Vasco

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

TRÊS FERAS &FERÍSSIMAS DA COLINA

O que representavam Pinga, Bellini e Ademir, para o Vasco, e a quem eles poderiam ser comparados, hoje? Para quem não viveu na época em que eles rolaram a "maricota", vai a pesquisa do "Kike".

 Pinga está entre os cinco primeiros artilheiros da história do Vasco da Gama, com 250 bolas no filó, atrás de Roberto Dinamite, Romário e de Ademir Menezes. 
José Lázaro Robles é o seu nome. O apelido surgiu de “Pinga-Fogo”, porque era muito veloz nas peladas, e o apelido herdou de um irmão. Esteve na Colina entre 1953 e 1962, tendo sido garimpado na Portuguesa de Desportos-SP, que o levou às seleções paulista e brasileira.
Em 1950, Pinga chegou a treinar no grupo da Copa, mas não foi. No Vasco, era meia, a princípio. Então, o treinador Martim Francisco o fixou pela ponta-esquerda. Em 1954, disputou a Copa do Mundo da Suíça e, no mesmo ano, fez os dois gols que deram ao Vasco a Taça Rivadávia Correia Meyer, nos 2 x 1 finais, sobre o São Paulo, no Maracanã.
 Em 1956, ele sagrou-se campeão carioca. Em 1957, esteve na equipe vencedora da Taça Tereza Herrera, na Espanha, e do Torneio de Paris, na França. Em 1958, foi supercampeão carioca e campeão do Torneio Rio-São Paulo, a maior disputa da época no futebol brasileiro. Um Pinga de embebedar marcadores, não? Tecnicamente, hoje, seria, mais ou menos, um Juninho.
Bellini, entre Carlos Alberto e Paulinho

XERIFÃO - Hideraldo Luis Bellini era chamado de grosso, por não ser íntimo da técnica, da habilidade. Mas resolvia. E o principal: era um grande líder. Nenhum jogador vascaíno fazia nada sem consultá-lo. Da mesma forma, agiu na Seleção Brasileira de 1958, tendo se juntado a Nílton Santos e a Didi, para cobrar do técnico Vicente Feola as escalações de Garrincha de Pelé como titulares. 
Esta história tem gerado muitas lenda, mas Nílton Santos a confirmou ao ”Kike”, que tem a fita gravada, e é contada por Mário Filho, no livro “Viagem em torno de Pelé”. Em popularidade, Bellini seria uma espécie de Dedé, muito mais técnico.
ADEMIR - Ele foi o maior ídolo da história vascaína, até o surgimento de Roberto Dinamite, na década-1970. É o terceiro goleador da casa, com mais de 300 pipocas na chapa. Foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com 9 gols, e fez parte do “Expresso da Vitória”, a máquina de jogar futebol que a “Turma da Colina” colocou nos trilhos, ganhadora de quase tudo, entre 1945 a 1952.
No que diz respeito à perda da Copa do Mundo de 1950, no lance fatal do gol de Ghgghia, foram os flamenguistas Bigode e Juvenal quem falharam na marcação, não segurando o cara, e o deixando bater ao gol. Isso está bem claro no livro “Anatomia de uma Derrota”, de Paulo Perdigão, que analisou toda a gravação da partida, pelas fitas de rádio da época. Antes da Copa, com Ely do Amparo no lugar de Juvenal, o Brasil havia vencido os uruguaios, sem contestação. 



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