Vasco

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terça-feira, 8 de março de 2011

VASCO DA GAMA É O CLUBE DAS PATENTES

 

Não tinha jeito de ser mlitar. Pra começar, o Club de Regatas Vasco da Gama nasceu homenageando um almirante português que ficara famoso por abrir as rotas marítimas para um incomunicável lado comercial do mundo que era tratado por Índias Ocidentais. Era 1498 quando ele atravessou os oceanos Atlântico e Índico, para aportar em Calicute, no 10 de maio. Até dizem fanáticos torcedores vascaínos ter sido ele quem dera as coordenadas a Pedro Alvres Cabral  fazer de contas que não havia ventos em sua rota de abril de 1.500 e vir descobrir o Brasil.

 Verdade ou cascatas à parte, o certo foi que o Club de Regatas Vasco da Gama, que homenageou o Almirante, em 21 de agosto de 1898, de lá para cá, além de ser apelidado pela patente do xará, tem um eterno capitão em sua história, o zagueirão Hideraldo Lulís Bellini, que viveu 10 temporadas liderando a Turma da Colina, de 1952 a 1961. À sua lateral-esquerda, o capitão Bellini contou com os serviços do Coronel, isto é, o apelido de Antônio

Evanil da Silva que, também, passou o mesmo número de temporadas na casa – 1955 a 1964 - saindo uma depois que o seu xerifão se mandara. Além de almirante, capitão e coronel, o Vasco da Gama teve, ainda, o comandante de ataque Vavá, o glorioso Edvaldo Izídio Neto, bicampeão mundial nas Copas de 1958/1962, junto com o capitão Bellini. E, quando sagrou-se campeão carioca de aspirantes, em 1964, tinha o centroavante Rubilota, que era chamado pela imprensa por piloto do ataque. Realmente, voava nas redes, com a gana dos aviadores kamikazes japoneses. Também, já militou nas hostes cruzmaltinas um lateral-direito, Augusto da Costa, membro da Polícia Especial do Rio de Janeiro, na época do presidente Governo Getúlio Vargas (1930 a 1945).

Fora das quatro linhas, o Vasco da Gama já foi treinado pelo “sargentão” Flávio Costa, assim apelidado devido ao seu jeito explosivo; o marinheiro Gentil Cardoso, que chegou a participar de operações durante a II Guerra Mundial, e o coronel (de carreira) Carlos Fronter. Em comissõe técnicas contou com o major José Bonetti, supervisor da campanha do título estadual de 1970. Falta o quê? Um general? Pois não falta. Vamos para o parágrafo abaixo.

 Em 1922, o time infantil do Vasco da Gama contava com o garoto ponta/meia direita Eloy Massey Oliveira de Menezes, carioca nascido no 21.11.1010 e que ficou conhecido no mundo desportivo pelo primeiro e último nomes. O guri cresceu e foi promovido ao time juvenil e foi subindo, até fazer 18 de idade, quando havia campeonatos para o que eram chamados por  “primeiro, segundo e terceiro quadros”. Ele disputou as três categorias, o que significa ter rolado bola pelo time principal do Almirante. A partir dali, não deu mais para o atacante Eloy Menezes defender o Vasco da Gama, pois chegara a oficial do Exército e não poderia ser atleta profissional, o que pintara pelo Brasil de 1933. Três décadas depois, ele presidiu o extinto (em 1990) Conselho Nacional de Desportos.

Sem problemas! Saído o oficial Eloy Menezes, entrou um outro oficial. Durante a década-1950, São Januário passou a contar com o goleiro Carlos Alberto Martins Cavalheiro, que fez carreira na Aeronáutica e vestiou a jaqueta vascaína como amador, de 1951 a 1957. Foi campeão carioca-1956 e dos francês Torneio de Paris e espanhol Troféu Teresa Herrera-1957. Além disso, vice-campeão pan-americano, em Chicago-USA-1959, e um dos quatro goleiros convocados  para os preparativos para a Copa do Mundo-1958. Também, participou, em função administrativa da Seleção Brasileira, das Copas do Mundo de 1974 e 1978, respectivamente, na Alemanha. E da equipe diretora vascaína-1974, quando o Almirante conquistou seu primeiro título do Brasileirão. Mais: esteve presidente do Conselho de Beneméritos do Vasco da Gama, por vários mandatos, desde 1976.Sempre jogou por amor à camisa, pois sua função na Aeronáutica impedia de se profissionalizar no futebol. Viveu, de 25.01.1932 a 29.06.212. 

E não termina por aqui a ligação cruzmaltina com os militares. A sede do clube, no Rio de Janeiro, fica na Rua General Almério de Moura, placa em homenagem a um maranhense nascido no 30.05.1880 e que começou a encarar o futuro pela Escola Militar do Rio de Janeiro, em 1897. Entre as várias atividades profissionais que exerceu, como General de Brigada, comandou a 6ª Região Militar, sediada em Salvador (1932); a 2ª Região Militar (1934), em São Paulo e, sendo General de Divisão, em  1937, a 1ª Região Militar, no Rio de Janeiro. Foi, ainda, ministro do Superior Tribunal Militar, na década-1940, e viveu até 14 de agosto de 1944. Portanto, o Vasco da Gama, alémde clube da faixa, é, também, o clube das patentes

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