com quem joga futebol.
 Dino Sani - É a pior coisa que existe, você não jogar, ou não estar pronto para, de repente, entrar na equipe.
P -Ter levado o primeiro gol da final, arrepiou vocês?
 Zito - Nem um pouquinho. Nós tínhamos muita confiança, como mostra aquele filme em que o Didi pega a bola no fundo do gol e sai caminhando, devagarinho, como se dissesse, ?calma, que não tem nada perdido?. Dali pra frente...
 Zagallo - Pouca gente sabe, é pouco publicado. Quando estava 1 x 0 para a Suécia, o ponta-esquerda sueco, o Skoglund, fez um cruzamento para o gol, e eu tirei a bola (que ia entrando), de cabeça. Dali pra frente, o Brasil empatou e ganhou o jogo, com facilidade.
 No filme daquela final, você aparece correndo para falar com o Didi, que caminhava com a bola nas mãos, após o primeiro gol  sueco. O que você falou com ele?
 Zagallo - O Didi, que era  mais experiente e mais velho do que eu, estava tão tranqüilo, caminhava tão lentamente, que corri para cobrar-lhe, dizendo: Ô Didi, foi eles quem fizeram o gol.  Nós estamos perdendo o jogo. Ele respondeu: ?Calma, rapaz! Vamos com calma, que ganharemos este jogo!? Demos a saída e você sabem o que aconteceu (a virada do placar).

P - Como era a liderança naquela seleção?
 Dino Sani - Mais dentro de campo. Cada um tem um tipo de liderança. O Zito, por exemplo, jogava gritando, falando com o pessoal. Quando se faz a sua jogada, se atua para a equipe, também se exerce o papel de líder.
  Zito - Eu era uma liderança tranqüila. O capitão era o Bellini, mas todos falavam muito, e o Didi muito mais. Ele era quem acalmava o time.
...Dino Sani...

 P - Quando você, Dino, foi comunicado que seria substituído pelo Zito, qual foi a sua reação?
  Dino Sani - Não teve comunicado, pois sofri uma distensão muscular, num treino, na véspera do jogo contra a Rússia. Não deu, depois, nem  para dar a volta olímpica, pois, quando um músculo rasga, é uma dor danada. A Copa, para mim, ficou sendo concentração e compressas de água quente. Foram uns 60 dias de tratamento.
  E você, Mazolla,  ficou aborrecido quando foi barrado, para a entrada do Vavá?
 Absolutamente, não. Foi uma escolha muito certa do técnico Vicente Feola, pois o Vavá era muito mais adaptado àquele tipo de jogo (que a Copa exigia).
 E o Garrincha, era maluco, mesmo?
 Zito - Maluco, nada. E nem precisava falar com ele, que tinha uma forma de jogar só dele. Ninguém fazia como ele. Era só tocar a bola pra ele e deixá-lo fluir.
  De Sordi - Era um palhaço, não deixava ninguém quieto, mexia com todo mundo. Era uma alegria constante. Se encontrasse alguém parado, ele parava na frente e dizia: ?. Vam`bora, pode parar! Vam´bora, tá livre. Pára!?  Enchia os saco. Enfim, era uma brincadeira dele.
 Dino Sani - Ele era um moleque. Vinha por trás da gente e dava um toque naquele nervinho do cotovelo, provocando um choque chato. Batia, saía correndo e nos deixava loucos. E eu nunca fui de brincar. Já estava com 26 anos, era mais sério do que hoje.

P - Os filmes da Copa de 58 mostram vocês jogando muito livres de marcação...
 Zagallo - Havia espaço (para se jogar), sem dúvida. Mas, sempre digo que, naquele tempo, a técnica sobrepujava a força. Hoje, a preparação física sobrepuja a técnica. Havia grandes jogadores, grandes clássicos, tempo para se raciocinar. Agora, é uma correria, pensa-se, primeiro, em não deixar o adversário jogar.
 Mazzola - Hoje, o atleta tem uma tarefa a cumprir. Em 58, ocupávamos a nossa posição, limitados, mas tínhamos autorização para criar. Isso é uma das razões pelas quais quase não há mais poesia no futebol. Quem cria, agora, é criticado. Mas acho que eu conseguiria ser centroavante, hoje.  É uma questão só de treinamento.
  P -Parece, também, que havia muita liberdade para se tabelar, como no gol de Nilton Santos, contra a Áustria...
  Mazzola - A jogada era aquela.  Ele me passou a bola, e eu a devolvi, um pouco tarde, porque havia um marcador à frente. Ele me gritou, pedindo o passe, e só o fiz quando tive a liberdade de lançá-lo. Então, ele fez o gol. Aquele jogo, quando fiz dois gols, foi o meu melhor momento na Copa.

 P - O filme daqueles gols ainda passam na sua memória?
 Mazolla - No primeiro, o Zagallo cruzou, da esquerda, eu matei a bola no peito e bati, de fora da área, com um chute violento. No segundo, fui lançado, pelo Didi, e chutei no canto, também de fora da área.

 P - Se o Pele não tivesse o Zito lá atrás...
 Zito - O Pelé foi o maior jogador de todos os mundos. Dava uma tranquilidade imensa a quem ficava atrás. Tive essa sorte em um grande elenco, com todos muitos bons, mas o Pelé superava nós todos. No Santos, ele chegou garoto, quando eu já era muito exigente, xingava demais. Acho que coloquei uma linha de conduta para ele, dentro de campo, e creio que aprendeu muito com isso. O Pelé me respeitava bastante, mas eu não o ofendia. Só lhe exigia, como um chefão.
 De Sordi - Foi uma sensação muito boa ver (brilhar) aquele garoto simples que estava começando. Ali, ele (Pelé) se empolgou. Ganhando a Copa, ajudou na valorização do jogador brasileiro, o que não existia.
... e Orlando vieram a Brasilia, comemorar
os "50tão" do título na Suécia 
 P - Verdade, ou lenda, que o Paulo Machado de Carvalho (chefe da delegação), anunciou que o Brasil faria a final com a camisa azul, porque era a cor do manto de Nossa Senhora?
Dino Sani - Eu não estava presente. Como não havia substituições, os 11 que não jogariam iam para a arquibancada.  Me lembro que a camisas ficavam sobre uma mesa e cada um pegava a sua. A minha foi a de número 5, o quinto inscrito, por ordem alfabética.  O Pelé foi o 10, porque era o décimo da lista, que, foi feita, acho, em São Paulo, quando ele era titular. O Garrincha, por exemplo, jogou com a 11 (porque era Manoel). Se o meu nome começasse com a letra A, eu teria sido o numero 1.

 P - Com o azul, ou a canarinho, o caneco veio...
De Sordi - Foi a maior emoção que tivemos, todo mundo chorando. Afinal, o Brasil ganhara a Copa do Mundo, fora do País, na Europa. Aquilo nos valorizava muito. Na volta pra casa, dentro do avião tomamos uns uísques, servidos pela direção (da CBD). Foi uma brincadeira só. Muita alegria.
 Dino Sani - Todos alegres, um brincando com o outro, mas nada que extrapolasse do nosso normal. Quando fomos obrigados a descer em Recife, diante da multidão, sentimos que éramos campeões do mundo, de fato. No Rio de Janeiro, vendo tanta gente no aeroporto, pelas ruas, conversamos entre nós e achamos que o povo brasileiro era mais campeão do que nós. Foi assim, exatamente, que percebemos o que éramos. Na Suécia, uma cultura muito diferente, não houve aquela alegria. No Rio, num carnaval danado, o título da Copa tocou fundo em nossas almas.
 Zito - O nosso foco era a Copa, algo tão gigantesco, que nos fez esquecer do resto. Tem-se que estar bem preparado para aquilo, e nós estávamos

  P - O que mudou mais,  no futebol, de 1958 para cá?
 Orlando - Hoje, eles ganham muito e não jogam nada. No meu tempo, não ganhamos nada e jogamos muito.
  Mazzola - A estrutura técnica. As chuteiras e bolas são mais leves, os gramados espetaculares, a medicina, os tipos de treinamentos e a alimentação nem se fala. Na Copa de 58, comíamos arroz e filé, que não era o alimento justo para o dia do jogo.  Inclusive, quem preparava o arroz era o Mário América, o massagista, e o Assis, o roupeiro, que faziam um bolo de arroz, nem um pouco solto.
  Moacir -  Hoje, todos estão bem preparados fisicamente, correm muito, mas perderam um pouco da técnica, o que  mais tínhamos.  Mas a seleção brasileira de 1958 enfrentaria qualquer time de hoje. Foi a melhor (seleção) que vi jogar.

 P - Quem era você, naquele futebol?
 Moacir - Um jogador mais de cabeça, de raciocínio, de ajudar os companheiros, que se sentia responsável por todos os problemas do time dentro de campo.
De Sordi,Dino, Bellini, Nílton Santos, Orlando, Gilmar (em pé, da esquerda para a direita), Joel, Didi, Mazzola, Dida e Zagallo (agachdos na mesma ordem), em foto reproduzida de "Manchete Esportiva" da Copa do Mundo-1958

 P - A "formiguinha" pode ser considerada um revolução  tática daquela Copa?
Zagallo - Tive a felicidade de fazer o vai-e-vem, pela ponta?esquerda,  uma mudança tática muito grande da seleção brasileira, pois, até então, usávamos o 4-2-4, que deixava o time muito aberto. O Feola  tinha o Pepe, que era mais ofensivo, mas preferiu variar para o 4-3-3, e fizemos uma Copa brilhante.
 P - E quem é o pai da "formiguinha", você ou o Feola?
Zagallo - Eu era driblador nato, no Flamengo, e, sempre que driblava, o Fleitas Soliche (treinador) apitava falta contra mim. Temendo perder a posição, passei a soltar mais a bola. Já que eu tinha uma condição física muito boa, passei a fazer a dupla função (de atacar e defender). Num dia de clássico contra o Botafogo, o Paulo Amaral (preparador físico da seleção de 58), me avisou que eu seria observado pela comissão técnica da seleção. Estive bem e fui convocado. O restante da história.